domingo, 21 de dezembro de 2014

Entre nós...

 


A psicopatia: transtorno antissocial da personalidade

O que leva um indivíduo a cometer um crime sem sentir medo ou compaixão? De acordo com Robert Hare, autoridade mundial em psicologia criminal e professor da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), a única característica inconfundível de um psicopata é, exatamente, “a falta de emoções, da capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa para, pelo menos, imaginar seu sofrimento”.

Hare também acrescenta que um psicopata procura entrar na mente das pessoas e até tenta imaginar o que elas pensam, mas nunca conseguirá chegar a entender como elas se sentem. Demonstrou-se, inclusive, que um psicopata pode chegar a se relacionar social ou intelectualmente, mas sempre encara as pessoas como objetos, isto é, retira do outro os próprios  atributos humanos.

A psicopatia é uma anomalia psíquica, um transtorno antissocial da personalidade no qual, apesar da integridade das funções psíquicas e mentais, a conduta social do indivíduo se encontra patologicamente alterada.

A observação da conduta psicopática indica que, por serem indivíduos relativamente insensíveis à dor física, os psicopatas quase nunca adquirem medos condicionados, como o medo da desaprovação social, da humilhação ou de que restrinjam suas más ações, medos esses que dariam aos indivíduos um senso do bem e do mal.

Traumas infantis são uma das causas possíveis da psicopatia

As características da conduta do psicopata seriam determinadas tanto por fatores fisiológicos como por fatores sociopsicológicos. A conduta psicopática poderia ser causada por traumas infantis que geram conflitos, devido aos quais a criança não pode se identificar com o progenitor do mesmo sexo nem se apropriar de suas normas morais. Os psicólogos comportamentais acreditam que a conduta psicopática resulta do aprendizado.

O psiquiatra norte-americano Hervey M. Cleckley, pioneiro na pesquisa sobre psicopatia, identificou em 1941, em seu reconhecido livro "The Mask of Sanity" (A Máscara da Sanidade), quatro subtipos diferentes de psicopatas:

Psicopatas primários:

Não respondem ao castigo, à apreensão, à tensão e nem à desaprovação. Parecem ser capazes de inibir seus impulsos antissociais quase todo o tempo, não devido à consciência, mas sim porque isso atende ao seu propósito naquele momento. Para eles, as palavras parecem ter significado diferente do que têm para nós. Não têm nenhum projeto de vida e parecem ser incapazes de experimentar qualquer tipo de emoção genuína.

Psicopatas secundários:

São cheios de ousadia, mas inclinados a reagir frente a situações de estresse. Beligerantes e propensos ao sentimento de culpa, os psicopatas desse tipo se expõem a situações mais estressantes do que uma pessoa comum, mas são tão vulneráveis ao estresse como qualquer um de nós. São pessoas ousadas, aventureiras e pouco convencionais, que começaram a estabelecer suas próprias regras desde cedo. São fortemente conduzidos por um desejo de escapar ou de evitar a dor, mas também são incapazes de resistir à tentação. Tanto os psicopatas primários como os secundários estão subdivididos em:

Psicopatas descontrolados:

São os que parecem se aborrecer ou enlouquecer mais facilmente e com mais frequência do que outros subtipos. Seu delírio se assemelhará a um ataque de epilepsia. Em geral também são homens com impulsos sexuais incrivelmente fortes, capazes de façanhas assombrosas com sua energia sexual. Também parecem estar caracterizados por desejos muito fortes, como o vício em drogas, a cleptomania, a pedofilia ou qualquer tipo de indulgência ilícita ou ilegal.

Psicopatas carismáticos:

São mentirosos, encantadores e atraentes. Em geral são dotados de um ou outro talento e o utilizam a seu favor para manipular os outros. São geralmente compradores e possuem uma capacidade quase demoníaca de persuadir os outros a abandonarem tudo o que possuem, inclusive suas vidas. Com frequência, esse subtipo chega a acreditar em suas próprias invenções. São irresistíveis.

Psicopatas apresentam comportamento anormal do cérebro

O psicólogo criminal Robert Hare diz que os psicopatas “não sentem nenhuma angústia pessoal e não têm nenhum problema; o problema quem têm são os outros. Sua capacidade para castigar suas vítimas se baseia em um comportamento anormal do cérebro, que reage de forma completamente diferente do que o de uma pessoa sã”.

Com base na revisão de registros penitenciários e de entrevistas realizadas com criminosos, o dr. Hare concluiu que esse tipo de personalidade pode ser avaliado por meio de uma lista de 20 características ou sintomas:

1- Loquacidade / Encanto superficial.

2- Egocentrismo / Sensação grandiosa de autoestima.

3- Necessidade de estimulação / Tendência ao tédio.

4- Mentira patológica.

5- Direção / Manipulação.

6- Falta de remorso e de sentimento de culpa.

