domingo, 10 de novembro de 2013

Piada...

Político Honesto
Em frente à estátua de Lincoln, numa praça em Washington, aquele guia turístico, extremamente patriota, comenta:
— Dos lábios deste homem jamais saiu uma mentira!
Ao que um dos turistas respondeu:
— Devia falar pelo nariz, como todo americano!

Devanear...

Curiosa sobre bondage? Leve uma cena do livro erótico A Bibliotecária para a vida real
Elegemos a melhor cena da publicação para você encenar em casa com o seu gato. Perca a vergonha e se renda à fantasia.
Publicado em 16/10/2013Reportagem: Bárbara dos Anjos Lima e Tarsila Isabela - Edição: MdeMulherConteúdo NOVA

A melhor cena do livro

O quarto era mínimo, como a cabine de um navio. Tinha uma cama de casal, uma TV de tela plana e uma mesa com um leque perturbador de objetos de bondage: chicotes, grampos, algemas, vendas, mordaças, caixas de brinquedos sexuais novos e uma tigela cheia de camisinhas.

- Isso me parece uma má ideia - comentou ela.

- Confie em mim, Regina. Agora tire a saia.

Regina desabotoou a saia e a tirou dela. Ele a empurrou de lado.

- Ajoelhe-se na frente da cama - ordenou Sebastian.

Ela se ajoelhou e ele tirou sua máscara, substituindo-a por uma venda. Seu coração começou a acelerar.

- Mãos para trás. - Regina sentiu a corda nos pulsos e ele apertou bem. Era menos confortável que as algemas que ele usara no apartamento.

Das páginas para a cama

Nada traz mais a sensação de controle do que ter o parceiro com as mãos amarradas. Mas Regina aceitou a brincadeira com o pé atrás. A alternativa é combinar de manter as mãos livres, mas sem poder usá-las. Ele tem que tirar sua calcinha com os dentes. Na hora de colocar a camisinha, é com você: encaixe-a na boca, deixando a parte que irá desenrolar para fora e tomando cuidado com os dentes. Dê uma leve torcidinha no bico e segure aponta com a língua para não entrar ar. Encaixe o preservativo no pênis e desenrole com os lábios. Ele vai enlouquecer!
http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/esquente-o-clima/bondage-leve-cena-livro-erotico-bibliotecaria-vida-real-757264.shtml

Bem-vindo ao cotidiano do velho oeste brasileiro...

