sábado, 23 de novembro de 2013

Assim está difícil...

Quase 80% das mulheres trocariam sexo por tempo para si mesmas

Maioria busca oportunidades para momentos de paz, longe das obrigações.

Quando podem ficar sozinhas, 44% das mulheres ficam na cama, enquanto 37% desfrutam do tempo no banheiro. 

​A falta de tempo para si mesma é a principal queixa das mulheres. Uma pesquisa feita pela empresa Wakefield Research, a pedido da marca de chás Celestial Seasonings, nos Estados Unidos, mostra que 42% delas têm apenas uma hora por dia para relaxar ou fazer o que quiser. Entre as mães, o porcentual das que reclamam de falta de tempo sobe para 54%.


Das 500 entrevistadas, todas com mais de 35 anos, 76% trocariam sexo por uma folga da rotina. Quando podem ficar sozinhas, 44% das mulheres ficam na cama, 37% desfrutam do tempo no banheiro e outras 6% afirmaram ficar na garagem. Vale lembrar que a maioria das casas americanas dispõe de amplas garagens que servem de depósito, entre outras coisas.

As informações, divulgadas pelo site Market Wire e pela revista Glamour americana, mostram ainda que 75% das mulheres inventam desculpas para conseguir ficar sozinhas, incluindo que estão ocupadas ou mesmo doentes.

http://mulher.terra.com.br/comportamento/quase-80-das-mulheres-trocariam-sexo-por-tempo-para-si-mesmas,2c36d259ec742410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

Ai ai...

Estudo: 50% das mulheres acordam de mau humor ao sonhar com marido

Pesquisa de rede de hotéis conclui que 60% das pessoas ficam irritadas com amigos que aparecem em sonhos ruins.

Além de traição do marido, mulheres também sonham com ex-namorados e acordam de mau humor.

Às vezes você acorda com vontade de brigar com o marido que dorme ao lado porque sonhou que ele estava te traindo, enquanto tudo que ele estava fazendo era roncar embaixo do edredom? Bom, você não está sozinha. Mais da metade das mulheres acorda de mau humor com os parceiros porque tiveram um sonho ruim com ele. 

Além disso, 44% das entrevistadas disseram sonhar com frequência com os ex-namorados, o que também ajuda para que a alegria não apareça logo ao despertar. As informações são do jornal inglês Daily Mail.

Mas, não são só maridos e namorados que sofrem com o mau humor matinal feminino, mas quase 60% das duas mil pessoas entrevistadas disseram ficar irritadas com amigos que estavam presentes em sonhos ruins. 

Os chefes não ficam de fora e uma em cada 20 mulheres disse tratar o superior com frieza por ter sonhado com ele na noite anterior. Em geral, quatro em cada 10 adultos disseram que os sonhos ou pesadelos determinam o humor ao longo do dia.

"Quando acordamos confusos, cambaleantes, isto pode mostrar o mau humor que vai perseguir durante o dia. Por isso, é importante tentar relaxar depois de um dia de trabalho árduo para não ficar com ideias negativas na cabeça", disse o responsável pela pesquisa.

O estudo, feito por uma rede de hoteis, mostrou que quando estão estressadas com questões de trabalho, as pessoas tendem a ter mais sonhos ruins: 30% dos entrevistados disseram que um conflito com colegas de trabalho acaba aparecendo nos sonhos. Mas, nem tudo é sobre pesadelos, já que 30% disseram ter tido sonhos românticos com alguém do escritório.

A pesquisa mostrou ainda que 43% dos britânicos têm sonhos repetidos e que sonhar que está fugindo de alguma coisa, voando ou perdendo um dente são os mais comuns. Um quinto afirmou também que já acordou com a sensação de estar caindo.

Além do marido, do chefe e do colega de trabalho, algumas celebridades também ficam na cabeça e sonhar com a rainha Elizabeth II, com o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e com a cantora e atriz Cheryl Cole são os mais comuns. 

Não só o estresse determina o rumo dos sonhos, mas a alimentação e o lugar também contam no que se vive durante a noite. Um em cada cinco adultos afirmou que a refeição feita antes de ir para a cama influencia no sonho, enquanto 20% disseram que têm sonhos mais realistas quando dormem fora de casa.

