segunda-feira, 24 de junho de 2013

Viva a sabedoria...

Capital, Trabalho e Alienação, segundo Karl Marx
Segundo Marx, a relação capital, trabalho e alienação promovem a coisificação ou reificação do mundo, tornando-o objetivo, sendo que suas regras devem ser seguidas passivamente pelos seus componentes.

De acordo com Marx, capital e trabalho apresentam um movimento constituído de três momentos fundamentais:

Primeiro, “a unidade imediata e mediata de ambos”; significa que num primeiro momento estão unidos, separam-se depois e tornam-se estranhos um ao outro, mas sustentando-se reciprocamente e promovendo-se um ao outro como condições positivas;

Em segundo lugar, “a oposição de ambos”, já que se excluem reciprocamente e o operário conhece o capitalista como a negação da sua existência e vice-versa;

Em terceiro e último lugar, “a oposição de cada um contra si mesmo”, já que o capital é simultaneamente ele próprio e o seu oposto contraditório, sendo trabalho (acumulado); e o trabalho, por sua vez, é ele próprio e o seu oposto contraditório, sendo mercadoria, isto é, capital.

Já a alienação ou estranhamento é descrita por Marx sob quatro aspectos:

1. O trabalhador é estranho ao produto da atividade, que pertence a outro. Isto tem como consequência que o produto se consolida, perante o trabalhador, como um “poder independente”, e que, “quanto mais o operário se esgota no trabalho, tanto mais poderoso se torna o mundo estranho, objetivo, que ele cria perante si, mais ele se torna pobre e menos o mundo interior lhe pertence”;

2. A alienação do trabalhador relativamente ao produto da sua atividade surge, ao mesmo tempo, vista do lado da atividade do trabalhador, como alienação da atividade produtiva. Esta deixa de ser uma manifestação essencial do homem, para ser um “trabalho forçado”, não voluntário, mas determinado pela necessidade externa. Por isso, o trabalho deixa de ser a “satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer necessidades externas a ele”. O trabalho não é uma feliz confirmação de si e desenvolvimento de uma livre energia física e espiritual, mas antes sacrifício de si e mortificação. A consequência é uma profunda degeneração dos modos do comportamento humano;

3. Com a alienação da atividade produtiva, o trabalhador aliena-se também do gênero humano. A perversão que separa as funções animais do resto da atividade humana e faz delas a finalidade da vida, implica a perda completa da humanidade. A livre atividade consciente é o caráter específico do homem; a vida produtiva é vida “genérica”. Mas a própria vida surge no trabalho alienado apenas como meio de vida. Além disso, a vantagem do homem sobre o animal – isto é, o fato de o homem poder fazer de toda natureza extra-humana o seu “corpo inorgânico” – transforma-se, devido a esta alienação, numa desvantagem, uma vez que escapa cada vez mais ao homem, ao operário, o seu “corpo inorgânico”, quer como alimento do trabalho, quer como alimento imediato, físico;

4. A consequência imediata desta alienação do trabalhador da vida genérica, da humanidade, é a alienação do homem pelo homem. “Em geral, a proposição de que o homem se tornou estranho ao seu ser, enquanto pertencente a um gênero, significa que um homem permaneceu estranho a outro homem e que, igualmente, cada um deles se tornou estranho ao ser do homem”. Esta alienação recíproca dos homens tem a manifestação mais tangível na relação operário-capitalista.

É dessa forma, portanto, que se relacionam capital, trabalho e alienação, promovendo a coisificação ou reificação do mundo, isto é, tornando-o objetivo, sendo que suas regras devem ser seguidas passivamente pelos seus componentes. A tomada de consciência de classe e a revolução são as únicas formas para a transformação social.

Arte...

Sertanejo
O subgênero musical “sertanejo” é totalmente brasileiro. Na verdade, o sertanejo é uma variação ou uma “urbanização”, se é que podemos assim dizer, da música caipira, onde são utilizados instrumentos artesanais e típicos do Brasil-colônia, como a viola, o acordeão e a gaita, algo voltado para o público extremamente rural do Brasil.

O sertanejo se caracteriza pela melodia simples e melancólica das músicas, bem semelhante à música caipira, talvez um pouco mais dançante e sem dúvida, mais urbana. Enquanto a música caipira tinha uma temática baseada na vida do campo, os sertanejos mudaram essa temática para agradar o grande público das cidades, adotando temas como amor e traição. Ocorreu o cuidado particular em se evitar o termo “caipira”, visto com preconceito por grande parte da população.

A partir de 1980, houve no Brasil uma grande exploração comercial da música sertaneja, começando com Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, passando posteriormente para uma grande quantidade de duplas, tendo seu auge entre os anos de 1988 e 1990.

Após esse período, a música sertaneja começou a “esfriar” devido ao destaque dado na mídia à outros estilos musicais, como pop e funk, porém sempre continuou bastante presente na região centro-sul do Brasil. Por volta dos anos 2000, a música sertaneja conquistou novo destaque na mídia através do amplo espaço cedido à nova geração de duplas, como Bruno & Marrone, Edson & Hudson etc.
http://www.brasilescola.com/artes/sertanejo.htm

Entendendo..

