segunda-feira, 28 de março de 2016

Problema de "sem noção"...










Como a Ciência explica hábito de gritar ao celular


Mecanismo de feedback da voz dos celulares é atrapalhado pelo entorno


A cena é cada vez mais comum: no ônibus, na praia, na academia, no restaurante, alguém insiste em nos envolver em suas conversas ao celular, simplesmente por falar muito alto.


Muitas vezes, a pessoa nem percebe que está elevando seu tom de voz e tende a reclamar quando outros fazem o mesmo.


Será, então, que há uma explicação científica para esse comportamento?


A resposta surge ao se analisar o design original dos primeiros telefones – aqueles bem anteriores ao celular de hoje. Uma de suas características principais é ser dotado de um sidetone – mecanismo que permite ao usuário escutar sua própria voz no fone enquanto fala.


O artifício serve para assegurar ao usuário de que ele está sendo ouvido, sem a necessidade de elevar o tom de voz. Aparelhos de telefonia fixo têm sidetones justamente para evitar a gritaria desnecessária em espaços fechados.


Reação ao entorno


O advento do telefone também levantou dúvidas sobre etiqueta na sociedade vitoriana


Segundo o tecnólogo em acústica Nick Zakarov, da empresa de tecnologia dinamarquesa Delta, celulares também são dotados de sidetone – e há até diretrizes internacionais que sugerem um certo nível de decibéis para o mecanismo nesses aparelhos.


O problema está na mobilidade dos celulares, o que faz com que o volume do sidetone nem sempre seja suficiente em locais com muito ruído de fundo.


Além disso, é preciso considerar o chamado "efeito Lombard", descoberto em 1909 pelo otorrinolaringologista francês Etienne Lombard: a nossa tendência natural de alterar a voz de acordo com os barulhos à nossa volta. Sem perceber, fazemos um esforço para nos nivelarmos ao som mais alto que escutamos – mesmo que seja uma britadeira em um canteiro de obras ou a voz de quem está do outro lado da linha.


Junte tudo isso e eis o fenômeno das conversas telefônicas que involuntariamente envolvem quem estiver por perto.


É interessante notar, no entanto, que esta não é a primeira vez que o jeito como falamos ao telefone desafia nosso conceito de boas maneiras. Quando os primeiros aparelhos foram comercializados, a elite da era vitoriana não sabia como se comportar. As dúvidas iam de "será que posso falar ao telefone estando nu?" a "quando falar com uma mulher, devo ficar de pé?".


Ao que parece, a telefonia é uma tecnologia que sempre vai desafiar nossa noção de etiqueta.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160315_vert_fut_
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Tentação...








O chocolate pode mesmo te deixar mais feliz, saudável e inteligente?


 


Não são poucas as citações na mídia sobre os benefícios do chocolate: desde uma vida mais calma até um coração mais saudável já foram atribuídos ao produto.


 


Alguns nutricionistas afirmam que comer chocolate amargo todo dia pode reduzir a pressão sanguínea e beneficiar o coração. Também dizem que pode evitar alguns tipos de câncer, derrames e até melhorar a memória.


 


A BBC fez uma avaliação das últimas provas a favor do chocolate e como seus efeitos podem ser comparados aos de algumas drogas.


 


O tipo importa?


 


"Atribuo todo meu sucesso essencialmente à grande quantidade de chocolate que consumo. Pessoalmente eu acho que chocolate ao leite te deixa estúpido... chocolate amargo é a chave.. É algo que, se você quer um prêmio Nobel de medicina ou de química, tudo bem, mas se você quer um prêmio Nobel de física, tem que ser chocolate amargo mesmo", já disse Eric Cornell, vencedor do Nobel de física em 2001.


 


Infelizmente a escolha de chocolate provavelmente não fará muita diferença quando se trata do prêmio Nobel, mas fica a questão: o chocolate amargo é mesmo o melhor?


 


Os supostos benefícios do chocolate para a saúde e o cérebro são atribuídos, principalmente, aos antioxidantes encontrados no cacau. No entanto, pelo fato de o cacau ser amargo, frequentemente se adiciona leite e açúcar para fazer o chocolate, diluindo o conteúdo de antioxidantes.


