Leia
um trecho apimentado do romance erótico "Um
Amor Submisso"
O
livro, escrito por Sophie Morgan, é a continuação de "O Diário de uma
Submissa" (Fontanar) e será lançado no Brasil em outubro. Depois de ler,
você vai começar a contar os dias para o próximo mês.
Eu
sabia quando era o aniversário dele. Ele havia mencionado casualmente algumas
semanas antes e eu adicionei o evento em meu calendário on-line no dia
seguinte. Não sei se seria um exagero confessar isso, então fiquei quieta.
-
Pode abrir. - Fiquei corada. Para variar.
Ainda
surpreso, ele desfez o laço e abriu a tampa. Levantou um pequeno objeto de
plástico com alguns botões; parecia um daqueles aparelhos que abrem a porta da
garagem. Ele claramente não sabia o que era. Eu me senti o máximo. Era óbvio
que o surpreendi. Mesmo assim, minha voz ainda estava cheia de vergonha quando
falei.
-
Leia o bilhete. Ele abriu o bilhete e leu as palavras que eu havia escrito com
letras azuis caprichadas. - Acho que nós dois sabemos que você tem a habilidade
de acionar meus pontos certos de todos os jeitos mais divertidos. Agora você
pode fazer isso literalmente. Você está segurando o controle remoto de um ovo
vibrador. Você já deve saber onde ele está neste momento. Os botões ligam e
desligam o vibrador e variam a velocidade. Quer brincar?
Ele
levantou o rosto como uma criança super animada na manhã de Natal. Ri comigo
mesma, sabendo que o brinquedinho o agradaria. Ele sussurrou de susto, mas
também porque sabia que não gostaríamos que o pessoal ao nosso redor brincasse
conosco.
-
Isso é demais. Você é demais. Nunca ouvi falar nisso, muito menos usei um.
Dobrou
o bilhete com cuidado, colocou-o na caixa com o laço e a caixa de volta na
minha bolsa. Colocou o controle remoto no bolso. Não demorou muito até que
encontrasse o botão de ligar. Eu tinha esticado a mão para pegar meu café e
quase derramei tudo quando, de repente, senti as vibrações lá dentro de mim.
Olhei para Adam e ele sorriu.
Ele
o deixou ligado e gradualmente aumentou a velocidade. Tentei ler o jornal, mas
era impossível. Não conseguia me concentrar em nada e minha mão ainda tremia, o
que fez com que levantar a caneca fosse um esporte perigoso.
Eu
me inclinei e coloquei a cabeça em seu ombro, como se estivesse lendo o jornal
com ele, mas na verdade eu estava me concentrando para não morrer. Não tinha
como ter um orgasmo desses em público - torci para que não tivesse -, mas eu
estava cada vez mais molhada e com vergonha. Eu me xinguei por ter inventado
essa ideia imbecil. Comecei a ter memórias no estilo do filme Harry e Sally.
Ninguém quer ter isso.
Cravei
as unhas no braço dele e de repente tudo parou. Percebi o quanto estava tensa e
finalmente relaxei, voltando ao meu lado do sofá. Respirava rápido, peito
subindo e descendo. Ainda bem que não tinha ninguém sentado por perto. Podiam
achar que eu estava tendo um ataque de asma.
Ele
tirou a mão do bolso e virou a página do jornal. Começou a conversar comigo
como se nada estivesse diferente. Fui voltando ao meu normal e comecei a
relaxar enquanto terminávamos nossas bebidas. Nós nos levantamos e fomos para a
saída. Quando ele abriu a porta para mim, não percebi que sua mão estava no
bolso. Quando saí na rua ensolarada, senti um pulsar na minha vagina e quase
tropecei, cheguei a soltar um pequeno berro agudo. Acho que ninguém percebeu,
mas ele deu uma gargalhada, andando atrás de mim e imaginando como o filme
seria divertido. A cara de louco poderoso dele me fez rir, apesar de eu estar
me perguntando como ia conseguir me sentar durante um filme todo e me
concentrar. Graças a Deus, escolhemos um filme popular cheio de explosões em
vez de um filme cabeça.
Recebi
mais algumas surpresas enquanto caminhávamos para o cinema, mas na maior parte
do caminho ele me deixou em paz. Ele me agradeceu por dar tamanho controle para
ele, mas avisou que não seria tão responsável, caso eu ainda não tivesse
percebido.
Nós
nos sentamos. Em um dia comum, fico irada com a quantidade de propaganda que
colocam antes dos filmes, mas com Adam usando esse momento para me torturar, eu
estava mais desesperada pelo começo dos trailers do que nunca. Ele apertava
todos os botões e perguntava o que as diferentes combinações estavam fazendo
comigo - vibrações constantes, pulsações etc. Expliquei da melhor maneira que
pude, sussurrando por entre a mandíbula tensa, enquanto ele variava as
programações.
Acho
que teria sido mais fácil me concentrar se ele tivesse deixado o brinquedo
vibrando, mas passou as duas horas seguintes me torturando. Fazia questão de
mudar o estilo antes que eu me acostumasse à sensação, me levando à loucura e
fazendo com que eu me segurasse nele de novo. Em um determinado momento, quando
as explosões estavam tão altas que poucas pessoas no cinema sentadas perto de
nós conseguiriam ouvir, ele se inclinou para sussurrar no meu ouvido e
perguntou se eu estava molhada. Escondi meu rosto em seu ombro e fiz que sim
com a cabeça.
