terça-feira, 5 de julho de 2016

Calor humano...


Como o Brasil pode reduzir cadeias lotadas com uma mudança

Caso Pedrinhas

Detentos no presídio de Pedrinhas, no Maranhão: Brasil opera com uma taxa de ocupação de 67% acima da capacidade máxima de suas cadeias
São Paulo – O último levantamento do Ministério da Justiça sobre a situação dos presídios brasileiros traz uma pista sobre como pelo menos reduzir o problema de superlotação carcerária, que há décadas contribui para que as cadeias do país sejam como verdadeiras "masmorras medievais".

Em dezembro de 2014, quando foi feito o estudo, o Brasil operava com uma taxa de ocupação de 67% acima de sua capacidade máxima. Faltavam 250 mil vagas para dar conta do crescente número de presos no país.

Curiosamente, a quantidade de presos provisórios (que ainda não tinham sido julgados), naquele momento, era equivalente ao tamanho do déficit de vagas no sistema prisional: exatamente 249.668 detentos estavam nessa situação.

Por lei, um juiz só pode determinar a prisão preventiva nos casos em que a liberdade dos acusados coloca em risco o andamento do processo ou a segurança das testemunhas, ou quando há risco concreto de fuga ou sinais contundentes de que o suspeito pode voltar a cometer crimes.

Especialistas sugerem que nem todos presos provisórios, de fato, precisariam estar nessa condição. “A frase já ficou batida, mas é bom lembrar: o Brasil prende muito, mas prende muito mal”, afirma Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz. “Se o remédio para todos os crimes é a prisão, a gente vai ter esse resultado que temos hoje”.

Um caminho

Uma medida para reduzir o volume excessivo de prisões preventivas e suas consequências desastrosas para o sistema carcerário é elevar o número de audiências de custódia. Lançado em 2013 pelo Conselho Nacional de Justiça, o projeto garante que um preso em flagrante seja apresentado a um juiz em menos de 24 horas.

Depois da instalação das audiências de custódia em São Paulo há três anos, o número de prisões preventivas caiu pela metade. “É muito mais fácil para um juiz decretar uma prisão no papel do que olhando no olho”, afirma o defensor público Bruno Shimizu, coordenador do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Ao menos quatro estados brasileiros poderiam praticamente zerar o problema da superlotação carcerária se, como a cidade de São Paulo, reduzissem pela metade o número de presos provisórios.

A proposta, contudo, ainda engatinha no Brasil. Para se ter uma ideia, no estado de São Paulo, apenas capital e região metropolitana fazem parte do projeto. Na maior parte do país, a decisão de um juiz para manter um réu na cadeia antes de julgá-lo ainda é feita sem que o acusado tenha a oportunidade adequada para se defender.

“O delegado ouve o suspeito e encaminha o auto de prisão em flagrante para o juiz, que tem 24 horas para decidir sem ouvir o preso, sem saber se ele está torturado. E, normalmente, decide pela prisão”, diz Shimizu.

Desde 2011, tramita no Senado um projeto de lei que institui a audiência de custódia em todo país. No final do ano passado, o projeto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Casa que pediu urgência para a apreciação da matéria no plenário. Desde maio, o assunto aguarda na fila de votação.

O preço

Segundo estudo do IPEA divulgado no ano passado, 37% dos réus que respondem a um processo encarcerados acabam não recebendo uma sentença de restrição de liberdade. Dito de outra forma: essas pessoas cumpriram uma pena em regime fechado sem ao menos terem sido condenadas a isso.

Na cidade do Rio de Janeiro (RJ), a taxa de presos provisórios que foram encarcerados indevidamente em 2013 é de 54%, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz. De cada 10 réus nessa condição, 3 foram condenados apenas a prestar serviços comunitários, reparar os danos causados, pagar uma multa ou ao regime semiaberto.

Além do custo social e humano, esse encarceramento sem necessidade também pesa para os cofres públicos. No Rio, o custo mensal de uma prisão provisória é de 1,7 mil reais. Só em 2013, as mais de 7,7 mil prisões preventivas levadas a cabo na capital fluminense custaram 45 milhões de reais.

E a conta ainda pode aumentar. Está na agenda de análise dos ministros do Supremo  Tribunal Federal o caso de um detento que pede indenização por danos morais ao estado do Mato Grosso do Sul por ter ficado sete anos em um presídio com capacidade para 262 pessoas, mas que abrigava 674 presos. Se os magistrados derem ganho de causa para o ex-detento, devem pipocar ações semelhantes pelo país.