 


Também é preciso lembrar os problemas causados pelo consumo de grandes quantidades de calorias e açúcar.


 


Cientistas e médicos recomendam o chocolate amargo


 


Então a mensagem é: se você come chocolate, escolha o amargo, escuro. O ideal seria o que tem 85% de cacau ou mais, que possui menos gordura e açúcar do que o chocolate ao leite.


 


Quais drogas o chocolate imita?


 


O cacau tem pequenas quantidades de alguns estimulantes que são encontrados em várias drogas legais e ilegais.


 


O "chocolatier" belga Dominique Persoone criou um um dispositivo que disparava cacau diretamente no nariz do usuário. Ele afirma ter vendido 25 mil unidades do dispositivo, que não era barato (45 euros, cerca de R$ 185), e a embalagem vinha com alerta sobre riscos do uso excessivo.


 


Parece pouco provável que o chocolate realmente imite os efeitos das drogas, mas ele possui algumas substâncias químicas presentes em algumas drogas.


 


  1. Ópio
    O chocolate pode afetar o cérebro de uma forma parecida com o ópio, reduzindo a dor e produzindo prazer, apesar de ser bem mais fraco.
     
    Isso ocorre graças ao neurotransmissor encefalina. Estudos em ratos indicam que a quantidade de encefalina produzida quando se come chocolate é o bastante para criar um efeito suave e levar ao vício.
     
    Apesar de especialistas acreditarem que isso também se aplique a humanos, ainda não há provas.
     
  2. Amor
     
    Chocolate tem grupo de alcaloides neuroativos também presentes na cerveja e no vinho
     
    O cacau pode imitar o efeito do amor, segundo alguns especialistas, pois contém a substância química feniletilamina, liberada nos primeiros meses de um relacionamento.
     
    Isso faz com que a pessoa se sinta excitada e nervosa e pode funcionar como um antidepressivo.
     
    Existem apenas pequenas quantidades da substância no chocolate e há dúvidas se ela permanece ativa quando o chocolate é ingerido. Portanto ainda não se sabe com certeza se a pessoa sente mesmo esse efeito.
     
  3. Maconha
     
    O chocolate tem pequenas quantidades de anandamida, conhecida como a "molécula da felicidade".
     
    Este neurotransmissor atinge as mesmas estruturas cerebrais acionadas pelo THC, o ingrediente ativo da maconha.
     
    No entanto, para ter um impacto substancial no cérebro, a pessoa precisaria comer vários quilos de chocolate, então não é provável que o chocolate afete o humor da pessoa.
     
  4. Álcool
     
    O chocolate tem um grupo de alcaloides neuroativos conhecidos como tetrahidro-beta-carbolinas, que também podem ser encontrados na cerveja, vinho e outras bebidas.
     
    Essas substâncias elevam nossos níveis de dopamina e serotonina - têm, portanto, um efeito no humor. E podem explicar o poder viciante do chocolate.
     
    O chocolate, contudo, possui quantidades reduzidas de tetrahidro-beta-carbolinas e são necessárias mais pesquisas antes de concluir que há impacto no humor.
     
  5. Café
     
    O cacau tem cafeína e é possível encontrar um pouco deste estimulante no chocolate. Quanto mais amargo o chocolate, maior a quantidade de cafeína.
     
    Mas as quantidades de cafeína são mais baixas em todos os tipos de chocolate, incluindo o amargo, do que no café.
     
    É possível encontrar cafeína no cacau e até um pouco dela no chocolate
     
    O cacau também tem teobromina, que produz um efeito estimulante quando combinada com cafeína.
     
    Melhora o desempenho do cérebro?
     
    Estudo publicado recentemente envolvendo cerca de mil pessoas descobriu a ligação entre comer chocolate - não importando o tipo - pelo menos uma vez por semana e uma melhora na memória e raciocínio abstrato.
     