"O que está na nossa mente antes de dormir interfere muito no sonho. Por isso, estresse com o trabalho ou preocupação com o casamento aparecem na madrugada", explicou Davina Mackall, expert em sonhos.

http://mulher.terra.com.br/comportamento/estudo-50-das-mulheres-acordam-de-mau-humor-ao-sonhar-com-marido,c165c0dbdbd52410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

Falam muito...

Entenda por que mulheres falam 13 mil palavras por dia a mais que homens

Estudo mostrou que elas tem maior quantidade da proteína Foxp2, conhecida como a "proteína da linguagem".

Mulher tem fama de bater papo e conversar muito. Já foi comprovado que elas falam cerca de 20 mil palavras por dia, aproximadamente 13 mil a mais que os homens. Mas agora os cientistas descobriram a chave para explicar o comportamento feminino. As informações são do site Pandagon.

A teoria popular foi comprovada por um estudo realizado na Universidade de Maryland e publicado no Journal of Neuroscience, que mostra que elas têm níveis mais elevados da proteína Foxp2, conhecida como a “proteína da linguagem”, no cérebro.

O teste foi feito com roedores. Diferentemente dos humanos, os machos apresentam maior quantidade da proteína que as fêmeas. Separaram-se filhotes de quatro dias de idade de suas mães e contaram o número de vezes que eles gritavam. 

Os dois demonstraram reações, mas os machos gritaram duas vezes mais. Como resultado, quando eles foram colocados de volta à gaiola, as mães se preocuparam mais com os filhotes do sexo masculino.

"Com base em nossas observações, encontramos níveis mais elevados de Foxp2 em meninas e em ratos machos. Isso é uma indicação de que os níveis de proteína Foxp2 estão associadas ao sexo mais comunicativo”, explicou a pesquisadora Margaret McCarthy.
http://mulher.terra.com.br/comportamento/entenda-por-que-mulheres-falam-13-mil-palavras-por-dia-a-mais-que-homens,0d2e724d53162410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

Aquecimento genital...


Viagra feminino? Gel pode aumentar desejo sexual nas mulheres
Com resultados a partir de duas semanas, o produto pode ser aplicado na parte interna das coxas ou na parte superior dos braços.

Já não tem mais o desejo sexual de antes? E se a solução estivesse em aplicar um gel nas coxas ou braços, que aumenta o nível do hormônio testosterona ligado à libido? Segundo a ginecologista britânica Jeffrey Braithwaite, consultada pelo jornal Daily Mail, o produto funciona, mas apenas em casos de queda do hormônio, normalmente relacionado à menopausa.

“É razoável que as mulheres sejam verificadas até certificar-se de que o desejo baixo é um problema no nível de testosterona em vez de algo que precise de tratamento. Também é essencial verificar se não existem outras condições ou contraindicações que podem tornar o uso do gel perigoso. Mas o gel pode ser extremamente eficaz se os níveis de testosterona são baixos”, disse a ginecologista Jeffrey.

Adesivos de testosterona, que basicamente fazem o mesmo trabalho do gel, não são muito populares porque escorregam após o banho. No caso do gel, basta espalhá-lo na parte interna da coxa ou na parte superior dos braços, esperar cinco minutos para absorção e os resultados podem aparecer entre duas semanas e um mês. Algumas mulheres também podem precisar de um suplemento de estrogênio para que os dois hormônios trabalhem juntos na busca pela libido.

Deve-se perguntar ao médico sobre o uso do produto e a quantidade deve ser ajustada para evitar efeitos colaterais, como irritabilidade. “Notei que me sentia no limite e competitiva quando comecei a usá-lo. Mas acertei a dose e a irritabilidade desapareceu”, disse uma mulher que usa o gel há anos. 
http://mulher.terra.com.br/vida-a-dois/viagra-feminino-gel-pode-aumentar-desejo-sexual-nas-mulheres,58218386e9a72410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

O que se tem...

A candidata em busca da credibilidade perdida

O alarme tocou e a presidente Dilma Rousseff entrou em campanha para elevar sua credibilidade, encenando mais uma vez o compromisso, jamais cumprido, de boa administração das contas públicas. Não se trata, agora, de persuadir um eleitorado mais ou menos cativo e mais ou menos propenso a engolir as patranhas de uma governante populista. 

