sábado, 20 de julho de 2013
Refletir...
"Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida, pois
das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda." (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/5/
Língua afiada..
PEGADINHA GRAMATICAL
O recorrente uso de alguns termos – Uma análise minuciosa
A opção de atribuirmos o adjetivo
“recorrente” ao título foi tão somente para enfatizarmos uma prática
linguística bastante usual e que, sem nenhuma dúvida, se torna imperceptível
aos olhos de uma leva de emissores.
Constatamos que tal prática se
materializa não somente em falas cotidianas, mas também com uma certa
predominância na linguagem não verbalizada, retratada nos outdoors, panfletos,
anúncios, banners, enfim, em todos os discursos que representam a modalidade em
questão.
Ao nos referirmos às falas diárias,
mencionamos o fato de que mesmo em se tratando da oralidade, certos “deslizes”
se configuram como verdadeiras gafes, influenciando de modo negativo nossa
postura enquanto interlocutores.
Diante de tal prerrogativa, é
essencial que estejamos vigilantes quanto às nossas atitudes, no intuito de
evitarmos consequências desagradáveis. Para tanto, nada que algumas dicas não
possam atuar como excelentes subsídios rumo a este propósito, como estas
evidenciadas a seguir, com vistas a exemplificar os casos de maior incidência.
Vejamos, portanto:
a) Ao meu ver estas decisões não
foram tão eficazes quanto imaginávamos.
Neste caso, alerta-se para o fato de
que tal expressão não é precedida por artigo. Sendo, assim, reformulada:
A meu ver estas decisões não foram
tão eficazes quanto imaginávamos.
b) Esperamos que todos sejem muito
felizes nesta nova caminhada.
Menciona-se, aqui, para a questão
referente ao correto emprego do verbo, tendo em vista o tempo e modo a que se
refere. Como se trata do presente do modo subjuntivo, a expressão se
evidenciaria da seguinte forma:
Esperamos que todos sejam muito
felizes nesta nova caminhada.
c) Já é 8h, e nada de eles
aparecerem.
Sugere-se uma total atenção quanto à
concordância referente ao verbo “ser”, uma vez que este, na indicação de tempo,
medida ou quantidade, é flexionado. Portanto, reformulando o discurso,
obteríamos:
Já são 8h, e nada de eles aparecerem.
d) Certamente você gostará do óculos
que mandei fazer.
Há, na língua, determinadas palavras
que só existem sob a forma pluralizada, e óculos é um típico exemplo destas.
Assim sendo, ao estabelecermos a concordância, obteríamos:
Certamente você gostará dos óculos
que mandei fazer.
e) Houveram muitas reclamações em
relação ao novo modelo de telefonia móvel.
O verbo “haver”, quando retratado
pelo sentido de existir, se configura como impessoal, permanecendo, impreterivelmente,
na 3ª pessoa do singular, assim expresso:
Houve muitas reclamações em relação
ao novo modelo de telefonia móvel.
f) Aluga- se apartamentos para
temporada.
Quando analisado, o sujeito da
referida oração manifesta-se pelo vocábulo “apartamentos” e, sobretudo, quando
transformada na voz passiva, a oração se evidencia por:
Apartamentos são alugados para
temporada. Logo, alugam-se apartamentos para temporada.
g) Você hoje me parece meia confusa.
Prefira alimentos com menas calorias.
Ambos os enunciados estão submetidos
a uma característica de total relevância: o fato de os advérbios (meio/menos)
pertencerem a uma classe gramatical invariável. Assim sendo, estes carecem de
uma reformulação, representada por:
Você hoje me parece meio confusa.
Prefira alimentos com menos calorias.
História...
República Nova – A Era Vargas
Vargas sofreu com a pressão de seus adversários políticos.
O governo de Getúlio Vargas na Nova
República marcou o último período de sua longa carreira política. Eleito pelo
povo no ano de 1951, Vargas já tinha assumido a presidência do Brasil entre os
anos de 1930 e 1945. Nesse tempo, realizou grandes obras e instituiu várias
empresas que modernizaram a economia brasileira. No entanto, entre os anos de
1937 e 1945, ele também impediu que a população tivesse grande participação nos
assuntos políticos da nação e não admitia que ninguém realizasse algum tipo de
cobrança ou exigência do seu governo.
