“A esposa é escolhida
por sua virtude; a concubina, por sua beleza.” (Provérbio
Chinês)
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Parônimos e Homônimos
Parônimos:
são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na
grafia ou na pronúncia.
“Estória”
é a grafia antiga de “história” e essas palavras possuem significados
diferentes. Quando dizemos que alguém nos contou uma estória, nos referimos a
uma exposição romanceada de fatos imaginários, narrativas, contos ou fábulas;
já quando dizemos que fizemos prova de história, nos referimos a dados
históricos, que se baseiam em documentos ou testemunhas.
Ambas
as palavras constam no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia
Brasileira de Letras. Porém, atualmente, segundo o Novo Dicionário Aurélio da
Língua Portuguesa, é recomendável usar a grafia “história” para denominar ambos
os sentidos.
Outros
exemplos:
Flagrante
(evidente) / fragrante (perfumado)
Mandado
(ordem judicial) / mandato (procuração)
Inflação
(alta dos preços) / infração (violação)
Eminente
(elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
Arrear
(pôr arreios) / arriar (descer, cair)
Homônimos:
são palavras que têm a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
Acender
(pôr fogo) / ascender (subir)
Estrato
(camada) / extrato (o que se extrai de)
Bucho
(estômago) / buxo (arbusto)
Espiar
(observar) / expiar (reparar falta mediante cumprimento de pena)
Tachar
(atribuir defeito a) / taxar (fixar taxa)
http://www.brasilescola.com/gramatica/paronimos-homonimos.htmHistória...
Revolta da Sabinada na
Bahia
Cabanagem, Farrapos e
Balaiada também foram exemplos de rebeliões contra o governo regencial
O
Brasil, após a sua independência em 1822, implantou uma monarquia cujo primeiro
Imperador foi D. Pedro I, que se manteve no poder até 1831, quando abdicou ao
trono em virtude, principalmente, das pressões políticas de fazendeiros que
exigiram sua saída. A consequência do ato de abdicação ao trono foi a formação
do governo regencial, que vigorou de 1831 a 1840, uma vez que D. Pedro II não
possuía idade suficiente para comandar o país. Durante esse período, diversas
rebeliões provinciais com o objetivo de buscar melhorias no campo político,
econômico e social ocorreram.
A
Sabinada foi uma revolta provincial que aconteceu na Bahia entre os anos de
1837 e 1838, e teve como líder o médico Francisco Sabino Barroso. A falta de
autonomia política da província durante o período regencial, as dificuldades
econômicas e o recrutamento forçado da população em 1837 para combater a Guerra
dos Farrapos no Rio Grande do Sul foram os motivos principais para o surgimento
desse movimento.
Uma
das características da Sabinada foi a ausência da camada popular durante a luta
contra o governo central. A classe média
composta por comerciantes e profissionais liberais (como médicos, advogados e
professores) foram os responsáveis pela liderança da rebelião. Essas lideranças
também contaram com o apoio do exército baiano que ajudou a conquistar a cidade
de Salvador em 7 de novembro de 1837, onde instalaram a República Baiana com o
objetivo de separar a província do Império até que D. Pedro II alcançasse a
maioridade.
Os
fazendeiros ricos apoiaram inicialmente a rebelião, mas, devido à radicalização
das ideias das lideranças, eles se afastaram e passaram a ajudar as forças
imperiais no combate aos revoltosos. As promessas de libertação dos escravos
que se unissem ao movimento assustaram os fazendeiros que temiam uma revolução
escrava na Bahia, assim como foi a Revolta dos Malês em 1835.
O
governo central com o apoio dos fazendeiros agiu violentamente contras os
revoltosos, que perderam o poder de Salvador em 1838, quando foram derrotados
pelas forças imperiais. As lideranças da Sabinada foram perseguidas e presas,
como foi o caso de Francisco Sabino, que foi capturado e enviado para a
província de Mato Grosso. Assim, essa rebelião provincial não conseguiu êxito
frente à força do governo central, que acabou conseguindo controlar a situação.