O objetivo, bem menos simples, é reduzir a desconfiança de um público mais informado, menos vulnerável a truques contábeis e muito menos impressionável com jogadas de controle de preços. Não se trata só de economistas independentes e do pessoal do mercado financeiro, mas também - e neste momento principalmente - dos analistas com poder para baixar a nota de crédito do País. 

O risco de rebaixamento ficou mais evidente nas últimas semanas, foi citado pelo ministro da Fazenda em reunião com líderes aliados e é compatível com as preocupações indicadas por entidades multilaterais, como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em seu novo relatório sobre perspectivas globais, economistas da OCDE sugerem, entre outras medidas para tornar mais claras as contas públicas, maior atenção à regra de superávit primário e limitação das operações "quase fiscais". Este é um nome delicado para a relação promíscua entre o Tesouro e os bancos federais. Tais medidas, acrescentam os autores do texto, "consolidariam a reputação duramente adquirida pelo Brasil de boa gestão fiscal".

A referência a essa reputação como ainda existente deve ser mais uma gentileza diplomática. Igualmente gentil é a referência à reputação da política de controle da inflação baseada no regime de metas. "Será importante continuar mostrando determinação diante da emergência de pressões inflacionárias", sustentam os economistas. Em outra passagem, o texto menciona diretamente a necessidade de mais aperto monetário para conduzir a inflação à meta de 4,5%.

Bem antes da presidente da República os dirigentes do Banco Central (BC) decidiram cuidar da própria credibilidade. Ao elevar em abril o juro básico da economia, a taxa Selic, tomaram a primeira medida séria, em 20 meses, para enfrentar a disparada dos preços. Foi também o primeiro lance para restabelecer a imagem de autonomia operacional da instituição.

Já esfrangalhada, essa imagem foi quase destruída quando a presidente Dilma Rousseff, na África do Sul, em março, fez um desastroso pronunciamento sobre como deveria ser o combate à inflação no Brasil. O presidente do BC, Alexandre Tombini, teve de se manifestar, pouco depois, para "esclarecer" as palavras de sua chefe e tentar conter os estragos. 

No mês seguinte começou a nova série de aumentos da taxa Selic. Analistas do mercado financeiro e consultores privados dão como certa mais uma elevação ainda este ano e um retorno do juro básico dos atuais 9,5% aos dois dígitos. A decisão deverá ser conhecida na próxima quarta-feira, quando terminará a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevista para 2013.

A política de juros em vigor a partir de abril deve produzir resultados sensíveis, ou mais sensíveis, nos próximos meses. É cedo para dizer se haverá novos aumentos em 2014, embora o mercado financeiro projete uma Selic de 10% para dezembro de 2013 e uma taxa de 10,25% para o fim do próximo ano. 

Por enquanto, a inflação continua vigorosa. O IPCA-15, prévia do índice oficial do mês, subiu 0,57% em novembro, 5,06% no ano e 5,78% em doze meses. Em outubro a variação havia chegado a 0,48%. A reaceleração iniciada em agosto continua e, se fosse necessária mais uma prova do desastre, bastaria examinar a contaminação dos preços - 70,7% itens com aumentos.

Se a tendência se mantiver, como tudo parece indicar, as escolhas do Copom serão muito restritas, até porque o governo se mostra disposto a continuar estimulando o consumo e a manter frouxas as suas contas. Com isto se volta ao problema da política fiscal e ao esforço da presidente Dilma Rousseff de encenar de novo um compromisso de seriedade. O espetáculo incluiu na semana a reunião com políticos aliados para convencê-los a abandonar projetos com elevados custos fiscais - uns R$ 60 bilhões por ano, se forem todos aprovados.

Líderes da base assinaram um documento de apoio ao imaginário Pacto de Responsabilidade Fiscal inventado, há alguns meses, como resposta às manifestações de junho. Um dia depois o Congresso aprovou, no entanto, uma lei para desobrigar o governo central de compensar as deficiências de Estados e municípios na produção do superávit primário. 

Em seguida, a presidente pediu aos auxiliares a fixação de metas fiscais mais fáceis para o próximo ano. A quem ela espera convencer de sua conversão à austeridade? Além do mais, em 2014 eleições dominarão a política. A campanha da reeleição começou há muito tempo, como sabe qualquer pessoa razoavelmente informada.

