segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Viva a sabedoria...

Os Gêneros Supremos e o entrelaçamento das Ideias no Sofista de Platão

Em O Sofista, de Platão, o autor discute temas como os gêneros supremos e o entrelaçamento das ideias.

Os gêneros supremos e o entrelaçamento das ideias, são temas retratados no Sofista de Platão 

A alma, como dýnamis ativa, tem uma relação puramente lógica e não implica uma alteração real. O estado ontológico das Ideias é o repouso, mas não um repouso que exclua essa relação lógica com a inteligência.

Há, pois, o ser como totalidade e, distinto do movimento e do repouso, inclui os dois, aliando o aspecto estático ao dinâmico do real numa síntese superior e, desse modo, salvando a possibilidade da ciência e a unidade de seu objeto. Resta agora inserir o não ser e o erro no discurso e fazer emergir o objeto da ciência, isto é, o Verdadeiro que se distingue da arte ilusionista do sofista.

Se não há nem mobilismo nem imobilismo universais, é preciso estabelecer se é possível a comunhão das Ideias para que a predicação permita uma forma diferente da tautológica. Há, portanto, três hipóteses:

- Em primeiro lugar, se é impossível que as Ideias se associem, então nada possui com nada, possibilidade alguma de comunhão sob qualquer relação e, assim, o movimento e repouso não existiriam porque não poderiam participar do ser.

- Em segundo lugar, se tudo se associa com tudo então o próprio movimento se tornaria repouso e vice-versa.

Mas se há algo que se presta à mútua associação e algo que não se presta, significa que há uma razão ou ordenamento que permita ou regule tais associações. Por exemplo, as letras. Entre elas há acordo e desacordo. As vogais, que são diferentes das consoantes, são como um vínculo entre todas, impedindo que as consoantes se combinem sem elas. 

Também os tons, graves e agudos, têm que ter uma lei que permita a combinação harmoniosa. No caso das letras, quem tem a ciência e pode transmiti-la àqueles ainda afastados da verdade é o gramático. Para os tons, o músico. Em ambos, há uma competência técnica. Quem não tem tal conhecimento é leigo e incompetente.

Entretanto, a lei que permite as associações foi extraída da própria noção de participação comum do movimento e do repouso no âmbito do ser. Enquanto que cada uma dessas Ideias, em si mesma, se identifica, ao mesmo tempo, se diversifica com relação às outras duas. Surgem, pois, novas determinações ideais que expressam a identidade e a alteridade. É o aparecimento do “mesmo” e do “outro” como ideias (juntamente com o “ser”, como lei da mútua participação), que revelará a estrutura das proposições afirmativas e negativas.

Ainda que o mesmo e o outro sejam predicados, do movimento ou do repouso, não se identificam com eles. Também se distinguem do ser porque se o ser fosse identidade não haveria a distinção entre movimento e repouso; e se fosse pura alteridade, que é essencialmente relação, o ser compreenderia em si o absoluto (identidade consigo mesmo) e o relativo. 

Elas são, assim, Ideias distintas e subsistentes. Todas as Ideias participam da Ideia do “mesmo”, enquanto são idênticas a si mesmas. Por outro lado, a Ideia do “outro” invade todas as Ideias, estabelecendo entre elas a relação fundamental de alteridade, pela qual se distinguem.

O “ser”, o “mesmo” e o “outro” apresentam-se, então, como determinações ideais, necessárias e suficientes, que definem o estatuto ontológico de toda a Ideia. Juntos, eles formam a primeira e mais fundamental articulação da realidade inteligível, uma primeira conexão que qualquer Ideia implica, quando afirmada como substância ou enquanto participa da ordem do ser. 

No movimento há a participação à Ideia de ser e o ser do movimento desdobra-se numa nova relação de participação, que é a identidade consigo mesmo; mas porque essa identidade não é uma identidade com o ser como tal, implica, para o movimento, uma distinção de ser entre os seres. Enquanto distinto, cada ser (e, no caso, o movimento) é “outro” com respeito a todos os seres, dos quais distingue e é essa relação de alteridade, afirma Platão, que é uma relação real de “não ser”. 

