terça-feira, 9 de julho de 2013

Devanear...

Dor elegante - Paulo Leminski

Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante

Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha

Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

Estimular sempre...

Sete fatores que você nem imaginava que melhoram o sexo
Hábitos diários e dicas preciosas ajudam a incrementar a experiência sexual

Você pode criar alguns hábitos para não cair na rotina ou dar uma impulsionada na vida a dois. Quando isso é necessário, “é importante o casal se comunicar e chegar a um consenso. A responsabilidade é dos dois”, recomenda a sexóloga Carla Cecarello, fundadora da Associação Brasileira de Sexualidade (ABS).

Para ajustar os ponteiros, conversar é o ponto de partida. “O diálogo é muito importante. A grande maioria dos casais não conversa sobre a sua intimidade”, diz Carla. Mas nem tudo se resolve na conversa. Outros fatores que você nem imaginava podem melhorar a vida sexual. Veja sete deles abaixo.

Alguns elementos que você nem imagina podem melhorar a sua vida sexual

1. Faça pilates. A atividade é ótima para fortalecer a pélvis e desenvolver mais controle nessa região. O ioga também é aconselhável por trabalhar muito a flexibilidade , facilitando a variação de posições sexuais.


Além disso, praticar atividades físicas aumenta a oxigenação do cérebro da mesma maneira que um orgasmo. Logo, quanto mais atividades você praticar, por mais tempo conseguirá manter uma relação e ter um orgasmo mais pleno.

2. Corte o cabelo ou inove o visual. Mesmo comprar uma roupa nova tem influencia positiva no desempenho na cama. “Cuidar de si mesma, se olhar no espelho e se achar bonita é importante. A pessoa fica mais confiante e se solta mais na hora do sexo”, explica Carla.

3. Espere menos. Para Isabella Moura, terapeuta corporal especializada em sexualidade, a melhora da vida sexual começa quando deixamos de nos preocupar tanto com o sexo. Parece contraditório, mas não é. “Nas cidades grandes, é comum que o casal tenha falta de tempo de qualidade. Outro problema é a quantidade de expectativa que se coloca um no outro. Muitas vezes espera-se que seu parceiro o faça feliz, perceba suas necessidades”, comenta.

Portanto, para diminuir essa expectativa, é essencial ir com calma . Não precisa mudar tudo de uma só vez.


4. Intensifique o contato físico. Isabella explica que uma massagem diária, sem conotação sexual, melhora muito a relação entre o casal. “Compre um creme ou óleo bem cheiroso. Todos os dias, antes de dormir, massageie seu parceiro por quinze minutos. Esse contato físico carinhoso libera hormônios como a endorfina, além de trazer intimidade para o relacionamento”, diz a terapeuta.


Contato físico estimula a excitação do casal
5. Liste do que você gosta e do que não gosta na hora do sexo. No que diz respeito à sexualidade, achar que existe uma regra é ilusão. Por isso, é importante saber o que agrada e desagrada na cama. Peça para o seu parceiro fazer o mesmo e depois troquem as listas. “É uma espécie de manual de instruções mesmo. Muita gente acha que o ‘óbvio é óbvio’, mas isso não é verdade. Compartilhar essas informações traz mais maturidade e intimidade para a relação, além de retirar a ansiedade de tentar adivinhar o que o outro gosta na cama”, comenta Isabella.


6. Comidinhas podem tirar a relação da rotina. “Alimentos afrodisíacos não existem. O que encanta é o visual, a maneira como é arranjado. Flores comestíveis, frutas que remetem ao sexo são boas para encantar”, explica a sexóloga Carla Cecarello.
  
Isabella concorda. Para ela, “afrodisíaco” é a maneira como se inserem os alimentos na brincadeira. “Pode passar o alimento pelo corpo do parceiro, fazer com que cheire, estimular os sentidos, dar de comer na boca, ou até morder um pedaço e colocar na boca de seu companheiro. Saborear é muito importante”. Uma dica é abusar de frutas sem cheiro muito forte e que não deixem pedacinhos nos dentes.

7. Olho no olho, respiração conjunta. Antes do sexo ou durante a penetração, sentir a genital de seu parceiro com mais calma é um prazeroso caminho para o orgasmo. A dica é parar os movimentos e respirar juntos, sem desviar os olhos um do outro. Nessa posição, focalize toda a atenção na região genital e experimentem mexê-la bem devagar. Para os homens, contraiam a base do pênis; para as mulheres, tentem apertar a musculatura da vagina. “Durante o sexo agitado, a percepção dessa área diminui, fazendo com que seja uma experiência incompleta. Sentir essa parte do corpo aumenta a possibilidade de um orgasmo pleno, além de aumentar a cumplicidade entre os dois”, finaliza Isabella.


Ninguém sabe, ninguém viu...

‘O raro silêncio de Lula’, editorial do Estadão
PUBLICADO NO ESTADÃO DESTE DOMINGO
Habitualmente muito loquaz e atento a todas as oportunidades para exercitar a vanglória e malhar os adversários, Luiz Inácio Lula da Silva está mudo desde o início das manifestações de rua que há semanas tomaram conta do País. Nos últimos dias, uma oportuna viagem à África tirou-o de circulação.

Enquanto isso, multiplicam-se as evidências de que, pelo menos para parte significativa dos quadros do PT, inclusive alguns solidamente instalados no Palácio do Planalto, todos de olho em 2014, o “volta Lula”, mais do que um apelo nostálgico, é a última esperança de sobrevivência do tão acalentado projeto de perpetuação no poder.

Lula tem reafirmado que Dilma é sua candidata, portanto, a candidata do PT nas eleições presidenciais do ano que vem. De fato, pelo menos até um mês atrás tudo levava a crer que o encaminhamento natural dos acontecimentos levaria à reeleição de Dilma.