O descompasso entre a prática e a teoria: ideias liberais mal copiadas no Brasil entre o Império e a República

Os conservadores não queriam deixar de ser uma sociedade escravocrata.
No Brasil, entre os séculos XVIII e XIX, os filhos da oligarquia agrária enviados à Europa para estudar, voltavam trazendo nas malas toda uma formação orientada pelas principais correntes ideológicas que circulavam no continente europeu naquele período. 

Iniciava-se, dessa forma, um processo de “importação“ ideológica que futuramente esbarraria num contexto nacional completamente avesso ao cenário da Europa, caracterizando um verdadeiro artificialismo ideológico de um Estado que pensava de um jeito, mas agia de outro. 

Do Império aos anos que antecederam a República, tentou-se copiar as ideologias dos contextos europeu e americano na tentativa de construção de um Estado com poder descentralizado com bases impessoais e racionais, com funções dadas dentro de uma burocracia técnica.

No entanto, tais tentativas malograram, uma vez que a organização social brasileira condicionava a uma vida política pautada pela sobreposição entre as ordens pública (que diz respeito aos interesses coletivos, de toda a sociedade) e privada (particularistas, de interesse individual apenas). 

Em outras palavras, a causa do artificialismo dos ideais liberais e o malogro desta “importação de ideais” poderia ser encontrada na relação de promiscuidade ou de intercruzamento entre o público e o privado, uma vez que as políticas racionais de cunho positivista e liberal que o Estado defendia no âmbito do pensamento tinham de se moldar à sociedade patriarcal, escravocrata e patrimonialista. 

Se o liberalismo era sinônimo de liberdade e de descentralização política (a qual era interessante uma vez que a autonomia da elite poderia ser de maior valor do que a submissão ao poder da figura imperial), por outro ia na contra mão da realidade conservadora do Brasil. Prevaleciam as ideias tradicionais e elitistas de manutenção do território (e do poder que dele provinha), da territorialidade e do sistema econômico de produção assentado sobre a escravidão.

A maneira como se deu a Independência do país sem a eclosão de uma revolução (como as que ocorreram em outros países da América Latina) deixa claro que embora tenha sido motivada por um espírito “liberal-moderno”, foi promovida pela manutenção de sistemas e atividades da colônia, por atividades ainda em muito ligadas ao contexto da ordem privatista rural, cenário este que configurou o artificialismo ideológico. 

Este foi, certamente, o ponto alto do descompasso das práticas políticas nacionais com os ideais liberais positivistas da época. Assim ocorreu tanto no ensaio para a constituição do Império como para o advento da República.

Como mostra Luiz Werneck Vianna (1996), o idealismo nacionalista revolucionário que motivou a ruptura com a Metrópole portuguesa e, mais tarde, o próprio advento da República, cedeu lugar para a lógica do “conservar mudando”. 

A tentativa de se construir um Estado fundado na preservação de fatores como o trabalho escravo e o territorialismo (manutenção do grande latifúndio e do status da propriedade privada), permitiu que ele (o Estado) ficasse marcado por uma grande ambiguidade dada por seus anseios à modernidade e seu apego à tradição.

“A radical ambiguidade do Estado – entre liberalismo e a escravidão – devia se resolver nele mesmo, instituição tensa, arquiteto de uma obra a reclamar a cumplicidade do tempo, delegando-se ao futuro a tarefa de vencer a barbárie de uma sociedade fragmentária e invertebrada, até que ela viesse a corresponder e atender às exigências dos ideais civilizatórios dos quais ele seria o único portador”(VIANNA, 1996, p.378).

Esse contexto de transformação parcial da esfera política ou da utilização do liberalismo como um “conta-gotas”, nas palavras de Werneck (1996), é também referido por Wanderley G. dos Santos. 

Ao discorrer sobre a evolução do liberalismo no Brasil em um dos trabalhos, ele mostra a ótica sobre a maneira como se deu a formação deste contexto político nacional com ares de liberal e democrático, mas impregnado de questões obscuras que denunciavam uma “não conversão integral” ao liberalismo e às práticas positivistas apregoadas, na teoria, pelo Estado e pela Constituição.

 “Assim, para que o Estado liberal operasse a contento, tal como descrito na Constituição, seria suficiente varrer os políticos corruptos do sistema. Essa ideia constituiria a espinha dorsal da agenda dos políticos liberais até 1930: eleições honestas, afastamento dos políticos corruptos, liberdade para o mercado político poder operar como devia. Não deveria surpreender a ninguém, entretanto, encontrar muitos dos que aderiram a esse tipo de liberalismo pedindo ao Estado que sustentasse os preços do café, ou ao Governo que apoiasse a economia açucareira” (SANTOS, 1998, p.34).

Logo, nada mais indicador que estas questões obscuras (presentes na prática política) para denunciar o artificialismo ideológico existente, que mais tarde contribuiria ao vilipêndio do espaço político brasileiro de maneira geral. 