Ela estabelece uma infinidade de não seres em relação ao ser, porém elimina o não ser como contrário do ser, que seria o nada eleático, o indizível, o impensável e se mostra como o “outro” do ser, de modo que o ser total apresenta-se como uma pluralidade ordenada e não como unidade indistinta. E a dialética, como ciência suprema, tem por objeto a comunhão ordenada das Ideias, discernindo no mundo ideal as unidades superiores e suas articulações naturais, de modo a conservar a cada forma sua identidade no interior das relações. Ela consiste na arte de bem dividir as unidades ideais complexas em simples, não tomando uma por outra, expressando essa relação num Lógos.

Se o lógos é a transcrição racional das Ideias, sua unidade é sempre, para Platão, uma unidade sintética. O lógos é proposição, é a relação mesma dos termos da proposição, que exprime a estrutura do real da forma e o dialético é o único capaz de divisar os nexos reais de inclusão, exclusão e dependência, que fazem do mundo das Ideias um mundo ordenado. 

Há dois processos para a realização da determinação da conexão, um ascendente e outro descendente. O primeiro refere-se à reunião e compreende “uma Ideia estendida completamente através de muitas outras, das quais cada uma permanece em si mesma isolada, e muitas outras que, distintas entre si, são envolvidas do exterior por uma Ideia única”. O segundo é a divisão que apreende “uma Ideia que, concentrada, embora em sua unidade, se estende por muitas totalidades, e uma pluralidade de Ideias totalmente isoladas”.

São esses os tipos de entrelaçamentos que a dialética deve discernir no mundo ideal e exprimir no discurso. O próprio fato da comunhão das Ideias, que se opõe à rígida unidade do ser eleático, é que torna possível o discurso. É ele que exprime um vínculo inteligível entre termos reais. Contudo, o lógos participa também do não ser, da relação de alteridade e o modo dessa participação pode distinguir nitidamente o discurso falso.

O lógos nada mais é do que a expressão oral do discurso ou diálogo interior da alma consigo mesma, isto é, o pensamento. Este procede sempre pela expressão de uma relação entre as ideias, quer seja pela afirmação, quer seja pela negação, que constituem a qualidade própria do ato judicativo, da opinião. 

Assim, o discurso refere-se sempre à realidade das Ideias e, nesse sentido, exprime sempre uma “significação acerca do ser” e os elementos que, como signos do pensamento, mostram no discurso a comunhão das Ideias são os signos verbais que devem estar presentes em toda proposição: o nome e o verbo. O primeiro designa um sujeito; o segundo exprime uma ação, sempre qualificada do sujeito.

Dessa forma, o lógos, participando do ser, obedece à lei geral que faz o ser participar do “não ser” como “outro”. O seu ser é a expressão do ser real ou um ser de significação. Ele tem, na ordem da significação, a mesma amplitude que o ser real tem na ordem da existência. E dentro do âmbito do ser, o não ser de um determinado discurso não será qualquer outro ser real, mas deve ser necessariamente um “não ser de significação”, ou significação de um outro ser ─ outro discurso exprimindo um entrelaçamento diverso. 

O problema consiste em discernir na extensão do lógos o ser de significação, que é o objetivo da dialética, pondo em evidência o não ser de significação que caracteriza o discurso falso.

A verdade e a falsidade são qualidades de um lógos com relação a um entrelaçamento entre Ideias que ele exprime que, porém, têm valências ontológicas diferentes. O lógos verdadeiro é signo da dialética, isto é, da expressão intelectual do ser, ou seja, da Ideia, que sempre aparece inserida numa trama de relações reais, segundo os esquemas de classificação e divisão. 

É a Ideia do ser que, implicada em toda proposição dialética, lhe confere a “forma” e opera, assim, a unidade da ciência. E o filósofo é aquele que em seus raciocínios aplica continuamente a Ideia do ser, que participa de todas as Ideias e essa participação implica necessariamente uma relação de alteridade. É assim que a dialética afirma, ao mesmo tempo, o ser e o não ser em suas proposições. 

