sábado, 2 de novembro de 2013

Saudade...

Pais escrevem cartas para filhos mortos em tragédias

Adherbal Ferreira perdeu a filha, de 22 anos, na tragédia de Santa Maria (RS)

Caroline e Jennefer tiveram as vidas interrompidas ainda muito jovens; pais relatam a dor da ausência.

O pai de Jennefer Ferreira, 22 anos, morta no incêndio na boate Kiss, e a mãe de Caroline Lee, assassinada em um assalto em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, escreveram, a pedido do R7, uma carta para os filhos. Eles relataram a saudade, uma dor e um amor que não terão mais fim.

Adherbal Ferreira fundou a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia em Santa Maria como uma tentativa de cobrar Justiça após o incêndio que deixou 242 mortos no dia 27 de janeiro deste ano. Ele perdeu Jennefer Ferreira, 22 anos. Em sua carta, ele diz que ainda lembra de pequenos detalhes da filha, como o perfume.

“Querida filha sua falta é enorme, nunca imaginei estar separado assim. Para mim, sua viagem está demorando, não vejo a hora de lhe encontrar. Aqui estou tomando a frente de assuntos relacionados a uma tragédia infeliz. Apesar de dizerem que são 242 jovens, ainda não acredito que você estava lá, minha cabeça está bloqueada para isso.

No máximo quero, devo, preciso, acreditar que você está morando com Deus. Também creio que estás bem e aí é lindo. Seu quarto ainda intacto. As vezes para matar a saudade eu durmo em sua cama, também seu irmão. Ah.. não se preocupe, deixamos tudo arrumadinho, sua mãe sente muito sua falta. Ela fala todos os dias como você era destemida, dirigia muito bem, levava ela ao mercado... Ahhhh guria que falta, queria que voltasse logo. Nunca me afastei de você, é pior assim. Pergunto a Deus por que, mas não ouço resposta. Hoje enfrento o mundo atrás da justiça, pessoas são contra nós, e outros pais, não conseguimos entender, pois eles têm os filhos perto, ali na frente, tocam neles, abraçam, beijam e brigam, o que será que lhes faltam... Será FÉ...?

Filha se vocês estão aí, se isso é verdade, deve haver uma razão, gostaria muito de saber. Eu estou me esforçando para entender. Ainda bem que tenho muita FÉ e acredito infinitamente em Deus e sei que ele é um paizão para vocês e muito melhor que eu, também aprendi que, Ostra feliz não produz pérola, sim ela precisa se irritar e transformar daí produz uma linda pérola. Mas diga a Deus que eu estou aqui à sua disposição para o que der e vier, fico no aguardo de respostas. Filha sua família aqui te ama muito.... Mas muito mesmo. Em breve nos encontraremos. Bem, fico no aguardo de Deus. Beijos e abraços de todos nós EU TE AMO DEMAIS”.

Caroline Lee, de 15 anos, foi morta no dia 21 de outubro de 2012, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. A estudante e o namorado dela voltavam a pé de uma festa quando foram abordados por dois dos criminosos na rua Piauí. Um terceiro bandido armado participou da ação. Eles tentaram levar a bolsa de Carolina, porém, ela reagiu e levou dois tiros. Marcos Vinícios Correia Gomes, de 19 anos, Alex Rodrigues Venâncio, de 18, e Claudinei Avelino Modesto, de 18, foram condenados a 33 anos de prisão pelo crime. A mãe de Coroline, Maria Lee, afirma que é difícil escapar da culpa pelo o que ocorreu.

“A Caroline tinha perdido o pai há sete anos. Ela tinha nove anos. Era muito inteligente. Fazia tudo, corria atrás de tudo, violão, inglês, escola. Tinha um lindo futuro. Eu confiava demais nela e me culpo por não ter impedido que ela namorasse. Ele que a convidou para ir a uma festa e decidiu voltar para a casa tarde da noite. Eu não estou falando que ele é culpado, mas ela tinha apenas 15 anos e ele 24. Foram irresponsáveis. Eu vivo uma angustia sem fim porque sei que ela não vai voltar. Fui levar rosas no túmulo dela com o namorado quando fez um ano. Quando eu saí, senti que ela me deu tchau, se despediu.

Filha, você me deixou numa situação muito difícil. Me dê forças de onde você está porque aqui está sendo muito difícil. Você me abandonou.  Quem perde um filho sente uma dor que não passa e sei que milhares de pessoas vivem isso. Hoje eu só tenho um filho. Ele me fala que não tem vontade de viver porque perdeu o pai, a irmã e agora só tem eu, que apenas sobrevivo.  