As ações positivas de seus governos
anteriores acabaram pesando mais para que ele conseguisse voltar ao cargo de
presidente. Nessa época, os seus opositores tinham a oportunidade de manifestar
e não perdiam tempo para dizer que ele não tinha preparo para realizar as
melhores decisões em favor do país. Em geral, os que não gostavam de sua
presença no governo diziam que ele impedia que a economia do Brasil crescesse
com a chegada de empresas estrangeiras no país.
Nesse seu mandato foi criada a
Petrobras, uma importante empresa do governo que realiza a exploração do
petróleo encontrado nas terras e mares brasileiros. Na visão do presidente
Vargas, a economia do Brasil só iria crescer de verdade com o controle e o
investimento do próprio governo brasileiro, sem a interferência de outras
grandes empresas estrangeiras. Foi daí que seus adversários políticos
organizaram, em 1954, um falso atentado contra Carlos Lacerda, um dos
jornalistas que mais utilizavam o rádio e os jornais para criticar Getúlio
Vargas.
Com a realização desse falso
atentado, os adversários de Vargas esperavam que a população se voltasse contra
o presidente eleito. No entanto, antes que as mobilizações de repúdio pudessem
acontecer, Getúlio Vargas se matou com um tiro no peito. Antes de acabar com a
própria vida, deixou uma carta dizendo que “forças terríveis” o forçaram a
tomar esse tipo de medida. Desse modo, o seu suicídio acabou alimentando um
forte movimento popular contra os seus opositores.
http://www.escolakids.com/republica-nova-a-era-vargas.htmVIva a sabedoria...
Consciência e as relações com o outro e o ser-em-si, segundo Sartre
Segundo Sartre, para explicar as
relações da consciência é preciso determinar dois seres: o Ser-em-si e o
Ser-para-si.
Para explicar as relações da
consciência é preciso antes defini-la tal como Sartre o fez. Partindo da
análise da consciência do homem - um ser que está no mundo, ou seja, vinculado
ou indissociável enquanto corpo-mente-mundo - é possível determinar dois seres:
O Ser-em-si e o Ser-para-si.
O primeiro diz respeito às coisas tal como se
apresentam para nós, sendo fenômeno (aparição) ou não, ou seja, existem aí no
mundo (Dasein), independente de qualquer coisa. O segundo, o para-si, é a
consciência que ao se defrontar com o mundo torna-se um processo dinâmico
(contrastando com a inércia do em-si) e faz com que o em-si se desvele.
Essa relação evidencia a natureza do
Para-si: é o nada que vê nos objetos o seu não ser, isto é, relacionado com o
ser-em-si, ele (o para-si ou consciência) não se identifica com nenhum dos
seres (em-si), sendo, portanto, uma falta, uma carência que é na verdade o
movente para atingir aquele repouso do em-si. O para-si deseja ser.
Também o para-si é um ser
contingente, mas que ao contrario do em-si quer ser causa da sua própria
existência e que questiona seu próprio ser. Nisso já está implícito um conceito
de liberdade que é característica do ser-para-si. Essa liberdade permite que
uma subjetividade seja objetiva e nesta ação está a responsabilidade que Sartre
atribui a cada homem.
A consciência quando se depara com um
ser (em-si ou para-si), seja na forma de percepção, seja na de imaginação, tem
uma intenção: a intencionalidade da consciência diante dos fenômenos
(existentes) é uma forma negadora de outros objetos (externos) e de si mesma
(interna) e por isso ela (a consciência) é o nada que vem ao mundo pelo homem e
faz a relação entre ser-em-si e ser-para-si ser um fluxo recíproco entre eles.
Como a consciência não consegue se
identificar com nenhum ser-em-si, ela disto se aproxima quando em relação com
outra consciência. Isto porque a ação ou escolha enquanto consciência percebe a
contingência e gratuidade de sua existência que geram a angústia posterior a
uma sensação de náusea.
