sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Sempre existiu, e existirá...


Mulheres relatam como vazamento de dados de site de infidelidade afetou sua vida

O vazamento de dados de usuários do site Ashley Madison afetou milhões de pessoas

Quando o site de infidelidade Ashley Madison foi alvo de um ataque de hackers, os detalhes de 33 milhões de contas de usuários foram publicados na internet.

A BBC conversou com duas mulheres que tiveram suas vidas afetadas por este vazamento: uma que descobriu o perfil de seu noivo na rede social e outra que usou o site para ter um relacionamento fora de seu casamento.

Ambas não quiseram se identificar, mas suas histórias dão uma ideia do impacto dramático do ataque dos hackers.

"Maria" diz que usou uma ferramenta online para buscar pelo endereço de e-mail de seu noivo nos dados publicados online.

"Não achei que encontraria alguém ou alguma coisa", diz.

No entanto, ela queria checar por conta própria, já que uma de suas contas de e-mail havia sido invadida recentemente.

Quando ela também buscou pelo e-mail do noivo, a ferramenta não só confirmou que ele estava cadastrado no site como também mostrou o código postal, cidade e data de nascimento associados ao seu perfil. Todos estes dados batiam.

Vida dupla

Maria logo pediu explicações ao noivo. "Ele negou de todas as formas a princípio, mas depois confessou o que tinha feito", conta ela.

"Sim, ele teve vários casos. Tudo simplesmente... veio à tona."

Seu noivo disse que não conseguia explicar por que a traiu e que Maria significava mais para ele do que qualquer mulher que conheceu no Ashley Madison. Mas a conversa não durou muito.

Maria fez uma mala de roupas suficiente para uma semana e saiu de casa. O casamento foi cancelado.

Desde então, ela diz ter agendado exames para doenças sexualmente transmissíveis e tentado se distanciar o máximo possível de seu ex-noivo. A experiência a deixou "destruída", afirma Maria.

"Uma coisa é você ser honesto e dizer que não está satisfeito ou feliz com o relacionamento ou dizer que está sendo difícil se manter fiel", diz ela.

"Mas é muito injusto desperdiçar anos de sua vida com alguém que tem uma vida dupla."

Ferramentas online permitem saber se um email está entre os 33 milhões de contas divulgadas por hackers

Casada e curiosa

Não é preciso procurar muito para encontrar exemplos de internautas que tenham sido afetados pessoalmente pelo vazamento de dados do Ashley Madison.

Muitos fóruns online estão cheios de discussões entre pessoas que acreditam que "sua outra metade" está no site.
Mas usuários da rede social também estão buscando ajuda pela internet.

Uma mulher que usou o Ashley Madison conversou com a BBC. "Amy" é casada há dez anos e recentemente começou a pensar em ter um caso.

Ela viu anúncios do site pelo rádio e, há um ano, se cadastrou em busca de um homem com que pudesse ter um relacionamento extraconjugal.

No entanto, ela nunca enviou uma mensagem pelo site e logo fechou sua conta. Mas, há seis meses, criou um novo perfil e, desta vez, queria usar o site para explorar sua sexualidade ao entrar em contato com outras mulheres.

Nesta segunda oportunidade, encontrou alguém com quem conversar. Ela e outra mulher trocaram e-mails por várias semanas.

"Ela morava perto de mim e a gente parecia se dar bem", diz Amy.

"Sua história era tão parecida com a minha. Era alguém que estava casada há algum tempo e que sempre havia tido curiosidade sobre este outro lado de si mesma."

Amy conta que a mulher com quem se correspondia dizia achá-la atraente, o que a lisonjeava.

Elas marcaram de se encontrar, mas, no último momento, Amy cancelou. Ela ficou receosa e sentia não valer a pena colocar seu casamento em risco.

"Usar o site me fez perceber que eu precisava analisar outras coisas", ela explica.

"É amedrontador ter esta pessoa que você ama tanto e pensar que você pode magoá-la."

Estresse e insônia

Amy diz que ainda não contou a ninguém sobre o que aconteceu, mas tem medo de que seu marido descubra que ela usou o site.

Por enquanto, procura não pensar nisso e se distrair com o trabalho, mas sente-se estressada com esta ideia e têm tido problemas para dormir.