Sou recepcionista e sempre trabalhei muito para deixar um bom futuro. Onde ela esteja, eu só quero que você esteja bem e feliz. Vendo as estrelas caírem, como você sempre falava. Sua mãe está triste e sofrendo, mas tento ter força para que vocês não me vejam triste. Espero que esteja em um bom lugar com o seu pai. Com muita luz. Eu te amo”.

Abestalhado...

Claudia Raia não gostou do que leu na biografia de Alexandre Frota
Sempre elegante, Claudia Raia tem dito em entrevistas recentes que "não liga" e que "ficou no passado, coisas de 27 anos atrás" ter lido intimidades de seu casamento com Alexandre Frota na biografia dele, "Identidade Frota", lançada no fim de setembro. 

Mas, em conversa com amiga, a atriz desabafou que ficou muito chateada com o que está escrito no livro. Ela não gostou nadinha e se sente exposta de uma forma excessiva. Claudia não fica à vontade comentando a biografia e, por não querer mais polêmica, sempre minimiza o assunto em conversas com jornalistas. Já Frota adora falar sobre o livro, que já vendeu 10 mil exemplares e o encorajou a preparar uma segunda parte, que ele lançará em 2014. Será que a atriz será poupada da continuação?
http://br.omg.yahoo.com/blogs/que-bafo/cl%C3%A1udia-raia-n%C3%A3o-gostou-que-leu-na-biografia-154607234.html

E agora?

 
Chegada do primeiro filho é prova de fogo para o casamento

Conheça as oito razões que mais afastam os casais após a chegada do bebê.

Prioridade: a prioridade passa a ser a criança. O lazer, o descanso e a vida em casal ficam em segundo, terceiro, quarto plano e, em muitos casos, se extinguem. Não é raro que o sexo vire tabu. É comum a mulher colocar a criança para dormir na cama do casal para evitar a aproximação do marido.

Muitos casais sonham em ter um filho. Porém, no sonho, tudo costuma ser bem mais fácil. Na realidade, a chegada do bebê é um acontecimento de grande impacto no relacionamento, em alguns casos motivo até de separação.

"Ainda que a gravidez tenha sido desejada e planejada, as expectativas não costumam corresponder às reais dificuldades que os pais terão que lidar com a chegada de um novo membro na família", explica a psicóloga Mara Lúcia Madureira, especialista em psicoterapia cognitivo-comportamental, de São José do Rio Preto (SP).

Diferentes estudos, realizados desde a década de 1950 até os dias atuais, chegaram às mesmas conclusões: a vinda do primeiro filho aumenta os conflitos e a insatisfação na vida do casal. Os índices de separação são maiores no período que vai até cinco anos após o nascimento do bebê.

A pesquisa do professor e subchefe do Departamento de Fundamentos da Psicologia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) José Augusto Evangelho Hernandez, com mulheres gaúchas antes e após o parto, finalizada em 2007, corroborou com os estudos anteriores. "Depois do bebê, em comparação ao início da gravidez, houve um enfraquecimento enorme da satisfação conjugal entre as mulheres", relata.

Hernandez explica que, apesar de toda a alegria que uma criança geralmente traz, é necessário um processo de adaptação no casamento para evitar os desgastes da transição para a parentalidade. "Antes, a dedicação era só para o cônjuge, com o bebê existem muitas necessidades que precisam ser satisfeitas e que dão muito trabalho", afirma.

Fantasia x realidade
Quando pensam em aumentar a família, os casais tendem a prestar atenção apenas nos aspectos mais positivos da situação. E é claro que eles existem e são vários. Mas, para Mara Lúcia, as fantasias em relação ao primeiro filho partem da inexperiência e da visão de apenas um lado da história, como o desejo de perpetuar os genes e de brindar os pais com a presença de netos.

"Essas expectativas correspondem mais a um mundo utópico do que à realidade da procriação, que é gestar, cuidar, educar, amar e passar o resto da vida alternando sentimentos de medo, prazer, frustração, gratificação, angústia, orgulho e raiva", afirma a psicóloga, sem receio de jogar um balde de água fria nos mais românticos.


Os dois especialistas concordam que o melhor caminho para minimizar os problemas nesta fase é a preparação e a reflexão realista sobre a decisão de ter um filho.