    Há razões para otimismo, mas a pesquisa não apontou categoricamente se comer chocolate foi a causa da melhora.
     
    Em outra pesquisa recente, descobriu-se que uma substância química encontrada no cacau e no chocolate reduz a perda de memória relacionada à idade em adultos de 50 e 69 anos.
     
    O estudo apontou que o antioxidante flavonol (uma classe de flavonoides) aumenta o fluxo sanguíneo para uma região do cérebro que promove a memória. Cientistas estão animados com a descoberta, pois é o primeiro indicador de que a dieta pode reverter o declínio na memória e também reduzir a perda da memória.
     
    Depois de consumir bebidas enriquecidas com estes flavonois por três meses, o desempenho das pessoas neste grupo de idade em um teste de memória foi equivalente ao desempenho de pessoas várias décadas mais jovens.
     
    No entanto, apenas comer mais chocolate não vai proteger a memória, pois métodos usados para processar o chocolate costumam remover a maior parte dos flavonois.
     
    Uma barra de chocolate típica tem 40 mg destes flavonois, e a bebida usada na pesquisa continha 900 mg. Seria necessário comer quantidades enormes de chocolate para obter algum benefício.
     
    Muitos médicos questionam se as propriedades do cacau são mantidas depois que ele é transformado em chocolate
     
    E a saúde?
     
    Acredita-se que os antioxidantes encontrados no cacau possam ter efeitos antiinflamatórios, melhorando o fluxo sanguíneo e diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.
     
    Algumas pessoas também afirmam que o cacau protege contra o câncer e reduz o estresse.
     
    Mas há a questão da validade de estudos que ligam o cacau à diminuição da pressão sanguínea, e se há algum efeito para a saúde depois que o cacau é transformado em chocolate.
     
    Em 2012, uma análise das melhores provas dos efeitos do cacau na pressão sanguínea concluiu que alguns produtos do cacau, incluindo chocolate amargo, diminuem levemente a pressão. A análise apontou, porém, a necessidade de mais comprovações.
     
    "Se você está com um peso saudável, comer chocolate com moderação não aumenta o risco de doença cardíaca de forma detectável, e pode até ter algum benefício. Eu não aconselharia meus pacientes a aumentar o consumo de chocolate com base nesta pesquisa, particularmente se estiverem acima do peso", disse à BBC o especialista independente Tim Chico.
     
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Como é mesmo...



Por que não conseguimos lembrar aquela palavra que está 'na ponta da língua'?

 

Ter uma palavra 'presa na ponta da língua' pode ser uma experiência frustrante

 

Você alguma vez já tentou, em vão, recuperar uma palavra que parecia “perdida” na ponta de sua língua?

 

Muitos de nós já passamos por isso – o simples processo de verbalização de uma ideia é atrapalhado por um bloqueio mental. Quando isso acontece, lançamos mão de um glossário de alternativas para preencher as lacunas temporárias. Algo como “fulano” quando esquecemos o nome de alguém.

 

Há um festival de expressões, e isso ressalta a frequência das experiências do tipo “ponta da língua”. Que têm um nome técnico: lethologica. Assim como muitas palavras modernas, o termo deriva do grego lethe (esquecimento) e logos (palavra). O Lethe, na mitologia grega, era também um dos rios do inferno no qual as almas dos mortos bebiam para esquecer as memórias do mundo dos vivos.

 

Jung

 

A cunhagem do termo é atribuída popularmente ao psicanalista Carl Jung, no início do século 20, mas na edição de 1915 do Dorland American Illustrated Dictionary a lethologica já era definida como a “inabilidade de lembrar a palavra apropriada”.

 

Qualquer que seja a origem exata, a importância da memória e do esquecimento nos estudos de Jung sobre o inconsciente, e na mitologia grega, ecoa na forma como entendemos o funcionamento da memória.

 

O conceito de lethologica é popularmente atribuído ao notório Carl Jung

 

O cérebro não funciona como um computador, em que dados são organizadamente armazenados e recuperados com um simples apertar de botão. “Nossa memória é fabulosa, mas responde a uma série de associações que fazemos com novas informações, e não com o quanto queremos lembrar alguma coisa”, explica o psicólogo Tom Stafford.