Tal é o discurso verdadeiro: o ser como ele é, isto é, traduz no discurso a densidade de ser e não ser, de identidade e alteridade, que define a estrutura real de cada ideia. Cada discurso determinado (cada proposição) exprime determinado ser numa conexão determinada. A posição do ser implica sempre as relações de identidade e alteridade, ou é regida sempre pelos princípios de permanência e distinção. O juízo que a exprime pode assumir tanto a forma positiva como a negativa. 

Esta exprime o não ser (alteridade) da coisa, e não o “não ser” do lógos porque seu ser é propriamente um ser de significação e o que constitui propriamente a essência do erro é que o “não ser de significação” é afirmado como ser. O discurso falso quer dar ao “outro” a significação do idêntico, e ao não ser a significação do ser. O não ser não está nos termos da proposição falsa; ele está no nexo, na conjunção arbitrária de dois termos e, desse modo, só o juízo pode ser falso.
http://www.brasilescola.com/filosofia/os-generos-supremos-entrelacamento-das-ideias-no-sofista-platao.htm

Cultura...

A Outra América
Recém encerrado, o Fórum da Esquerda, que anualmente reúne nos EUA intelectuais e ativistas progressistas para discutir os problemas da atualidade política mundial, é a manifestação eloquente de uma América que procura aprender com o resto do mundo.

Boaventura de Sousa Santos

Acabo de participar em Nova York do Fórum da Esquerda, uma organização com longa tradição nos EUA e que anualmente reúne centenas de intelectuais e ativistas progressistas para discutir temas e problemas da atualidade política do país e do mundo. O que se discute em dois dias de intensos debates dá-nos uma imagem dos EUA muito diferente daquela que é veiculada pelos veículos de mídia internacionais.

Em vez da América arrogante e belicista, a América solidária e pacifista, apostada em pôr termo à guerra no Iraque e a todas as outras que os falcões de Washington estão já a preparar (incluindo a guerra nuclear). Em vez da América que dá lições de democracia ao mundo, a América ansiosa por aprender com as lutas que, noutras regiões do mundo, sobretudo na Europa, vão resistindo contra o aumento da desigualdade, a degradação e a privatização dos serviços públicos de saúde, educação e segurança social. Daí a forte presença de uma delegação dos sindicatos italianos, confiantes na vitória contra as alterações da idade de reforma e do regime de pensões propostas pelo Governo Prodi.

Em vez da América rica e viciada no consumo ostentatório, a América de mais de 40 milhões de pobres, a maior parte deles trabalhadores cujos salários de miséria não lhes permite viver acima da linha da pobreza, nem dispor de um seguro médico. E a América de muitos outros milhões para quem um acidente, uma doença ou a ameaça de desemprego os põe em risco permanente de deixar de poder pagar as hipotecas das casas e suportar os custos elevadíssimos dos seguros médicos privados (uma vez que a maioria dos novos empregos não inclui seguro médico).


Em vez da América opulenta da 5ª Avenida, as cidades devastadas pelo encerramento das fábricas, um furacão tão devastador em Flint, Michigan, quanto o Katrina em Nova Orleans. Em vez da América da igualdade de oportunidades, a América onde um quarto da população negra jovem está encarcerada e onde a discriminação racial continua a marcar a vida de milhões de negros e latinos.


Dada a hegemonia que, embora em declínio, os EUA ainda detêm no mundo contemporâneo, o Fórum da Esquerda é um sinal de esperança. Em primeiro lugar, porque, ao revelar-nos uma América plena de contradições, nos previne contra leituras simplistas, positivas ou negativas, deste grande país. Em segundo lugar, porque nos dá conta do fermento das lutas que estão a ser travadas para pôr termo à vertigem imperialista e belicista que tem dominado a Casa Branca nos últimos anos e aumentado a insegurança no mundo. E é animador verificar que essas lutas têm agora melhores condições de êxito do que antes.


É hoje evidente que a aliança entre o partido republicano e a direita radical religiosa (evangélica) está a colapsar, com o que se abrem novos espaços para as forças democráticas. Enquanto muitos não desistem de pressionar o partido democrático a abandonar o centrismo paralisante, outros continuam a lutar pela criação de um novo partido que represente os muitos milhões de cidadãos que se não revêem em qualquer dos dois partidos.


