No salão: Entenda as diferenças entre os tratamentos
para fios danificados
Muitas
vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um
tratamento ideal para os cabelos danificados
Muitas
vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um
tratamento ideal para os cabelos danificados
Trocar
o xampu de vez em quando, fazer uma hidratação caseira, aplicar uma máscara
reconstrutora poderosa e até mesmo fazer um corte para fortalecer. Até certo
ponto, de fato, essas alternativas funcionam, mas tem hora que é preciso parar
tudo e cuidar dos cabelos no salão, para ter um diagnóstico especializado sobre
a necessidade dos fios naquele momento, contar com ativos de alta tecnologia e,
mais que qualquer outra coisa, com as mãos e o olhar de um profissional.
Para
ajudá-la na escolha do melhor tratamento para ressuscitar cabelos danificados,
UOL Beleza conversou com cabeleireiros de quatro capitais – São Paulo, Rio de
Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – para esclarecer a diferença entre três
técnicas muito procuradas nos salões e bastante eficazes: hidratação
"power", nanoqueratinização e cauterização. A seguir, conheça os
detalhes sobre cada uma das três técnicas e descubra qual delas é a mais
indicada para o seu caso.
HIDRATAÇÃO
"POWER"
O que
é: É uma técnica mais profunda de hidratação que permite que os fios recuperem
a água e também reponham nutrientes para restaurar a emoliência e voltarem a
ser saudáveis. Os ativos utilizados em cada caso variam de acordo com o salão e
o profissional, mas de um modo geral os óleos (argan, jojoba, macadâmia, de semente
de uva, semente de romã, de coco etc) estão na maioria das fórmulas, assim como
vitaminas e aminoácidos. "Esse método foi muito beneficiado com a
redescoberta das propriedades dos óleos vegetais, essenciais na restauração dos
cabelos. Eu particularmene utilizo o argan, para sedosidade e brilho; e o de
jojoba, para reconstrução da fibra capilar", diz o hairstylist Wilson
Eliodorio, do Wilson Eliodorio Studio, em São Paulo.
Como
funciona: Os óleos possuem nutrientes muito concentrados, que suavizam as
cutículas dos fios e penetram mais facilmente na fibra, possibilitando uma
melhor absorção dos aminoácidos, vitaminas e proteínas, que quando aplicados
puros, também permeiam a superfície do fio tratando-o de dentro para fora.
Indicação:
Cabelos ressecados e muito quebradiços, seja por consequência de químicas ou
excesso de exposição ao sol, sal e cloro; e também uso excessivo de secador e
chapinha. "Se perceber que o cabelo está com aspecto seco e embaraçando
demais, com facilidade, é sinal de que precisa ser hidratado", ensina
Silvana Lima, do Studio W Iguatemi, também de São Paulo.
Frequência:
Quem vai avaliar é o cabeleireiro. Dependedo do estado do fio pode ser feita
semanal, quinzenal ou mensalmente.
ESTÁ NA
HORA DE MUDAR O VISUAL?
Thinkstock
NANOQUERATINIZAÇÃO
O que
é: O tratamento consiste na aplicação de queratina, por meio da nanotecnologia,
para aumentar a eficácia. Isto é, as moléculas dessa proteína são reduzidas ao
menor tamanho possível e, dessa forma, penetram mais fácil e profundamente no
fio. "O objetivo desse tratamento é repor a queratina – matéria perdida
quando o cabelo é submetido a processos químicos – dos fios danificados, que
ficam porosos e sujeitos à quebra; e, assim, restaurar sua estrutura",
explica Tania de Souza, profissional do Ricardo Maia Hair & Make Up,
Brasília, DF. A queratina aumenta a resistência do fio, o que na prática
significa um cabelo fortalecido. Quando há perda dessa proteína, o fio fica
fraco, sem resistência. "Se não houver a reposição de queratina, a cutícula
se abre e o fio torna-se muito fino nas pontas e pode até se romper só de tocar
no ombro", alerta Silvana Lima, do Studio W.