Taxa de homicídios em todo o Brasil aumentou 7,6% no ano passado
Novos números oficiais serão divulgados nesta terça-feira (5).
Brasil teve mais de 50 mil pessoas assassinadas no ano passado.
Novos números oficiais que vão ser divulgados esta semana mostram que os homicídios aumentaram no país. Neste fim de semana, câmeras de segurança registraram mais um assassinato na Rodovia Anchieta, em São Paulo. Só no passado mais de 50 mil pessoas foram assassinadas no Brasil. É o maior número registrado em cinco anos.
Vanderlei Pantarotti de Medeiros trabalhava há 27 anos como pintor de automóveis em uma montadora no ABC Paulista. No sábado ele foi levar a sobrinha para almoçar de moto quando foi surpreendido por bandidos.
“No que o meu pai entrou na Anchieta ele levou dois tiros. A gente não sabe o motivo, se tentaram abordar ele antes ou não. A gente fica sem chão, não sabe o que pensar, o que fazer”, afirma.
A câmera de segurança de uma empresa gravou o momento em que a moto bateu na mureta e as vítimas ficaram caídas no acostamento. Primeiro uma moto passa bem rápido, e enquanto Vanderlei bate e cai, outra moto aparece nas imagens. Pode ser a moto dos criminosos.
Uma pessoa levanta rapidamente. É a sobrinha de Vanderlei. Logo em seguida alguns motoristas param para ajudar. Vanderlei morreu na hora e a sobrinha foi atingida na bacia, mas passa bem. Até agora ninguém foi preso.
O estado de São Paulo foi um dos responsáveis pela elevação da taxa de homicídios em todo o Brasil. O índice, que vinha caindo desde 2000, aumentou 14% no ano passado. Em todo o país foram mais de 50 mil assassinatos, um aumento de 7,6% em relação a 2011.
Esses números fazem parte do relatório que vai ser divulgado na terça-feira (05) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A taxa nacional de homicídios ficou em 25,8 mortes por cem mil habitantes. Dentre as cinco regiões, o Norte e o Nordeste lideram o ranking.
O destaque é para Alagoas, com 61,8 casos por cem mil habitantes. Por outro lado, o estado que mais reduziu a taxa de mortes foi o Espírito Santo, que passou de 41,1 para 27,5 assassinatos a cada cem mil habitantes.
O relatório revela também registros de crime contra o patrimônio, e os números são alarmantes. Só em 2012 foram mais de 556 mil casos de roubos a residências, veículos em geral, bancos e comércio.
“A forma de atuação conjunta, seja com uma, duas ou com várias polícias, depende de uma forte articulação entre esferas de governo. Se a gente a tiver envolvendo Ministério Público e Judiciário a gente consegue dar uma resposta mais forte mais intensa e com isso a gente consegue prevenir a criminalidade. Isso é o que acontece em estados que conseguiram reduzir suas taxas”, afirma.
A Secretaria de Segurança do estado disse que havia 23 policiais rodoviários fazendo a segurança da Anchieta. O relatório que vai ser divulgado é elaborado todos os anos com os dados que são enviados pelas secretarias de Segurança Pública dos estados.

Cada qual com as opções...

Editorial: Crepúsculo dos ídolos
Chico Buarque e Oscar Niemeyer, Regina Duarte e Beatriz Segall: a favor de um ou outro candidato, artistas de variadas áreas não costumam recusar participação em campanhas eleitorais.
Faltando quase um ano para a disputa presidencial, o governador Eduardo Campos (PE) e Marina Silva, ambos do PSB, já articulam contatos desse tipo. Conforme apurado pela Folha, programa-se um evento no Rio, no qual terão oportunidade de encontrar-se com personalidades do setor.

Estaria em pauta a discussão de alternativas à política cultural. Ainda que esse tópico dificilmente ocupe por mais de 15 segundos a atenção da maior parte dos candidatos, não há nada de condenável em tais confraternizações.

A dúvida é se a presença dessas celebridades ainda se reveste da importância que teve em momentos mais turvos da história política.

Artistas de novela e músicos de MPB puderam, por algum tempo, emprestar um ar de familiaridade e crédito a candidatos que, por diversas razões, careciam de maior endosso na opinião pública.

Num momento em que Lula, por exemplo, inspirava certo temor na classe média pelo excesso de esquerdismo, foi conveniente à sua candidatura o apoio de rostos bonitos e vozes maviosas. Do outro lado, as aventuras espumantes de Fernando Collor ganhavam uma credibilidade cosmética quando enaltecidas pelos sorrisos de alguma celebridade inofensiva.

Atualmente, o quadro é diverso. Ou os políticos já despertam desconfiança demais para que artistas possam atenuá-la, ou o potencial de estranheza e perturbação já se dissolveu. Tornaram-se, em diversos casos, mais construídos do que os próprios atores de novela.

Além disso, as celebridades, em especial as da música popular, veem diminuir a admiração que mereciam. Pelo menos do ponto de vista das ideias políticas, notáveis defensores da liberdade de expressão não se saíram bem quando a publicação de biografias a seu próprio respeito entrou em debate.

Melhor assim, talvez; humanizam-se todos, sensíveis ao interesse comercial ou às suscetibilidades do estrelato. A democracia, se estimula a participação sem distinções, pode ter o efeito de mitigar idolatrias exageradas.

