domingo, 6 de outubro de 2013

Entendendo...

Prostituição Infantil: uma violência contra a criança
A prostituição infantil trata-se da exploração sexual de uma criança a qual, por vários motivos, torna-se fragilizada. Segundo a UNICEF, cerca de 250 mil crianças estão prostituídas no Brasil.

A prostituição infantil trata-se da exploração sexual de uma criança a qual, por vários motivos, torna-se fragilizada.


Um dos temas mais constrangedores ao Brasil, não apenas à própria sociedade brasileira, como no âmbito internacional, é a existência da chamada prostituição infantil. A despeito de todos os esforços do Estado no enfrentamento deste problema, há a permanência de uma realidade hostil para muitas crianças – principalmente meninas – nas regiões mais pobres do país: segundo a UNICEF, em dados de 2010, cerca de 250 mil crianças estão prostituídas no Brasil.

De forma geral, a prostituição infantil trata-se da exploração sexual de uma criança a qual, por vários fatores, como situação de pobreza ou falta de assistência social e psicológica, torna-se fragilizada. Dessa forma, tornam-se vítimas do aliciamento por adultos que abusam de menores, os quais ora buscam o sexo fácil e barato, ora tentam lucrar corrompendo os menores e conduzindo-os ao mercado da prostituição.

Os aspectos facilitadores desta condição na qual se vê destruída a infância desconsideram os direitos e a necessidade de proteção da criança. Para além das possíveis vulnerabilidades decorrentes da situação socioeconômica - se não a principal causa, certamente uma das mais importantes – estão outros aspectos como o próprio gênero da criança, fato que explicaria uma maior vulnerabilidade das meninas, tão expostas à violência contra a mulher até mesmo no ambiente familiar. 

Isso sugere que são aspectos importantes para a compreensão da violência contra a criança e outros para além daqueles ligados apenas às questões de pobreza. A questão de gênero estaria intrínseca a um modelo sociocultural que, por vezes, como no caso brasileiro, pode reproduzir uma naturalização da discriminação contra a mulher (fruto de valores machistas), vista como objeto destituído de valor, de consciência e liberdade.

Assim, não se deve associar a prostituição infantil apenas à condição de pobreza da criança, mas sim considerar as particularidades de sua manifestação. Também para além da pobreza, o desenvolvimento de vícios por drogas conduzem essas crianças a uma situação deplorável e de extrema necessidade de cuidados especiais. Para atenderem às imposições da dependência química que as dominam, vendem seus corpos para conseguirem algum dinheiro para a compra de drogas (ou mesmo aceitam fazer programas tendo como pagamento a própria droga).

Outro complicador desta questão é o chamado turismo sexual, o qual consiste na chegada de vários estrangeiros a regiões como o Nordeste brasileiro em busca de sexo. Meninas pobres, moradoras das regiões periféricas e precárias ao redor dos grandes centros ocupam as principais ruas e avenidas para se oferecerem como mercadoria barata neste mercado do sexo que se estabelece em endereços turísticos por todo o Brasil, principalmente nas praias nordestinas.

Se por um lado a prostituição ainda faz parte da realidade brasileira, é importante destacar alguns avanços nesta luta. No Brasil, em 2000, institui-se o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, assim como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil, comemorado em 18 de maio, dia em que uma menina de 8 anos foi abusada e morta em 1973 no Estado do Espírito Santo causando indignação nacional. Segundo o Governo Federal, este Plano Nacional de Enfrentamento está dividido em seis eixos estratégicos, sendo eles: Análise da Situação, Mobilização e Articulação, Defesa e Responsabilização, Atendimento, Prevenção e Protagonismo Infanto-Juvenil. 

A coordenação deste Plano fica a cargo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), assim como dos Conselhos de Direitos Estaduais e Municipais de cada região. Além destas instituições, outras esferas de acompanhamento e controle foram criadas, além de Varas Criminais especializadas em crimes contra crianças e adolescentes. Ainda segundo o governo federal, em 2008 foram reunidas mais de 3.500 pessoas de várias nacionalidades no III Congresso de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Rio de Janeiro, fato que marca uma sensibilidade internacional com esta realidade que afronta os Direitos Humanos.