Na semana passada, os ministros do STF já reiteraram seu questionamento ao atual quadro do sistema prisional. Foi aprovada uma súmula vinculante que determina que a falta de vagas no regime semiaberto permitirá ao preso uma pena mais branda.

Nos últimos 14 anos, a população carcerária no Brasil aumentou 167%. Reduzir o número de presos provisórios não irá resolver o problema da superlotação, mas – no mínimo – pode ajudar a desafogar um pouco os níveis de insalubridade que definem as cadeias brasileiras.



http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/como-o-brasil-pode-reduzir-cadeias-lotadas-com-esta-mudanca

Alcoólatras em demasia...

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Por que o consumo de álcool é um problema para o brasileiro

São Paulo – No Brasil, mais de 8,9 milhões de pessoas com mais de 18 anos têm o hábito de ingerir de uma a duas doses de álcool por dia. Já aqueles que costumam ingerir mais de quatro doses em uma mesma ocasião respondem por nada mais nada menos do que 19,9 milhões de pessoas.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde – 2013, divulgada nesta semana pelo IBGE, o consumo de álcool começa a fazer parte da vida do brasileiro a partir dos 19 anos, em média. A ingestão da bebida uma vez ou mais por semana é comum para mais de 35 milhões de pessoas – o equivalente a 24% da população.

Quando o assunto é saúde, mesmo quem bebe de maneira moderada pode enfrentar complicações. De acordo com o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), 5 a 7% das pessoas que fazem uso esporádico da bebida podem desenvolver problemas decorrentes do álcool.

Ainda segundo o CISA, cerca de 30 milhões já tiveram, pelo menos, um problema associado ao uso de bebidas alcóolicas.

Veja, no infográfico, o padrão de consumo de álcool do brasileiro e as principais doenças associadas ao seu consumo.

O padrão de consumo de álcool do brasileiro

19 anos é a idade média que o brasileiro começa a consumir bebidas alcoólicas.

Das pessoas com mais de 18 anos:

35 milhões costumam consumir bebidas uma vez ou mais por semana: o equivalente a 24% da população brasileira.

Sobre os adultos que costumam dirigir depois de beber...

6,4 milhões de pessoas de 18 anos ou mais têm esse hábito.

Principais doenças associadas ao consumo de álcool

Câncer de faringe, esôfago e laringe

Hipertensão

Diabetes tipo II

Derrame cerebrovascular

Doenças cardiovasculares

Insuficiência cardíaca


Viva Darlene...


Ganho a vida maquiando mortos

Já preparei até o corpo de uma travesti, que a família quis enterrar montado como drag queen. E esse é apenas um dos serviços funerários que ofereço!

Maquiar mortos é o que paga minhas contas!


Eu tinha 9 anos quando vovô - por quem fui criada desde os 5 anos - me levou para conhecer o lugar onde trabalhava. Eu não cabia em mim de tanta alegria, finalmente ia matar minha curiosidade! Uma coisa era saber que ele, técnico de anatomia da Universidade de São Paulo por 40 anos, preparava todos os corpos e membros humanos e de animais para as aulas de anatomia da faculdade. Já outra bem diferente era ver isso. Quando vovô abriu a porta do laboratório, o forte cheiro de formol fez meus olhos lacrimejarem muito! Então, ele começou a me mostrar os tanques onde ficavam os corpos. Havia homens, mulheres, animais, membros decepados... Achei aquilo o máximo e decidi: "Vou ser legista!" (profissional que analisa o corpo para descobrir a causa da morte).

Na adolescência me chamavam de carniça, noiva-cadáver...

Claro que as pessoas estranhavam essa minha vontade. Muitas tinham preconceito. Tanto que, na adolescência, ganhei vários apelidos: noiva-cadáver, urubu, carniça, papa-defunto. Mas nunca me incomodei, achava engraçado.

Então, aos 16 anos, uma gravidez inesperada complicou os meus planos. Até consegui concluir o ensino médio e trabalhar como vendedora em um shopping, mas ficou difícil investir na universidade de medicina e cuidar de um filho pequeno. Então, com ajuda financeira da minha família, estudei ciências biomédicas, que forma profissionais que pesquisam causas e tratamentos das doenças humanas.

Só que o sonho de trabalhar com algo relacionado a funerais continuava lá, vivo como nunca. Por isso, passei a fazer vários cursos relacionados à área. Tanatologia (estudo das reações emocionais e psicológicas das pessoas diante da morte e do luto), tanatopraxia (trabalho de preparação do corpo para o velório) e necromaquiagem (maquiagem em cadáveres). Também estudei questões legais e toda a burocracia envolvida nos funerais. Estava determinada a ter uma funerária.

