Estes 5 assassinatos antigos nunca serão solucionados
Pesquisadores já sabem como identificar
vítimas de assassinato por meio de seus restos mortais, mas as verdadeiras
causas dessas mortes parecem eternas incógnitas.
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Desde que a humanidade existe, assassinatos
acontecem. Os motivos desse tipo de morte incluem vingança, rituais religiosos,
brigas, genocídios, canibalismo e por aí vai. A seguir você vai conferir alguns
assassinatos que aconteceram há muito tempo e que, independente do esforço de
antropólogos, cientistas e historiadores, nunca serão completamente resolvidos:
1 – Shanidar 3, 50 mil anos a.C.
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Os restos desse Neandertal vítima de
assassinato foram encontrados no Iraque por um grupo de arqueólogos. O que se
sabe até agora é que Shanidar 3, como foi batizado, morreu quando tinha entre
40 e 50 anos devido a uma perfuração em sua nona costela. Pesquisadores
descobriram que o ferimento foi causado por uma lança leve, arma que não era
usada por Neandertais.
O principal suspeito de ter atirado contra
Shanidar é, então, um homem moderno. Não se sabe, porém, se o assassinato
ocorreu por causa de algum tipo de disputa territorial ou por fome, já que há
evidências de que o homem moderno praticava canibalismo com Neandertais. O que
se sabe é que as irregularidades encontradas na mandíbula de Shanidar indicam
que a língua dele foi retirada – línguas eram iguarias paleolíticas.
Outra curiosidade: vestígios de pólen
encontrados na caveira de Shanidar indicam também que os Neandertais tinham o
costume de enterrar flores junto com seus mortos.
2 – La Brea, 7 mil anos a.C.
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Essa é a cidadã californiana mais antiga da
qual se tem relatos e possivelmente a primeira vítima de assassinato do estado
norte-americano. La Brea tinha 1,42 m de altura, e seu crânio e sua mandíbula
estavam quebrados. Pesquisadores afirmam que o buraco em seu crânio foi causado
por um golpe forte que recebeu – ainda falta uma parte da estrutura.
Alguns cientistas afirmam que ela foi morta
em outro lugar, mas acabou jogada em um terreno na Califórnia, ali ficando por
alguns milênios. Os inúmeros ossos de cachorros encontrados em volta dela podem
indicar vestígios de algum tipo de ritual de enterro. A caveira de La Brea está
exposta no Museu George C. Page.
3 – Herxheim, 5 mil anos a.C.
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Escavações na Alemanha encontraram
cerâmicas, estruturas antigas e vítimas de canibalismo – pelo menos 10 caveiras
têm marcas de cortes e raspagem típicos de algumas técnicas de abate. Alguns
ossos parecem ter sido mastigados, inclusive, enquanto outros foram
deliberadamente amassados com a nítida intenção de extração de medula.
As costelas foram retiradas da espinha, os
músculos foram removidos da cabeça para proporcionar acesso à calota craniana,
línguas foram arrancadas e a carne dos membros foi removida. Especialistas
encontraram dois tipos diferentes de marcas: cortes superficiais e cortes mais
profundos para alcançar a carne. Evidências sugerem que essas pessoas foram
“assadas” em espetos.
Há quem acredite também que as marcas
estranhas encontradas nesses esqueletos foram causadas justamente pela remoção
desses restos. Pesquisadores concordam que esses corpos foram vítimas de
grandes traumas. Não se sabe, contudo, se essas pessoas foram vítimas também de
guerra, fome ou rituais religiosos.
4 – Homen Clonycavan, 392-201 a.C.
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Esse corpo foi encontrado em um pântano em
Meath, na Irlanda, em 2003. Trata-se de um homem que foi vítima de assassinato
há pelo menos 2.300 anos. Tudo indica que ele tenha recebido três golpes na
cabeça, um no peito e teve seu nariz esmagado. Há sinais claros de tortura
antes da morte: os mamilos do homem foram retirados antes de ele ser estripado
e jogado ao pântano. O brejo de Meath tem propriedades químicas capazes de
mumificar corpos, e foi isso o que aconteceu com Clonycavan.
Pesquisadores acreditam que o homem foi
vítima de um ritual de assassinato, já que sugar o mamilo de um rei era sinal
de submissão na Irlanda Antiga. A mutilação com os mamilos do homem sugere que
ele não seguiu a tradição. Ao que tudo indica, Clonycavan era um homem baixinho
de 1,57 m, que compensava a estatura usando um grande topete.
5 – Georgie, 367 d.C.
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Em 2010, um esqueleto de uma criança foi
encontrado em uma cova em Vindolanda, um forte de Roma na Grã-Bretanha.
Pesquisadores acharam, inicialmente, que os ossos pertenciam a um cachorro, mas
pesquisas posteriores indicaram que os restos eram de uma criança de
aproximadamente 10 anos, cujo sexo não foi identificado.
Batizado de Georgie, os ossos aparentam ser
de uma vítima de assassinato, já que o corpo foi enterrado sem respeitar os
rituais romanos antigos de funeral, que diziam que os mortos precisavam ser
cremados ou enterrados em locais distantes da civilização. Enterrar um corpo em
alguma condição diferente dessa era considerado crime, e o fato de que Georgie
foi enterrado clandestinamente fez com que os pesquisadores trabalhassem com a
hipótese de assassinato.
Quase todo o material está em boas
condições. Acredita-se que a causa da morte tenha sido uma pancada na cabeça,
já que o crânio está completamente destruído.
Especialistas descobriram, recentemente, que
a criança não era da região onde foi encontrada, mas sim do Mediterrâneo. Não
se sabe, então, se Georgie era filho de um soldado ou se, por acaso, um escravo
romano.