Viva a sabedoria...
Èmile Durkheim e a
crítica às perspectivas sociológicas de Comte e Spencer
Durkheim,
um dos pais da sociologia moderna, criticou as perspectivas sociológicas de
Auguste Comte e Herbert Spencer, porque, entre outros motivos, este sintetizou
os fatos sociais; e aquele generalizou o termo “sociedade”.
Comte
queria explicar o movimento social consolidado, colocando os fatos sociais como
idênticos em todos os lugares, variando apenas sua intensidade.
Durkheim
criticou a perspectiva comteana pela sua generalização do termo “sociedade”,
proposto como objeto de estudo para as ciências sociais, que deveriam utilizar
como método a observação dos fatos sociais.
Ao
propor a sociedade como um organismo social, Comte a elevou à condição de SER,
com uma natureza e leis próprias, mas não levou em consideração os diferentes
tipos de sociedades existentes, colocando essas diferenças como etapas
distintas de uma mesma evolução. Ele pretendia explicar o movimento social
consolidado, colocando os fatos sociais como idênticos em todos os lugares,
variando apenas na sua intensidade.
Durkheim,
em contrapartida, sugeriu a observação das várias sociedades, não como
pertencentes a uma evolução que desemboca no mesmo lugar, mas como espécies
distintas de um organismo cujas observações e comparações nos levariam a
conhecer tal organismo. Além disso, Comte não atribuiu ao termo “organismo” seu
devido valor, pois não conseguiu explicar de onde veio ou como se consolidou
esse novo ser que ele sugere, já que este não é uma evolução do indivíduo
(continuidade).
Spencer,
por sua vez, percebeu e estudou as várias sociedades, classificando-as,
procurando leis gerais da evolução social (as quais todas as sociedades
deveriam enfrentar e utilizar), encontrando na analogia entre ser social e ser
vivo (indivíduo) o modo de conhecer o organismo social, uma vez que a vida
social deriva da vida individual e, portanto, guarda semelhanças para com ela.
A crítica que Durkheim dispensa a Spencer é por ele não ter estudado os fatos
sociais para conhecê-los, mas para deduzir deles leis gerais que pretendem
explicar toda a realidade pelas leis da evolução. Desse modo, sintetizou e
generalizou os fatos sociais, submetendo-os a uma mesma lei geral, quando cada
fato social deveria ser estudado particularmente, com o objetivo de conhecê-lo
e de estabelecer regras para aquele tipo determinado de sociedade, sem
generalizações abstratas que de nada servem para o desenvolvimento dessa nova
ciência.
Após
uma breve análise do caminho percorrido pela sociologia desde o seu nascimento,
Durkheim propôs para essa nova ciência um objeto determinado, a saber: os fatos
sociais. Para estudá-los, ele propôs o método da observação e experimentação
indireta, ou seja, o método comparativo, o único pelo qual a sociologia pode se
tornar uma ciência positiva e chegar a resultados sólidos, livres das
abstrações metafísicas.
Desse
modo, a própria ciência nascente, à medida que se constitui, produz suas
próprias divisões essenciais a fim de uma maior compreensão do tema abordado. A
primeira delas é a psicologia social encarregada de estudar fenômenos de ordem
psicológica que ultrapassam a esfera do indivíduo, tais como tradições
religiosas, crenças políticas e linguagem. A segunda divisão é a moral que deve
estudar as máximas e crenças morais como fenômenos naturais dos quais se buscam
as causas e as leis. A terceira divisão se estende para a ciência jurídica e
criminologia que ficam responsáveis pelo estudo das leis morais que não devem
ser infringidas. A quarta e última divisão diz respeito à economia política,
que estuda os fenômenos econômicos.
Assim,
as ciências sociais propõem explicar ao indivíduo o que é a sociedade, de
maneira que ele se reconheça nela como um órgão em um organismo, ou seja, como
uma parte essencial, mas não a única para o bom funcionamento do todo social.