Faço make suave ou pesada... A família é quem manda!

Então, tratei de conhecer o mercado. Depois de fazer alguns serviços de graça para criar bons contatos e mostrar meu trabalho, desisti da minha funerária. Seria preciso muito conhecimento, politicagem, investimento em laboratórios e carros... Sem falar no jogo de cintura para driblar as rivalidades, os boicotes e o machismo do ramo! Resolvi continuar no campo funerário, mas como autônoma. Virei, portanto, especialista em tudo que se refere a funerais - desde a parte legal até a liberação do corpo, a documentação e a preparação do cadáver.

Aí, colegas começaram a dizer que eu era boa e devia dar aulas. Apesar de não me achar muito didática, mandei meu currículo para uma escola e acabei sendo chamada. Em 2010 abri uma escola de cursos livres para quem deseja entrar no ramo. São quatro dias de aulas práticas, de sexta a segunda, o dia inteiro. Ensino anatomia, patologia, tanatologia reflexiva (que propõe uma reflexão sobre a profissão e o ato de encarar as situações de perda), direito funerário, técnicas de sutura, técnicas de maquiagem e de necromaquiagem.

Quando não estou ensinando, fico disponível para os clientes. Isso significa, entre outras coisas, me dedicar a uma das minhas partes favoritas: preparar o corpo - o que inclui a necromaquiagem. Cobro de R$ 600 a R$ 6.000, dependendo do trabalho. É que, às vezes, em caso de morte por acidente, preciso fazer reconstituição e outros serviços que aumentam o preço. Se for só o make, uso produtos convencionais e levo no máximo 30 minutos. Já numa reconstrução demoro de uma a oito horas e preciso de produtos específicos. Atendo de dois a três casos por semana, no máximo cinco.

Sempre pergunto aos parentes o que desejam que eu faça. Às vezes me pedem para passar um batom de que a pessoa gostava, fazer uma maquiagem mais pesada ou suave. Há casos em que nem querem que eu maquie, só tire a sobrancelha etc. Uma vez, trabalhei em um corpo de uma travesti e a família pediu que eu fizesse toda a maquiagem que ele sempre usava. Ele foi enterrado todo "montado" como uma drag queen. Muito legal!

E o campo de trabalho está crescendo. Sempre recebo ligações de ex-alunas dizendo que conseguiram emprego ou freelances. Se você se interessou, minha dica é procurar uma boa escola (são poucas), que ensine no mínimo necromaquiagem e tanatopraxia para que você possa começar a trabalhar. Se prepare para investir, pois eles não são baratos - por isso, devem valer o investimento. O meu curso completo entrega quatro certificados: tanatopraxia, necromaquiagem, reconstrução facial e ornamentação e cerimonial. O investimento é de R$ 2.000, parcelados em cinco vezes.

Quando eu morrer, quero ser maquiada, ficar lindona!

Você talvez esteja imaginando que sou uma pessoa mórbida, né? Que nada! Sou aberta e bem-humorada! Ora, dou muito mais valor à minha vida depois que comecei a trabalhar com isso. Mas não nego: talvez pela minha profissão eu faça piadas mais ácidas, de humor negro. No mais, levo uma vida normalíssima, gosto de ir a museus, parques e fazer fotos lindas de cemitérios para publicar na minha página. Quando eu morrer, quero ser maquiada, claro, e ficar linda!

Minhas respostas para as quatro perguntas que sempre me fazem:

1. Você nunca fica impressionada? É bobagem ter medo de gente morta! Os vivos me assustam muito mais.

2. Toma banho assim que acaba cada trabalho? Não, se for tomar banho a cada serviço tô lascada!

3. Não tem nojo? Nenhum.

4. Consegue comer logo após um trabalho? Consigo numa boa! Gosto tanto de comer que sou incapaz de associar comida a sujeira.

Como é o curso de necromaquiagem

Tecnicamente, é como um curso qualquer de maquiagem, pois não há muita diferença no ato de maquiar. A diferença está nas aulas de reconstituição (necessária quando o morto sofreu um acidente ou ficou deformado de alguma maneira). O curso de necromaquiagem da Carolina oferece 48 horas de aulas práticas.


Convivendo com as desigualdades...