7- Afetos pouco profundos.

8- Insensibilidade / Falta de empatia.

9- Estilo de vida parasitário.

10- Falta de controle comportamental.

11- Conduta sexual promiscua.

12- Problemas precoces de comportamento.

13- Falta de metas realistas a longo prazo.

14- Impulsividade.

15- Irresponsabilidade.

16- Incapacidade de aceitar as responsabilidades pelas próprias ações.

17- Várias relações maritais breves.

18- Delinquência juvenil.

19- Revogação da liberdade condicional.

20- Versatilidade criminal.

Por sua vez, de acordo com um estudo recente realizado pelo professor da Universidade de Cornell, Jeff Hancock, e seus colegas, os psicopatas tendem a escolher palavras bastante concretas quando falam de seus crimes. O relatório foi publicado na revista Legal and Criminological Psychology (Psicologia Legal e Criminal) e revelou que homens psicopatas usavam mais palavras como “porque” ou “portanto”, o que indica que possuem um objetivo claro quando cometem seus crimes.

Além disso, usam duas vezes mais termos relacionados a necessidades físicas como alimentos, sexo e dinheiro. Em seu discurso, incluem apenas palavras que façam referências à família, à religião e a outras necessidades sociais. Também costumam usar mais o tempo passado e falar de forma menos fluida, empregando mais “um” e "uh” do que o resto da população.


http://www.brasil.discovery.uol.com.br/investigacao/a-psicopatia-transtorno-antissocial-da-personalidade/

Doença perigosamente fatal...


O que é o ciúme patológico e a que pode levar


Quem nunca sentiu ciúme em algum momento de sua vida? É provável que você não lembre, mas em uma idade precoce, as pessoas têm ciúmes dos pais, irmãos e amigos, até que se atinja a maturidade: aí sentimos ciúmes do parceiro e dos filhos.


É natural zelarmos pelos nossos entes queridos porque tememos a perda deles. No entanto, o ciúme pode se tornar doentio (patológico) e transformar a vida das pessoas em um verdadeiro inferno.

O que significa estar sofrendo de ciúme patológico?

Que há uma dependência emocional em relação ao outro. O ciumento se torna paranoico e sofre com suas interpretações da realidade que não coincidem com a própria realidade. Sente ansiedade, raiva ou medo o tempo todo diante da possibilidade de que o ente querido deposite seu afeto em outra pessoa e produza um deslocamento.

No caso de relacionamentos amorosos, o psicólogo social Luis Buero afirma: “A presença de uma terceira pessoa, real ou imaginária, gera uma situação de alarme e isso é normal porque, do contrário, não haveria interesse no outro. Mas há pessoas que preferem que seu parceiro não tenha um relacionamento íntimo com mais ninguém.

Como identificar uma pessoa doente de ciúme

1. A pessoa odeia todos que rodeiam seu parceiro: amigos, colegas, familiares, especialmente do sexo oposto.

2. Revisa com frequência os objetos pessoais do parceiro, como o telefone celular, a carteira e a bolsa, além de checar seus perfis nas redes sociais. Cheira as roupas em busca de um perfume diferente.

3. Tem uma autoestima abaixo do normal.

4. Tem uma personalidade dominante e quer controlar tudo ao seu redor. Quando o parceiro está distante, sofre porque não pode exercer seu controle.

5. Seu ciúme geralmente é infundado. Inventa provas para mostrar ao parceiro.

Como lidar com o próprio ciúme

1. Lembre-se de outras vezes em que teve algum tipo de suspeita a respeito do parceiro e nada do que temia aconteceu.

2. Avalie a possibilidade de fazer terapia de casais; funciona muito bem, principalmente quando se chega a um extremo irracional.

3. Saia com seu parceiro para se divertir com amigos, familiares e colegas, para que ambos sintam que participam da vida social um do outro.

4. Reflita sobre as situações desagradáveis que o ciúme já causou a você e a seu parceiro.

5. Tenha algum hobby ou pratique algum esporte para dispersar a mente e recarregar as baterias.

Como lidar com o ciúme alheio

Dê ao casal os cinco conselhos acima, recomende um bom terapeuta e vá embora. É melhor não se envolver em relacionamentos doentios, que podem ser difíceis de sair.


Herança cultural...

 


Três em cada quatro jovens foram agredidas ou assediadas

Três em cada quatro mulheres jovens já foram assediadas ou agredidas por companheiros no Brasil. Entre os homens, 66% afirmam que praticaram violência contra a parceira. Os números são da pesquisa do Instituto Data Popular sobre violência contra a mulher, obtidos com exclusividade pelo Estado. Segundo o levantamento, o índice elevado de jovens que já foram atores ou vítimas de agressões tem relação com a família. A maioria já presenciou casos de violência entre os pais.