A presidente festejará o ano-novo num país com inflação elevada e finanças públicas em mau estado, pressionada para manter estímulos setoriais ao consumo e com as contas externas em visível deterioração. O déficit em conta corrente acumulado nos 12 meses até outubro chegou a US$ 82,21 bilhões, 3,67% do PIB estimado.

A balança comercial, foco dos principais problemas do balanço de pagamentos, pode melhorar neste bimestre. Mas as perspectivas ainda serão ruins, porque a indústria continua com baixo poder de competição. A política do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atendeu nos últimos anos a prioridades erradas e foi insuficiente para promover a elevação do investimento privado.

Quanto ao investimento público, permaneceu emperrado por incompetência gerencial. Se o BC continuar sozinho no combate à inflação, a presidente ainda estará arriscada a enfrentar novas e inoportunas altas de juros. A batalha da credibilidade poderá ser muito complicada.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-candidata-em-busca--da-credibilidade-perdida-,1099693,0.htm

Cada povo tem o governo que a maioria escolheu...

A hegemonia imperfeita
O PT está há 11 anos no governo federal, é o principal e mais bem organizado partido do País, mas não fixou uma orientação de sentido que agregue os brasileiros, ou a maioria deles. Tem votos, mas não consensos. Sensibilizou a opinião pública para o tema da desigualdade social, mas fez isso por meio do assistencialismo, e não de uma imagem de vida coletiva.

Passou-se o mesmo nos oito anos de FHC. Sua política de combate à inflação trouxe a cultura da responsabilidade fiscal para a gestão pública, mas não uma ideia de sociedade. Introduziu a linguagem da reforma do Estado e com ela pautou os governos que lhe sucederam, mas não conseguiu valorizar o Estado perante os cidadãos. E o que dizer das décadas seguidas de PSDB em São Paulo? Vitórias eleitorais sucessivas conseguiram atiçar algum sentimento antipetista, mas não anunciaram uma comunidade política. O legado tucano resume-se a obras e providências administrativas, como, aliás, ocorre em todos os lugares. Não contempla valores.

Há o "poder da mídia". Estrutura-se em imagens, informações, narrativas. A ilusão de que faz o que quer com a cabeça das pessoas tem levado a que se fale em "mídia golpista", expressão tão provocativa quanto equivocada num contexto em que os grandes órgãos de comunicação têm suas "orientações" desmentidas no instante mesmo em que são emitidas. As redes sociais comprometem sua eficácia. Mas tais mídias alternativas são o espaço de todos e de ninguém. Não podem ser articuladas por uma ordem de comando ou por um sujeito unificador revestido de poder de agenda e capacidade de direção intelectual e moral.

Há muito poder econômico no mundo. A concentração de riqueza é assustadora. O capital não cabe em si e regurgita com frequência. A crise global é, na verdade, uma situação de conflitos incessantes que não conseguem ser coordenados e superados. É uma crise de direção política no sistema e no interior de cada Estado. A hegemonia do capital financeiro é real, mas não traz consigo uma fantasia organizada: é uma supremacia que não seduz nem convence, em que pese o investimento pesado em propaganda. A própria hegemonia dos EUA se faz hoje com muitos vácuos e oscilações.

O quadro é de crise de hegemonia. Não há mais, a rigor, uma "hegemonia neoliberal". Nem nenhuma outra. Cada sujeito, cada polo ou bloco tem limites (econômicos, corporativos, ideológicos) que o impedem de se tornar hegemônico, quer dizer, de dirigir em nome de um "projeto existencial".

No Brasil, as oposições não avançam porque não têm empatia ou discurso que as qualifiquem como artífices de mudanças. A presidente Dilma, por sua vez, é beneficiada pela posse dos instrumentos de governo e mantém posições mesmo sem dispor de propostas que empolguem.

Falar em hegemonia é falar em poder das ideias, componente decisivo de qualquer operação que tencione magnetizar pessoas ou mudar o mundo. Pode-se governar com recursos político-administrativos e com dinheiro, mas não se muda a disposição cívica nem se deslocam estruturas sem ideias articuladas. A luta ideológica é mais decisiva que a eleitoral.