Como
funciona: A aplicação da queratina é feita por meio de pulverização, para assim
formar uma névoa com micropartículas da substância e facilitar uma aplicação
uniforme. "Esse método garante que a queratina seja bem distribuída,
atingindo toda a superfície dos cabelos", explica Tânia de Souza.
Indicação:
Cabelos submetidos a químicas fortes, como alisamento, descoloração e permanentes.
Todos esses são processos agem profundamente no fio e quebram as ligações de
enxofre que compõem a queratina. Por essa razão, a nanoqueratinização não pode
ser aplicada em cabelos que não tenham sido submetidos a processo químicos, sob
o risco de ficarem duros demais, por excesso de queratina. "O fio de
cabelo deve ter maleabilidade, ou seja, depois de esticado, o certo é que volte
para o lugar, se isso não acontecer e o fio se romper é sinal de porosidade,
ele está fraco e precisa ser reestruturado", diz Bruno Amorim, do Célio
Faria Instituto de Beleza, de Belo Horizonte.
Frequência:
Vai depender das condições do fio, mas em princípio, quando a necessidade do
tratamento é urgente, as sessões devem ser feitas uma vez por semana. Depois,
com o tempo, à medida que o cabelo se restaura, pode ser feito, em média, a
cada 40 dias, mas tudo vai depender da indicação do profissional, que inclusive
pode dar "alta" dos procedimentos, depois de um período.
Agosto:
Tecnologia em equipamentos e cápsula de ingestão oral para tratamento dos fios
estão entre os lançamentos do mês.
CAUTERIZAÇÃO
O que
é: Considerado pelos especialistas como um dos tratamentos mais eficazes para
ressuscitar fios destruídos. A cabeleireira Lela Athanásio, do Crystal Hair, do
Rio de Janeiro, explica o porquê: "Ao selar por completo a cutícula, a
cauterização garante que todos os nutrientes aplicados no fio permaneçam ali
depositados por mais tempo, assim suaviza pontas duplas, elimina o frizz e
devolve a elasticidado do fio", diz a especialista. Assim, além de
saudáveis e resistentes, os cabelos recuperam o balanço natural e os fios ficam
mais disciplinados. Os ativos usados são definidos pelos cabeleireiros e isso
depende da necessidade de cada caso. Tânia de Souza, do Ricardo Maia Hair &
Make up, de Brasília, por exemplo, faz uma cauterização à base de vitamina C,
que tem ação antiquebra, e acrescenta também um pouco de queratina, para
resistência; e ceramidas, que nutrem e dão brilho aos fios. Já Lela Athanásio,
do Rio de Janeiro, prefere fazer com aminoácidos, que ajudam no crescimento e
têm ação antioxidante; queratina e outras proteínas, como o colágeno, que
também fortalecem o fio.
Como
funciona: A cauterização em si – processo de selagem depois que os fios recebem
os nutrientes – originalmente era feita com ação de calor, por meio da
chapinha, mecha a mecha, inclusive alguns salões ainda fazem dessa forma. A
novidade, no entanto, é a cauterização a frio. "É uma evolução da
cosmética. O novo método economiza o tempo do profissional, da cliente e age
com a mesma eficiência", garante Bruno Amorim, do Célio Faria Instituto de
Beleza. Essa cauterização a frio é semelhante a um leave-in turbinado que, tem
a mesma capacidade da chapa de blindar o fio, só que sem calor, seu efeito é
químico.
Indicação:
O procedimento é ideal para fios quebradiços, porosos, sem brilho e com ponta
dupla, especialmente para os submetidos a descoloração e mechas.
Frequência:
O ideal é que o tratamento seja refeito em intervalos de 15 dias. Mas o
cabeleireiro pode intensificar o tratamento, por exemplo, para uma vez por
semana, caso ache necessário; ou estender o intervalo, além de 15 dias, entre
uma aplicação e outra.
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