O Ashley Madison ofereceu um serviço para apagar todos os dados de um usuário do site por US$ 19 (R$ 67), que Amy usou.

Ela checou em uma ferramenta de busca se seu e-mail estava entre os dados vazados e ficou surpresa ao encontrá-lo, junto com outras informações, como código postal, gênero e o nome associado a seu cartão de crédito.

Não está claro o que aconteceu neste caso, mas é provável que hackers tenham obtido acesso à base de dados da rede social antes de Amy pagar para ter seus dados apagados.

De qualquer forma, ela diz que agora existe uma possibilidade dela ser descoberta pelo marido.

"Se meu marido algum dia chegar em casa e dizer que alguém achou meus dados do site, eu seria honesta com ele", diz.

"Isso realmente me fez pensar sobre meu comportamento e por que fiz o que fiz - e a apreciar o que tenho."

No entanto, ao menos agora, Amy só espera que seu marido nunca descubra nada.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150828_ashley_madison_depoimentos_rb

Real e em pleno vapor cotidianamente



Racismo contra imigrantes no Brasil é constante, diz pesquisador

Haitianos em São Paulo; 'A noção de que o Brasil é um país hospitaleiro, onde todos os imigrantes são bem-vindos, não passa de um mito', disse pesquisador

"A noção de que o Brasil é um país hospitaleiro, onde todos os estrangeiros e imigrantes são bem-vindos, não passa de um mito", diz o pesquisador Gustavo Barreto, após analisar mais de 11 mil edições de jornais e revistas entre 1808 e 2015.

Em tese de doutorado defendida recentemente na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele concluiu que o racismo na imprensa brasileira contra o imigrante se manteve constante, apesar dos avanços, e que a aceitação é seletiva, com diferenças entre europeus e africanos, por exemplo.

Na tese Dois Séculos de Imigração no Brasil: A Construção da Identidade e do Papel dos Estrangeiros pela Imprensa entre 1808 e 2015, Barreto analisou a cobertura do tema em jornais como O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha da Manhã (hoje Folha de S. Paulo), Correio da Manhã, O País e Gazeta do Rio de Janeiro ao longo de 207 anos.

Gustavo Barreto: discriminação e racismo na imprensa brasileira vêm de séculos

Em entrevista à BBC Brasil, ele explica como os termos são usados de forma diferente na imprensa. "O refugiado é sempre negativo, um problema grave a ser discutido. O imigrante é uma questão a ser avaliada, pode ser algo positivo ou negativo, mas em geral a visão é de algo problemático. Já o estrangeiro é sempre positivo, inclusive melhor do que o brasileiro. É alguém com quem podemos aprender", diz.

Barreto incluiu em seus estudos as hostilidades sofridas em junho por haitianos em um posto de gasolina na região metropolitana de Porto Alegre. E, recentemente, houve em São Paulo uma suspeita de ataque xenófobo contra haitianos, que foram baleados com chumbinho na escadaria de uma igreja.

Barreto também relembrou a estigmatização sofrida por africanos e haitianos no ano passado, quando uma pessoa da Guiné foi identificada como suspeita de estar contaminada pelo vírus ebola, e afirma que o Brasil ainda está longe de promover uma discussão real sobre a imigração.

"Em geral, os novos imigrantes estão sempre sendo vistos como problemáticos na sociedade. As notícias não estão discutindo imigração, problematizando o assunto, e não se vê discussões de política imigratória ou da legislação. O foco não é a solução ou discutir o tema, mas a noção de crise", avalia.

Veja os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil – De acordo com sua pesquisa nos relatos da imprensa brasileira, como o país "pensou" e "problematizou" seus imigrantes ao longo dos últimos 207 anos?

Gustavo Barreto - Houve diferentes momentos, mas o que se manteve por muitas décadas foi a intenção de trazer mão de obra, sempre com uma clara preferência por cristãos, brancos, europeus e trabalhadores.

Até 1870 ocorrem pequenos experimentos isolados, com uma média de chegada de 2 mil a 3 mil imigrantes por ano, e a partir de 1870 começam as grandes levas de imigrantes, com mais de 10 mil por ano, o que ocorre até 1930.