Segundo o site da UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância, este órgão adotou em meados de 2000 o Protocolo Facultativo para a Convenção sobre os Direitos da Criança, que trata da venda de crianças, prostituição e pornografia infantis. Vários países aderiram, a exemplo do governo brasileiro que promulgou tal protocolo em 2004. Este documento não apenas evidencia uma preocupação internacional, mas sinaliza a tentativa da criação de mecanismos para esforço mútuo contra essas terríveis formas de violência e exploração contra a criança. 

Ao longo do texto que introduz os pontos deste protocolo, a UNICEF aponta haver a concordância entre os países de que “a eliminação da venda de crianças, prostituição e pornografia infantis será facilitada pela adoção de uma abordagem global que leve em conta os fatores que contribuem para a existência de tais fenômenos, particularmente o subdesenvolvimento, a pobreza, as desigualdades econômicas, a iniquidade da estrutura socioeconômica, a disfunção familiar, a falta de educação, o êxodo rural...” (UNICEF, 2011, s/p).

Isso mostra que o posicionamento mais efetivo do Estado com relação a este problema não apenas se faz urgente, como também possui de fato certa complexidade. Não se trataria apenas de coibir a ação de aliciadores ou de uma clientela em potencial deste tipo de prostituição, mas fundamentalmente pensar o cuidado com o menor e o adolescente nas mais diversas esferas: da saúde, passando pela educação, bem como na criação de oportunidades claras de inclusão social. Requer a necessidade de apoio e orientação psicológica às crianças nesta condição, seja para aquelas que realmente estão em condição de rua, seja para aquelas que a despeito de terem família estão em um ambiente impróprio para sua infância e formação enquanto indivíduo (haja vista a exploração promovida em muitos casos pelos próprios pais).

 Em suma, cabe ao Estado zelar pelo bem-estar da criança e do adolescente, em especial por aqueles em maior situação de vulnerabilidade social. Porém, tal vulnerabilidade seria promovida não apenas pelo desprovimento de recursos, mas também pela naturalização cultural da discriminação, como no caso das meninas vistas como meros objetos. Logo, é preciso refletir não apenas sobre o papel do Estado, mas sobre o da própria sociedade, sobre seus valores e sua capacidade de percepção sobre a real natureza da lógica da violência contra a criança.

Curiosidade...

Olhos Vermelhos nas Fotos
Em algumas ocasiões, quando tiramos uma foto acontece de alguém ficar com uma coloração avermelhada na região dos olhos. Mas por que isso ocorre?

Na verdade, o olho humano funciona como uma câmara escura. Embora pelo lado externo a pupila seja da cor preta, a região do fundo do olho, chamada de retina, é provida de diversos vasos sanguíneos, dando uma coloração avermelhada.

O que ocorre nas fotos é que a luz do flash incide sobre a pupila e alcança a retina. Ao alcançar essa parte do olho, a luz atinge as veias sanguíneas e a cor vermelha é preferencialmente refletida. Outra questão: por que nem sempre isso acontece?


A ocorrência ou não dos olhos avermelhados nas fotos irá depender da claridade do ambiente. Quando o ambiente está grandemente iluminado, as pupilas se contraem naturalmente, dificultando a entrada da luz do flash.

As câmeras fotográficas atuais possuem recursos que diminuem o efeito dos “olhos vermelhos”, disparando luzes antes do flash com o objetivo de retrair as pupilas do fotografado. Outra solução é olhar para um objeto luminoso alguns instantes antes de tirar a foto, fazendo com que haja a contração da pupila.

Piada...

Qual é o fim da picada? Quando o mosquito vai embora...

Devanear...

