segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Ai ai...

No salão: Entenda as diferenças entre os tratamentos para fios danificados
Muitas vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um tratamento ideal para os cabelos danificados
Muitas vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um tratamento ideal para os cabelos danificados
Trocar o xampu de vez em quando, fazer uma hidratação caseira, aplicar uma máscara reconstrutora poderosa e até mesmo fazer um corte para fortalecer. Até certo ponto, de fato, essas alternativas funcionam, mas tem hora que é preciso parar tudo e cuidar dos cabelos no salão, para ter um diagnóstico especializado sobre a necessidade dos fios naquele momento, contar com ativos de alta tecnologia e, mais que qualquer outra coisa, com as mãos e o olhar de um profissional.

Para ajudá-la na escolha do melhor tratamento para ressuscitar cabelos danificados, UOL Beleza conversou com cabeleireiros de quatro capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – para esclarecer a diferença entre três técnicas muito procuradas nos salões e bastante eficazes: hidratação "power", nanoqueratinização e cauterização. A seguir, conheça os detalhes sobre cada uma das três técnicas e descubra qual delas é a mais indicada para o seu caso.

HIDRATAÇÃO "POWER"
O que é: É uma técnica mais profunda de hidratação que permite que os fios recuperem a água e também reponham nutrientes para restaurar a emoliência e voltarem a ser saudáveis. Os ativos utilizados em cada caso variam de acordo com o salão e o profissional, mas de um modo geral os óleos (argan, jojoba, macadâmia, de semente de uva, semente de romã, de coco etc) estão na maioria das fórmulas, assim como vitaminas e aminoácidos. "Esse método foi muito beneficiado com a redescoberta das propriedades dos óleos vegetais, essenciais na restauração dos cabelos. Eu particularmene utilizo o argan, para sedosidade e brilho; e o de jojoba, para reconstrução da fibra capilar", diz o hairstylist Wilson Eliodorio, do Wilson Eliodorio Studio, em São Paulo.
Como funciona: Os óleos possuem nutrientes muito concentrados, que suavizam as cutículas dos fios e penetram mais facilmente na fibra, possibilitando uma melhor absorção dos aminoácidos, vitaminas e proteínas, que quando aplicados puros, também permeiam a superfície do fio tratando-o de dentro para fora.
Indicação: Cabelos ressecados e muito quebradiços, seja por consequência de químicas ou excesso de exposição ao sol, sal e cloro; e também uso excessivo de secador e chapinha. "Se perceber que o cabelo está com aspecto seco e embaraçando demais, com facilidade, é sinal de que precisa ser hidratado", ensina Silvana Lima, do Studio W Iguatemi, também de São Paulo.
Frequência: Quem vai avaliar é o cabeleireiro. Dependedo do estado do fio pode ser feita semanal, quinzenal ou mensalmente.
ESTÁ NA HORA DE MUDAR O VISUAL?