Arte...
Cosplay
Cosplay
é uma atividade que consiste em fantasiar de forma correta, com acessórios e
outros artigos, representando um determinado personagem. Esta atividade se
originou nos Estados Unidos, em 1970, quando uma determinada convenção promoveu
a entrada gratuita de pessoas fantasiadas de super-heróis.
Normalmente
os cosplayers se fantasiam a partir de personagens japoneses contidos em
animes, mangás e videogames, produzindo sua própria fantasia (réplica), sua
apresentação e até mesmo o desenvolvimento do cenário. Essa atividade permite
que adultos, adolescentes e crianças participem juntas deste processo, criando
vínculos entre diferentes idades.
Existem
pessoas que por algum motivo específico e particular não conseguem terminar
suas fantasias e estes com muito humor criaram o toscosplay, que consiste na
participação do cosplay de uma forma tosca e engraçada. O toscosplay, diferente
do cosplay, não prioriza a caracterização e sim sua intenção e irreverência.
No
Brasil, o cosplay começou a ser usado na década de 80 de forma tímida e
pequena, mas na década de 90 tornou-se uma mania popular e ousada. Já existem
concursos e competições no país acerca do cosplay, o que deu aos brasileiros,
em 2006, o título de melhores cosplayers do mundo. Estes concursos avaliam a
caracterização como um todo (figurino, maquiagem, cabelo, interpretação e
cenário) e escolhem ao final o que melhor se empenhou e destacou entre as
exigências. Os principais concursos, no Brasil, de cosplay são produzidos por
uma empresa especializada em animações japonesas, o que dá mais credibilidade
aos vencedores.
Entendendo...
O sentido da Páscoa:
chocolate nosso de cada dia nos dai hoje?
De
uma data judaica, transformando-se em data cristã, hoje a Páscoa é muito mais
lembrada por seu sentido comercial.
O
coelho e o ovo remetem à ideia de fertilidade, de nascimento.
Dentre
as datas cristãs mais conhecidas está a Páscoa, momento em que o cristianismo
celebra a consumação do sacrifício de Deus encarnado em homem para a salvação
da humanidade. Segundo o cristianismo, com a morte de Jesus e sua ressurreição
ao terceiro dia, a vitória da luz sobre as trevas estaria consumada, o que
sugere ser a Páscoa um momento de renovação e renascimento, de festa em nome da
esperança.
Contudo,
a despeito de sua importância para os cristãos, trata-se de uma data de origem
ainda bastante discutida entre especialistas, mas que, em linhas gerais, parece
haver consenso quanto a sua importância para o povo judeu desde os tempos do
fim da diáspora (fuga do Egito quando eram escravos). Segundo consta, a palavra
Páscoa vem do substantivo pesah e o verbo pasah (de mesma raiz verbal)
significa passar por cima, saltar por cima, conforme aponta do teólogo Tércio
Machado Siqueira. Assim, a Páscoa seria a celebração judaica por se ter passado
pela escravidão e alcançado a terra prometida, como se vê nas citações da
Páscoa nos textos do Antigo Testamento. Logo, o que se entende é que a data foi
incorporada pelo cristianismo pelo fato de que a crucificação de Jesus ocorreu
no período Pascal.
Além
disso, haveria certa relação em termos de significação e sublimação desta data
para ambas as religiões (Cristianismo e Judaísmo), uma vez que Páscoa estaria
sempre ligada à ideia de redenção e de passagem, seja pelo sucesso da fuga do
Egito pelos hebreus, seja pela ressurreição de Cristo. De toda forma, é preciso
considerar também que estas marcações nos calendários das primeiras
organizações sociais que se têm notícia (como as que viviam no oriente médio,
por exemplo) tinham como finalidade indicar os períodos importantes para a
produção agrícola, a exemplo do início da Primavera. Para o cristianismo, mas
especificamente para a Igreja Católica, a Páscoa é também a marcação do fim da
quaresma, período este que se inicia com a quarta-feira de cinzas, no qual se
propõe uma maior constrição e reflexão por parte dos fiéis, aludindo-se ao
período em que Cristo teria ficado no deserto durante quarenta dias e quarenta
noites.