Assim, se a tentativa da efetivação de práticas políticas envoltas pelos ideais europeus em voga poderia ser lida como uma ação voltada à esfera pública, e se por outro lado, a forma com qual a classe política tentou pautar suas ações na defesa de seus interesses denuncia a tentativa de perpetuação da esfera privada no poder, o que se pode inferir é que a organização política nacional foi construída sobre esta sobreposição entre tais esferas. 

Dessa forma, será esta sobreposição ou simbiose entre a coisa pública e a privada o ponto fundamental para se pensar como também foi edificado o campo da política no Brasil, o qual, como se sabe, possui muitas fragilidades.
http://www.brasilescola.com/sociologia/o-descompasso-entre-pratica-teoria-ideias-liberais.htm

Curioso...

Iron Maiden
Réplica da Dama-de-ferro

Iron Maiden ou dama-de-ferro era um instrumento de tortura utilizado na Idade Média. Era caracterizado por sua semelhança com um sarcófago, apresentava o rosto de uma mulher beatificada, onde colocavam os presos da época para sofrerem até a morte. Era utilizado por pessoas que praticavam qualquer tipo de crime contra o Estado, exceto contra a majestade, como no caso das adúlteras, jovens e viúvas que não mantinham a castidade, em interrogatórios com suspeita de bruxaria e com pessoas que mantinham relação com as forças do inferno.

A porta deste instrumento era composta, em seu interior, por espinhos extremamente afiados que perfuravam o corpo dos presos sem que pudesse atingir os órgãos para que este experimentasse o gosto terrível da dor até a morte. A dor se intensificava todas as vezes que o instrumento era aberto, o que era feito tanto no lado da frente do instrumento como atrás, pois ao fechá-lo os espinhos novamente atingiam as perfurações antes feitas. Acredita-se que os espinhos utilizados no instrumento eram desmontáveis e de tamanhos variados para que pudessem controlar a agonia do preso segundo os seus feitos.

Outra característica deste instrumento de tortura era que sua estrutura era extremamente grossa não permitindo ouvir os gritos e gemidos de quem agonizada dentro dele.

O instrumento mais famoso foi o Iron Maiden de Nuremberg inventado na Alemanha, no século XV, como réplica dos instrumentos mais antigos. Este foi destruído em 1944 quando a cidade onde estava foi bombardeada por ataques aéreos durante a Segunda Guerra Mundial.

Piada...

Um casal discute dentro do carro durante a viajem... Depois de uns minutos eles passam por uma fazenda, onde há mulas e cavalos. Então o esposo diz: - Seus parentes? A esposa responde: - Sim, sogra e cunhados...
http://www.piadasnet.com/piada1728casais.htm

Devanear...

Sossega coração - Fernando Pessoa
Sossega, coração! Não desesperes! Talvez um dia, para além dos dias. Encontres o que queres porque o queres. Então, livre de falsas nostalgias, Atingirás a perfeição de seres.   Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo! Pobre esperança a de existir somente! Como quem passa a mão pelo cabelo E em si mesmo se sente diferente, Como faz mal ao sonho o concebê-lo!   Sossega, coração, contudo! Dorme! O sossego não quer razão nem causa. Quer só a noite plácida e enorme, A grande, universal, solente pausa Antes que tudo em tudo se transforme.
http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/poesia_para_coracoes_partidos.htm

Revoltante...

Quinze crianças são vítimas de violência a cada hora no Brasil
Reportagem especial exibe histórias tocantes de vítimas de abusos e a precariedade dos órgãos de defesa das crianças.
Abuso sexual, exploração, maus tratos, agressões, negligência. Em todo o país, a cada hora, 15 crianças são vítimas de algum tipo de violência. Mas esse número pode ser bem maior, porque nem todos os casos são denunciados.
No Congresso Nacional, um projeto polêmico, conhecido como Lei da Palmada e que não vai mais permitir qualquer tipo de castigo físico, está parado há mais de um ano.

O Fantástico entra nessa discussão e apresenta um retrato da violência e da omissão contra a criança no Brasil. Uma reportagem especial de Marcelo Canellas, Lorena Barbier e Wellington Valsechi.
A reportagem especial exibe histórias tocantes de vítimas de abusos e a precariedade dos órgãos de defesa das crianças. Discute também a Lei da Palmada, que divide a opinião de especialistas.

'Há um abismo enorme entre lei e realidade', diz repórter sobre violência
Veja depoimento de Marcelo Canellas sobre violência contra a criança.
Depois de meses investigando a situação da violência contra a criança no Brasil, o repórter Marcelo Canellas afirma ter ficado marcado pela disparidade entre as intenções do discurso oficial e a vida real. Se, na lei, o que o Estado procura é criar uma rede de proteção para a juventude, na prática, o que se vê são Conselhos Tutelares sucateados, deixando os menores desamparados contra agressões.

Mas, no meio desse cenário triste, ainda há espaço para esperança. Assista ao lado ao depoimento do repórter.

Mais uma etapa superada...