 

Lembrar todas as palavras em nosso vocabulário pode ser muito difícil. Por exemplo, o Grande Dicionário Houaiss tem 230 mil palavras e nem mesmo elas representam a totalidade do vocabulário português. O vocabulário ativo usado por um adulto em escrita e fala é bem menor, mas segundo especialistas, pode passar de 50 mil palavras.

 

Há, claro, muitas palavras que as pessoas entendem mas não usam no dia a dia. E são as palavras deste vocabulário passivo que formam a maioria dos termos que marcam a experiência da lehtologica.

 

As palavras que pouco usamos, incluindo nomes próprios, são as que esquecemos mais frequentemente. Como nossas mentes são associativas e construídas através de padrões de informação interconectada, o quão bem poderemos nos lembrar de uma palavra pode depender justamente desses padrões.

 

Sendo assim, as milhares de palavras usadas raramente e armazenadas em nossos cérebros podem ser as mais difíceis de acessar rapidamente, porque ainda não formamos os elos necessários com outros tipos importante de informação que podem fazer dessas memórias algo mais facilmente recuperável.

 

Lethologica ocorre tanto quando esquecemos uma palavra quanto os rastros daquela palavra em nossa memória. Talvez seja algo necessário: de vez em quando precisamos beber do Rio Lethe para que esqueçamos temporariamente o trivial e o desnecessário e priorizemos informações mais importantes para nossas vidas.

 

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segunda-feira, 14 de março de 2016

Vamos em frente...


















Só rindo...

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Refletindo...



"As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro." (Provérbio Chinês)

 


 

Língua afiada...


 

Pegadinha gramatical

Gramática Online: Regência Verbal

 

 

Objetivo: estudar a regência verbal dos principais verbos. 

 

 

Regência Verbal: é o estudo da transitividade verbal. Em outras palavras, a regência verbal ajuda a descobrir se um verbo é transitivo, intransitivo ou de ligação.

 

 

Explicando Melhor: os verbos podem ser transitivos diretos (quando exigem um complemento sem o uso da preposição), transitivos indiretos (quando exigem um complemento com o uso da preposição), intransitivos (quando não exigem nenhum complemento) ou podem ser verbos de ligação (quando expressam estado ao invés de expressarem ação).

 

 

Exemplo 1: Comprei um livro. O verbo “comprar” é transitivo porque exige um complemento (“um livro”) sem o uso de nenhuma preposição.

 

 

Exemplo 2: Nós precisamos de livros. O verbo “precisar” é transitivo porque exige um complemento (“livros”) com o uso de uma preposição (“de”). 

 

 

Exemplo 3: Joãozinho morreu.  O verbo “morrer” é intransitivo porque não precisa de complemento.

 

 

Exemplo 4: Joãozinho está feliz. O verbo “estar” é um verbo de ligação porque não expressa ação, mas sim estado. Outros exemplos de verbos de ligação: “ser”, “permanecer”, “continuar”.

 

Agora, vamos ver a regência de alguns verbos. Não estranhe porque alguns verbos podem ter significados que você desconhecia.

 

Agradar: se o verbo tiver o sentido de “dar agrado”, ele será transitivo indireto. Porém, esse verbo também pode ter o sentido de “acariciar” e, nesse caso, ele será transitivo direto.

 

Exemplo 1: A mãe agradou o filho. Nesse caso, o verbo é transitivo indireto (“dar agrado”).

 

Exemplo 2: A mãe agradou aos cabelos do filho. Nesse caso, o verbo é transitivo direto (a mãe acariciou os cabelos do filho, ou seja: “fez carinho” nos cabelos).

 

Aspirar: se significar “inspirar” (ou “cheirar”) o verbo será transitivo direto. Se significar “desejar” (ou “almejar”), o verbo será transitivo indireto.

 

Exemplo 1: Ronaldo aspirou o perfume (verbo transitivo direto).