"Quando o casal está mais preparado, enfrenta melhor as dificuldades, com menos estresse e mais alegria", afirma José Hernandez. O professor da UERJ também acredita que programas preventivos poderiam ajudar. "Trata-se dos cuidados durante a gestação, da amamentação, mas faltam discussões sobre o relacionamento, sobre as mudanças drásticas no casamento. E os homens também raramente participam desse processo".

Falta de sexo e atenção
As mudanças no cotidiano do casal depois da chegada do bebê são inevitáveis, porém nem todos conseguem conviver com essas transformações. A enfermeira D. T. P., 36 anos, que mora em São Carlos e trabalha em São Paulo, está passando por uma crise no casamento relacionada à interferência dos filhos na vida conjugal.

Desde dezembro do ano passado, ela está separada do marido, que, segundo ela, "não deu conta das crianças". Ela tem dois filhos, um menino de 4 anos e uma menina de 2 anos. "Ele reclamava que eu só dava atenção para eles e foi se afastando", diz.

O afastamento levou a uma traição, que acabou em separação. A enfermeira diz que o marido nunca teve um desejo forte de ser pai e que gostava do relacionamento quando existiam apenas os dois. Por causa das crianças, a frequência sexual diminuiu, assim como a atenção dedicada ao marido. "Confesso que não dei muito espaço para ele, mas ele também não fez nenhum esforço, foi apenas se distanciando".
Há tempos você vem tentando engatar um namoro, mas suas expectativas são frustradas logo nos encontros iniciais? É possível que algumas de suas atitudes estejam espantando pretendentes. UOL Comportamento ouviu especialistas para saber quais as ações mais comuns que podem condenar um romance promissor ao fracasso e como fazer adaptações no jeito de ser para conquistar um amor. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo Lumi Mae/UOL
O psicólogo José Hernandez diz que é comum que as mulheres se apeguem de tal forma aos filhos que, mesmo sem querer, acabem excluindo o marido dessa relação. "Mas o marido às vezes reforça esse comportamento quando passa a ver o bebê como rival".

Ele fala que é importante que a mulher, apesar das demandas naturais da maternidade, não demore muito para resgatar sua vida conjugal e sexual. "O homem que participa [da divisão de tarefas] e se envolve terá mais chances de entusiasmar a mulher, de ajudá-la para que ela possa se voltar à vida a dois", sugere Hernandez.

A teoria do professor da UERJ parece funcionar na prática. Desde a separação, o marido de D.T.P. passou a cuidar mais dos filhos e os dois estão até passando mais tempo juntos. Mas a prova de fogo ainda não terminou: a enfermeira está em dúvida, mas não descarta uma volta no casamento. Analisando a experiência, ela acredita que faltou comunicação e equilíbrio entre a vida de mãe e amante. "Eu poderia ter dividido melhor o tempo, que fez falta para ele".

Clima esquentando...

Perder peso aumenta libido nas mulheres, diz pesquisa
Já entre os homens, sair com os amigos e limpar a casa ajudam a aumentar o interesse pelo sexo


Estar confiante em relação ao corpo faz diferença na hora de uma mulher se interessar pelo sexo. Segundo levantamento feito por uma casa de espetáculos inglesa, a Mecca, emagrecer está entre os fatores que mais pode influenciar a libido feminina. Outros aspectos como ganhar dinheiro e lençóis limpos também ajudam.

Já entre os homens, sair com os amigos aparece em destaque. Vinte e oito por cento dos homens afirmaram que voltam para casa pensando em seduzir a parceira. Dirigir um carro esportivo e uma vitória do time também aparecem como itens que aumentam o interesse pelo sexo. Mas a lista traz um item curioso: limpar a casa.

Para chegar aos resultados, divulgados pelo jornal Daily Mail, foram entrevistadas duas mil pessoas na Inglaterra.

Segundo a psicóloga Tracy Cox, ouvida pela publicação, a sensação de ganhar causa um acesso de adrenalina que pode deixar as pessoas mais empolgadas. "Ganhar é um tema comum para ambos os sexos quando se trata de desejo sexual. Seja a vitória de um time até mesmo no bingo, o ganho pessoal leva à felicidade. Querer ganhar faz parte do instinto humano, é o que mantém a espécie viva. De uma perspectiva mais moderna, um indivíduo que compete e ganhar, atinge um status social mais alto, geralmente ganha mais dinheiro, atrair mais parceiros", explicou.

A relação com o sexo vem do fluxo de neurotransmissores. "Ganhar deixa o cérebro inundado de neurotransmissores que estão associados à sexualidade. As substâncias dizem ao cérebro para ficar excitado, resultando numa descarga de adrenalina", disse Cox.