Havia um consenso de que não se podia contar só com os portugueses para popular o país, e o governo implementou políticas de subsídios para estrangeiros. Do governo Vargas em diante, o país passa a selecionar muito mais quem entra, e, décadas depois, passa a prover mais imigrantes brasileiros para o mundo do que os receber.

Mais recentemente, nos últimos dez anos, o Brasil voltou a receber muitos imigrantes, sobretudo bolivianos, haitianos, angolanos, senegaleses, ganenses, portugueses e espanhóis, entre outros.

Duas coisas foram cruciais ao longo do tempo: as questões do trabalho e da raça. Em 1891, o governo decretou que amarelos e negros não poderiam entrar subsidiados pelo Estado. Se entrassem, o dono da embarcação poderia perder o alvará de funcionamento.

Além disso, na imprensa fica claro que os "bons" europeus eram os alemães e italianos, enquanto os provenientes das ilhas dos Açores e Canárias eram "ruins". Durante uma época as elites e formuladores de políticas públicas promoveram ideias eugenistas, segundo as quais uma raça era cientificamente superior à outra, estimulando um embranquecimento da população brasileira.

BBC Brasil – Quanto ao racismo, é possível identificar avanços? Como tem sido a cobertura da chegada de imigrantes haitianos e bolivianos ao Brasil, mais recentemente?

Barreto - O racismo era algo natural e aceitável no século 19, incluindo o destaque às ideias de supremacia de raças, entre 1870 até o governo Vargas. A partir da Segunda Guerra, os grupos começam a ser valorizados. Judeus, alemães e italianos no Brasil começam a recontar sua história, assim como os japoneses, depois de um momento muito difícil. Após as cartas de direitos humanos, os valores eugenistas já não são mais declarados, o que é um avanço.

Mais recentemente, o país passou a receber um número considerável de bolivianos e haitianos. Mas também chegam portugueses e espanhóis. A imprensa, no entanto, costuma destacar muito os problemas que os haitianos trazem, e rapidamente começa a ser construída uma visão de que eles são um problema. Enquanto isso, os imigrantes europeus recentes são valorizados por sua cultura e contribuição ao Brasil.

Contribuições culturais ou produtivas dos haitianos e bolivianos, que têm uma riqueza cultural enorme, dificilmente viram notícia. O racismo atual se dá pelo não dito, pelo que a imprensa omite. Quando aparecem na mídia estão atrelados a problemas, crises, marginalizações, ou ligados à ideia de uma invasão.

BBC Brasil - Apesar dos nítidos avanços no tratamento aos imigrantes na imprensa brasileira, a pesquisa identificou algum retrocesso na cobertura atual? Algo que chame a atenção?

Barreto - Há reportagens que promovem um retrocesso inacreditável, sobretudo no que diz respeito à construção da ideia de que há nacionalidades mais propensas à submissão, e não ao empreendedorismo.

No passado, após 1850, durante muitos anos a mídia rejeitou a entrada de chineses no Brasil por meio de um discurso que os comparava com escravos, sem iniciativa empreendedora como os europeus. A imprensa dizia que eles não se classificavam para os programas de imigração subsidiada pelo governo porque isso acarretaria em "escravidão amarela".

Hoje, guardadas as diferenças, a imprensa faz algo parecido com os haitianos. De acordo com algumas das reportagens analisadas, há a ideia de que eles vão ser explorados, abusados. Pedem-se direitos humanos, e divulga-se uma ideia de que eles vão virar novos escravos. Você vê jornais de São Paulo relacionando diretamente os haitianos à escravidão. Numa matéria de 2014, diz-se que os brasileiros estavam escolhendo os imigrantes haitianos pela canela.

BBC Brasil - Na sua visão, a imprensa brasileira consegue dar conta do tema da imigração, incluindo a discussão de soluções e políticas imigratórias, ou acaba tratando o assunto de forma alarmista, valendo-se de estereótipos?

Barreto - A imprensa parece não se preocupar com a figura do imigrante ou em discutir o tema imigração em toda sua complexidade. Sobretudo dos anos 2000 em diante, o imigrante aparece nas páginas dos jornais brasileiros como explorado, submisso ou relacionado a denúncias de violações de direitos humanos.

Em geral os novos imigrantes estão sempre sendo vistos como problemáticos na sociedade. As notícias não estão discutindo imigração, problematizando o assunto, e não se vê discussões de política imigratória ou da legislação em nenhum momento.