Porém, se a Páscoa do ponto de vista cristão é
vista como o momento da reflexão acerca do renascimento, isso ajudaria a pensar
porque as figuras do coelho e do ovo se fazem presente neste contexto: ambos
remetem à ideia da fertilidade, do nascimento. Como se sabe, entre algumas
culturas era comum o presentear com ovos decorados artesanalmente, o que mais
tarde se transformou em mais uma mercadoria a ser explorada pela lógica
capitalista. Confeiteiros franceses, segundo consta já no século XVIII,
lançaram os primeiros ovos de chocolate, os quais hoje acabaram por usurpar o
sentido da Páscoa, muito mais lembrada por tais guloseimas do que por seu
sentido religioso entre as pessoas de modo geral. Aliás, com o desenvolvimento
do capitalismo, como se sabe, a mercantilização de todas as esferas da vida foi
uma consequência direta. Até mesmo os símbolos mais tradicionais das culturas
populares tornaram-se assim produtos, coisas do mundo do consumo, e dessa forma
soterrando-se seus significados primeiros.
Sendo
assim, os significados da Páscoa para a cultura ocidental foram se moldando ao
longo do tempo, mas ao que parece, cada vez (assim como outras datas e outros
símbolos) está mais longe das origens, esvaziando-se em termos dos significados
mitológicos, religiosos, confundindo-se com uma data comercial para exploração
de um produto. Neste caso, o chocolate.
Curioso...
Morte Cerebral
A
morte cerebral é definida por especialistas da saúde como a perda irreversível
das funções neurológicas do cérebro e do tronco cerebral. Também conhecida como
morte encefálica, a morte cerebral acontece quando o cérebro é submetido à dor,
falta de oxigênio e de glicose.
Apesar de comandar todas as funções do
organismo, o cérebro não consegue sobreviver a qualquer dor diretamente
relacionada a ele (apesar de receber as sensações de dor de todo o corpo) e
ainda não resiste à falta ou baixa considerável do fluxo de sangue, pois a
partir deste é que se tem oxigênio e glicose.
Apesar
de muitas pessoas confundirem, a morte cerebral não é a mesma coisa que coma,
pois o coma é a perda da consciência com funcionamento ativo das funções
cerebrais. Pode-se dizer que a morte cerebral é um estado de coma irreversível,
já que a perda das funções neurológicas do cérebro ocorre de maneira
definitiva. É curioso que o cérebro apesar de tão sensível exerça tão
importante papel no ser humano. Porém, sensível como é, consegue permanecer
vivo num período de até seis minutos após o coração parar de bater, pois a
partir desse período deixa de receber oxigênio e glicose e passa a morrer.
A
morte cerebral pode ocorrer por traumas na cabeça, falta de oxigenação,
derrame, tumores, overdose e falta de glicose. Tais ocorrências provocam
derramamento de sangue no cérebro, inchaço, diminuição súbita das atividades
nervosas cerebrais e aumento da pressão intracraniana.
Para confirmar a morte
cerebral, são avaliados a resposta do indivíduo aos diversos comandos, o
reflexo e a movimentação do organismo, a resposta das pupilas em face de grande
luz, a movimentação dos olhos em direção contrária à movimentação da cabeça,
reflexos na córnea, respostas a estímulos feitos na sobrancelha, resposta a
estímulos feitos através do ouvido, estímulos que induzem o indivíduo a
engasgar e teste de respiração espontânea.
Por
meio de tais avaliações que estudam a reação neurológica de cada estímulo é que
se pode afirmar a presença ou a ausência das funções neurológicas no organismo.
Quando o indivíduo não responde aos estímulos acima citados, o especialista já
detectará a morte cerebral. Em alguns indivíduos, os reflexos medulares ainda
podem estar presentes mesmo após a morte encefálica.
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