sábado, 10 de agosto de 2013
Refletir...
"A quem sabe esperar, o tempo abre as portas." (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/5/
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Relações homófonas estabelecidas entre as letras “X” e
“CH”
Eis que nos
deparamos com mais uma das curiosas particularidades inerentes ao estudo
ortográfico das palavras. Desta feita, tais traços dizem respeito à homofonia,
aspecto intrínseco à semântica, convergindo, portanto, no significado expresso
pelas palavras em um dado contexto.
Palavras homófonas
são aquelas que se assemelham quanto ao som, embora se apresentem divergentes
quanto à ortografia. Integrando esse fenômeno linguístico estão as vogais, bem
como as consoantes. E, por assim dizer, atentemo-nos a alguns casos que
apresentam as letras “X” e “CH”, representados por:
Os referidos
exemplos permitiram-nos concluir que apesar de idênticos no som, representam
significados distintos, retratando a ocorrência linguística ora abordada.
História...
Tratados de Paz da I Guerra Mundial
Reunião onde foi
apresentado o esboço do Tratado de Versalhes. Georges Clemenceau, presidente da
França, fala aos presentes.
Durante o desenrolar
das batalhas nos últimos anos da I Guerra Mundial, alguns tratados de paz foram
sendo assinados para possibilitar a saída de alguns países do conflito.
O primeiro a ser
assinado foi o Tratado de Brest-Litovsk, em 3 de março de 1918, que recebeu
este nome em razão da cidade em que foi assinado. O novo governo bolchevique,
que havia fundado a República Soviética Russa, entrava em acordo com a
Alemanha, encerrando o conflito entre os dois países. No tratado, os russos
perderam regiões fornecedoras de carvão e petróleo, além de vários outros
territórios na região ocidental, como a Ucrânia e a Finlândia.
A guerra duraria
ainda mais alguns meses, sendo encerrada em 11 de novembro de 1918, com a
decretação de armistício e um cessar-fogo. A Alemanha se viu sem saída frente
às derrotas que seu exército estava sofrendo. O kaiser Guilherme II renunciou
ao trono, sendo substituído por um governo civil, cuja maioria dos membros era
decorrente do Partido Social Democrata. A partir daí, iniciaram-se as
negociações para o estabelecimento da paz entre os países beligerantes.
A primeira tentativa
de se chegar a um acordo ocorreu com a iniciativa do governo dos EUA, através
da proposta do plano de paz do presidente Woodrow Wilson. Neste plano, chamado
de os 14 pontos de Wilson, os alemães deveriam se retirar dos territórios
ocupados e criariam ainda a Liga das Nações, destinada a impedir o surgimento
de novas guerras. Este tratado, aceito pelos alemães, previa o surgimento da
“paz sem vencedores”.
Mas este não era o
objetivo dos demais países da Entente, principalmente a Inglaterra e a França.
Reunidos em Versalhes, nos arredores de Paris, entre janeiro e junho de 1919,
os representantes dos países vencedores negociavam as condições do pós-guerra.
Inglaterra e França não aceitaram os termos propostos pelo presidente dos EUA
para a paz, exigindo que a Alemanha indenizasse os demais países pelos danos
causados.
O Tratado de
Versalhes considerou a Alemanha culpada pela guerra e impôs duras condições
para a manutenção da paz. Os alemães deveriam pagar uma indenização de 30
bilhões de dólares; renunciar às colônias marítimas; ceder à França a região da
Alsácia-Lorena, região de grande quantidade de recursos energéticos; reconhecer
a independência da Polônia; não poderiam reestruturar suas Forças Armadas, limitando
seu exército a 100 mil homens, perdendo ainda sua artilharia e aviação, além de
não poderem construir navios de guerra.
Além disso, o
Tratado de Versalhes previa ainda a formação da Liga das Nações, cuja função
era a de ser um árbitro dos conflitos internacionais com o objetivo de evitar
novas guerras. O projeto não obteve sucesso, pois não contou com importantes
países do cenário mundial, como Rússia, EUA e a própria Alemanha.
Em setembro de 1917,
seria ainda assinado o Tratado de Saint-Germain com a Áustria, que decidiu pelo
desmembramento do Império Austro-Húngaro. Surgiram com isso novos países, como
a Áustria, a Hungria, a Polônia, a Tchecoslováquia e o Reino dos Sérvios,
Croatas e Eslovenos (que mais tarde se transformaria na Iugoslávia). A Áustria
perdia ainda seu acesso ao mar neste tratado.
Com a Turquia seria
assinado ainda o Tratado de Sèvres, que colocou fim ao secular Império
Turco-Otomano.