Quando os haitianos chegaram a São Paulo, há algo nítido na cobertura da imprensa. Vê-se um esforço homérico para jogar a Prefeitura, os governos dos Estados de São Paulo e do Acre e o governo federal uns contra os outros. O foco não é a solução ou discussão do tema, mas a noção de crise.

Quando as quatro instâncias decidiram se sentar e organizar os problemas que estavam acontecendo, num encontro nacional sobre refúgio e imigração, a imprensa praticamente ignora, com pequenas notinhas e um dos grandes jornais nem registra.

Outra coisa que chamou a atenção foi o episódio do ebola, no ano passado. Quando ocorre a suspeita de uma pessoa da Guiné contaminada, todos os africanos e haitianos – que são do Caribe, em outro continente – passam a ser suspeitos e gera-se um grande debate nacional sobre a proibição da entrada dessas pessoas no país.

Folha da Manã, fevereiro de 1926: "Fechem-se as fronteiras"

BBC Brasil - Suas observações não contrastam com a ideia tão difundida do Brasil como um país hospitaleiro, e do brasileiro como um povo acolhedor, famoso no mundo todo pela simpatia e boa recepção aos estrangeiros?

Barreto - Na verdade entre os pesquisadores do assunto há a noção do "mito da hospitalidade". Há uma diferença entre a maneira como nos vendemos para o mundo e a verdadeira hospitalidade a qualquer estrangeiro ou a democracia racial.

O estudo de como a imigração é retratada no país entre 1808 e 2015 mostra que a hospitalidade é seletiva, mas que essa noção sempre foi difundida, em benefício do Brasil. Esta é uma das minhas principais conclusões na tese, a de que a nossa famosa hospitalidade é um mito.

A partir de 1870, você vê nos jornais a palavra "hospitaleiro" sendo usada para algumas situações, e ao lado os discursos racistas e eugenistas claramente em posição contrária contra outros grupos de imigrantes. O brasileiro também emigra para diversos países, e nossa presença tem aumentado lá fora, mas ainda recebemos um número muito baixo de refugiados, por exemplo. Contribuímos pouco neste sentido.

BBC Brasil - Você citou um editorial do jornal Folha da Manhã, de 1926, entitulado "Fechem-se as fronteiras". Esta seria um pouco a noção de que o Brasil enxergou durante muito tempo a imigração de forma unilateral e seletiva? Ainda vemos este discurso?

Barreto - Sim, o tema do editorial de 1926 é justamente a noção de que o país já teria recebido todos os imigrantes necessários. Já chegaram todos que nós queremos, após a vinda em massa de alemães e italianos, foi cumprida a função da imigração no Brasil. Já ocupamos e populamos o país, e agora as fronteiras devem ser fechadas e quem entrar deverá ser muito bem selecionado.

Hoje em dia a posição continua, mas travestida por outro argumento. A imprensa trabalha com o mito de que somos um país pobre, em desenvolvimento, e não temos condições de receber mais ninguém. Vamos receber somente os melhores e mais úteis. São evidências no discurso da imprensa e na visão da sociedade brasileira que contrastam diretamente com a ideia do "Brasil hospitaleiro, onde todos são bem-vindos".

No contexto atual, de crise econômica e política, há que se observar atentamente a maneira como o imigrante será retratado na imprensa, por ele ser um excelente bode expiatório para os problemas. Não tem grande chance de defesa, não está integrado ao país, é o outro, o diferente, que traz dificuldades.

Desemprego, inflação e crise tendem a tornar a visão dos imigrantes ainda mais negativa.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150819_racismo_imigrantes_jp_rm?post_id=10203702688922414_10203702689042417#_=_

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Vamos em frente...



 
 



Só rindo...

Mujica falou...

Araújo

WHEY PROTEIN

Bombada




Suspiro Dukan
segundos


O Rio tá preparado para a Rio 2016

Xuxa




Refletindo...

 


"Tensão é quem você pensa que deveria ser. O relaxamento é quem você é." (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/7/

Língua afiada...

 

PEGADINHA GRAMATICAL

Fonologia

A fonologia caracteriza-se como uma singular parte da gramática, cuja função é estudar as palavras consoante os aspectos sonoros de que delas fazem parte. 