Distinguem-se, ademais, os artistas que têm constante atividade política dos que surgem como convidados de luxo na propaganda eleitoral. Ou dos que só procuram, para benefício próprio, converter em votos e cargos o apreço que conquistaram. Mas esses, como se sabe, são de outra laia.

Muito a se fazer...

Abismo social nas cidades
O Estado de S. Paulo
Pelo menos até 2010, a melhoria das condições de vida dos brasileiros mostrada em estatísticas de renda, emprego e condições de moradia não havia chegado às favelas. Persistia um grande abismo social entre os moradores das favelas e os das demais regiões das cidades em que elas estão instaladas. Eram 11,4 milhões de pessoas vivendo em 3,2 milhões de domicílios particulares precários, que não obedecem aos padrões e às exigências do planejamento urbano, de acordo com pesquisa que acaba de ser divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo Demográfico de 2010.

Existem no País 6.329 aglomerados subnormais, denominação que o IBGE utiliza para se referir a assentamentos urbanos irregularidades, com pelo menos 51 unidades habitacionais, como favelas, terrenos invadidos, vilas, mocambos ou palafitas. Esses aglomerados estão instalados em 323 municípios, predominantemente nas Regiões Sudeste e Nordeste. A maior parte da população que ocupa esse tipo de habitação vive nas regiões metropolitanas.

A Grande São Paulo tem 596,5 mil habitações precárias, onde moram 2,16 milhões de pessoas. Destas, cerca de dois terços vivem na capital. Guarulhos abriga 10,7% da população que vive em favelas na Grande São Paulo, seguindo-se Santo André e São Bernardo do Campos (cada um com 8% do total) e Osasco (3,9%).

Além de viverem em condições piores, os moradores das favelas ganham menos, têm nível de instrução menor e estão mais sujeitos ao trabalho informal, com menos garantias e com remuneração menor, do que os demais habitantes das cidades. Bens que caracterizam a vida moderna, como eletrodomésticos, computadores com acesso à internet e automóveis são menos presentes nas favelas do que nas demais áreas.

A informalidade no mercado de trabalho caiu nos últimos anos - como comprova o aumento mais rápido da arrecadação de contribuições sociais vinculadas ao trabalho formal do que o crescimento da renda média dos trabalhadores -, mas caiu menos entre os habitantes da favela. Entre estes, 27,8% dos trabalhadores não tinham carteira assinada, índice que cai para 20,5% entre os trabalhadores de outras áreas da cidade.

A disparidade de renda entre os moradores das favelas e os demais habitantes é ainda mais ampla. Enquanto 31,6% dos moradores dos aglomerados subnormais tinham rendimento domiciliar per capita de até meio salário mínimo, nas demais áreas da cidade o porcentual se reduzia para 13,8%.

Também o acesso à educação mostra a diferença entre as condições dos moradores das favelas e as dos demais habitantes. Enquanto 14,7% dos moradores de habitações regulares tinham concluído o ensino superior, entre os moradores dos aglomerados subnormais o índice era de apenas 1,6%.

Em geral, os moradores das favelas gastavam o mesmo tempo que os demais moradores das cidades no deslocamento entre a residência e o trabalho. Entre os primeiros, 19,7% gastavam mais de uma hora diariamente no deslocamento para o trabalho; para os demais, o índice era de 19%, praticamente o mesmo. Curiosamente, no Rio de Janeiro, 21,6% da população dos aglomerados levava mais de uma hora para chegar ao trabalho, enquanto nas outras áreas a proporção era de 26,3%. No Rio, com a ocupação de encostas ao longo da cidade, os moradores puderam se instalar perto de seu local de trabalho.

Já em São Paulo, onde a ocupação irregular ocorreu em áreas mais distantes do centro, a proporção se inverte. Os conhecidos problemas de deslocamento na cidade prejudicam todos, mas afetam mais os moradores dos aglomerados, dos quais 37,0% gastavam mais de uma hora para ir ao trabalho, porcentagem que se reduzia para 30% entre os demais habitantes da cidade.