50 Tons de Cinza - Uma gravata e uma taça de vinho
Anastasia Steele e Christian Grey vivem um relacionamento intenso e fora do comum. De brincadeira, a garota coloca um ponto final na relação por e-mail. Mas Grey não gosta e decide castigá-la de uma maneira tão quente que até você toparia.
Publicado em 24/08/2012Este texto é uma compilação de trechos do livro cinquenta tons de cinza (Intrínseca). Conteúdo NOVA

Uma gravata e uma taça de vinho
Você confia em mim? - Sua voz é ofegante.
Faço que sim com a cabeça, os olhos arregalados, o coração saltando, o sangue latejando nas veias. Ele põe a mão no bolso da calça e tira aquela gravata de seda cinza-prateada...
(...) Com grande agilidade, ele monta em mim, já prendendo os meus pulsos, mas, dessa vez, amarra a outra ponta da gravata numa das colunas da cabeceira da cama. Ele puxa o laço, verificando se está firme. Não posso sair do lugar. Estou presa, literalmente, à minha cama, e estou muito excitada. (...)
- Se você se debater, amarro seus pés também. Se fizer algum barulho, Anastasia, eu a amordaço. Fique quieta. (...)
Ele torna a montar em mim, puxa a minha camiseta, e acho que vai tirá-la, mas a enrola até o meu pescoço e puxa um pouco mais para cima, deixando-me com a boca e o nariz descobertos, mas os olhos tapados. E, como a camiseta está dobrada, não consigo enxergar nada através dela. (...)
- Está com sede, Anastasia? - pergunta, num tom provocante.
- Estou - sussurro, porque de repente fico com a boca seca.
Ouço o gelo tilintando no copo, e ele se inclina e me beija, enchendo minha boca com um líquido delicioso e geladinho. É vinho branco. Aquilo é tão inesperado, tão quente, apesar de estar gelado e os lábios de Christian estarem frios. (...)
Fico tensa. Ele torna a balançar o copo, e me beija, passando para a minha boca uma pedrinha de gelo com um pouco de vinho. Sem pressa, ele vai me dando beijos gelados até chegar ao centro do meu corpo, começando no pescoço, descendo por entre os seios, passando pelo torso até a barriga. Solta um pedacinho de gelo em meu umbigo, numa poça gelada de vinho. Isso faz com que eu me sinta queimando por dentro, por todo o caminho, até lá embaixo. Uau. (...)
Com um dedo, ele abaixa os bojos do meu sutiã um de cada vez, levantando os meus seios, expostos e vulneráveis. Inclinando-se, ele beija e puxa os meus mamilos, um de cada vez, com aqueles lábios gelados. (...)
Ouço o gelo tilintar de novo, e aí o sinto em volta do mamilo direito enquanto ele puxa o esquerdo com os lábios. Gemo, tentando não me mexer. É uma tortura doce e aflitiva.
- Se derramar o vinho, não deixo você gozar.
- Ah... Por favor... Christian... Senhor... Por favor.
Ele está me deixando louca. Ouço-o sorrir.
O gelo no meu umbigo está derretendo. Estou para lá de quente - quente e gelada e querendo ele dentro de mim. Agora. Seus dedos frios passeiam devagar pela minha barriga. Minha pele está supersensível, meus quadris arqueiam automaticamente, e o líquido no meu umbigo, agora mais quente, escorre pela minha barriga. Christian mais que depressa o lambe, me beijando, me mordendo de leve, me chupando.
- Anastasia, você se mexeu. O que vou fazer com você?
(...) Seus dedos deslizam para dentro da minha calcinha, e sou recompensada com o gemido ruidoso que ele deixa escapar.
- Ah, Ana - murmura, e enfia dois dedos dentro de mim.
Suspiro.
- Já está pronta para mim tão cedo - diz ele.
Ele fica enfiando e tirando os dedos com uma lentidão tentadora, e levanto os quadris, me apertando contra ele.
- Você é uma garota voraz - adverte ele baixinho, passando o polegar em volta do meu clitóris e depois pressionando-o.
(...) Ele se abaixa e me beija, ainda mexendo os dedos ritmadamente dentro de mim, rodando e pressionando o polegar. Ele me agarra pelo cabelo, impedindo que eu mexa a cabeça. Sua língua imita o que seus dedos fazem. Começo a tensionar as pernas fazendo pressão contra a mão dele. Ele relaxa a mão, obrigando-me a recuar quando já estou quase lá. Faz isso repetidas vezes. É muito frustrante...
Ah, por favor, Christian, grito mentalmente.
- Esse é o seu castigo, tão perto e, no entanto, tão longe. É legal? - sussurra ele no meu ouvido.
Gemo, exausta, esticando a amarra. Estou impotente, perdida num tormento erótico.
- Por favor - imploro, e ele finalmente tem pena de mim. (...)
Ah... meu corpo começa a estremecer. Ele para de novo. (...)
- O que você quer, Anastasia?
- Você... agora - imploro. (...)
Ele retira a mão e pega um envelopinho de papel laminado na mesa de cabeceira. Ajoelha-se entre as minhas pernas, e, bem devagar, tira a minha calcinha, olhando para mim, os olhos brilhando. (...)