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NANOQUERATINIZAÇÃO
O que é: O tratamento consiste na aplicação de queratina, por meio da nanotecnologia, para aumentar a eficácia. Isto é, as moléculas dessa proteína são reduzidas ao menor tamanho possível e, dessa forma, penetram mais fácil e profundamente no fio. "O objetivo desse tratamento é repor a queratina – matéria perdida quando o cabelo é submetido a processos químicos – dos fios danificados, que ficam porosos e sujeitos à quebra; e, assim, restaurar sua estrutura", explica Tania de Souza, profissional do Ricardo Maia Hair & Make Up, Brasília, DF. A queratina aumenta a resistência do fio, o que na prática significa um cabelo fortalecido. Quando há perda dessa proteína, o fio fica fraco, sem resistência. "Se não houver a reposição de queratina, a cutícula se abre e o fio torna-se muito fino nas pontas e pode até se romper só de tocar no ombro", alerta Silvana Lima, do Studio W.
Como funciona: A aplicação da queratina é feita por meio de pulverização, para assim formar uma névoa com micropartículas da substância e facilitar uma aplicação uniforme. "Esse método garante que a queratina seja bem distribuída, atingindo toda a superfície dos cabelos", explica Tânia de Souza.
Indicação: Cabelos submetidos a químicas fortes, como alisamento, descoloração e permanentes. Todos esses são processos agem profundamente no fio e quebram as ligações de enxofre que compõem a queratina. Por essa razão, a nanoqueratinização não pode ser aplicada em cabelos que não tenham sido submetidos a processo químicos, sob o risco de ficarem duros demais, por excesso de queratina. "O fio de cabelo deve ter maleabilidade, ou seja, depois de esticado, o certo é que volte para o lugar, se isso não acontecer e o fio se romper é sinal de porosidade, ele está fraco e precisa ser reestruturado", diz Bruno Amorim, do Célio Faria Instituto de Beleza, de Belo Horizonte.
Frequência: Vai depender das condições do fio, mas em princípio, quando a necessidade do tratamento é urgente, as sessões devem ser feitas uma vez por semana. Depois, com o tempo, à medida que o cabelo se restaura, pode ser feito, em média, a cada 40 dias, mas tudo vai depender da indicação do profissional, que inclusive pode dar "alta" dos procedimentos, depois de um período.
Agosto: Tecnologia em equipamentos e cápsula de ingestão oral para tratamento dos fios estão entre os lançamentos do mês. 
CAUTERIZAÇÃO
O que é: Considerado pelos especialistas como um dos tratamentos mais eficazes para ressuscitar fios destruídos. A cabeleireira Lela Athanásio, do Crystal Hair, do Rio de Janeiro, explica o porquê: "Ao selar por completo a cutícula, a cauterização garante que todos os nutrientes aplicados no fio permaneçam ali depositados por mais tempo, assim suaviza pontas duplas, elimina o frizz e devolve a elasticidado do fio", diz a especialista. Assim, além de saudáveis e resistentes, os cabelos recuperam o balanço natural e os fios ficam mais disciplinados. Os ativos usados são definidos pelos cabeleireiros e isso depende da necessidade de cada caso. Tânia de Souza, do Ricardo Maia Hair & Make up, de Brasília, por exemplo, faz uma cauterização à base de vitamina C, que tem ação antiquebra, e acrescenta também um pouco de queratina, para resistência; e ceramidas, que nutrem e dão brilho aos fios. Já Lela Athanásio, do Rio de Janeiro, prefere fazer com aminoácidos, que ajudam no crescimento e têm ação antioxidante; queratina e outras proteínas, como o colágeno, que também fortalecem o fio.
Como funciona: A cauterização em si – processo de selagem depois que os fios recebem os nutrientes – originalmente era feita com ação de calor, por meio da chapinha, mecha a mecha, inclusive alguns salões ainda fazem dessa forma. A novidade, no entanto, é a cauterização a frio. "É uma evolução da cosmética. O novo método economiza o tempo do profissional, da cliente e age com a mesma eficiência", garante Bruno Amorim, do Célio Faria Instituto de Beleza. Essa cauterização a frio é semelhante a um leave-in turbinado que, tem a mesma capacidade da chapa de blindar o fio, só que sem calor, seu efeito é químico.
Indicação: O procedimento é ideal para fios quebradiços, porosos, sem brilho e com ponta dupla, especialmente para os submetidos a descoloração e mechas.
Frequência: O ideal é que o tratamento seja refeito em intervalos de 15 dias. Mas o cabeleireiro pode intensificar o tratamento, por exemplo, para uma vez por semana, caso ache necessário; ou estender o intervalo, além de 15 dias, entre uma aplicação e outra.

Mais um episódio de estupidez...