Seria muito difícil explicar politicamente a não candidatura da presidente, mesmo que para ceder o lugar ao seu mentor. A não ser, é claro, que surgisse um inquestionável motivo de força maior. E essa força maior seria a ameaça iminente à hegemonia político-eleitoral do PT.

Pois a “força maior” está nas ruas. Apesar de o marqueteiro oficial João Santana garantir que em quatro meses Dilma terá recuperado o prestígio que despencou nas últimas semanas, os petistas já colocaram as barbas de molho.

Não os tranquiliza nem o argumento de que Lula conseguiu dar a volta por cima e se reeleger, após o escândalo do mensalão, em 2005, que lhe havia custado uma forte queda nos índices de aprovação popular.

Ocorre que Dilma, ao contrário de seu criador, não tem o menor carisma. E em 2006 o País surfava na onda da estabilidade monetária, crescimento econômico e avanços sociais. Um panorama muito diferente daquele em que está hoje mergulhado em razão, entre muitas outras, da crônica incompetência do governo lulopetista.

Antes mesmo do início das manifestações populares, o “volta Lula” já estava nas ruas. Ainda em abril, antes da aprovação pelo Congresso da MP dos Portos, que Dilma Rousseff sancionou em 5 de maio, um grupo de aproximadamente 200 militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o braço sindical do PT, marcava sua posição em ato público na Avenida Paulista, ao coro vibrante de “Volta Lula!”. Era a expressão de um sentimento que já então se percebia, embora tímido e discreto, nos círculos lulopetistas Brasil afora.

Na quarta-feira passada, em dois ambientes diferentes e em contextos distintos, duas personagens próximas de Lula vocalizaram o mesmo desejo. O cientista político André Singer, antigo porta-voz de Lula na Presidência, respondeu a uma indagação, durante debate na USP, com a afirmação de que, em consequência da queda da popularidade de Dilma, o nome de Lula, como candidato em 2014, “está colocado”. Singer fez a ressalva de que não estava em condições de afirmar se Lula está ou não disposto ou decidido a ser candidato. E, dizemos nós, muito provavelmente não está.

Por sua vez, o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), cuja devoção a Lula se consubstanciou na tentativa de propor um terceiro mandato consecutivo para o então presidente, que cumpria o segundo, foi bem mais explícito. Depois de criticar abertamente a presidente, afirmando que “o que falta no governo Dilma é gestão”, Ribeiro foi categórico: “Já está na hora de o Lula voltar”.

É claro que, mesmo a conveniente distância, Lula está perfeitamente a par das manifestações desse queremismo. Que, aliás, é muito compreensível, uma vez que, diante dos últimos acontecimentos, a companheirada vislumbra uma luz no fim do túnel e a identifica como a de uma locomotiva sem freio que ameaça atropelá-los.

Mas Lula dificilmente mete a mão em cumbuca. E não foi por outra razão que, diante do clamor da massa que perdeu a paciência com o governo, ele enfiou a viola no saco e foi cuidar de sua vida em outras paragens. Afinal, a coisa está feia. E ninguém mais do que ele é o culpado pelo que está aí.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Vamos em frente...


Só rindo...


Refletir...

“O passado é história, o futuro um mistério e o presente uma dádiva.”) (Provérbio Chinês)

http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/5/

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
Escolhas lexicais: uma relação entre ortografia e semântica
A relação estabelecida entre a ortografia e a semântica desempenha fator preponderante nas escolhas lexicais que fazemos.
A ortografia e a semântica são fatores relacionados às escolhas lexicais de que fazemos uso
Como usuários da língua, devemos ter habilidades específicas para que possamos efetivar nossas relações interpessoais de forma precisa e objetiva. Em se tratando de situações específicas de interlocução, como é o caso da escrita, tal pressuposto parece ganhar ainda mais notoriedade.

Assim, partindo do pressuposto de que nos encontramos submetidos a um sistema convencional, comum a todos, as escolhas lexicais que fazemos, seja na modalidade oral, seja na escrita, mantêm uma estreita relação com a semântica. Ou seja, ao fazermos uso desta ou daquela palavra, temos, necessariamente, de estar a par do seu verdadeiro significado.

Nesse sentido, abordaremos algumas questões relacionadas à paronímia, cuja característica se demarca pela semelhança entre som e grafia que existe entre as palavras, porém com divergências no que se refere ao significado. Analisemos, portanto, alguns casos representativos, de modo a contribuir para que você faça a escolha adequada:

Apóstrofe (interpelação, chamamento) X Apóstrofo (sinal gráfico)

Bimensal (que ocorre duas vezes por mês) X Bimestral (que ocorre de dois em dois meses)

Calda (líquido engrossado durante a fervura numa solução de açúcar) X Cauda (rabo)

Delação (denúncia, acusação) X Dilação (demora, prorrogação)

Desfiar (desfazer em fios) X Desfear (tornar feio)

Invicto (invencível, que nunca foi vencido) X Invito (involuntário, que procede contra a própria vontade)

Lactante (que produz leite, amamenta) X  Lactente (que ainda mama)

Moleta (instrumento de mármore usado para moer tintas) X Muleta (suporte utilizado pelos portadores de necessidades especiais)

Treplicar (refutar com tréplica) X Triplicar (multiplicar por três)

Vívido (vivo, ardente) X Vivido (alguém que já viveu muito, experiente)  


Como você pôde perceber, sobretudo nesse último exemplo, apenas um sinal gráfico é o bastante para demarcar características semânticas entre as palavras. Em razão disso, precisamos estar de olhos bem abertos.

Mais uma etapa superada...