A psicóloga ainda explica porque fazer faxina pode estimular o desejo nos homens. "Como a maioria não vê isso como trabalho deles, eles conseguem uma sensação de sucesso. Provavelmente pensam que têm mais chances de fazer sexo porque as parceiras vão ficar felizes", disse.

Principais fatores que aumentam a libido nas mulheres
1- Emagrecer
2 - Lençóis limpos
3 - Ganhar dinheiro
4- Sair com as amigas
5 - Banho quente
6 - Sair com amigos do trabalho
7 - Cabelo novo
8 - Passar maquiagem
9 – Malhar
10 - Fechar um negócio ou atingir uma meta

Principais fatores que aumentam a libido nos homens
1 - Sair com os amigos
2 - Lençóis limpos
3 - Banho quente
4 - Ganhar dinheiro
5- Vitória do time
6 – Emagrecer
7 - Malhar na academia
8 - Dirigir um carro esportivo
9 - Fechar um negócio ou atingir uma meta
10 - Limpar a casa

Ideal de felicidade...

Psicólogo revela fórmula para manter um casamento feliz
Com 20 anos de experiência clínica, Luiz Alberto Hanns lança livro em que desvenda "A Equação do Casamento". Entenda e veja, ainda, os sete pecados capitais da vida a dois

Viver a dois é uma arte. Saber lidar com os desafios de estar casado hoje em dia é o que o psicólogo Luiz Alberto Hanns propõe no livro “A Equação do Casamento - O Que Pode (ou Não) Ser Mudado na Sua Relação” (Editora Paralela), uma coletânea dos temas de conflito e convergências do casamento compilados ao longo de seus 20 anos de experiência clínica.

1: Esperar do outro o que ele não pode dar. A responsabilidade de ser feliz é de cada um.

2: Não pedir desculpas. É preciso manter a conexão emocional e a empatia com o(a) parceiro(a).

3: Não se comunicar. Combine uma conversa periódica para dar espaço à comunicação do que se sente falta no relacionamento.

4: Zombar do parceiro e fazer comparações com outras pessoas em público é um dos deslizes mais comuns. Evite.

5: Antipatizar, fazer intrigas ou falar mal de parentes e amigos do cônjuge. “Tem que ser agregador nas relações familiares e sociais”, recomenda Luiz Alberto Hanns.

6: Atribuir intenções negativas ao outro torna a comunicação destrutiva. Sem atacar o companheiro, o ideal é ser claro e objetivo em relação ao que incomoda.

7: Adotar uma postura passiva-agressiva. Não seja frio e distante, há modos de ficar quieto e esperar a tempestade passar sem se fechar. Enfrente a situação.

Palestrante com os cursos mais disputados na Casa do Saber, centro de debates em São Paulo, o autor, que atualmente ministra uma série de encontros sobre o tema iniciada no final do mês passado, sugere que cada um monte a sua própria equação do casamento, com base em negociações e ajustes de desejos próprios e do(a) companheiro(a). 

Enxergar as fortalezas e vulnerabilidades da relação e entender o que pode ou não fazer você feliz no casamento depende de seis fatores.


Parcial na maioria dos casamentos, a compatibilidade psicológica é o primeiro deles. “É muito raro existir um casal totalmente compatível”, analisa Luiz. Um tipo de desencontro muito comum é um cônjuge ser perfeccionista e o outro, bagunceiro. “Diferentemente das uniões do século 20, em que as pessoas se conformavam com seus status, no casamento contemporâneo as pessoas se incomodam mais e precisam aprender a negociar com as diferenças”, avalia.

Saber lidar com divergências sem ter de brigar é do que trata o segundo fator, que são as competências do convívio a dois. Daí a importância de seguir uma etiqueta de casamento e convívio, que preserva o casal e estabelece a conexão com o parceiro. Hanns acredita que manter boas maneiras propicia o aumento da taxa de satisfação e, consequentemente, a redução na de divórcio.

A varinha de condão de uma relação moderna, que ajuda a ajustar as complementaridades, são os graus de consenso, o terceiro fator. “A maioria dos casais tem um grau médio de consenso. A principal divergência diz respeito a direitos e deveres de gênero e educação de filhos”, aponta. Aliás, este é o grande motivo dos conflitos matrimoniais, pois a maioria dos casais tem altas expectativas em relação a gostos e interesses em comum.

