terça-feira, 27 de agosto de 2013
Refletir...
“Um momento de paciência pode evitar um grande
desastre; um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida”. (Provérbio Chinês)
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Figuras de
construção ou sintaxe
Figuras de construção ou sintaxe se caracterizam por
algum tipo de modificação no período, demarcada pela inversão, repetição ou
omissão dos termos que dele fazem parte.
Figuras de construção ou sintaxe se caracterizam por
algum tipo de modificação na estrutura oracional
Figuras de construção ou sintaxe integram as chamadas
figuras de linguagem, representando um subgrupo destas. Dessa forma, tendo em
vista o padrão não convencional que prevalece nas figuras de linguagem (ou
seja, a subjetividade, a sensibilidade por parte do emissor, deixando às claras
seus aspectos estilísticos), devemos compreender sua denominação. Em outras
palavras, por que “figuras de construção ou sintaxe”?
Podemos afirmar que assim se denominam em virtude de
apresentarem algum tipo de modificação na estrutura da oração, tendo em vista
os reais e já ressaltados objetivos da enunciação (do discurso) – sendo o
principal conferir ênfase a ela.
Assim sendo, comecemos entendendo que, em termos
convencionais, a estrutura sintática da nossa língua se perfaz de uma
sequência, demarcada pelos seguintes elementos:
SUJEITO +
PREDICADO + COMPLEMENTO
(Nós)
CHEGAMOS ATRASADOS À REUNIÃO.
Temos, assim, um sujeito oculto – nós; um predicado
verbal – chegamos atrasados; e um complemento, representado por um adjunto
adverbial de lugar – à reunião.
Quando há uma ruptura dessa sequência lógica,
materializada pela inversão de termos, repetição ou até mesmo omissão destes, é
justamente aí que as figura em questão se manifestam. Desse modo, elas se
encontram muito presentes na linguagem literária, na publicitária e na
linguagem cotidiana de forma geral. Vejamos, pois, acerca de cada uma delas, de
modo particular:
Elipse
Tal figura se caracteriza pela omissão de um termo na
oração não expresso anteriormente, contudo, facilmente identificado pelo
contexto. Vejamos um exemplo:
Rondó dos cavalinhos
[...]
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo!
Manuel
Bandeira
Notamos que em todos os versos há a omissão do verbo
estar, sendo este facilmente identificado pelo contexto.
Zeugma
Ao contrário da elipse, na zeugma ocorre a omissão de um
termo já expresso no discurso. Constatemos, pois:
Maria gosta de Matemática, eu de Português.
Observamos que houve a omissão do verbo gostar.
Anáfora
Essa figura de linguagem se caracteriza pela repetição
intencional de um termo no início de um período, frase ou verso. Observemos um
caso representativo:
A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
[...]
Manuel Bandeira
Notamos a utilização de termos que se repetem
sucessivamente em cada verso da criação de Manuel Bandeira.
Polissíndeto
Figura cuja principal característica se define pela
repetição enfática do conectivo, geralmente representado pela conjunção
coordenada “e”. Observemos um verso extraído de uma criação de Olavo Bilac,
intitulada “A um poeta”:
“Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!”
Assíndeto
Diferentemente do que ocorre no polissíndeto, manifestado
pela repetição da conjunção, no assíndeto ocorre a omissão deste. Vejamos:
Vim, vi, venci (Júlio César)
Depreendemos que se trata de orações assindéticas,
justamente pela omissão do conectivo “e”.
Anacoluto
Trata-se de uma figura que se caracteriza pela
interrupção da sequência lógica do pensamento, ou seja, em termos sintáticos,
afirma-se que há uma mudança na construção do período, deixando algum termo
desligado do restante dos elementos. Vejamos:
Essas crianças de hoje, elas estão muito evoluídas.
Notamos que o termo em destaque, que era para representar
o sujeito da oração, encontra-se desligado dos demais termos, não cumprindo,
portanto, nenhuma função sintática.
Inversão
Como bem nos revela o conceito, trata-se da inversão da
ordem direta dos termos da oração. Constatemos:
Eufórico chegou o menino.
Deduzimos que o predicativo do sujeito (pois se trata de
um predicado verbo-nominal) se encontra no início da oração, quando este
deveria estar expresso no final, ou seja: O menino chegou eufórico.
Pleonasmo
Figura que consiste na repetição enfática de uma ideia
antes expressa, tanto do ponto de vista sintático quanto semântico, no intuito
de reforçar a mensagem. Observemos, pois, alguns exemplos:
Vivemos uma vida tranquila.
O termo em destaque reforça uma ideia antes ressaltada,
uma vez que viver já diz respeito à vida. Temos uma repetição de ordem
semântica.
A ele nada lhe devo.
Percebemos que o pronome oblíquo faz referência à
terceira pessoa do singular, já expressa. Trata-se, portanto, de uma repetição
de ordem sintática demarcada pelo que chamamos de objeto direto pleonástico.
Observação importante:
O pleonasmo utilizado sem a intenção de conferir ênfase
ao discurso, torna-se o que denominamos de vício de linguagem – ocorrência que
deve ser evitada. Como, por exemplo:
subir para cima
descer para baixo
entrar para dentro, entre outras circunstâncias
linguísticas.
História...