A persistência de um grande número de pessoas que vivem em condições precárias e enfrentando mais dificuldades que os demais cidadãos mostra que as políticas públicas para essa faixa da população não têm produzido resultados na velocidade necessária para aliviar o sofrimento delas.

Manutenção eterna...

Tudo pelo poder
O Estado de S. Paulo (editorial)
Nunca antes na história deste país o aparelho do Estado foi tão acintosa e despudoradamente colocado a serviço dos interesses eleitorais dos detentores do poder. Dilma Rousseff não consegue fazer a máquina do governo funcionar com um mínimo de eficiência para planejar e executar os grandiosos projetos de infraestrutura que anuncia com enorme estardalhaço. Mas como numa campanha eleitoral - no momento, a prioridade absoluta do lulopetismo - o que vale é o marketing, o discurso, Dilma está bem instruída e firmemente empenhada em transformar em palanque essa imensa e inoperante máquina, e dele não pretende descer antes das eleições presidenciais do próximo ano.

No feriado de Finados, Dilma reuniu no Palácio da Alvorada 15 ministros que atuam nas áreas social e de infraestrutura para puxar orelhas e exigir "agilidade" no anúncio de novos projetos e na execução daqueles em andamento. E deixou perfeitamente claro, para quem pudesse não estar entendendo do que se tratava, que precisa incrementar urgentemente uma "agenda positiva" a ser exibida em seus pronunciamentos oficiais e suas cada vez mais frequentes viagens por todo o País.

Antes que alguém pudesse levantar alguma suspeita maldosa sobre toda essa movimentação ter a ver com objetivos eleitorais, coube à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann - ela própria candidatíssima ao governo do Paraná - explicar: "Isso tem a ver com resultado de governo. Nós estamos num momento de prestação de contas e entregas". E acrescentou: "São várias entregas que a presidente cobrou, que se agilizassem alguns resultados para que nós pudéssemos prestar contas para a população". Então, está explicado.

Dá para entender a aflição de Dilma. Uma reeleição considerada favas contadas no primeiro semestre do ano passou a ser vista com preocupação pelos próprios petistas a partir do instante em que os índices de popularidade da presidente despencaram com as manifestações populares de junho e, apesar de se terem recuperado em parte, mantêm-se ainda muito abaixo dos mais de 50% de aprovação anteriores. Permanecem teimosamente empacados nos 38%. Isso significa que, na melhor das hipóteses, a se manter o quadro atual, Dilma poderá se dar por satisfeita se conseguir levar as eleições presidenciais para o segundo turno.

Não é por outra razão que Luiz Inácio Lula da Silva, inventor do poste que conseguiu transformar em presidente, decidiu chamar para si a responsabilidade de confrontar os candidatos de oposição. Mergulhou de cabeça na tarefa de fazer o que Dilma pode ter vontade, mas não tem vocação nem carisma para fazer, apesar de toda a máquina governamental à sua disposição: comunicar-se com a massa popular.

Nessa linha, o ex-presidente tem usado e abusado de seu insuperável populismo. Ele sabe que, mais do que "prestar contas" ou "entregar" realizações de governo, o importante é encantar os eleitores com as palavras que eles querem ouvir, ditas de um modo que eles gostam de escutar. E nisso Lula é mestre. 

Apesar de integrar hoje, movido por sua megalomania, o mais seleto jet set internacional, Lula tem logrado preservar a imagem de "homem do povo", sustentada por altíssimos índices de popularidade. E isso lhe permite ignorar a lógica, o bom senso, o pudor, a civilidade e, sobretudo, a verdade, quando deita falação sobre as maravilhosas realizações com as quais resgatou o Brasil das mãos do "poderosos" e o transformou neste paraíso em que automóveis e filé mignon estão ao alcance de todos.