PRÁ
       TI
          CA
E...
OB
      JE
          TI
              VA
UMA
           SE
                ÇÃO, sabe para quem?

Pode ser que nem tenha atentado na construção gráfica das palavras que demarcaram os dizeres anteriores, mas saiba que nada ocorre por acaso, e aqui não foi diferente: todas elas foram separadas segundo as sílabas que as compõem; outro aspecto, também não menos relevante, foi o fato de a primeira sílaba, pertencente ao adjetivo “prática” se encontrar de modo evidente, justamente para você se certificar de que nela constam dois aspectos abordados pela seção com a qual você passará a estabelecer familiaridade a partir de agora: o encontro consonantal /PR/ e o acento agudo, atribuído à letra final “a”, justamente justificando se tratar de uma palavra proparoxítona, razão pela qual se demonstra acentuada.

Pois bem, checados todos esses pressupostos, o intento a que se deve esta seção diz respeito à importância de você, enquanto assíduo usuário (a) da língua, tornar-se conhecedor (a) das funções atribuídas a esta parte singular da gramática - a Fonologia, entre elas:
* Classificação das palavras segundo a posição da sílaba tônica;
* Definição da grafia e acentuação das palavras;
* Definição das regras de divisão silábica;
* Classificação dos encontros fonéticos.

A par disso, deleite-se, procurando tirar proveito de todas as informações que aqui se encontram a seu dispor!
http://www.brasilescola.com/gramatica/fonologia.htm

Interessante...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entenda por que você sempre esquece o nome de quem acabou de conhecer

Certamente já aconteceu com você de, logo depois de conhecer uma pessoa nova, se esquecer completamente de como ela se chama — e ficar torcendo para não ter que repetir o nome dela até você conseguir pedir socorro discretamente para um amigo! Mas, apesar de isso ser algo supercomum — e que ocorre com todo mundo —, por que será que esse episódio de “amnésia seletiva” sempre acontece?

De acordo com o pessoal do canal AsapSCIENCE do YouTube — que preparou a animação que você poderá conferir abaixo —, é muito mais provável que você se recorde do rosto de alguém que acabou de conhecer e não de seu nome por que o seu cérebro está programado para reconhecer detalhes faciais. Segundo explicaram, exames cerebrais de fato revelaram que os neurônios entram em atividade quando olhamos para qualquer rosto. Assista ao vídeo:

* Você pode ativar as legendas e a tradução automática no menu do YouTube. Mas para evitar confusão, nós aqui do Mega Curioso incluímos uma transcrição das informações depois do vídeo.

A questão sobre o esquecimento dos nomes pode estar relacionada com algo que o pessoal do AsapSCIENCE chamaram de efeito “baker” — palavra que significa “padeiro” em inglês e também é um sobrenome extremamente comum em países de língua inglesa. Calma... já vamos explicar! 

Quando alguém é apresentado para você e esse cara diz que ele é um padeiro, ele está proporcionando uma informação a respeito do que ele faz e sobre a maneira como emprega seu tempo.

No entanto, digamos que o sobrenome dessa pessoa seja Padeiro. Nesse caso, segundo o portal AsapSCIENCE, como essa informação não cria qualquer ligação mental no seu cérebro, ela se torna vulnerável ao esquecimento.

Além disso, eles explicaram que os nomes são arbitrários e não costumam trazer informações específicas conectadas a eles. E se o seu cérebro não consegue realizar conexões entre as diversas peças de informação, especialmente a respeito de coisas que você já conhece e com as quais se sente familiar, então você se torna mais propenso a esquecer dessa informação.

Mente ocupada

Para piorar as coisas, o fato de você estar concentrado em você mesmo quando você está prestes a ser apresentado a alguém também não ajuda muito. O canal AsapSCIENCE  chamou isso de “efeito o que acontecerá em seguida”, e explicou que em vez de observar e ouvir a outra pessoa, o seu cérebro começa a focar no que você vai dizer e em como vai se comportar, por exemplo.
Acontece que nós não somos especialmente bons em oferecer e, simultaneamente, absorver e armazenar novas informações. Isso acontece porque os nossos cérebros são dotados de memórias de longo e curto prazo, mas a memória de curto prazo só consegue reter uma quantidade limitada de dados, e se não nos concentrarmos neles, essa nova memória pode desaparecer rapidamente.

