terça-feira, 4 de março de 2014

País de bundas moles...


A obsessão pela bunda

Aprecio uma bela bunda – de mulher ou de homem. Mas é vergonhoso usar o traseiro como artigo turístico

Até pouco tempo atrás, não se podia escrever bunda na imprensa. Ela não era vista com bons olhos. A bunda sim, mas a palavra não. Virava “bumbum’”ou, pior a meu ver, “traseiro”. Eu me recusava a escrever “nádegas”, palavra que contraria qualquer estética... Soa mal, é despida de carinho.

Aprecio uma bela bunda. De mulher ou de homem. Acompanho com os olhos e admiração genuína a moça que dança a caminho do mar, o rapaz que joga futevôlei com graça e virilidade. Observo a harmonia do corpo proporcional, a postura elegante, o andar sensual e, claro, essa observação é 3D, 2.0, de frente e de costas. Mas o fio dental ainda é uma das invenções mais vulgares de nossa praia.

Dito isso, acho vergonhoso o uso do glúteo feminino brasileiro como artigo turístico para atrair estrangeiros infelizes que sonham com o sexo tropical – às vezes pago, às vezes não. O Carnaval e a Copa do Mundo são chamarizes para bandos de homens de fora. A propaganda da bunda é um recurso empobrecedor, misógino e perigoso. 

O turismo sexual é uma tragédia no Brasil. Interrompe a infância e a inocência de milhares de brasileirinhas e, especialmente no Norte e Nordeste do país, é uma praga social de dimensões ainda desconhecidas e acobertadas. Muitas famílias exploram suas meninas-moças para colocar comida na mesa.

Na semana passada, causaram furor duas camisetas da Adidas, marca alemã de material esportivo e uma das patrocinadoras da Copa. Numa camiseta, o coração verde-amarelo foi transformado numa bunda de biquíni, de cabeça para baixo. Noutra, mais sutil, a moça de biquíni, com o Pão de Açúcar ao fundo, lançava o convite “looking to score”, que associa “fazer gols” a “se dar bem” e “pegar mulher”.

A resposta do Planalto à Adidas foi uterina. A Secretaria de Direitos Humanos publicou uma nota de repúdio à “confecção de camisetas com ilustrações de cunho sexual, associado às cores e aos símbolos do Brasil”. A presidente Dilma Rousseff publicou em seu perfil no Twitter: “O governo aumentará os esforços na prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no #Carnaval e na #CopaDasCopas”.

A Embratur se insurgiu contra os alemães da Adidas. “Não aceitaremos que a Copa seja usada para práticas ilegais”, afirmou Flávio Dino, presidente da Embratur. “Exigimos que a Adidas ponha fim à comercialização desses produtos. Lembramos que no Brasil há leis duras para reprimir abusos sexuais, e as polícias atuarão nesses casos no território nacional.”

A Adidas suspendeu a venda das camisetas. É louvável que se tente frear a publicidade sexual explícita brasileira. Mas não dá para transformar a Adidas em bode expiatório. Faz muito tempo que nossos nativos exploram a bunda como atrativo turístico.

Recentemente, a ONG Rio Eu Amo Eu Cuido usou a bunda como carro-chefe de uma campanha absurda e equivocada contra pontas de cigarro jogadas ao chão. Entre os fundadores e principais conselheiros da ONG está um jovem culto e viajado, Joaquim Monteiro de Carvalho, formado na PUC do Rio e ligado à prefeitura. Resolveram ser “ousados” e, em vez de usar palavras como guimba ou bituca, apelaram para a tradução literal da expressão americana “cigarette-butt” (bunda de cigarro).

Foi convocado um time de popozudas, lideradas pela Mulher Melancia. O jingle era um funk criado especialmente para a campanha: Bunda no chão é coisa do passado/Para de botar a bunda no lugar errado/Bunda caída não tem nada a ver/Olha que essa bunda tá queimando você/Se liga na mensagem/Ouça o que eu te digo/Bunda de cigarro é pra jogar fora no lixo/Lixo lixo lixo lixo lixo lixo.