 

Exemplo 2: Ronaldo aspira ao cargo de diretor (verbo transitivo indireto).

 

Assistir: se significar “ver” ou “presenciar”, o verbo será transitivo indireto.  Se significar “dar assistência”, o verbo pode ser transitivo direto ou indireto. Se significar “morar”, será intransitivo, porém exigirá a preposição “em” para o adjunto adverbial de lugar. Se significar “caber” (com o sentido de “competir”), o verbo será transitivo indireto.

 

 

Exemplo 1: Joãozinho assistiu ao jogo. Nesse caso, assistir é transitivo indireto porque tem o mesmo sentido de “ver”.

 

 

Exemplo 2: A enfermeira assistiu ao paciente ou a enfermeira assistiu o paciente. Nesse caso, “assistir” significa “dar assistência” e, portanto, pode ser transitivo direto ou indireto. Tanto faz. 

 

 

Exemplo 3: Eu assisto em Porto Alegre. Como assistir, nesse caso, tem o mesmo sentido de “morar”, o verbo é intransitivo e exige a preposição “em” para o adjunto adverbial de lugar (Porto Alegre).

 

 

Exemplo 4: Esse assunto assiste ao João. Nesse caso, assistir tem o mesmo sentido de “competir” ou de “caber” (esse assunto cabe ou compete ao João). Logo, o verbo é transitivo indireto.

 

Atender: se esse verbo significar “deferir” (ou seja: “ser favorável”), esse verbo será transitivo direto. Agora, se “atender” significar “dar atenção”, o verbo pode ser transitivo direto ou indireto.

 

 

Exemplo 1: O chefe atendeu o pedido do funcionário. Nesse caso, “atender” significa “ser favorável” e o verbo é transitivo direto (não há preposição).

 

 

Exemplo 2: A recepcionista atendeu ao cliente ou a recepcionista atendeu o cliente. Nesse caso, “atender” significa “dar atenção” e, portanto, o verbo pode ser transitivo direto ou indireto.

 

 

Avisar, informar, certificar, alertar, alarmar, advertir... : esses tipos de verbos são transitivos diretos e indiretos (em qualquer ordem). Ou seja: eles exigem um objeto direto e outro indireto e esses objetos podem aparecer em qualquer ordem.

 

 

Exemplos: Avisei o João do problema ou avisei ao João o problema. No primeiro exemplo, o objeto direto apareceu antes do indireto. No segundo, ocorreu o contrário.

 

 

Chamar: no sentido de “mandar vir”, será transitivo direto. Porém, no sentido de “dar apelido”, poderá ser transitivo direto ou indireto.

 

 

Exemplo 1: Chamei o João para a festa, mas ele não veio (transitivo direto).

 

 

Exemplo 2: Chamei o João de narigudo ou chamei ao João de narigudo (transitivo direto ou transitivo indireto).

 

Chegar: o correto é dizer “chegar a” (é errado dizer “chegar em”).

 

Exemplo 1: Cheguei a casa (é errado dizer “cheguei em casa”).

 

Exemplo 2: Depois de chegar ao banheiro, ela se maquiou (é errado dizer “chegar no banheiro”).

 

Exemplo 3: Depois de chegar à mansão, ele foi barrado pelos seguranças (a crase é a união da preposição “a” com o artigo “a”, como se fosse a “versão feminina” do “ao”, ou seja: depois de chegar a + a mansão).

 

Custar: se o verbo significar “valor” (custo), o verbo será intransitivo (o termo que aparece depois é um adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”). Se o verbo tiver o sentido de “dificuldade”, então ele será transitivo indireto.

 

 

Exemplo 1: O livro custa duzentos reais (intransitivo, ou seja: o verbo não precisa de complemento e “duzentos reais” é um adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”).

 

 

Exemplo 2: Custou ao aluno encontrar a resposta da questão. Nesse caso, o verbo “custar” tem o sentido de “dificuldade” (foi difícil ao aluno encontrar a resposta). Logo, o verbo é transitivo indireto.