Transformar a máquina do governo em palanque eleitoral como Dilma Rousseff está fazendo, portanto, é apenas uma das consequências da erosão da moralidade pública que há mais de uma década se tem acentuado gravemente no País. Lula e o PT, é claro, não inventaram os malfeitos no trato da coisa pública. O Brasil sempre sofreu com a tradição paternalista e patrimonialista. Mas foi prometendo acabar com essa pesada herança que Lula e sua turma conquistaram, ou melhor, se apropriaram do poder. Natural, portanto, que se disponham a usar o que consideram seu para se eternizarem onde estão.

Temor...

A internet livre incomoda o governo
Elio Gaspari é jornalista

Se a doutora Dilma começar uma faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta.
Misturando ignorância, prepotência e marquetagem, o comissariado meteu-se numa salada de iniciativas que envolvem a liberdade da internet. Produziu ridículos, empulhações, lorotas e, por incrível que pareça, uma boa ideia.
O ridículo: Doutora Dilma propôs que a internet seja colocada sob algum tipo de supervisão da ONU. Se isso acontecer, a ONU criará a ONUNet, que funcionará em Genebra, dirigida por um marroquino, abrindo-se a quinta representação de Pindorama naquela aprazível cidade.
A empulhação: o comissariado quer que os provedores de conexões e de aplicações guardem seus dados no Brasil. Disso poderá resultar apenas a criação de cartórios de armazenamento a custos exorbitantes. Acreditar que essa medida conterá a espionagem estrangeira é pura parolagem. 
Estimula apenas a xeretagem e os controles nacionais. Toda vez que o governo se mete com a internet, há um magano na outra ponta querendo ganhar dinheiro com o atraso tecnológico. Gente que sonha com a boa vida dos anos 80, quando era mais fácil entrar no Brasil com cocaína do que com um computador.
Lorotas: os doutores falam que estão votando um “marco civil para a internet”. De civil, ele não tem nada. É governamental, e inútil.
A boa ideia: no meio dessa salada, ressurgiu a proposta de não se usarem mais softwares fechados como o Windows da Microsoft na rede pública. A Viúva migraria para sistemas abertos, gratuitos, como o Linux. Essa ideia chegou ao Planalto em 2003, quando Lula tomou posse. Foi abatida a tiros pelas conexões comissárias.
Nada do que os doutores estão propondo acontecerá, simplesmente porque a internet é maior que a onipotência de Brasília. Se a doutora Dilma começar uma faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta, que, nos anos 90, atropelou os teletecas que pretendiam transformar a estatal de telecomunicações num provedor exclusivo de internet.
Os Guinle querem um pedaço de Cumbica
O repórter Juliano Basile revelou que a família Guinle entrou na Justiça buscando uma indenização pelo uso das terras da Fazenda Cumbica, que doou à Viúva em 1940. São 9,7 milhões de metros quadrados onde está hoje o aeroporto internacional de Guarulhos. Coisa de R$ 5 bilhões.
A área foi doada para proteger a segurança nacional durante a Segunda Guerra Mundial, para a construção de uma base aérea. Como agora a propriedade está sendo privatizada, os Guinle querem de volta o seu.
Caberá à Justiça decidir e, de fato, é esquisito a União ganhar um terreno para fazer uma coisa e depois vendê-lo para que outro empresário faça outra. 
Apesar disso, a guerra acabou em 1945. Os Guinle souberam disso. Segundo seus advogados, a base aérea era necessária diante dos “receios de bombardeios no Brasil (que) se confirmaram de fato, em 1942, com a derrubada de embarcações brasileiras na costa do Atlântico por nazistas”. 
Devagar. Os navios não foram derrubados, mas afundados por submarinos alemães e italianos, muitos deles longe do litoral brasileiro.