Cabeça gigante
do faraó Amenofis III é descoberta em Luxor, no Egito.
O ministério da Cultura egípcio anunciou no dia 28 de
fevereiro de 2010 que foi encontrada em Luxor, no templo funerário de Amenofis,
uma cabeça gigante de granito vermelho reproduzindo a imagem do faraó Amenofis
III, de 3.000 anos de idade.
"A cabeça está intacta e mede 2,5 metros de
altura", indicou em um comunicado Zahi Hawass, diretor do departamento de
Antiguidades Egípcias. "É uma obra prima de grande qualidade artística, um
retrato do rei com traços esculpidos muito finos e cheios de juventude",
descreveu.
A peça encontrada é a cabeça pertencente a uma grande
estátua que representava o faraó de pé, com os braços cruzados e com símbolos
reais nas mãos. "Coletamos uma ampla quantidade de peças de granito
vermelho da estátua que ficava na parte sul do templo funerário de Amenófis
III", explicou o chefe da missão arqueológica responsável pela descoberta
Hurig Suruzian, acrescentando que as peças estão sendo restauradas.
Amenofis III, que governou entre 1390 e 1352 AC, foi
identificado através de testes de DNA e tomografia computadorizada realizados
por cientistas em diversas múmias como o avô de Tutancâmon, o jovem faraó fruto
de uma relação incestuosa entre Akenaton e sua irmã, ambos descendentes de
Amenófis III. Akenaton é o "faraó herético", considerado precursor do
monoteísmo por ter tentado impor no Egito o culto exclusivo de Aton.
Viva a sabedoria...
Filosofia
Cristã
Filosofia Cristã - Pensamento orientado pela verdade
revelada por Jesus, o Cristo
Por Filosofia Cristã compreende-se um sistema de
pensamento que se distinguiu do helênico (grego) e de outros como os chineses,
os hindus, etc., por ser um sistema orientado pela verdade revelada por Jesus,
o Cristo. Já o estudo dos dogmas cabe à Teologia, que tenta explicá-los e
aplicá-los.
A Filosofia Cristã, que pressupõe a verdade dos dogmas,
parte tão somente de evidências racionais para explicar Deus e o mundo, mas não
se contrapõe aos dogmas.
Vê-se assim que os filósofos cristãos se apoiam na fé
para melhor compreenderem a realidade, enquanto esta mesma fé dita metas a
serem alcançadas pela razão, evitando que erros ou desvios em suas inquirições
aconteçam. A relação que vemos aqui é, então, a de tentar harmonizar ou
elucidar a fé através da razão, relação que é conflituosa e marcou distinções
mesmo dentro do próprio corpo de filósofos cristãos. Vejamos essas distinções:
• Creio porque absurdo: essa máxima representava aqueles
pensadores cristãos que julgavam fé e razão irreconciliáveis e subjugavam a
razão à superioridade da fé;
• Creio para compreender: já essa máxima representava o
espírito daqueles que julgavam ambos os domínios conciliáveis, mas subordinavam
a razão à fé;
• Compreender para crer: que fazia parte daqueles que não
apostavam numa conciliação entre fé e razão, mas atestavam o campo próprio de
cada uma, devendo, portanto, serem tratadas isoladamente.
Dessa forma, entende-se a diferença entre os pensadores
antigos e os cristãos. Os gregos compreendiam o lógos como instrumento de
conhecimento da realidade em um esforço para encontrar seu lugar no cosmos, já
que se entendiam como fazendo parte da natureza. Era o amor, Eros, o desejo que
animava a busca para alcançar a virtude máxima, o Bem supremo e a perfeição do
inteligível puro, porém inatingível. A esse impulso erótico, contrapõe-se o
amor cristão, o Ágape, a caridade, o amor de Deus-criador para com suas
criaturas, pois Ele é perfeito e necessário, criou as coisas por causa do Bem
que provém Dele, gratuitamente. Deus é o próprio Lógos, o Verbo que se revela
como aquele que é (essencial e existencialmente) como princípio do universo e
única fonte de sabedoria e verdade das coisas, dos homens e do mundo que são
criadas por vontade de Deus.
Portanto, o conhecimento que provém da palavra de Jesus,
que é o Deus encarnado, é uma demonstração de amor para aqueles que o
reconhecem, ensinando-lhes a humildade e, a partir de sua ressurreição, sendo o
caminho da esperança e da salvação dos pecados. Mas, como dito acima, a prática
dos ensinamentos, os rituais, etc. fazem parte da Teologia. À Filosofia cabe o
estudo racional das provas da existência de Deus, debate este, aliás, que foi a
temática da nova Paideia ou educação dos tempos medievos.
Arte...
Grafite
A arte do grafite é uma forma de manifestação artística
em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de
inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o
Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de
1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas
marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com
técnicas e desenhos.
O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em
especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda
a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja,
o grafite reflete a realidade das ruas.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de
1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite
norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro.
O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento
artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e
do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é
caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias
públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde tradicionais
latas de spray até o látex.
Principais termos e gírias utilizadas nessa arte;
• Grafiteiro/writter: o artista que pinta.
• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.
• Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para
pintar ao mesmo tempo.
• Tag: é a assinatura de grafiteiro.
• Toy: é o grafiteiro iniciante.
• Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo.
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