Homens quebram mandíbula de jovem após briga de trânsito
Crime foi em Uberlândia e a família deve manifestar pedindo justiça.
Rapazes quebraram garrafa e chutaram o rosto da vítima.
Jovem foi levado desacordado para hospital após crime.
A família do corretor de imóveis Guilherme Raniery Garces Ferreira, de 22 anos, pede justiça em Uberlândia. O rapaz teve a mandíbula fraturada e perdeu vários dentes após ter sido agredido por três homens em uma discussão de trânsito. A vítima está internada e ainda aguarda novas cirurgias para reconstituição do maxilar. Em protesto, a família planeja uma manifestação pacífica nesta semana contra a violência e em pedido de paz.
O crime ocorreu na madrugada de sábado (31), no Bairro Fundinho. Segundo o empresário e irmão da vítima, Márcio Ferreira, o jovem estava com a esposa e o filho de três anos dentro do carro, por volta de meia-noite, voltando de uma festa de criança. “Eles viram um veículo modelo HB 20 fazendo zigue-zague na frente deles e chamaram atenção do motorista. Mais na frente os rapazes cercaram o carro e desceram. Meu irmão também desceu e um dos suspeitos quebrou uma garrafa de whisky no rosto dele”, disse.
Neste momento Guilherme caiu desacordado no chão e os três homens o agrediram com pontapé. Ainda segundo o irmão da vítima, os rapazes fugiram quando outros veículos se aproximaram do local. “Minha cunhada e meu sobrinho ficara em estado de choque, acreditando que meu irmão estava morto. Ele foi levado por testemunhas para o hospital, desacordado”, disse.
Segundo Márcio, o irmão passou por uma cirurgia e teve várias fraturas na mandíbula. Nesta terça-feira (3) ele deve passar por mais um procedimento para reconstituir o maxilar e repor cerca de nove dentes que foram quebrados.
Nada justifica esta violência, ele podia ter morrido"
Márcio Ferreira
Márcio afirmou que uma testemunha anotou a placa e reconheceu os envolvidos. “São jovens universitários, de classe média e aparentavam estar embriagados. A mãe de um deles ligou para minha família pedindo desculpas, mas meus pais não quiseram falar, estão abalados. Meu sobrinho nem dorme por lembrar do pai cheio de sangue”, disse o empresário.
Um boletim de ocorrências foi registrado e segundo o delegado Bernardo Pena Salles, os suspeitos já foram identificados e o caso está em andamento. “À princípio o boletim era de lesão corporal. Mas devido às circunstâncias agora vamos instaurar um inquérito como tentativa de homicídio. O próximo passo será ouvir testemunhas e colher provas do crime”, disse.
Márcio afirmou, ainda, que a família e os amigos estão em choque e querem Justiça, por isso decidiram levar o caso para o conhecimento da imprensa. “Nada justifica esta violência, ele podia ter morrido. Estamos revoltados, mas temos confiança nas autoridades e na punição destes covardes”, disse.
Como forma de protesto, a família de Guilherme Raniery organiza uma manifestação que deve acontecer ainda nesta semana. A divulgação é feita por meio das redes sociais.

http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/09/jovens-quebram-mandibula-de-empresario-apos-briga-de-transito.html

Homenagem sórdida...