Outros ainda preferem centrar as suas energias nas lutas locais, nas cidades e nos bairros onde é possível construir formas mais transparentes e participativas da democracia e onde o orçamento participativo das cidades latino-americanas e europeias vai ganhando adeptos. O Fórum da Esquerda é a manifestação eloquente de uma América que deixou de ter confiança nas suas soluções e no seu excepcionalismo e procura agora, e a muito custo, aprender com o resto do mundo.

 http://www.outrobrasil.net/

Entendendo...

Videogames Violentos não Criam Assassinos

Os videogames matam? Será que a culpa da violência dos jovens na atualidade é por causa da excessiva quantidade de jogos eletrônicos violentos? Não está determinado ainda se videogames violentos conduzem crianças a comportamento sanguinário, mas um novo estudo concluiu que jogos de tiro não transformam garotos em assassinos. 

Karen Sterheimer, socióloga da Universidade de Southern Califórnia que pesquisa este assunto desde 1999, disse que culpar os videogames pela violência dos jovens é algo muito relevante e deixa de considerar outros fatores importantes que podem claramente influenciar no comportamento do jovem. 

"Uma sinfonia de eventos controla a violência", disse Sterheimer, que começou sua pesquisa depois que alguns especialistas atribuíram ao game "Doom" a culpa pelo ataque a tiros contra a Columbine High School, no Colorado, durante o qual dois alunos mataram 13 pessoas e depois se suicidaram no mesmo local, uma cena que chamou a atenção do mundo inteiro, e mais ainda ao saber que tais jovens eram viciados em jogos eletrônicos violentos. 

O artigo de Sterheimer, "Videogames matam?", será publicado pela revista Context, da Associação Sociológica Americana, no momento em que a União Européia vem estudando proibir certos jogos violentos e harmonizar as penalidades impostas por seus países membros a varejistas apanhados vendendo esses produtos a menores de idade. 

A pesquisa de Sterheimer, que envolve análise da cobertura jornalística e de estatísticas do FBI com relação ao crime juvenil, constatou que nos 10 anos posteriores ao lançamento de "Doom" - e muitos outros títulos de nome violento-, o índice de prisão de menores de idade por homicídios caiu 77 por cento nos Estados Unidos. 

"Se desejamos compreender por que os jovens se tornam homicidas, precisamos observar mais do que os jogos que eles jogam... (ou) perderemos algumas das mais importantes peças do quebra-cabeça", disse ela, mencionando violência na família e na comunidade, a alienação causada pela vida nos subúrbios e o menor envolvimento dos pais como outros possíveis fatores. 

Sterheimer disse que culpar os videogames inocenta o ambiente em que a criança foi criada e também remove a culpa dos criminosos. "O problema é complicado e merece mais que uma solução simples", afirmou. 
http://www.brasilescola.com/sociologia/videogames-violentos-nao-criam-assassinos.htm

Curiosidade...

Por que o dente dói com água fria?

A dor é uma reação do sistema nervoso.

Sentir dor no dente quando ingerimos algo muito gelado, como um sorvete, por exemplo, é algo que muita gente já sentiu. Para pessoas com dentes sensíveis, tomar algo gelado pode ser mais doloroso ainda. 

A sensação de dor se dá quando o frio daquilo que ingerimos atinge a polpa dos dentes, onde estão localizadas as terminações nervosas. Dessa forma, o sistema nervoso central, como uma forma de alertar e sinalizar que aquela situação não é adequada, provoca a dor. 

Pessoas com cáries sentem dor ao ingerir algo gelado de uma forma bem mais freqüente. Isso se dá pelo fato de que as bactérias destroem o esmalte do dente, um importante isolante térmico. A retração da gengiva também deixa a raiz do dente mais exposta, deixando sua polpa mais vulnerável às mudanças de temperatura.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/por-que-dente-doi-com-agua-fria.htm

Piada...