"Estou explodindo de tensão sexual. Ele me olha por um instante, avaliando o meu desejo, aí me agarra de repente e me vira."

Isso me pega de surpresa, e, por estar com as mãos atadas, tenho que me apoiar nos cotovelos. Ele empurra meus dois joelhos cama acima, me deixando de quatro, e me dá uma palmada forte. Antes que eu possa reagir, ele me penetra. Grito - por causa da palmada e da súbita investida dele, e gozo na mesma hora e torno a gozar de novo e de novo, desmontando embaixo dele enquanto ele continua a me penetrar deliciosamente.
Ele não para. Estou exausta. Não aguento mais... e ele não para de meter... estou ficando excitada de novo... claro que não... não...
- Goza para mim, Anastasia, de novo - grunhe ele entre dentes, e, incrivelmente, meu corpo responde, estremecendo enquanto tenho outro orgasmo, gritando o nome dele. Torno a me estilhaçar em mil pedaços, e Christian para, finalmente se deixando ir, gozando calado. Ele desaba em cima de mim, ofegando.

Erika Leonard James tem 48 anos, é casada e mãe de dois filhos. Inspirada pela saga Crepúsculo, começou a escrever a trilogia Cinquenta Tons de Cinza, Cinquenta Tons Mais Escuros e Cinquenta Tons de Liberdade - os livros mais vendidos este ano em todo o mundo.

http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/contos/50-tons-cinza-gravata-taca-vinho-699271.shtml

Menos um...

Aline Moreira foi morta quando ia de Santa Catarina para o Paraná
Suspeito de matar filha da namorada no PR é achado morto na cela
Aline Moreira foi morta quando ia de Santa Catarina para o Paraná.

O mecânico José Ademir Radol, 48, principal suspeito de matar a filha adolescente da namorada, foi encontrado morto na noite de sexta-feira (4) dentro da cela na Delegacia de Rio Negro (PR), informa a corporação.

De acordo com a polícia, o suspeito se enforcou com uma tereza, corda feita com lençóis, nas grades da porta cerca de três horas depois de ser colocado junto com outros três presos na cela de seguro, como é chamada a ala que abriga suspeitos de crimes sexuais, homicídios e outros delitos considerados mais graves.

Segundo o investigador Luis Ribeiro, Radol foi detido por volta das 16h de sexta-feira, em Santa Cecília, a 150 km do município, mas só foi enviado às 20h para a cela – nesse período, ele prestou depoimento sobre a morte da estudante Aline Moreira, 18, e depois fez exame de corpo de delito.

Diz a polícia que o delegado do caso ouviu gritos as 23h00 vindos dessa ala e, logo em seguida, encontrou o mecânico enforcado. O Corpo dos Bombeiros foi chamado, mas os oficiais constataram óbito no local, sem tempo para levá-lo para o hospital. O corpo, então, foi enviado ao IML por volta das 2h00 de sábado. 