 

 

Observação: o verbo “custar”, no sentido do exemplo 2, deve ser conjugado na terceira pessoa (custou a ele, custou-lhe, custou a mim, custou-me, custou a nós, custou-nos, custou a eles, etc). Não podemos dizer “eu custei a encontrar” ou “nós custamos a encontrar”, por exemplo.

 

Lembrar, Esquecer: esses dois verbos serão transitivos indiretos se forem pronominais. Caso contrário, eles serão transitivos diretos.

 

 

Exemplo: Podemos dizer “João esqueceu a resposta” ou “João se esqueceu da resposta”. Se usarmos algum pronome (se esqueceu, nos esqueceu, esquecer-te, esquecemo-nos, etc.) nós devemos usar a preposição “de”. Com o verbo lembrar ocorre a mesma coisa (“João lembrou a resposta” ou “João se lembrou da resposta”).

 

 

Observação: o verbo “lembrar” também pode ter o mesmo sentido de “avisar”, “informar”, “certificar” e, nesse sentido, ele segue a regência desses verbos (que já foi vista anteriormente).

 

Namorar: o verbo “namorar” é transitivo direto.

Exemplo: Pedro namora Paula (é errado dizer “João namora com Paula”).

 

Obedecer, desobedecer: esses verbos são transitivos indiretos.

 

Exemplos: Os filhos devem obedecer aos pais. Os alunos não podem desobedecer às regras.

 

Pagar, perdoar: esses dois verbos exigem dois objetos (um direto e outro indireto). O objeto direto é usado para a coisa que é pagada (ou perdoada) e o objeto indireto é usado para a pessoa a quem se paga (ou se perdoa).

 

 

Exemplo: Paguei um cachorro-quente ao meu amigo.

 

Preferir: não podemos usar a expressão “do que” com o verbo “preferir” (mesmo que esse uso seja comum no dia a dia). Esse verbo é transitivo indireto e exige a preposição “a”.

 

 

Exemplos: Prefiro inverno ao verão. Prefiro português à matemática (é errado dizer “prefiro inverno do que verão” ou “prefiro português do que matemática”).

 

Querer: no sentido de “desejar algo ou alguém”, será transitivo direto. Porém, esse verbo também pode ter o sentido de “amar” ou de “gostar”. Nesse sentido, o verbo “querer” será transitivo indireto.

 

 

Exemplo 1: Eu quero um computador novo (transitivo direto).

 

 

Exemplo 2: Eu quero aos meus irmãos (transitivo indireto, com o sentido de “eu gosto de meus irmãos” ou “eu amo os meus irmãos”).

 

Responder: pode ser transitivo indireto se tiver o sentido de “responder a alguma coisa”, pode ser transitivo direto e indireto se tiver o sentido de “responder alguma coisa a alguém” ou pode ser transitivo direto se estiver no sentido de “responder a resposta”.

 

 

Exemplo 1: Pedro respondeu a todas as questões da prova (transitivo indireto). 

 

 

Exemplo 2: Pedro respondeu essa pergunta ao amigo (transitivo direto e indireto).

Exemplo 3: Pedro respondeu que não poderá entregar o trabalho (transitivo direto).

 

Simpatizar: o verbo exige a preposição “com” (transitivo indireto).

 

 

Exemplo: João simpatiza com Pedro.

 

Visar: se tiver o sentido de “mirar” ou de “dar o visto”, o verbo será transitivo direto. Se tiver o sentido de “desejar”, o verbo poderá ser transitivo direto ou indireto (segundo Celso Cunha), sendo que outras gramáticas afirmam que o verbo só pode ser transitivo indireto.

 

 

Exemplo 1: Eu visei o alvo (eu “mirei” o alvo). Nesse sentido, o verbo é transitivo direto.

 

 

Exemplo 2: O funcionário visou os documentos (o funcionário “deu o visto”). Nesse sentido, o verbo também é transitivo direto.

 

Exemplo 3: João visa um novo emprego ou João visa ao novo emprego. Segundo Celso Cunha, “visar” no sentido de “desejar” pode ser transitivo direto ou indireto.

 

Mais uma etapa superada...