País tem quase mil escolas com nomes de presidentes da ditadura
Das 3.135 unidades escolares públicas que homenageiam ex-dirigentes da República, 976 pertencem aos cinco generais que comandaram o regime militar
Busto do ex-presidente Costa e Silva divide espaço com desenhos infantis em pátio da escola municipal que leva o nome, em Botafogo.
Busto do ex-presidente Costa e Silva divide espaço com desenhos infantis em pátio da escola municipal que leva seu nome, em Botafogo.
RIO E SÃO PAULO - Na Escola Municipal Presidente Médici, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, boa parte dos alunos tem pouco a dizer sobre o general que governou o país de 1969 a 1974. “Minha vó falou que ele era um sanguinário”, conta uma aluna do 8º ano. “O professor de Geografia disse que ele não era uma boa pessoa”, afirma uma colega de sala, de 14 anos, quando perguntada sobre o gaúcho ditador, responsável pelo período de maior recrudescimento à liberdade de expressão na ditadura militar brasileira. Dentro da unidade, porém, há um mural com fotos do homenageado e, segundo professores, o nome do colégio é usado para abordar o assunto em sala.
— Durante a aula, temos que explicar o período Médici deixando que eles tenham o seu próprio olhar sobre o ex-presidente, com senso crítico. Nossa função é fazer o aluno se colocar nesse debate. Explicar a razão da homenagem e contextualizá-la com a época — argumenta Gabriella Fernandes Castellano, professora de História.
Inaugurada em 1975, com a presença do próprio Médici, a unidade em Bangu é uma das 160 escolas públicas de ensino básico e pré-escolar no país batizadas com o nome do ditador. Um levantamento feito pelo GLOBO mostra que há no Brasil 976 colégios municipais, estaduais e federais com os nomes dos cinco presidentes do Regime Militar, de 1964 a 1985 (ficaram fora da conta os ministros da junta que chefiou o país de agosto a outubro de 1969). Só o marechal Humberto Castello Branco, que governou de 1964 a 1967, é homenageado em 464 unidades. Ao todo, o país tem 3.135 escolas com nomes de ex-presidentes.
Tributo ao ‘carrasco de Vargas’
Além dos chefes de Estado, pessoas importantes durante o período também batizam instituições de ensino. Chefe da polícia política durante a ditadura de Getulio Vargas, Filinto Müller foi senador e presidente da Arena, o partido que deu sustentação política ao Regime Miltar. Ele dá nome a dez colégios brasileiros, como a Escola Estadual Senador Filinto Müller, uma das mais tradicionais de Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo.
Assim como na unidade municipal em Bangu, onde quase um terço do corpo docente pediu a mudança do nome há cerca de dois anos, parte da comunidade escolar do colégio em Diadema também tentou rebatizar o prédio.
— A comunidade cogitou trocar o nome porque ele teve relação com a ditadura, mas se entendeu que, apesar disso, há uma identidade muito forte em torno do nome e, assim, decidiu-se preservá-lo — explica o professor de História e Geografia Bruno do Nascimento Santos, que lecionou na unidade durante sete anos.
Muitos alunos de Diadema também ignoram o passado do homenageado. Na saída da escola, nenhum estudante abordado pela equipe de reportagem conhecia a história de Filinto, muitas vezes chamado de “carrasco de Vargas”, acusado de fazer prisões arbitrárias e ordenar sessões de tortura. Em 1936, ele foi o responsável pela prisão de Olga Benário Prestes, militante comunista e mulher de Luiz Carlos Prestes, e por sua deportação para um campo de concentração na Alemanha nazista.
— A escola nunca abriu um debate para falar quem foi ele. Não sei, acho que foi um senador — arrisca uma estudante de 17 anos.
A direção da unidade reconheceu, por meio de um comunicado, que não existe na escola um projeto pedagógico específico para tratar sobre a história de seu homenageado.
Por ironia do destino, uma página do Facebook com o nome do colégio, atualizada por professores e alunos, faz uma defesa ideológica ao comunismo tão combatido por Filinto. “Acho que o socialismo talvez possa trazer este acesso à cultura de massa. Fazer como o Mao Tse-Tung fez com a China”, diz a descrição da página na rede social.
Os pais de alguns dos alunos reconhecem que o passado do patrono não é boa influência, mas não veem razão para mudar o nome da escola.
— Os estudantes não sabem disso, já que passou tanto tempo. Acho que um nome não interfere na educação deles — pondera o motorista Samuel de Oliveira, de 45 anos, pai de uma aluna.
O presidente da Comissão da Verdade de São Paulo, deputado estadual Adriano Diogo (PT), planeja apresentar um projeto de lei para modificar o nome da escola pública em Diadema.
— Isso é a eternização da ditadura militar no Brasil. Enquanto não for revisto, a ditadura não acabou — critica ele.
De acordo com a advogada Rosa Cardoso, da Comissão Nacional da Verdade, o tema das escolas com nomes de pessoas ligadas à ditadura militar ainda não foi amplamente discutido. Mas ela garante que a questão fará parte das recomendações ao final dos trabalhos do grupo. A advogada, porém, alerta para os perigos que podem surgir nesse debate.
— Não podemos ter visão totalitária às avessas e mudar nomes só porque são de direita. Mas se houver provas de que são nomes de criminosos, devem ser mudados. E devem ser mudados por movimento da sociedade civil.
A coordenadora pedagógica da Escola Presidente Costa e Silva, em Botafogo, Fabíola Fernandes Martins, é contra a mudança. Inaugurada em 1970, um ano após a morte do marechal gaúcho, a instituição tem, no pátio do recreio, perto de murais com desenhos infantis e uma mesa de totó, um busto do ex-presidente, responsável pelo Ato Institucional número 5 (AI-5), que deu poderes absolutos ao Regime Militar e possibilitou o fechamento do Congresso Nacional. Hoje, 45 anos depois do decreto, Costa e Silva é homenageado em 295 escolas.
Quando a equipe do jornal foi à escola na Zona Sul do Rio, a unidade não estava funcionando, devido à greve de professores, e, portanto, não havia alunos para entrevistar. Mas Fabíola garante que orienta os estudantes a traçar um quadro comparativo do Brasil com regimes de outros países, para que tirem suas conclusões.
— Temos que ter cuidado para não haver uma generalização negativa contra a carreira militar. Procuramos apresentar os fatos históricos, sem contudo, despertar o ódio às Forças Armadas.
Presidente da Associação Nacional dos Professores de História (Anpuh), Rodrigo Pato de Sá Motta enxerga na situação uma excelente oportunidade pedagógica:
— É bom para mostrar que escola também é espaço de disputa política e aproveitar para politizar um pouco mais as aulas. A decisão de mudar o nome passa pela comunidade escolar. Mas não adianta nada mudar o nome e todos continuarem sem saber quem foi a pessoa. O mais importante é fazer a discussão — argumenta o professor de História da UFMG.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/pais-tem-quase-mil-escolas-com-nomes-de-presidentes-da-ditadura-9782672#ixzz2dleQwuXs

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sábado, 31 de agosto de 2013

Aproveitem...