Suspeita de estupro
Aline desapareceu após sair de Mafra, cidade catarinense conurbada a Rio Negro, com destino a Curitiba com o mecânico no último dia 27 de setembro. Segundo a mãe da vítima, Leonilda Kurlapski, a jovem conseguiu enviar, horas depois, uma mensagem pelo telefone celular pedindo socorro, mas logo depois desapareceu.

Aline foi encontrada morta, com o corpo nu, em uma estrada vicinal de Fazendinha, localidade rural, na última terça-feira (1º). A delegacia de Rio Negro trabalha com a hipótese de estupro, mas aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) para comprovar se houve crime sexual - o documento pode levar até 30 dias para ficar pronto.

Radol, que tem passagem pela polícia de Santa Catarina por suspeita de estupro, disse ser inocente ao ser preso.

Leia mais em: http://zip.net/btk6rR

http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2013/10/05/suspeito-de-matar-filha-da-namorada-no-pr-mecanico-e-achado-morto-na-prisao.htm

Para poucos...



Cão recebe tratamento facial e faz as unhas; conheça rotina de beleza
Tratamentos faciais, manicure e massagens para relaxar estão ganhando popularidade entre os animais.
Segundo o jornal Daily Mail, o petshop Pawfection, na Inglaterra, cobra até 100 libras, mais de R$ 300, por uma sessão de embelezamento. Foto: Reprodução
Um tratamento que tem se tornado popular é a manicure canina e existe a opção de escolher a cor do esmalte parecida com o da dona. O serviço custa 5 libras, cerca de R$ 15. Foto: Reprodução
Tosas incrementadas podem custar até 100 libras, mais de R$ 300. O serviço é finalizado com sprays nas fragrâncias de perfumes famosos, como o Chanel nº 5. 


Roupas, acessórios e brinquedinhos parecem não mais satisfazer os donos de animais de estimação. Tratamentos faciais, manicure e massagens para relaxar estão ganhando popularidade. Segundo o jornal Daily Mail, o petshop Pawfection, na Inglaterra, cobra até 100 libras, mais de R$ 300, por uma sessão de embelezamento.

Um tratamento que tem se tornado popular é a manicure canina e existe a opção de escolher a cor do esmalte parecida com o da dona. O serviço custa 5 libras, cerca de R$ 15. Há ainda a opção de colocar capas coloridas nas unhas dos bichos.

O jornal publicou fotos do chihuahua Peekaboo passando pelo tratamento e também por uma sessão de relaxamento com rodelas de pepinos nos olhos.

Segundo o Pawperfection, gatos e cavalos também podem receber o serviço. Tosas incrementadas podem custar até 100 libras, mais de R$ 300. O serviço é finalizado com sprays nas fragrâncias de perfumes famosos, como o Chanel nº 5.
http://mulher.terra.com.br/comportamento/cao-recebe-tratamento-facial-e-faz-as-unhas-conheca-rotina-de-beleza,188e7eef8fa71410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html

Proteção total e estendida...

Adolescentes até quando?
Quanto mais se preparam, menos eles se sentem aptos a viver como gente grande.
A adolescência agora vai até os 25 anos – e não apenas até os 18, como era previsto. Essa é a nova orientação dada a psicólogos americanos. É como se a neurociência pudesse eximir a todos de responsabilidade por um fenômeno deste século: jovens demoram muito mais a amadurecer, sair de casa e ser independentes. As pesquisas revelam que “a maturidade emocional de um jovem, sua autoimagem e seu discernimento são afetados até que o córtex pré-frontal seja totalmente desenvolvido”. E isso só acontece aos 25 anos.

Então o culpado é o córtex? Não é por falta de esforço dos filhos. Nem por superproteção dos pais. Tampouco é porque a competitividade exige mais estudos e especializações. Quanto mais eles se preparam, menos se sentem aptos a viver como gente grande. Por uma mistura de insegurança pessoal, liberdade e mordomias na casa dos pais, muitos jovens se paralisam, especialmente nas famílias de classe média para cima, no Brasil. Não é “qualquer trabalho” que os realizará. Criticam os pais. Acham que eles fizeram concessões demais à sobrevivência e à prole: “Quem mandou vocês darem tudo para mim?”.