Renato Parada
O autor Luiz Hanns explica qual é a fórmula para ter um casamento feliz.
De novo, na época dos nossos avós não era bem assim. No casamento patriarcal os casais eram mestres em se conformar com seus modelos de vida. “Eles não eram mais felizes do que nós, apenas eram mais satisfeitos com o modo que viviam”, explica. Os usos e costumes eram mais claramente estabelecidos e o casamento era indissolúvel. “Hoje qualquer briguinha é motivo para pedir a separação. Isso porque as pessoas se incomodam muito mais”.

“Nossos avós não eram mais felizes do que nós, apenas eram mais satisfeitos com o modo que viviam".

O ponto quatro é a vida sexual, que pode ser incrementada para não se tornar uma tumba matrimonial. “As competências do convívio a dois não garantem o tesão, mas ajudam a manter o que existe e não destruí-lo”, relaciona o terapeuta. A conexão emocional pode ajudar muito com as assimetrias sexuais. Talvez porque ao longo do casamento as pessoas não vivam na cama: há filhos, zeladorias domésticas, lazer. Portanto, não basta que apenas a cama seja boa.

O quinto fator é o estresse. São os filhos problemáticos, desemprego, problemas financeiros e até parentes invasivos. Como frustrações externas são comuns na vida moderna, Hanns alerta que as pessoas estão mais e mais nervosas. “Elas tendem a se tornar agressivas, intolerantes e associar o parceiro a zeladorias chatas e o amante a momentos gostosos e leves”.

Logo, quanto mais o casal tiver fontes de gratificações externas, como vida social divertida, sucesso no trabalho, vida familiar gratificante, melhores são as chances de não sobrecarregar a relação com as frustrações. “Casais harmônicos que têm tudo podem sucumbir e se separar se forem submetidos a um excesso de estresse”, diz.

O sexto fator tende a manter o casal mais unido. Trata-se das vantagens de estar casado. “Este ajuda o casal a tolerar mais, em prol do valor que se atribui a estar casado”, explica. As razões são diversas: seja porque são dependentes do cônjuge ou porque têm medo de viver sozinhos. 

Para avaliar o casamento e descobrir se ele é ótimo, médio ou insuportável, some todos os fatores. Ao descobrir o peso de cada um deles, o casal saberá o que poderá ou não ser mudado em sua relação, desde resgatar uma união em crise a lidar com um caso de infidelidade, passando pelo ajuste da sintonia sexual.

Erros e soluções

Para superar as divergências, Hanns aconselha ouvir o outro e construir um caminho junto ao cônjuge, aquele que contemple o consenso. “É preciso entrar no conflito de maneira leal”, recomenda.

Portanto, não se pode usar uma comunicação destrutiva, atribuindo intenções negativas ao outro. “É importante ser específico ao dizer como se sente e ater-se ao mérito da questão”.

Um grande erro que pode marcar o resto do casamento é antipatizar, fazer intrigas ou falar mal de parentes e amigos do cônjuge. “Tem que ser agregador nas relações familiares e sociais”, Hanns pontua.

Zombar do parceiro e fazer comparações com outras pessoas em público também é um dos pecados do casamento. “Faça piadas sobre si mesmo e fale sempre a partir da própria experiência”, recomenda.

Não há problema em errar. Mas é fundamental aprender a pedir desculpas, manter a conexão emocional e a empatia com o parceiro. De tempos em tempos, o especialista aconselha o casal a instituir uma conversa em que cada um possa dizer ao outro do que sente falta, puxando sempre pelo lado positivo. “Manter o contato e a abertura para entender as necessidades do companheiro é importantíssimo”, diz Hanns, que finaliza: “Acima de tudo, não se pode querer do outro o que ele não pode dar”.


Ranço cultural..

Os principais inimigos das mulheres que sofrem violência doméstica
Advogado lança cartilha revisada sobre direitos das mulheres, crianças e parceiros que podem recorrer à Lei Maria da Penha. Mas caminho ainda tem obstáculos por superar

Violência contra a mulher: além da lei, obstáculos distanciam a denúncia.

Francinelli Lira, de 29 anos, escapou da morte e seus agressores estão presos. O marido e a sogra planejaram assassinar a recepcionista por acharem que o filho que ela esperava era de outro homem. Após ser atingida por três balas, sendo uma disparada propositalmente na barriga pela aposentada Elza Maria da Costa Neves, de 58 anos, Francinelli, mãe de outros dois filhos do mesmo pai, bateu o carro em uma carreta tentando se salvar.