Só rindo...












Refletir...

 
"Espere com paciência, ataque com rapidez." (Provérbio Chinês)

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
Figuras de pensamento
Figuras de pensamento representam uma subdivisão das figuras de linguagem, cuja ideia é explorar o sentido expresso pelas palavras, tendo em vista o significado que apresentam.

Figuras de pensamento – recursos estilísticos que fazem referência ao significado das palavras

Figuras de pensamento... Por que assim se denominam?

Antes de chegarmos à conclusão a qual pretendemos, torna-se viável levarmos em consideração dois aspectos tidos como básicos: o primeiro é que por pertencerem às figuras de linguagem, constituem-se de um tom conotativo, ou seja, não se assemelham àqueles textos que não nos permitem mais de uma interpretação, pelo simples fato de primarem somente pela objetividade. As figuras de pensamento trabalham a subjetividade, exploram a riqueza de significados escondidos por trás de uma determinada ideia, de uma determinada expressão.

O segundo aspecto diz respeito ao vocábulo “pensamento”, visto que ele se encontra intrinsecamente relacionado a essas ideias como sendo manifestações oriundas da atividade humana. Eis aí o ponto central de nossa discussão: as figuras de pensamento trabalham mais a questão daquilo que se encontra implícito, ou seja, daquilo que revela a intenção que o emissor quis provocar em seu interlocutor do que a questão voltada para aspectos sintáticos, relacionados à construção das orações. Sendo assim, vejamos suas classificações:

Antítese

Consiste na aproximação de palavras ou expressões cujos sentidos contrastam entre si:

A instabilidade das cousas do mundo

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância
                                              Gregório de Matos

Percebemos que distintos elementos são opostos entre si, tais como: dia x noite/tristezas x alegria, entre outros.

Ironia

Consiste em exprimir, seja por meio do contexto, pela contradição de termos ou pela entonação, o contrário do que realmente se encontra demarcado no discurso, cuja intenção é a de tão somente satirizar ou ridicularizar um dado pensamento.

Aquele garoto é um anjo, vive arrumando confusões e se metendo em encrencas.

Eufemismo

Figura que se caracteriza pelo emprego de uma palavra cujo intuito é o de suavizar uma verdade tida por chocante, desagradável:

Coitado! Entregou sua alma a Deus.

Gradação

Caracteriza-se pela expressão progressiva do pensamento, partindo de uma escala que pode variar, ou seja, tanto pode ser demarcada por uma ordem decrescente para crescente ou vice-versa:

Havia o mundo, o Brasil inteiro e mais você pra torcer por mim nesta nova caminhada.

Hipérbole

Figura que consiste no uso exagerado de uma expressão, cujo objetivo é realçar a ideia ora expressa:

Derramou um rio de lágrimas.

Prosopopeia ou personificação

Consiste em atribuir qualidades ou ações de seres animados a seres inanimados:

Um frio inteligente (...) percorria o caminho (Clarice Lispector) 

Paradoxo

Figura resultante da aproximação de palavras de ideias contraditórias que aparentemente parecem se excluir, mas que mediante o contexto reforçam a ideia retratada:

Quanto mais trabalho, mais passo por dificuldades financeiras.  

Apóstrofe

Essa figura é demarcada pela invocação de uma pessoa ou algo, sejam estes reais ou imaginários. Sintaticamente falando, representa o vocativo, cuja manifestação confere um caráter enfático ao discurso:  

"Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves).

Perífrase

Consiste no uso de uma expressão que designa um determinado ser por intermédio de alguma de suas características ou por meio de um determinado fato que o fez ser conhecido entre todos:

O “Boca do Inferno” se revelou como principal representante do Barroco. (Tal caracterização se refere a Gregório de Matos)

Conhecemos a cidade de Drummond. (Faz referência a Itabira)

Mais uma etapa superada...