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Os tolerantes de araque

Estava pensando aqui, o gesto de denunciar a intolerância no mundo é tão comum hoje em dia quanto esvaziar a bexiga numa festa open bar. O sujeito todo consciente e pimpão sobe num banquinho e joga a real na testa da gente, gritando na nossa cara sobre a falta de diversidade, de pluralidade, em determinado meio. De onde vem esse pessoal? Eles falam de diversidade a sério? Eles praticam de verdade a tal tolerância?

Digo, é difícil acreditar. Considere, por exemplo, essas mesas de debate do momento. Elas impressionam principalmente pela capacidade de reunir pessoas com ideias muito parecidas, com um vocabulário todo próprio; são microcosmos sociais com suas regras e dinâmicas próprias, piadas internas, etc. Como vem falar de diversidade quando se mantém fechado nesses mundinhos, onde nenhuma luz de fora pode entrar?

As mesas de debate do momento são um caso curioso. A internet também. De vez em quando até acontece de bater de frente com alguém de fora da bolha algorítmica, é verdade, mas daí é só chiadeira, gritaria e relinchos. Neguinho cultiva na internet um ecossistema tão limitado que, claro, fica de cara com a vasta diversidade de opiniões, crenças e ideologias políticas do lado de fora. A indignação causada por essa descoberta e o desprezo em simplesmente pensar na existência de alguém que defende o exato oposto o deixa incapaz, durante algumas horas, de voltar a si.

Convenhamos, a gente sabe que a maioria da internet é uns bichos intolerantes e nada mais, com seus dedos gordos e rápidos bloqueando meio mundo que discorda deles. Todo mundo sabe disso, eles sabem disso, todos estão cansados de saber. E nenhum problema até aí. Cada um anda com quem quiser, ué. Mas depois não vem querer subir no banquinho para reclamar de falta de diversidade, né? Depois não vem insinuar intolerância na fuça dos outros.

Ainda me surpreende esse tipo de descaramento. Ainda me arregalam os olhos o papo de tolerância vindo de gente que sai bloqueando meio mundo que discorda de suas opiniões.

Eu tenho interesse considerável pelo tema, por isso me incomoda um pouco a redefinição que anda dando a essas palavras do momento. O povo todo falando de pluralidade, diversidade, estou-aberto-ao-diálogo e os comentários intolerantes lá se desmontando na nossa frente, é isso que eu estou querendo dizer.

Vendo coisas assim, me espanto de verdade com a sofisticação que se desenvolve tão descaradamente em volta desses termos desgastados, esvaziados de sentido. Diversidade, pluralidade, tolerância, termos absurdamente vazios hoje em dia; democracia, debate, diálogo, tudo termo vazio. Palavras-chave vazias se interligando para chegar ao nada e defender coisa nenhuma.


Alerta às comidinhas gostosas...



Cinco sinais de que você pode ter intolerância alimentar

Você está no meio de uma semana normal de trabalho, e de repente começa a se sentir meio mal. Você não parece estar com gripe, nem tampouco estressada.

Mas - com certeza - isso não pode ser uma intolerância alimentar, pode? Porque isso só acontece com “os outros”, certo?

Infelizmente, não. Aqui estão os principais sintomas que podem indicar que você tem uma intolerância alimentar.

Fadiga e letargia

Seria de esperar que qualquer alimento relacionado com algum problema de saúde afetasse primeiro seu estômago, mas nem sempre é o caso. A intolerância a alimentos específicos, presentes em sua dieta, pode afetar seus níveis de energia.

Constipação

Beber muita água não resolveu o problema, e tampouco moderar seu consumo excessivo de flocos de cereais. Então, se você ainda tem dificuldade para ir ao banheiro, dia após dia, o problema pode ser algo que você está comendo.

Inchaço e cólicas estomacais


O desconforto do inchaço e das cólicas costuma ser muito subestimado — e muito incapacitante.

Diarreia

A diarreia é o mais inoportuno dos sintomas relacionados com a digestão e é comum em pessoas intolerantes à lactose. Geralmente ela vem acompanhada de dores abdominais — então pode ser que seu médico mande você dizer adeus ao iogurte.

Todos os sintomas mencionados acima costumam aparecer algum tempo depois de comer

Ao contrário das alergias alimentares, que são muito mais comuns em crianças, você vai sentir os efeitos da intolerância alimentar algum tempo depois de ingerir o alimento agressor. Portanto, quando apresentar algum desses sintomas, tente se lembrar do que você comeu durante as primeiras horas desse dia.


Mais uma etapa superada...