Quando chegou ao hospital, com sorte viu seu bebê de quatro meses ser salvo e denunciou o próprio marido e a mãe dele. Ao deixar a UTI, cinco dias depois, respirou aliviada por saber que os dois já estavam atrás das grades. “Espero que fiquem lá por muito tempo. O suficiente para as crianças crescerem e não terem contato com eles ainda pequenos”.

“Não dá para julgar as atitudes de mulheres que apanham e sofrem abuso de seus companheiros".

Francinelli escapou de uma estatística que estimou, entre 2009 e 2011, 5,82 óbitos para cada 100 mil mulheres. "Em média ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia”, relata o estudo “Violência Contra a Mulher: Feminicídios no Brasil”, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no último mês.

Segundo a pesquisa, a Lei Maria da Penha não conseguiu reduzir as mortes em decorrência de violência doméstica. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde apontam que houve uma pequena queda na taxa em 2007, logo após a vigência da lei, mas depois o número voltou a crescer.

Silêncio

Não foi a primeira vez que Emerson Rogério Neves, 40, tentou matar Francinelli. Agressões físicas eram frequentes. “Ele tentava me estrangular e me dava murros na cara”, conta. Foram abertos três boletins de ocorrências por causa dos abusos do caminhoneiro. Todos posteriormente retirados por causa de ameaças. 

“Ele precisava ter o nome limpo para arranjar emprego. Retirei as queixas por essa razão”.

O silêncio é o principal inimigo das mulheres que sofrem violência doméstica

Presidente da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (ABRASD) e membro do Conselho Estadual da Condição Feminina, a advogada Dalila Figueiredo afirma que não dá para julgar as atitudes de mulheres que apanham e sofrem abuso de seus companheiros. Ao longo de seus 17 anos de trabalho com as vítimas, percebeu que cada uma tem seu tempo para tomar decisões.

“Ele precisava ter o nome limpo para arranjar emprego. Retirei as queixas por essa razão
 
“Não existem erros cometidos por essas mulheres. Ela pode ter todas as medidas protetivas, mas aí o marido liga dizendo que só quer devolver umas fotos que estão com ele. Ela cai na cilada e quando abre a porta, toma três tiros e morre”, diz Dalila.

O silêncio pode ser o pior inimigo em casos de violência doméstica, pois faz com que as agressões se repitam. Por isso o enfrentamento da violência é necessário, conforme consta do artigo 226 da Constituição Federal.

Mas, na prática, nem sempre é o que acontece. “Elas têm medo de denunciar o marido por causa de dinheiro. Ou sentem-se indefesas e fracas diante das ameaças dos homens, calando-se e deixando a situação de lado”, diz Angelo Carbone, advogado de Francinelli e autor do “Manual das Mulheres”, uma cartilha que ensina os direitos de quem sofre violência e está disponível gratuitamente na internet.

Obstáculos

Para a psicóloga Ana Paula Mallet, do Grupo da Saúde da Mulher da Unifesp, a mulher agredida muitas vezes minimiza os fatos por culpa, como se ela fosse a responsável pelo destempero emocional do companheiro. E ainda encara o apoio inverso dos familiares. “O discurso se torna ‘foi você que escolheu se casar com ele, agora tem que suportar esta situação’”, diz Ana Paula.

Para todos os efeitos, a coisa certa a se fazer é procurar a Delegacia da Mulher e acionar a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2007. Lá, a mulher tem atendimento especializado para situações como essas. Segundo Carbone, medidas protetivas são tomadas, em 48 horas, pela delegada, que providencia duas petições: uma para que a mulher receba de 33 a 50% do ordenado do marido, e outra para que ele saia imediatamente de casa e mantenha 300 metros de distância da mulher.

Se o agressor se aproximar, ela deve ligar para o 190 e a polícia entrará em ação. A mulher agredida também terá direito a dois anos de pensão para se reciclar e entrar para o mercado de trabalho. “É uma lei de vanguarda que defende os interesses da mulher brasileira, que sofre agressão há 500 anos”, afirma.

O objetivo do "Manual das Mulheres" é popularizar as leis, permitindo que a vítima saiba de seus direitos e possa exercê-los sem necessariamente gastar dinheiro com um advogado, custo muitas vezes inacessível. E não só as mulheres estão cobertas pela Lei. “Isso também vale para o homossexual que tomou uma surra do companheiro e para crianças que sofrem lesões corporais”.