Antes, era diferente. Aos 18 anos, os cinquentões de hoje só pensavam em sair da casa dos pais. Era preciso ter um emprego, não necessariamente o dos sonhos. Bastava que o salário fosse suficiente para não depender de pai e mãe, alugar um quarto e sala, poder dormir com o namorado ou a namorada, chegar tarde em casa. Se o emprego se relacionasse aos estudos, que privilégio! Almejávamos múltiplos destinos, mas não havia tempo nem grana para experimentar primeiro e decidir depois. Ralávamos a alma para ascender rápido. Só soube agora que meu córtex pré-frontal não estava totalmente desenvolvido quando saí de casa aos 21 anos. Se me chamassem de adolescente, me sentiria ofendida.

“A ideia de que de repente, aos 18 anos, a pessoa já é adulta não é bem verdade”, disse à BBC a psicóloga infantil Laverne Antrobus, da Clínica Tavistock, em Londres. “Minha experiência com jovens sugere que eles ainda precisam de muito apoio e ajuda além dessa idade.” Diante da extrema condescendência com quem tem 18 ou 25 anos, penso em quem tem 60 ou 80. Não sei em que idade o ser humano pode prescindir de apoio ou ajuda. Dos pais, filhos, parceiros e amigos.

“Amadurecer é um termo complexo, e sabemos que não se limita à independência financeira”, diz a psicanalista Eliane Mendlowicz. “Crescer, dar adeus à proteção dos pais, enfrentar certo desamparo é uma tarefa árdua, mas vale a pena por seu efeito libertador.” Mesmo assim, trintões e trintonas continuam na casa de papai e mamãe. “Frequentemente se apontam razões econômicas para esse fenômeno”, diz o professor de sociologia Frank Furedi, da Universidade de Kent, na Inglaterra. “Mas houve também uma perda da aspiração por independência. Quando fui para a universidade, se fosse visto com meus pais, decretaria minha morte social.”

Muitos pais financiam filhos casados. Não é raro que filhos divorciados voltem a morar com o pai ou com a mãe. São chamados de “filhos bumerangues”. “Há também os pais que estimulam o comportamento infantil dos filhos para evitar o ‘ninho vazio’”, diz Eliane. Outros, que acreditavam ter criado o filho para ser independente, reagem com sentimentos que se alternam: resignação, preocupação, irritação e perplexidade. O que deu errado?

“Os pais desejam que seus filhos sejam lindos, magros, inteligentes, carismáticos, felizes, competentes, amados. E o que querem os jovens hoje? Buscam aflitos uma maneira de cumprir tantos ideais”, diz a psicanalista Gisela Haddad. Para ela, essa geração precisa encarar um fato: “O futuro está em aberto, e tudo pode ser possível”. Paradoxalmente, isso tem causado, segundo Gisela, pânicos, depressões, vícios em drogas.

Uma pesquisa com mais de 2 mil entrevistados entre 18 e 30 anos, em seis capitais do Brasil, mostrou que 70% não se sentem preparados para enfrentar o mercado de trabalho. Culpam a universidade por não oferecer aulas práticas e não orientar para o empreendedorismo. Sempre foi assim. A universidade nunca formou profissionais prontos.

A legislação tenta se adequar aos novos tempos. Em agosto, o Senado aprovou projeto que aumenta o limite de idade para dependentes no Imposto de Renda dos atuais 21 para 28 anos, ou mesmo 32, quando cursarem universidade ou escola técnica.

O córtex tem pouco a ver com isso. Como diz o psiquiatra Luiz Alberto Py, “o amadurecimento cortical é perfumaria, apenas um álibi”. A adolescência é cultural, depende do país e da sociedade. O fenômeno fisiológico é a puberdade. “Crianças de rua não têm adolescência, só puberdade. Rapidamente se tornam adultos.”

Prolongar a adolescência além dos 18 anos é prolongar a angústia. O jovem não é tão despreparado quanto teme. Nem tão brilhante quanto gostaria.

Mais uma etapa superada...