Colocou
a mão na parte interna de minha coxa e alisou mais para cima - ainda bem que os
frequentadores de filmes aos sábados de manhã gostam mais de filmes para
famílias, então não havia ninguém naquela fileira. Devagar, moveu o dedo para
cima e para baixo na costura do meu jeans e disse que dava para sentir as
vibrações. Foi quando dei um chute em sua canela. Já tinha passado do nível de
me preocupar se ia ter problemas com isso, apesar de ele admitir mais tarde que
mereceu minha punição. Tirou a mão de minha perna e a colocou sobre meus
ombros. Manteve o controle na outra mão e fez de tudo para que eu não tivesse
descanso. Nem vi o filme direito - ele acabou me dando o DVD mais tarde -, e
quando terminou eu só conseguia pensar em uma coisa, e não era no preço elevado
da pipoca do cinema. Finalmente, as luzes se acenderam. Ele estava sorrindo
para mim.
-
E aí. Quer fazer o que agora?
Durante
um minuto, não consegui falar. O que ele achava que eu queria fazer?
-
Almoço? - Ele estava se divertindo tanto. Não sei se o achei cativante ou
irritante. A pulsação entre minhas pernas não me ajudava a escolher. No final,
achei que ser educada contaria mais a meu favor.
-
Podemos ir pra casa, por favor?
Ele
fez carinho no meu braço com um dedo; tremi. Não havia como almoçar sem
derrubar tudo. Depois de segundos longos e desesperadores, teve pena de mim.
-
É claro que sim.
Ele
deixou o ovo em uma programação constante durante o caminho todo para casa, mas
o vibrador ainda pulsava enquanto eu andava, então não tinha como ignorá-lo,
até porque pesava e se movia dentro de mim, causando ondas fortes de prazer.
Quando
chegamos, ele desligou o ovo pela primeira vez em horas. Eu me dei conta de
como estava molhada. Será que teria a chance de me arrumar e trocar de calcinha
antes de ele decidir fazer alguma coisa maquiavélica comigo? Claro que não. Que
otimista.
Assim
que entramos na sala, ele veio para trás de mim. Suas mãos envolveram meu corpo
e pegaram meus seios enquanto sua boca veio para meu pescoço e ombro, beijando
e dando mordidas de leve. Foi como se estivesse esperando até o momento em que
fechássemos a porta e tivéssemos privacidade. De repente, percebi que eu o
estava atiçando sem querer, pelo mesmo tempo em que ele esteve me atiçando. Ele
abriu meu jeans e o deslizou pelo meu quadril, e depois colocou a mão entre
minhas pernas. Riu devagar.
-
Sua calcinha está encharcada.
Tentei
fechar as pernas, mas ele bateu nelas devagar, então deixei-as abertas. Ele me
empurrou e me inclinou no braço do sofá, abaixando minha calcinha, que ficou
nas pernas junto com o jeans. Pegou a corda fina de plástico que saía da minha
boceta e a puxou. Fiquei sem ar quando o ovo foi parar na mão dele.
Em
poucos segundos, estava sem ar de novo. Não o ouvi abrindo a calça nem o som
familiar do preservativo sendo desembalado, e sem aviso ele se enfiou lá dentro
de mim. Eu estava tão excitada que entrou com facilidade, mas dei um grito de
surpresa e cravei as unhas na almofada quando ele começou a se mexer.
Colocou
a mão em minha boca e pressionou alguma coisa contra meus lábios. Levei um
segundo para perceber, mas era o ovo que tinha passado tanto tempo dentro de
mim. Travei os dentes. Ele ficou parado por um momento e depois puxou meu
cabelo em sinal de aviso. Abri os lábios e tomei meu brinquedo molhado na boca,
provando meu próprio gosto. Continuou me comendo com força e não demorou muito
para que também ficasse excitado e tivesse um orgasmo. Ele respirava com força
quando se afastou para tirar a camisinha. Quando voltou, abriu a mão na frente
de meu rosto e eu abri a boca, deixando o ovo na palma de sua mão.
Ele
me ajudou a me sentar no sofá, afastou minhas pernas e se ajoelhou no chão na
minha frente. Em segundos, estava me chupando. Assim como na primeira trepada,
não teve preâmbulos nem preliminares, apenas a pressão decidida e firme no meu
clitóris enquanto me lambia e sugava. Senti seus dedos entre minhas pernas e
depois senti o brinquedo sendo introduzido de novo.
Ele
o ligou e eu ergui meu quadril, me esfregando contra o rosto dele enquanto ele
persistia no meu clitóris. Colocou o aparelho na vibração mais rápida e me
lambeu várias e várias vezes. Segurei seus cabelos e gemi muito alto. Estava
perdida.
-
Por favor, posso gozar? Gemi. Eu sei. Não era uma coisa que eu costumava
pedir se não recebesse uma ordem direta para isso, mas não ia arriscar uma
interrupção por nada no mundo.
Ele
fez que sim e continuou chupando. Eu me curvei para cima de novo e continuei
segurando seus cabelos. Senti como se a língua dele estivesse vibrando quando
gozei, gritando de prazer até me encostar no sofá de novo.
Ele
afastou a boca e desligou o ovo antes de subir no sofá e se juntar a mim.
Deitada com a cabeça no colo dele, eu me parabenizei pelo ótimo plano
bem-executado. Posso dizer que Adam parecia estar tão satisfeito quanto eu, o
que me deixou feliz e me fez sentir como uma deusa por um instante. Todo mundo
sai ganhando.