A I Guerra Mundial,
que deixou perto de 13 milhões de mortos e 20 milhões de feridos, fez com que a
Alemanha, através do Tratado de Versalhes, mergulhasse em uma profunda crise
econômica e social. O resultado desta crise foi a ascensão do nazismo na década
de 1930 e a posterior eclosão da II Guerra Mundial.
Viva a sabedoria...
Escolas filosóficas do período helenístico
Período em que a
filosofia se expandiu para Roma.
A palavra
“helenística” deriva de helenismo, termo que corresponde ao período que vai de
Alexandre Magno, o macedônico, até o da dominação romana (fim do séc. IV a. C.
ao fim do séc. I d.C.). Alexandre foi o grande responsável por estender a
influência grega desde o Egito até a Índia.
A filosofia
helenística corresponde a um desenvolvimento natural do movimento intelectual
que a precedeu e torna a defrontar-se muitas vezes com temas pré-socráticos;
porém, sobretudo ela é profundamente marcada pelo espírito socrático. A
experiência com outros povos também lhe permitiu desempenhar certo papel no
desenvolvimento da noção de cosmopolitismo, isto é, da ideia de homem como
cidadão do mundo.
As escolas
helenísticas têm em comum a atividade filosófica, como amor e investigação da
sabedoria, sendo esta um modo de vida. Elas não se diferenciavam muito na
escolha da forma de sabedoria. Todas elas definiam a sabedoria como um estado
de perfeita tranquilidade da alma. Nesse sentido, a filosofia é uma terapêutica
dos cuidados, das angústias e da miséria humana, miséria resultante das
convenções e obrigações sociais.
Todas as escolas
helenísticas trazem certa herança socrática ao admitir que os homens estão
submersos na miséria, na angústia e no mal, porque estão na ignorância; o mal
não está nas coisas, mas no juízo de valor que os homens atribuem a elas. Disso
decorre uma exigência: que os homens cuidem de mudar radicalmente seus juízos
de valor e seu modo de pensar e ser. E isso só é possível mediante a paz
interior e a tranquilidade da alma.
Mas se há
semelhanças entre as escolas quanto ao modo de conceber a filosofia como
terapia da alma, há também diferenças significativas. Há os dogmáticos, para os
quais a terapia consiste em transformar os juízos de valor e há os céticos e
cínicos, para os quais se trata de suspender todos os juízos. Dentre as
dogmáticas, que concordam que a escolha filosófica fundamental deve
corresponder a uma tendência inata do homem, dividem-se em epicurismo, que
entende que é a investigação do prazer que motiva toda atividade humana, e o
platonismo, o aristotelismo e o estoicismo, para os quais, segundo a tradição
socrática, o amor do Bem é o instinto primordial do ser humano.
O estoicismo e o
epicurismo distinguem-se da filosofia platônico-aristotélica por uma consciência
da urgência da decisão moral, mas têm diferenças e semelhanças na forma de
conceber o método de ensino. Platonismo, aristotelismo e estoicismo têm em
comum a missão de formar os cidadãos para serem dirigentes políticos. Essa
formação visa atingir uma habilidade para o uso da palavra por meio de
numerosos exercícios retóricos e dialéticos, extraindo os princípios da ciência
política. Por essa razão, vários homens vão à Atenas, vindos da África, da
Itália, etc., para aprender a governar. Mas antes precisam aprender a governar
a si mesmo, para depois aprender a governar os outros. Exercitam a sabedoria
para assimilar intelectual e espiritualmente os princípios de pensamento e de
vida contida nela. O diálogo vivo e a discussão entre mestre e discípulo são os
meios indispensáveis.
O ensino estoico
segue tanto a dialética quanto a retórica, enquanto os discursos epicuristas
seguiam uma forma resolutamente dedutiva, isto é, partiam dos princípios para
chegar à conclusão.
O esforço estoico
para apresentar a sua filosofia num corpo sistemático exigia de seus discípulos
que tivessem sempre presente no espírito, por um trabalho constante da memória,
o essencial de seus dogmas. A noção de sistema para estoicos e epicuristas não
tem a ver com a construção conceitual, desprovido da intenção vital. O sistema
tem como finalidade reunir sob forma condensada os dogmas fundamentais que não
dispensam uma argumentação rigorosa, formulada em sentenças curtas (máximas)
para ganhar força persuasiva e maior eficácia mnemotécnica (memória). Estas
escolas têm o sistema como conjunto coerente de dogmas que estão intimamente
ligados ao modo de vida praticado.
As escolas estoica e
epicurista são consideradas dogmáticas por seguirem uma série de fórmulas
construídas num corpo coerente que são essencialmente ligadas à vida prática.