Agressores

Se a mulher foi agredida verbalmente, também vale ir à delegacia da mulher para abrir um BO. Na segunda denúncia, o agressor já não será visto com bons olhos. Na terceira agressão é decretada a prisão. “Não importa se a agressão é física ou verbal. Um inquérito deverá ser instaurado e o agressor terá que responder por seus atos”.

“‘Foi você que escolheu se casar com ele, agora tem que suportar esta situação’.
 
Não existe um perfil de violador dos direitos da mulher. “São homens de todas as classes sociais, idades e profissões. Desde adolescentes a sexagenários. Já atendi uma idosa que foi estuprada pelo neto viciado em crack”, lembra Dalila. “Vejo que é muito mais uma questão de gênero e de subalternidade. Eu escuto muitos deles se justificarem: ‘Ela me desobedeceu’”.

Segundo a especialista, há agressores que só mudam de endereço e já fizeram três, quatro vítimas. Isso porque a lei Maria da Penha ainda é frouxa em relação à reabilitação do homem violento. Apesar de considerar o código inovador, Dalila crê que ainda há um longo caminho a percorrer. “Onde estão os centros de reabilitação no Brasil?”, questiona. “Nos Estados Unidos, por exemplo, o agressor é obrigado a participar de 90 sessões e ainda tem que pagar por isso. Se ele deixar de comparecer a três delas, é imediatamente preso”.

Revelando tudinho...

Veja dez pesquisas ou estudos que contrariam os hábitos e mitos masculinos

Dizem que o homem dirige melhor que a mulher, não gosta de ir ao supermercado, odeia cozinhar e é a cabeça do relacionamento - nunca espere "eu te amo" primeiro dele. Veja dez estudos e pesquisas que mostram cenários bem diferentes
 
Quem dirige e estaciona melhor o carro? Pesquisa sugere que são elas.
Em um relacionamento, reza a lenda que o homem é o lado racional, enquanto a mulher fica com o emocional, de forma que o "eu te amo" sai primeiro da boca dela. Dizem também que eles não gostam de cozinhar, tampouco fazer compras no supermercado. Será que é isso mesmo? Pesquisas e estudos realizados nos últimos anos mostram cenários bem diferentes. Veja abaixo dez deles:

QUEM ADOTA O SOBRENOME DE QUEM NO CASAMENTO?
Geralmente são elas, certo? Errado. Dados da Arpen-SP mostram que, desde 2002, há um crescimento de 178% no número de homens que adotam os sobrenomes das esposas, enquanto elas seguem justamente pelo caminho inverso. Os dados se referem ao Estado de São Paulo - a Arpen-RJ afirmou que ainda não possui os números do Rio de Janeiro, mas que deve tê-los em breve.

ELAS ESTACIONAM
De acordo com um estudo realizado no ano passado pela NCP, empresa britânica que gerencia estacionamentos, as mulheres levam mais tempo para estacionar o carro, mas o fazem melhor que os homens e encontram vagas com mais rapidez, após analisarem o comportamento de 2.500 pessoas. No entanto, outra pesquisa, também de 2012, mas de autoria da AA Driving School, diz que uma em cada quatro motoristas não gostam de fazer baliza, temor que aflige um em cada dez homens.
Entre 2005 e 2009, 80% dos acidentes de trânsito de Nova York, nos EUA, que deixaram vítimas fatais ou em estado grave tiveram motoristas do sexo masculino, segundo dados levantados pela prefeitura da Big Apple. Como o estudo também envolve transportes públicos e de serviço, vale ressaltar que homens são maioria na direção de ônibus, táxis e veículos de entrega, mas, ainda assim, 80% é um número significativo.

EU TE AMO PRIMEIRO
A psicóloga Marissa Harrison, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, entrevistou 172 estudantes da faculdade para saber se eles já se apaixonaram e, caso tenham se apaixonado, quanto tempo levaram para dizer "eu te amo" ao companheiro ou companheira. O número de homens que se declararam primeiro foi três vezes maior que o de mulheres, e Marissa concluiu também que eles levam semanas para se apaixonar. No caso dela, são meses.

Mercado consultou 2 mil pessoas e 3/4 dos homens ouvidos disseram gostar de fazer as compras

NO SUPERMERCADO: ELES GOSTAM, ELAS SE ESTRESSAM
Entre prateleiras e mais prateleiras de frutas, enlatados e garrafas, homens e mulheres têm abordagens diferentes quando o assunto é compras no supermercado, de acordo com uma pesquisa feita pela Co-operative Food no ano passado. Das 2 mil pessoas consultadas, 1/3 das mulheres afirmaram que se atrapalham, enquanto 3/4 dos homens dizem se divertir enquanto selecionam os produtos.