“No Brasil, bunda é mais do que preferência. É um patrimônio nacional. Todo mundo ama bunda. E todo mundo usa bunda pra vender tudo. Usam bunda pra vender disco. Usam bunda pra vender revista. Usam bunda pra vender cerveja. E se a gente utilizar essa cultura da bunda a nosso favor?”, dizia a campanha. 

“Com uma pegada irreverente e criativa, o movimento vai chamar a guimba de ‘bunda de cigarro’(...), que ninguém gosta de ver caída no chão. E uma ideia assim não podia ter qualquer bunda. (...) As melhores promotoras são nossas queridas popozudas. Queremos que uma equipe de meninas com bumbum grande distribua porta-bundas para os banhistas nas areias do Rio de Janeiro.”

O cartaz exposto nas esquinas cariocas era uma enorme bunda de mulher. Os dizeres: “Bunda caída: eu acho caído”. O efeito negativo foi tão devastador que quem desabou no chão foi a campanha. “Foi ingenuidade nossa”, disse Ana Lycia Gayoso, de 26 anos, porta-voz da ONG, formada em relações internacionais. “Aprendemos com o erro.”

Diante da campanha do Rio Eu Amo Eu Cuido, as camisetas da Adidas não passam de uma alegoria calipígia.

Brasil, o país de tolos...



“O Brasil não está para Carnaval nem para Copa”

O obstetra Thomaz Gollop e o bloco dos descontentes

O bloco dos descontentes com os rumos das políticas de saúde no Brasil ganhou mais um integrante declarado. É o obstetra Thomaz Gollop, professor de genética médica da Universidade de São Paulo. Ele critica a recente portaria do Ministério da Saúde que mudou as regras sobre aconselhamento genético. 

Ela é parte da política nacional para atendimento de pacientes com doenças raras no SUS. Cerca de 80% dessas doenças têm caráter genético. Estima-se que 15 milhões de brasileiros tenham algum tipo de doença rara. Pelas novas regras, biólogos e outros profissionais sem formação médica não poderão aconselhar as famílias sobre os riscos de males genéticos. 

Gollop é mais conhecido por seu empenho de décadas pela descriminalização do aborto. Ele coordena o Grupo de Estudos sobre o Aborto (GEA), entidade que reúne médicos, juristas, antropólogos, biólogos e outros profissionais. O objetivo do grupo é retirar o tema da esfera do crime e abordá-lo sob o prisma da saúde pública. Nesta entrevista, ele fala sobre os dois assuntos:

ÉPOCA: Por que o sr. diz que o Brasil não está para Carnaval nem para Copa?
Gollop: Devemos nos manter longe da antiga política romana do pão e circo. Não defendo a violência ou a agressão a instituições e pessoas, mas o desejo da população está claro desde junho de 2013. Queremos o fim da corrupção e a preocupação efetiva dos governos com saúde, educação de qualidade e segurança. Os indicadores da educação estão progressivamente piores. A promessa em relação à Copa era de que as cidades-sede tivessem benefícios em relação à infraestrutura. Não é o que estamos vendo e certamente não há tempo hábil para que os benefícios se materializem até junho de 2014. É uma enorme decepção. Mais uma vez fomos enganados pelo poder público.

ÉPOCA: A mais recente polêmica na sua área de atuação é a portaria do Ministério da Saúde sobre aconselhamento genético. Ela determina que só os médicos geneticistas, como o sr., podem oferecer esse serviço. Essa nova regra é benéfica?
Gollop: Essa é uma portaria que me parece ter sido gerada em gabinetes burocráticos por gente que não percebe quais são as demandas da população carente. Enfrentamos enormes dificuldades para atender os portadores de doenças genéticas, especialmente quando elas exigem atendimento de maior complexidade. Genética clínica e médica é uma área multidisciplinar em todos os países desenvolvidos do mundo. Quando estagiei na Universidade de Wisconsin no longínquo ano de 1982, aquele serviço dispunha de enfermeiras, psicólogos, biólogos, assistentes sociais e médicos. Todos juntos eram responsáveis pelo atendimento integrado do consulente.