Angústia porque a responsabilidade é totalmente do
individuo ou de cada individuo enquanto forma de reagir ao mundo, às coisas,
etc., causados pela náusea de saber que não existe um Deus ou um fundamento que
determine a sua essência. Se, como diz Sartre, a existência precede a essência,
o homem enquanto jogado ao mundo é quem desenvolve seus projetos e único
responsável por suas ações.
Estas ações podem implicar numa ética. A relação
entre consciência é o que permite que a escolha seja de fato universal. Se a
consciência é livre e pode escolher, quando isto se dá, quer dizer que é
escolher a liberdade para todos os homens, pois se escolhe o homem (a
consciência).
Dessa forma, outro é que é o espelho
para um indivíduo (intersubjetividade) e determina a escolha em agir ou não da
mesma forma e pode, também, melhor emitir um juízo sobre esse indivíduo. Assim,
de sua frase “o inferno são os outros” é que temos a concepção de que os
julgamentos são sempre parciais.
Não é a defesa de um tipo de egocentrismo
exacerbado, mas sim a verificação ontológica da possibilidade das escolhas seja
feita universalmente devido ao fato de que ao se escolher, escolhe-se a
liberdade.
Há uma pretensa noção de que as escolhas conscientes se uniformizem,
já que o conflito é inevitável entre seres livres que pensam e escolhem
diferente. Mas o que pode ser considerado mais universal é que o homem é um ser
para a morte.
http://www.brasilescola.com/filosofia/consciencia-suas-relacoes-com-outro-ser-em-si-segundo-sartre.htmArte...
Artes plásticas
No início da década de 1830, um grupo
de pintores, entre os quais Théodore Rousseau, Charles-François Daubigny e
Jean-François Millet, se estabeleceu no povoado francês de Barbizon com a
intenção de reproduzir as características da paisagem local. Cada um com seu
estilo, enfatizaram em seus trabalhos o simples e ordinário, ao invés dos
aspectos grandiosos da natureza. Millet foi um dos primeiros artistas a pintar
camponeses, dando-lhes um destaque até então reservado a figuras de alto nível
social. Outro importante artista francês frequentemente associado ao realismo
foi Honoré Daumier, ardente democrata que usou a habilidade como caricaturista
a favor de suas posições políticas.
O primeiro pintor a enunciar e
praticar deliberadamente a estética realista foi Gustave Courbet. Como a enorme
tela "O estúdio" foi rejeitada pela Exposition Universelle de 1855, o
artista decidiu expor esse e outros trabalhos num pavilhão especialmente montado
e deu à mostra o nome de "Realismo, G. Courbet". Adversário da arte
idealista, incitou outros artistas a fazer da vida comum e contemporânea motivo
de suas obras, no que considerava uma arte verdadeiramente democrática. Courbet
chocou o público e a crítica com a rude franqueza de seus retratos de operários
e camponeses em cenas da vida diária.
O realismo tornou-se uma corrente
definida na arte do século XX. A ela se integram as cenas quase jornalísticas
do lado mais desagradável da vida urbana produzidas pelo grupo americano
conhecido como Os Oito, e a expressão do cinismo e da desilusão do período após
a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, presente nas obras do movimento
conhecido como Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade).
O realismo socialista, adotado como
estética oficial na União Soviética a partir dos primeiros anos da década de
1930, foi pouco fiel às características originais do movimento. Embora se
propusesse também a ser um espelho da vida, sua veracidade deveria estar de
acordo com a ideologia marxista e as necessidades da construção do socialismo.
O maior teórico do realismo
socialista foi o húngaro György Lukács, para quem o realismo não se limita à
descrição do que existe, mas se estende à participação ativa do artista na
representação das novas formas da realidade. Essa doutrina foi implementada na
União Soviética por Andrei Jdanov. Em pintura, destacou-se entre os soviéticos
Aleksandr Gherassimov. Os retratos de intrépidos trabalhadores produzidos
dentro da linha do realismo socialista, no entanto, deixam transparecer um
positivismo heroico, mas a ambição realista perde-se na idealização de uma
organização social perfeita. Grande número de artistas soviéticos, partidários
de uma sociedade de justiça social mas cerceados em sua liberdade essencial de
criar, abandonaram o realismo socialista, deixaram a União Soviética e se
integraram aos movimentos artísticos do Ocidente.
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