As escolas platônicas e aristotélicas são reservadas a uma elite que vive no
ócio e tem tempo para estudar, investigar e contemplar, as escolas estoica e
epicurista adotaram o espírito popular e missionário de Sócrates, dirigindo-se
a todos os homens, ricos ou pobres, homens ou mulheres, livres ou escravos.
Qualquer um que adote o seu modo de vida será considerado filósofo, mesmo que
não desenvolva, por escrito ou oralmente, um discurso filosófico.
O ceticismo e o
cinismo são também uma filosofia popular e missionária, de certo modo exagerado
em suas tendências: o primeiro suspende o juízo sobre a realidade, duvidando de
que seja possível algum conhecimento seguro e estável ou verdadeiro
absolutamente; o segundo refere-se à total indiferença ao mundo e a si mesmo,
promovendo um estado de tranquilidade interior e imperturbabilidade. Ambas
dirigem-se a todas as classes da sociedade, instruindo com a própria vida,
denunciando as convenções sociais e propondo um retorno à simplicidade da vida
conforme a natureza.
Arte...
Escultura
Estátua de Davi,
obra de Michelangelo.
Escultura é a arte
de representar objetos e seres através das imagens plásticas em relevo. Para
tanto se utiliza de materiais como o bronze, o mármore, a argila, a cera, a
madeira, e das seguintes técnicas: a cinzelação, a fundição e a moldagem.
A escultura surgiu
no Oriente Médio com a pretensão de copiar a realidade de forma artística,
embora seja usada para representar qualquer coisa, o intuito maior é
representar o corpo humano.
Considerada a
terceira das artes plásticas, a origem da escultura é baseada na imitação da
natureza.
No final do século
VII a.C, os gregos esculpiam em mármores grandes figuras de homens.
A escultura ganhou
destaque no Renascimento, com a estátua de Davi, obra de Michelangelo.
Em nome da piedade!
Ortotanásia
Ortotanásia é o nome
dado ao processo pelo qual se opta por não submeter um paciente terminal a
procedimentos invasivos que adiam sua morte, mas, ao mesmo tempo, comprometem
sua qualidade de vida. Assim, a ortotanásia foca na adoção de procedimentos
paliativos, buscando o controle da dor e de outros
A ortotanásia é
aplicável em casos de pacientes terminais.
Para saber o que é a
ortotanásia, é interessante compreender o significado de outras duas palavras:
distanásia e eutanásia. Esta corresponde à prática ativa de se interromper a
vida de um paciente com doença em estágio irreversível e sem possibilidade de melhora;
com o objetivo de cessar sua dor. Já aquela se refere ao adiamento da morte
deste indivíduo, geralmente pela utilização de fármacos e aparelhagens que,
muitas vezes, proporcionam sofrimento desnecessário.
A ortotanásia seria,
então, simplificadamente falando, o meio-termo entre esses dois procedimentos.
É dela a ideia da promoção da morte no momento certo (orto: certo, thanatos:
morte) – nem antes, como ocorre no caso eutanásia; nem depois, como na
distanásia. Assim, ela opta por restringir, ou descartar, tratamentos
agressivos e ineficientes, que não reverterão o quadro em questão.
Cabe à ortotanásia a
promoção de cuidados paliativos ao paciente, até o momento de sua morte. Estes
são definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como o controle da dor e
de outros sintomas, e o cuidado dos problemas de ordem psicológi¬ca, social e
espiritual; atingindo a melhor qualidade de vida possí¬vel para os pacientes e
suas famílias. Dessa forma, os cuidados visando o bem-estar da pessoa passam a
ser a prioridade, e não a luta contra algo que, inevitavelmente, não tem como
se combater – no caso, a doença e o fim da vida.
Nessa perspectiva, a
morte passa a ser vista como uma condição natural de todo ser humano, sendo
ideal a busca da aceitação desse fato, garantindo a dignidade daquele que está
partindo. Ao não se submeter a procedimentos invasivos, geralmente longe de
casa, e que o deixam exaurido; o paciente em questão pode ter maior tempo e
energia para estar ao lado de pessoas queridas, aproveitando também para,
dentro de suas condições, viver ativamente.
Em nosso país, em
2006, foi publicada, pelo Conselho Federal de Medicina, a Resolução nº 1.805,
visando a regulamentação de tal prática no Brasil. Ela foi autorizada, pelo
Ministério Público Federal, somente em 2010: ano em que a ortotanásia foi
contemplada no novo código de ética médica.
De acordo com tais
documentos, a ortotanásia deve ser considerada em casos de pacientes terminais,
sob o consentimento do próprio doente ou da família. Assim, o diálogo sincero e
sensato entre os envolvidos é muito importante.
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