ÉPOCA: Muitos dos benefícios que o conhecimento sobre biologia molecular trouxe à medicina são resultado do esforço de profissionais sem formação em medicina. É possível afirmar que os biólogos sabem mais sobre genética do que os médicos?
Gollop: Os biólogos têm em seu curso de graduação uma formação em genética humana muito mais profunda do que aquela oferecida na maioria das escolas médicas do Brasil. Nos anos 80, a biologia molecular, a genética do câncer e muitas áreas afins eram um sonho. Hoje elas são uma realidade graças aos esforços de muitos especialistas. Eu mesmo, que sou médico e fiz mestrado, doutorado e livre-docência no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, aprendi muito daquilo que sei com meus professores biólogos. O Centro de Estudos do Genoma Humano da USP é uma prova viva de que não podemos prescindir do conhecimento dos biólogos que lá trabalham. Há muitos exemplos iguais no Brasil: UNICAMP, UFGRS, UFPR etc.

ÉPOCA: O sr. acredita na revogação dessa portaria?
Gollop: É um absurdo que notáveis especialistas sejam proibidos, por meio de uma “canetada”, de exercer, cada um em seu campo de especialidade, suas respectivas atividades. Espero que um mínimo de bom senso prevaleça e essa portaria seja revogada.

ÉPOCA: Os médicos geneticistas disponíveis no Brasil serão suficientes para atender os portadores dessas doenças?
Gollop: Os 160 médicos que pertencem à Sociedade Brasileira de Genética Clínica (eu, entre eles) obviamente não darão jamais conta da demanda. É uma falácia dizer que o SUS vai fornecer remoção de eventuais pacientes que necessitem de aconselhamento genético para centros de referência. Imaginar algo nesse sentido é simplesmente desconhecer as dimensões continentais do Brasil.

ÉPOCA: O Ministério da Saúde informa que existem no país mais de 240 serviços que podem promover ações de diagnóstico de doenças genéticas e assistência completa, como a oferta de tratamento adequado e internação nos casos recomendados. É suficiente?
Gollop: Gostaria de conhecer o elenco desses serviços. Saber quantos pacientes cada um atende por mês e qual é a demanda estimada em um país de 200 milhões de habitantes. Não sou sanitarista nem biólogo geneticista de populações, mas conheço alguns que podem fazer esse cálculo em minutos. Nos países desenvolvidos, o ônus do cuidado para pessoas especiais de qualquer natureza recai primordialmente sobre o Estado. Em países como o Brasil, ele recai principalmente sobre as famílias e instituições privadas. Exemplos são as APAEs, a AACD, a Fundação do Cego do Brasil, as Casas André Luiz etc. Nosso Estado é um grande omisso.

ÉPOCA: Outra norma recente, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), determina que médicos sem especialidade em genética não poderão mais assinar pedidos de exame de DNA. Qual será o efeito disso?
Gollop: Quase diariamente alguém me pede para transcrever pedidos e justificativas para a realização de exames de DNA. Isso só dificulta a vida dos pacientes. Para quê? Será que os planos de saúde têm interesse em dificultar o acesso a esses exames dispendiosos? A ANS tornou obrigatória a cobertura desses exames pelos planos de saúde. Esse direito será respeitado?

ÉPOCA: Para os pacientes do SUS ficou ainda mais complicado?
Gollop: As pessoas que dependem do SUS precisam gastar com transporte, perder dia de trabalho e sofrer mais do que o aceitável só para encontrar um especialista raro. Não faz sentido. Imagine que eu recebesse no consultório uma idosa com tosse e febre com duração de uma semana. Já pensou se eu tivesse que encaminhá-la a um pneumologista só para pegar um pedido de radiografia de tórax? Seria ilógico, assim como é essa história dos pedidos de exame de DNA.