O garoto apanhou da vizinha, e a mãe furiosa foi tomar satisfação: Por que a senhora bateu no meu filho? Ele foi mal-educado, e me chamou de gorda. E a senhora acha que vai emagrecer batendo nele?
http://www.piadasnet.com/piada1936curtas.htm

Devanear...

Leia um trecho erótico do livro "80 dias - A cor da Paixão"
Você nunca mais irá se achar feia após a academia depois disso...

Simón era bem mais voltado para a família do que eu. Brigava com os irmãos como cães e gatos, e com os pais também de vez em quando, mas falava com todos pelo menos uma vez por semana. Minha família e eu tínhamos um relacionamento bem feliz, mas eu conseguia passar facilmente seis meses sem ter notícias deles.

Ergui o olhar e o beijei. Ele tinha lábios carnudos e, na maior parte dos dias, barba por fazer. Simón reagiu ao toque dos meus lábios, me beijou com firmeza e me puxou delicadamente para o quarto, passando as mãos por baixo da minha camiseta e puxando o fecho do meu sutiã esportivo.

Ele havia aprendido uma das minhas peculiaridades: não tinha nada que eu quisesse mais quando estava aborrecida — desde que não fosse com ele — do que sexo. Eu sabia que era uma forma estranha e específica de consolo, só minha e talvez de uma pequena minoria da população feminina. O sexo colocava meus pés no chão como mais nada conseguia fazer, e era a única coisa na Terra, atrás talvez apenas de tocar meu violino, que me fazia sentir em paz.

Simón puxou minha calça de corrida para baixo e deslizou o dedo para dentro de mim. Uma onda familiar de prazer subiu pela minha coluna em reação ao toque dele.

— Eu devia tomar banho — protestei. — Estou toda suada.

— Não, não devia — disse com firmeza, me empurrando para a cama.

— Você sabe que gosto de você assim.

Era verdade, e ele tentava enfatizar isso com frequência. Simón gostava de mim como eu era, estivesse como estivesse, algo que sempre deixava claro ao me acordar com a cabeça entre as minhas pernas ou partindo para cima de mim quando eu terminava de me exercitar. Ele era um homem apaixonado que amava fazer amor e fazia tudo que podia para me agradar. Porém, tínhamos gostos diferentes na cama.

Ambos preferíamos não estar no comando.

Simón não era um homem dominador, e eu sentia falta desse traço de força, da firmeza do toque de Dominik e de outros homens como ele. Eu queria ser amarrada à cama e deixar que outra pessoa fizesse o que quisesse comigo. Simón tentou, mas nunca conseguiu aceitar a ideia de que podia genuinamente me machucar. Ele dizia que, mesmo de brincadeira, não podia amarrar uma mulher nem bater nela, e isso descartava spanking, uma das coisas de que eu mais gostava.

Ele era um bom homem. Eu sabia que me colocar por cima era bem mais o estilo dele do que o contrário, mas estava fazendo assim porque sabia que eu preferia. O fato de eu ter passado nosso relacionamento inteiro com uma sensação irritante de insatisfação era fonte constante de culpa, como um ferimento que não fechava, uma coceira que eu não conseguia coçar.

Eu queria, mais do que qualquer coisa, ser o tipo de mulher que ficaria feliz com todas as coisas comuns. Eu tinha até mais do que as coisas comuns. Não apenas um bom homem, mas um homem maravilhoso. Nós dois tínhamos bons amigos, ótima saúde e carreiras de sucesso. Mas, ainda assim, uma voz sussurrava no meu ouvido que a vida que eu estava vivendo não era a vida que eu queria nem uma vida certa para mim.

Simón queria se casar e ter filhos, e eu não. Era a única coisa sobre a qual realmente discordávamos e nunca conseguíamos resolver, e eu tinha uma sensação dilacerante de horror cada vez que eu o via olhando para uma vitrine de joalheria e para os anéis de noivado, ou sorrindo para um bebê na rua. 

Todas as coisas que o teriam deixado feliz e satisfeito para sempre eram coisas que me apavoravam e, na calada da noite, quando eu não estava distraída pelo trabalho nem por compromissos sociais nem correndo no frio, sentia como se alguém tivesse prendido um peso no meu pescoço, ou pendurado uma auréola acima de mim que era tão pesada que eu não conseguia segurá-la no ar. Às vezes, sentia como se fosse ser esmagada sob o peso da minha própria vida.

