terça-feira, 11 de março de 2014

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Estes 5 assassinatos antigos nunca serão solucionados

Pesquisadores já sabem como identificar vítimas de assassinato por meio de seus restos mortais, mas as verdadeiras causas dessas mortes parecem eternas incógnitas.

 Estes 5 assassinatos antigos nunca serão solucionados
Fonte da imagem: Shutterstock


Desde que a humanidade existe, assassinatos acontecem. Os motivos desse tipo de morte incluem vingança, rituais religiosos, brigas, genocídios, canibalismo e por aí vai. A seguir você vai conferir alguns assassinatos que aconteceram há muito tempo e que, independente do esforço de antropólogos, cientistas e historiadores, nunca serão completamente resolvidos:

1 – Shanidar 3, 50 mil anos a.C.
 
Fonte da imagem: Reprodução/Listverse

Os restos desse Neandertal vítima de assassinato foram encontrados no Iraque por um grupo de arqueólogos. O que se sabe até agora é que Shanidar 3, como foi batizado, morreu quando tinha entre 40 e 50 anos devido a uma perfuração em sua nona costela. Pesquisadores descobriram que o ferimento foi causado por uma lança leve, arma que não era usada por Neandertais.

O principal suspeito de ter atirado contra Shanidar é, então, um homem moderno. Não se sabe, porém, se o assassinato ocorreu por causa de algum tipo de disputa territorial ou por fome, já que há evidências de que o homem moderno praticava canibalismo com Neandertais. O que se sabe é que as irregularidades encontradas na mandíbula de Shanidar indicam que a língua dele foi retirada – línguas eram iguarias paleolíticas.

Outra curiosidade: vestígios de pólen encontrados na caveira de Shanidar indicam também que os Neandertais tinham o costume de enterrar flores junto com seus mortos.

2 – La Brea, 7 mil anos a.C.
 
Fonte da imagem: Reprodução/Listverse

Essa é a cidadã californiana mais antiga da qual se tem relatos e possivelmente a primeira vítima de assassinato do estado norte-americano. La Brea tinha 1,42 m de altura, e seu crânio e sua mandíbula estavam quebrados. Pesquisadores afirmam que o buraco em seu crânio foi causado por um golpe forte que recebeu – ainda falta uma parte da estrutura.

Alguns cientistas afirmam que ela foi morta em outro lugar, mas acabou jogada em um terreno na Califórnia, ali ficando por alguns milênios. Os inúmeros ossos de cachorros encontrados em volta dela podem indicar vestígios de algum tipo de ritual de enterro. A caveira de La Brea está exposta no Museu George C. Page.

3 – Herxheim, 5 mil anos a.C.
 
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Escavações na Alemanha encontraram cerâmicas, estruturas antigas e vítimas de canibalismo – pelo menos 10 caveiras têm marcas de cortes e raspagem típicos de algumas técnicas de abate. Alguns ossos parecem ter sido mastigados, inclusive, enquanto outros foram deliberadamente amassados com a nítida intenção de extração de medula.

As costelas foram retiradas da espinha, os músculos foram removidos da cabeça para proporcionar acesso à calota craniana, línguas foram arrancadas e a carne dos membros foi removida. Especialistas encontraram dois tipos diferentes de marcas: cortes superficiais e cortes mais profundos para alcançar a carne. Evidências sugerem que essas pessoas foram “assadas” em espetos.

Há quem acredite também que as marcas estranhas encontradas nesses esqueletos foram causadas justamente pela remoção desses restos. Pesquisadores concordam que esses corpos foram vítimas de grandes traumas. Não se sabe, contudo, se essas pessoas foram vítimas também de guerra, fome ou rituais religiosos.

4 – Homen Clonycavan, 392-201 a.C.
 
Fonte da imagem: Reprodução/Listverse

Esse corpo foi encontrado em um pântano em Meath, na Irlanda, em 2003. Trata-se de um homem que foi vítima de assassinato há pelo menos 2.300 anos. Tudo indica que ele tenha recebido três golpes na cabeça, um no peito e teve seu nariz esmagado. Há sinais claros de tortura antes da morte: os mamilos do homem foram retirados antes de ele ser estripado e jogado ao pântano. O brejo de Meath tem propriedades químicas capazes de mumificar corpos, e foi isso o que aconteceu com Clonycavan.

Pesquisadores acreditam que o homem foi vítima de um ritual de assassinato, já que sugar o mamilo de um rei era sinal de submissão na Irlanda Antiga. A mutilação com os mamilos do homem sugere que ele não seguiu a tradição. Ao que tudo indica, Clonycavan era um homem baixinho de 1,57 m, que compensava a estatura usando um grande topete.

5 – Georgie, 367 d.C.
 
Fonte da imagem: Reprodução/Listverse

Em 2010, um esqueleto de uma criança foi encontrado em uma cova em Vindolanda, um forte de Roma na Grã-Bretanha. Pesquisadores acharam, inicialmente, que os ossos pertenciam a um cachorro, mas pesquisas posteriores indicaram que os restos eram de uma criança de aproximadamente 10 anos, cujo sexo não foi identificado.

Batizado de Georgie, os ossos aparentam ser de uma vítima de assassinato, já que o corpo foi enterrado sem respeitar os rituais romanos antigos de funeral, que diziam que os mortos precisavam ser cremados ou enterrados em locais distantes da civilização. Enterrar um corpo em alguma condição diferente dessa era considerado crime, e o fato de que Georgie foi enterrado clandestinamente fez com que os pesquisadores trabalhassem com a hipótese de assassinato.

Quase todo o material está em boas condições. Acredita-se que a causa da morte tenha sido uma pancada na cabeça, já que o crânio está completamente destruído.

Especialistas descobriram, recentemente, que a criança não era da região onde foi encontrada, mas sim do Mediterrâneo. Não se sabe, então, se Georgie era filho de um soldado ou se, por acaso, um escravo romano.

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