Para Helen Nunn, da rede britânica de supermercados responsável pelo levantamento, elas tentam terminar a tarefa o quanto antes, já eles procuram por ofertas. Veja alguns dos motivos do estresse feminino: perceber na saída que esqueceu de comprar algo, se irritar com filhos dos outros clientes, se sentir apressada pelo caixa que passa os códigos de barra rapidamente e passar horas à procura de itens básicos.

DONO DE CASA
Não parece e você ou seu parceiro pode até discordar, mas a professora Jacqueline Scott, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, concluiu em seu estudo com mais 30 mil pessoas em 34 países europeus que maridos e namorados se sentem culpados quando não dividem as tarefas domésticas como faxina da casa, lavar roupas e cozinhar, e que ficam felizes em ajudar. A pesquisa indica que mais homens apoiam uma divisão igual dos afazeres e que cada vez mais mulheres passam a deixar claro a insatisfação com companheiros preguiçosos.

COZINHA É LUGAR DE...
Alguém, independentemente do gênero. "Foi-se o tempo em que as mulheres das casas eram escravizadas na frente de um fogão quente", afirma Anne Claypole ao Daily Mail. Anna é gerente de marketing da Ross Burgers, empresa do ramo de alimentos que conduziu uma pesquisa com 2 mil pessoas no ano passado. O resultado mostrou que 44% dos homens consultados preparam todas as refeições familiares porque gostam, enquanto 2/3 das mulheres ouvidas viam no ato de cozinhar uma tarefa e se desesperavam ao pensar sobre o que iriam preparar para o jantar.

 
Eles estão mais envolvidos na cerimônia, escolhem dia, lugar e até bolo, diz pesquisa

NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA
Se preocupar com os arranjos do casamento já não parece ser um luxo apenas da noiva. A Austin Reed, especializada em trajes para a ocasião, consultou 2 mil pessoas que se casaram nos últimos cinco anos para mostrar que o estereótipo de que o homem só deve estar presente à data do matrimônio se foi. Mais da metade dos ex-noivos afirmaram que escolheram a data e o local, e um terço disse também que deu a palavra final no bolo. Outros deveres incluem contratar a banda, escolher a roupa dos padrinhos, fornecedores e o carro.

HOMENS SOLTEIROS QUEREM ESTABILIDADE E FAMÍLIA
Em parceria com o site Match.com, a Universidade Rutgers, nos EUA, entrevistou 5.200 norte-americanos entre 21 e 65 anos. Os resultados, de acordo com especialistas, mostram que homens e mulheres estão adotando o comportamento até então associado ao sexo oposto. Da ala masculina solteira entre 21 e 35 anos, mais da metade quer ter filhos, contra 46% da ala feminina. O cenário se repete com os mais velhos: 27% dos homens entre 35 e 44 anos desejam um rebento, desejo compartilhado por apenas 16% das mulheres consultadas.

ELES SÓ PENSAM NAQUILO
Um estudo da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, concluiu em 2011 que um homem comum pensa, em média, 19 vezes por dia em sexo. Para pesquisadores da Universidade de Duke, os homens - e as mulheres - tendem a superestimar o apetite sexual.

Eles recrutaram 101 pessoas de cada sexo - mais da metade estava em tratamento contra doenças como câncer, hipertensão, artrite, depressão e diabetes - e todos tiveram que responder, durante um mês, um questionário diário com perguntas sobre sua vida sexual, incluindo dizer o nível, 0 e 5, do quanto elas pensavam em sexo naquele dia. Ao final do mês, os entrevistados passaram por um novo questionário, agora para falar dos últimos 30 dias.

Ao comparar as respostas diárias com as do final do mês, pesquisadores descobriram que as 202 pessoas aumentaram, em média, 0,7 pontos quando questionadas sobre o quanto elas pensavam em sexo todos os dias, em relação dos resultados diários, ocorrência observada mais entre os homens. Especialistas acreditam que eles tendem a fazer isso porque acreditam que prova sua masculinidade.

O estudo, no entanto, teve um princípio bem diferente. "Vem da necessidade de nós entendermos melhor os feitos das doenças na saúde sexual das pessoas", diz Kevin P. Weinfurt, que conduziu a pesquisa - daí a importância da presença de voluntários em tratamento.

Mais uma etapa superada...