A pesquisa foi encomendada pelo Instituto Avon e entrevistou 2.046 mulheres e homens, entre 16 e 24 anos, das cinco regiões do País. Na primeira fase, os jovens se manifestaram espontaneamente sobre casos de violência, assédio e ameaça nos relacionamentos. Poucos admitiram que praticaram ou foram alvo desse tipo de ação: 4% dos homens e 8% das mulheres.

O motivo, segundo os pesquisadores, é porque os jovens associam violência contra a mulher apenas à agressão física. “A diferença das porcentagens está no conceito de violência. Muitos não consideram ser empurrada como uma agressão e isso se tornou natural. É uma falta de compreensão do que é o machismo e como isso pode interferir nas relações”, explicou Renato Meirelles, presidente do Data Popular.

Quando os entrevistados são apresentados aos tipos de violência, o número de infrações aumenta. Invasão de privacidade, xingamento, controle da relação, humilhação e agressão física são as ações mais comuns enfrentadas pelas mulheres. Além disso, 78% delas já sofreram assédio em locais públicos, como cantadas em festas e baladas, toques físicos sem consentimento e beijos à força.

M.L., de 26 anos, foi violentada pelo ex-namorado há dois anos. Depois que decidiu acabar o relacionamento, sofreu com ameaças, mas preferiu não procurar a polícia. Sem aceitar o término, o ex-parceiro a perseguiu durante meses. “Tive de mudar toda a minha rotina. Trabalhei em casa, mudei meus horários”, conta. “Você se sente acuada, impotente e espera sempre o pior.”

Herança

A pesquisa revela que parte dos casos violentos nos relacionamentos entre jovens é uma herança familiar - 43% dos entrevistados já presenciaram a mãe ser agredida pelo pai e quase a metade saiu em defesa da mãe.

Os homens que presenciaram violência doméstica reproduzem mais atitudes agressivas - 64% dos que tiveram a mãe violentada repetiram os mesmos atos. “O jovem não admite o ambiente que ele vê em casa, interfere, protege, mas, ao mesmo tempo, está executando as mesmas posições, com mais controle e poder sobre a mulher”, afirmou Lírio Cipriani, sociólogo e diretor executivo do Instituto Avon.

Perfil

O levantamento também constatou a percepção dos jovens sobre os direitos femininos. Quando questionados se concordam com a Lei Maria da Penha, que aumentou o rigor das punições aos homens que cometem agressões contra mulheres, 96% se mostraram a favor da medida. A mesma proporção considera que a sociedade brasileira é machista. Boa parte dos entrevistados, no entanto, concorda ou acha correto atos que diminuem as mulheres.

Para os jovens, a menina deve ter a primeira relação sexual em namoro sério. Homens e mulheres (42% e 41%, respectivamente) entendem que elas devem ficar com poucos homens. Eles ainda afirmam que não namoram com meninas que têm vida sexual muito ativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Pequenos gestos...

 


Dois segredos para um relacionamento duradouro

Por que algumas pessoas preferem viver sozinhas a vida inteira enquanto outras se casam e passam décadas após décadas ao lado do mesmo indivíduo? Enquanto você decide o que vale mais a pena pra você, cientistas garantem que já conseguem prever quais relacionamentos irão durar ou não. Não é brincadeira. Segundo o renomado psicólogo norte-americano John Gottman, eles descobriram a façanha com base em dois traços cruciais: a bondade e a generosidade.

Saiba o que mais o profissional, que passou os últimos 40 anos estudando casais em todo o mundo pra desvendar o que faz uma relação funcionar ou não.

Mestres x Desastres

Com um time de pesquisadores, Gottman entrevistou uma série de casais logo no início do casamento. Ele prendeu eletrodos pelos corpos dos participantes e pediu para que falassem a respeito de seus relacionamentos: de como haviam se encontrado, sobre um grande conflito que enfrentaram juntos, e uma memória positiva que mantinham. Enquanto falavam, os eletrodos mediam os níveis de fluxo sanguíneo, batimentos cardíacos e quanto suor produziam. Em seguida eles os classificaram em duas categorias: os ‘mestres’ e os ‘desastres’.

Pequenos gestos

Após seis anos, os ‘mestres’ ainda estavam vivendo juntos e felizes, enquanto os desastres terminaram ou estavam infelizes com seus casamentos. Por quê? Bem, o estudo descobriu que o primeiro grupo demonstrou que entre o casal, um apoiava o outro e procurava dedicar uma boa parcela de atenção ao par. Já o segundo, os ‘desastres’, não havia essa preocupação. “É a generosidade e os pequenos atos de bondade que podem construir ou destruir um romance”, conclui Gottman.

Em outras palavras, não são grandes coisas como presentes caros e jantares pródigos que contam, mas os pequenos gestos que fazemos e a necessidade de uma comunicação regular. E você, concorda com a pesquisa? Opine!


Mais uma etapa superada...