Fala-se de "hegemonia" sem muito rigor. Há os que a confundem com supremacia política. E há os que dizem que ela é a porta de entrada de uma visão totalitária do mundo. Não se valoriza o fundamental: hegemônico não é quem manda ou ganha eleições, mas quem consegue apresentar uma proposição crítico-racional para a sociedade. A busca de hegemonia é um exercício cultural interativo e dialógico. Não se resolve de uma vez por todas, com uma camisa de força, mas mediante discussão permanente. É uma construção sem prazo para terminar.

Privilegiada pelo marxista italiano Antonio Gramsci, a hegemonia é o dado que falta nos dias correntes. Há poder e poderes, mas não direção intelectual e moral, ou melhor, há muitas direções e nenhuma delas consegue prevalecer incontrastável. Há domínio e coerção, mas poucos consensos. O desentendimento dificulta a modelagem coletiva da experiência social.

Hegemonias existem, mas são imperfeitas. Carecem de base material e condições para que se unifique a vida social em torno de projetos coletivos.

Gramsci queria, com o conceito, mostrar que não era preciso chegar ao poder político para ter influência no Estado e na sociedade. Que os subalternos e seus representantes políticos poderiam disputar posições importantes e fixar seus valores no arcabouço cultural das sociedades. Em suma, que dava para dirigir sem dominar, ocupar espaços a partir dos quais direcionar a ação dos poderes estatais.

Não há como dizer que esse projeto não deu certo. As classes subalternas, ao longo do século 20, conquistaram muita coisa e imprimiram a marca de seus interesses, valores e projetos na comunidade política moderna. Mas essa hegemonia não foi suficiente para mudar com radicalidade a estrutura do poder. Houve maior compartilhamento de posições, mas o poder permaneceu concentrado e voltado para defender os interesses economicamente dominantes.

Quando Gramsci idealizou seu conceito, a hegemonia nascia da fábrica e podia ser pensada como estando enraizada no universo da produção. Hoje esse universo não referencia a sociedade. A fábrica está-se robotizando, alterou suas plantas, espalha suas unidades longe do controle dos Estados. A classe operária perdeu densidade e não pode mais ser vista como o sujeito político por excelência, levando consigo os partidos de massa e as utopias que desenhavam o futuro.

Vivemos cercados de poderes, mas eles coordenam pouco a vida social. Nem sequer regulam pressões e interesses. Fazem-nos mal, mas não são donos de nossa mente nem de nossos movimentos. São negativos mais pelo que deixam de fazer do que pelo que fazem. São pouco amados e muito difamados, agredidos e contestados, mas não conseguem ser responsabilizados. Desabam sobre as pessoas mas não as orientam.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-hegemonia--imperfeita-,1099698,0.htm

Extermínio racial e social...

Taxa de homicídio de negros é o dobro do resto da população

Segundo estudo do Ipea sobre o racismo no Brasil, a cada assassinato de um não negro, 2,4 negros são mortos no país

Homens negros são os que apresentam a maior perda de expectativa de vida: são 3,5 anos de vida contra 2,57 anos dos outros homens

São Paulo - A cada homicídio de um não negro (brancos, indígenas e indivíduos de cor/raça amarela, de acordo com a classificação do IBGE), 2,4 negros são assassinados no Brasil. 

Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e fazem parte de um estudo, publicado este mês, sobre os efeitos do racismo no país. 

De acordo com informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e do IBGE, apresentadas pelo Ipea, enquanto a taxa de assassinatos de negros no Brasil é de 36 mortes por 100 mil negros, entre não negros, esta taxa é de 15,2.

Em alguns estados do país, a diferença entre os dois grupos é ainda mais impressionante. Em Alagoas, a diferença entre as taxas de homicídio é de 76 casos por 100 mil habitantes. 

Herança

Segundo o Ipea, o negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele e essas discriminações combinadas podem explicar a maior ocorrência de homicídios de negros em relação ao resto da população. "A escravidão legou à nação um contingente populacional com baixíssimos níveis educacionais, além de uma ideologia racista", diz o estudo. 

Os baixos níveis educacionais deixam a população negra entre os mais pobres do país: enquanto 64,42% dos não negros estão entre os 50% mais ricos do Brasil, a maior parte dos negros (55,28%) está entre os 50% mais pobres do país. 
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/taxa-de-homicidio-de-negros-e-o-dobro-do-resto-da-populacao

Mais uma etapa superada...