ÉPOCA: O sr. é conhecido, há décadas, pelo envolvimento em outro importante tema de saúde pública: a discussão sobre a descriminalização do aborto. Há dois anos, o Ministério da Saúde estudava a adoção de uma política de redução de danos e riscos para o aborto ilegal. A ideia era orientar o sistema de saúde para acolher a mulher que estivesse decidida a se submeter a um aborto clandestino. A polêmica girava em torno da indicação de métodos abortivos mais seguros. O que aconteceu com essa proposta?
Gollop: Não estou autorizado a falar em nome do Ministério da Saúde. A única coisa que posso afirmar -- e que pode ser confirmada pela literatura especializada -- é que no Uruguai, apenas para citar um exemplo, a mortalidade de mulheres por abortamento inseguro caiu drasticamente graças a uma política de redução de danos. A queda da mortalidade foi ainda mais acentuada entre as mulheres mais pobres. Por abortamento inseguro, entende-se aquele realizado em más condições de higiene e péssima assistência.

ÉPOCA: O sr. costuma dizer que a criminalização do aborto é hipócrita e mentirosa. Por quê?
Gollop: O Código Penal vigente, de 1940, é anacrônico. Não atende às demandas da sociedade moderna. Isso é publicamente reconhecido. Tanto é verdade que já houve inúmeras comissões de reforma do Código Penal. Criminalizar o aborto é ineficaz. É uma lei que não é seguida. As mulheres não mantêm a gravidez por força de lei. Ter filhos e filhas é um projeto afetivo e de vida de homens e mulheres. Em um Estado Democrático de Direito não se pode obrigar ninguém a ter filhos ou deixar de tê-los.

ÉPOCA: Na quarta-feira (26), o deputado federal Assis do Couto (PT-PR) foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Couto é integrante da "Frente Mista Em Defesa da Vida – Contra o Aborto". Ela é composta principalmente por católicos e evangélicos que são contrários ao aborto. O que pensa sobre essa escolha?
Gollop: Tenho o maior respeito por todas as religiões e seus dogmas. Fé é uma questão de direito individual. As leis são uma questão de direito público. Devem ser efetivas para todos, incluindo as minorias. O Brasil é constitucionalmente um Estado laico. A laicidade do Estado significa que todas as religiões são respeitadas e que há uma nítida separação entre Estado e Igreja (no seu sentido mais amplo). Nos últimos anos temos visto nossos governantes afastarem-se cada vez mais do princípio do Estado laico. Isso tem profundos reflexos em outro conceito caríssimo: o da liberdade.

Passo a passo de como se "comportar"...

Cinco perguntas sobre relacionamentos de carnaval

Dá para procurar um relacionamento sério? E se você já tem um relacionamento sério, mas quer cair na farra? Especialistas respondem dúvidas

1. Dá para começar um relacionamento sério no carnaval?

Ao contrário do que reza o senso comum a respeito dos objetivos da festa, as consultoras ouvidas são categóricas: sim. "Nada é impossível no universo do amor", diz Cibele Nardi, coach especializada em comportamento e relacionamento humano. "Tudo parte da sua intenção", completa Margareth Signorelli, coach de relacionamentos.


Relacionamentos de carnaval: sexo, romance e amizades.


Por isso, o primeiro passo é se fazer algumas perguntas. "O que você pretende do seu carnaval: dar o telefone pra todo mundo e ver o que rola? Ficar com só uma pessoa por noite? Beijar geral sem se preocupar com o amanhã? Ninguém vai julgar. Você só precisa ser honesta com você mesma".


2. Se você já está em um relacionamento, mas queria curtir o carnaval solteira, o que fazer?

Este é um dilema tão antigo quanto a marchinha "Até Quarta-Feira", que dizia "Mas este ano está combinado, nós vamos brincar separados/ Se acaso meu bloco encontrar o seu /Não tem problema, ninguém morreu". Segundo Margareth, há casais que combinam a proposta da música: "cada um vai pro seu canto, depois ninguém fala o que aconteceu". Mas tudo tem que ser acordado sem mágoas posteriores.