Memória dispensável

A turminha do AsapSCIENCE também explicou que o esquecimento também pode se dar puramente por conta da falta de interesse. Afinal, imagine que você está em uma baladinha, e você acredita que provavelmente nunca mais vai encontrar com a pessoa à qual você foi apresentado novamente. Ou, ainda, pode ser o caso de que talvez você não esteja preocupado em formar novas relações — seja de amizade ou outra qualquer.

Sendo assim, quanto maior for o seu interesse, maior será a probabilidade de que o seu cérebro faça novas conexões. Como consequência, as pessoas que curtem fazer novos amigos e conhecer pessoas novas estão sempre mais antenadas e concentradas, e praticamente não sentem como se suas memórias estivessem sendo postas a prova no momento das apresentações.

Truques!!!

E como fazer para melhorar a sua habilidade de memorizar os nomes das pessoas que você acabou de conhecer? Pois o próprio pessoal do AsapSCIENCE ensinou sete truques criativos para que você não se esqueça mais do nome de ninguém! Confira quais são eles a seguir:

1 – Fique ligado

Você se lembra de que comentamos anteriormente que no momento em que somos apresentados a alguém estamos concentrados no que vamos fazer e falar em vez de estar atentos ao outro? Pois, apesar de não ser fácil, é crucial que você preste muita atenção na hora que a pessoa disser como se ela chama. E, se for necessário, peça que ela repita o nome para você.

2 – Repita o nome com frequência

Depois de a pessoa se apresentar — e o nome dela estiver em sua memória de curto prazo —, repita o nome dela com frequência enquanto vocês estiverem conversando. Dessa forma, você estará ativamente exercitando a sua memória e contribuindo para que o seu cérebro retenha essa peça de informação. Além disso, ao combinar os seus pensamentos com a ação de repetir o nome, você estará aumentando a probabilidade de que ele não desapareça da sua mente.

3 – Crie associações

Os nomes são arbitrários e desprovidos de informações específicas ligadas a eles, lembra? Então, nada melhor do que criar associações na sua cabeça. Assim, se a pessoa que você acabou de conhecer se chama Maria, tente relacioná-la a outra Maria do seu convívio. Outra dica é tentar imaginar a pessoa fazendo alguma coisa, para, assim, você criar uma conexão visual que o ajudará se lembrar do nome dela quando vocês se encontrarem novamente.

4 – Jogo de palavras

Você também pode brincar com o nome da pessoa mentalmente, criando um divertido jogo de palavras mental. Assim, você pode imaginar associações do tipo “Carolina combina com parafina” ou “Pedro pedrada” e “Ângelo é um anjo”. Só tome cuidado para não revelar o seu joguinho, pois a pessoa pode ficar ofendida dependendo da associação que você inventar.

5 – Soletre

Se a pessoa que você acabou de conhecer tiver um nome incomum, peça para que ela o soletre — enquanto isso, imagine as letras passando pela testa dela. Ao criar uma imagem mental das letrinhas desfilando diante dos seus olhos, você ajudará a sua memória a reter o nome.

6 – Seja legal e ajude os outros com o seu nome

Não se esqueça de que você não é o único a ter dificuldades para lembrar os nomes dos outros — todo mundo tem esse problema! Então, seja legal e ajude as outras pessoas a memorizarem o seu nome, e você mesmo pode sugerir associações engraçadas para ajudá-las com isso. Assim, se você se chamar Sílvio, por exemplo, tente imitar o Sílvio Santos. Com certeza todo mundo se lembrará do seu nome da próxima vez que vocês se encontrarem.

7 – Pense rápido

Caso nada funcione e você se esquecer do nome da pessoa que acabou de conhecer, apresente a ela alguém que você conhece bem. A probabilidade de que o seu amigo pergunte à pessoa como ela se chama é bastante grande e, assim, você pode repetir a dica número 1 — que é a de prestar bastante atenção no momento em que ela r seu nome.

http://www.megacurioso.com.br/neurociencia/70283-entenda-por-que-voce-sempre-esquece-o-nome-de-quem-acabou-de-conhecer.htm

Mais uma etapa superada...