Na mesma época a ditadura do Estado Novo avançou sobre terras da Ilha do Governador, no Rio, onde está hoje o aeroporto do Galeão. Ao contrário do que sucedeu com a propriedade dos Guinle, que foi doada, as do Galeão foram tomadas, abrindo-se um litígio que durou até 2011, quando o Superior Tribunal de Justiça liquidou o pleito dos detentores de precatórios. 
Eles reclamavam uma indenização de R$ 17 bilhões. A compra e venda desses precatórios, que a essa altura não estavam mais nas mãos dos donos originais das terras, confunde-se com grandes e tenebrosas manobras da plutocracia carioca.
Boa notícia
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afastou-se da maldição do personal elevator. Até algum tempo atrás, o primeiro elevador da esquerda da entrada do monolito da Avenida Paulista era bloqueado quando ele se aproximava do prédio para subir (sem paradas) até o 14º andar.
Candidato ao governo de São Paulo, Skaf passou a usar os elevadores da mesma forma que os outros bípedes.
Personal elevator dá peso.
Humores
O prefeito Fernando Haddad sabe que nunca teve a boa vontade da doutora Dilma, nem quando era ministro da Educação, muito menos depois de ter tentado virar ferrabrás (em Paris) quando começaram as manifestações de julho.
Agora que faz campanha para renegociar a dívida da cidade, trata-se de medir o tamanho da má vontade.
Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota e entende que as polícias exijam que manifestantes mascarados mostrem o rosto. O que o cretino não entende é que policiais escoltem delinquentes presos por corrupção enquanto eles escondem os rostos a caminho do camburão.
O cretino acha razoável que o larápio saia mascarado da delegacia, mas, se quiser ir a uma manifestação contra as roubalheiras de que participou, deverá mostrar o rosto.
Amigo de fé
Roberto Carlos é um “amigo de fé, irmão camarada”. Bloqueou a publicação de dois livros e tentou barrar um trabalho acadêmico sobre a Jovem Guarda. Quando seu projeto de censura virou vinagre, pulou do barco, deixando Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil na frigideira.
Atraso e progresso
Enquanto em Pindorama meia dúzia de artistas quer bloquear a livre publicação de biografias, e o governo quer meter o dedo na liberdade da internet, saiu um grande livro, infelizmente em inglês, que mexe com as duas coisas. É “The everything store: Jeff Bezos and the age of Amazon" (“A loja de tudo: Jeff Bezos e a era da Amazon”), do jornalista Brad Stone.
É uma grande aula de administração de empresas e a biografia de um visionário. Conta como Bezos construiu a maior loja virtual do mundo, quantas besteiras fez e como virou um ícone perseguindo uma só ideia: o poder da rede.
Na parte biográfica, Stone indica que convivem nele um Doctor Jobs e um Mister Eike. Até hoje, felizmente, prevaleceu o lado Jobs. O livro caiu mal em casa, e a mulher de Bezos descascou-o, apontando alguns erros factuais. Ela fez isso na seção de críticas de leitores da Amazon, onde ele é vendido a US$ 10,99 e tem quatro estrelas numa cotação de até cinco.
Para quem está interessado no futuro, Stone mostra que Bezos prepara-se, em silêncio, para entrar no mundo das impressoras em 3-D. Quando essa tecnologia estiver de pé, um sujeito em Imperatriz, no Maranhão, poderá comprar um jogo de pratos de um designer sueco, imprimindo as peças em casa. Fará isso baixando as louças virtuais da Amazon. (Já se fazem revólveres para impressoras 3-D.)
Stone descobriu onde está o pai biológico de Bezos, que deixou a família em 1968, quando o garoto tinha 4 anos. Ele luta pela vida numa loja de bicicletas. Como Steve Jobs, Bezos tambem não quis conversa com o pai.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/a-internet-livre-incomoda-governo-10736285#ixzz2kFuAjm9k
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Mais uma etapa superada...