3. E se você é solteira e quer curtir muito a festa, sem trocar telefones ou pensar em relacionamentos potencialmente duradouros?

Simples: caia na folia. "Deixe claro que você só quer se divertir. Não minta, não engane ninguém, pois sua própria credibilidade pode ficar comprometida", recomenda Cibele Nardi. Margareth completa: fique atenta à hora de "levantar acampamento" e tenha à mão o dinheiro do táxi. "Bebeu demais, bateu um bode, a noite nao está legal? Vai embora", aconselha. No dia seguinte tem mais -- até a quarta-feira de cinzas.


4. E se você quer curtir a festa, mas a pessoa com quem você ficou no primeiro bloco já quer pegar seu telefone e agendar outro encontro?

Cibele é taxativa: "Seja honesto e corte qualquer esperança ou expectativa do outro", resume. "A regra que vale no carnaval é a regra que você mesma fez para você, lá no começo", diz Margareth.

5. E se você estava a fim de curtir, mas mudou de ideia e ficou interessada no gato (ou na gata)?

Avalie se vale a pena mudar de planos. Se vale, Margareth recomenda "zerar" a história, propondo um recomeço. "Quando você começa um relacionamento no carnaval, comece-o *depois* do carnaval", diz.

Folia com moderação...


No Carnaval, doença do beijo se espalha e atrapalha a folia

Transmitido por saliva, vírus tem sintomas que como febre, tosse e dor na garganta

Rio - Para muitos foliões, o beijo na boca é parte inseparável da festa mais calorosa do ano. Mas é justamente ele que, no Carnaval, abre as portas e aumenta o raio de transmissão da mononucleose, conhecida pelo nome de guerra de “doença do beijo”.

O mal é inoculado pelo vírus Epstein-Baar e é transmitido no contato com saliva contaminada. 

O tempo de incubação é de até 45 dias após a exposição. Isso significa que, até lá, os sintomas podem nem aparecer.


A doença atinge mais adolescentes e jovens, entre 15 e 25 anos, que aproveitam o Carnaval para beijar

Segundo a infectologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Eliane Iokote, o diagnóstico é frequentemente confundido com o de outras viroses, pois os sintomas gerais são semelhantes. Febre, tosse, dor na garganta e no corpo, gânglios no pescoço e manchas avermelhadas na pele são os mais comuns que aparecem.

A enfermidade atinge mais os jovens e adolescentes, entre 15 e 25 anos, que estão tendo suas primeiras experiências amorosas. 

“Depois que temos contato com o vírus pela primeira vez, quando novos, o corpo cria uma memória imunológica que impede que tenhamos a doença novamente, depois de velhos”, diz Eliane.

A especialista diz que a maioria das pessoas já tive a doença do beijo e não ficou sabendo. “A distância entre o contato com o vírus e o surgimento dos sintomas faz com que seja difícil afirmar se era mononucleose ou outra virose”, explica a especialista.

Para um diagnóstico preciso, são necessárias informações como os lugares frequentados nos últimos dias, o dia em que surgiram os incômodos e se o paciente esteve em contato com pessoas que estavam doentes.

O tratamento é prescrito pelo clínico dependendo do quadro do paciente. “Costumamos tratar apenas dos efeitos da virose, e para isso usamos o que chamamos de medicação sintomática. Na maioria das vezes, analgésicos e antitérmicos”, diz.

Apesar do beijo representar a atitude mais decisiva para o aumento de casos durante o Carnaval, conversar com o rosto próximo ao da outra pessoa também favorece a transmissão. 

“Uma gota de saliva já é o suficiente”, afirma Eliane. Para se prevenir, o folião precisaria não beijar pessoas com o problema, mas ela alerta para a dificuldade de identificar possíveis portadores.

“A doença pode estar em fase assintomática, e assim, fica impossível diferenciar quem tem o vírus”, afirma.

Mais uma etapa superada...