Duas semanas se passaram, e meus sonhos estavam cheios de água agitada e do som da voz de Dominik.

Eu acordava de manhã, assustada, como se tivesse sido arrancada do sono por um leão.

Apesar dos meus medos e das minhas preocupações, o tempo passou, como sempre passava. Eu corria todos os dias, ensaiava, ia a eventos noturnos com outros casais, a maioria do cenário musical. Mas me sentia sem propósito, como um navio sem leme, como se minha vida estivesse gradualmente se dissolvendo no nada, um momento de cada vez.

http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/contos/leia-trecho-erotico-livro-80-dias-cor-paixao-760393.shtml

Tolerância zero... Pena capital!

Carro atingido por porche ficou destruído; quatro estavam no carro (Foto: Junior Barone / Aplicativo TEM Você)

Porche modelo Cayenne, ficou com a lateral destruída (Foto: Junior Barone / Aplicativo TEM Você)

Dono do carro foi detido para esclarecimentos (Foto: Reprodução / TV TEM)
Porsche que bateu em dois carros estava a 150 Km/h, diz polícia
Dono do carro é empresário de Marília (SP) e fugiu do local do acidente.
Quatro ficaram feridos; um continua internado e passou por cirurgia.

O Porsche que bateu em dois carros e deixou quatro feridos na madrugada deste domingo (9), em São José do Rio Preto (SP), estaria a uma velocidade de 150 Km/h no momento do acidente, que aconteceu na Avenida Aberto Andaló. A informação é da polícia. A velocidade permitida no local é de até 60 Km/h. O dono do carro negou que dirigia o veículo. Para a polícia, ele abandonou o local da ocorrência a pé. Câmeras de segurança vão ajudar a esclarecer o caso.

O dono do veículo, um empresário de 27 anos, de Marília (SP), foi identificado e levado à delegacia para prestar depoimento. Ele teria dito a uma funcionária do hotel onde estava hospedado que o carro havia sido roubado, mas aos policiais, contou que estava no veículo, mas como passageiro.

Dono do carro foi detido para esclarecimentos.

Na delegacia, o dono do Porsche não quis falar com a imprensa. Ele negou aos policiais que dirigia o carro na hora do acidente, mas não soube explicar quem era o motorista e porque fugiu do local sem prestar socorro. O rapaz foi detido no hotel onde estava hospedado. Segundo o registros policiais, ele tem passagens por estelionato, ameaça e porte ilegal de arma.
Após prestar depoimento, o homem foi liberado, mas passou por exames para identificar possível embriaguez. A polícia agora quer comprovar quem estava dirigindo o veículo.

Das quatro vítimas, uma, de 18 anos, continua internada. O jovem passou por uma cirurgia após fraturar uma das pernas e passa bem. As outras três vítimas foram levadas para hospitais da cidade, onde foram atendidas e liberadas.

Relembre o caso

O acidente aconteceu na madrugada deste domingo (9), na principal avenida de Rio Preto, a Alberto Andaló, por volta das 4h. Segundo informações da polícia, o Porsche, em alta velocidade, perdeu o controle e bateu em dois carros.

De acordo com informações do Plantão Policial, o carro de luxo trafegava na avenida quando atingiu o primeiro carro, onde estavam quatro pessoas. Um terceiro carro, sem passageiros, que estava estacionado, também foi atingido. De acordo com relatos, o motorista que supostamente provocou o acidente fugiu a pé, mas a polícia o localizou em um hotel da cidade.

Segundo o Corpo de Bombeiros, foi preciso serrar as ferragens de um dos carros para retirar o motorista e passageiros. A Perícia compareceu ao local para verificação e o acidente será investigado. Imagens do circuito interno de câmeras próximas ao local podem ajudar na investigação dos fatos.
http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2014/02/porshe-que-bateu-em-dois-carros-estava-150-kmh-diz-policia.html

Mais uma etapa superada...