terça-feira, 5 de julho de 2016
Refletindo...
“Longa viagem começa
por um passo.”
(Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/
Língua afiada...
Pegadinha gramatical
Erros Gramaticais
comuns na Língua Portuguesa - Parte III
ORTOÉPIA (OU
ORTOEPIA)
É a parte de gramática que trata da pronúncia normal e correta
das palavras.
Como a fala é heterogênea e influenciada por uma série de fatores
que já vimos na Parte I desta série, há uma série de palavras que são
pronunciadas de forma diferente daquela considerada correta gramaticalmente. Neste
caso, o erro se dá por:
· Omissão de letras:
Fosco - fósforo
· Por troca de
fonemas:
Macunzá mugunzá
Bassora vassoura
Sastifação satisfação
Salchicha salsicha
Piqui pequi
Ploblema problema
· Por acréscimo de
fonemas:
Conzinha cozinha
Indiota idiota
Mendingo mendigo
Mortandela mortadela
Churiço chouriço
· Por pronúncia
aberta ou fechada inadequadamente:
Dois ovo (pronúncia: ôvo) – dois ovos (pronúncia: óvos)
PROSÓDIA
É a parte da Fonética que trata da acentuação correta dos
fonemas. Por conta dos mesmos fatores citados no item anterior, há inúmeras
palavras que são escritas e pronunciadas incorretamente em relação à posição da
sílaba tônica.
Pronúncias erradas Pronúncias corretas
Aerolito aerólito
Alacre álacre
Ambrosia ambrosia
(assim como maresia)
Ávaro avaro
Azíago aziago
Benção bênção
Bimano bímano
Condor condor
(assim como amor)
Cortex córtex
Crisantemo crisântemo
Décano decano
Especime espécime
Estrategia estratégia
Erúdito erudito
Fluído fluido
Fortuíto fortuito
Gratuíto gratuito
Habitat hábitat
íbere ibere
Latex látex
Lucifer lúcifer
Mister mister
Nóbel nobel
(assim como pastel)
Récorde recorde
Rúbrica rubrica
Algumas palavras admitem as duas colocações:
Boêmia - boemia
Xérox - Xerox
Ômega – Omega
http://www.infoescola.com/portugues/erros-gramaticais-comuns-na-lingua-portuguesa-parte-iii/
Interessante...
Como nascem as ideias
A criatividade está na origem das inovações nos mais variados
campos do conhecimento humano. Entenda de onde vêm as grandes sacadas.
Tanto o físico alemão Albert Einstein quanto o pintor espanhol
Pablo Picasso estavam com 26 anos de idade quando chegaram àquelas que seriam
suas maiores contribuições para a história: a teoria da relatividade e o
cubismo, respectivamente.
Ambos viveram na mesma sociedade fervilhante da passagem do
século XIX para o XX, período em que as discussões sobre tempo e espaço
esquentavam as rodas de intelectuais. Mas eles não se satisfizeram com as
explicações teóricas que circulavam na época.
Audaciosos, os dois decidiram experimentar caminhos novos – um
na ciência e outro na arte. Questionaram as noções vigentes, trabalharam duro e
acumularam tentativas até vislumbrarem conceitos totalmente originais.
Em 1905, Einstein publica a célebre equação de equivalência
entre massa e energia. Em 1907, Picasso conclui o quadro Les Demoiselles
d’Avignon, marco do cubismo. O segredo deles? “Ambos prometeram devotar a
própria vida à criatividade”, diz o filósofo e historiador da ciência Arthur I.
Miller, da Universidade College London, na Inglaterra, autor de
Einstein, Picasso – Space, Time and the Beauty that Causes Havoc (Einstein,
Picasso – Espaço, Tempo e a Beleza que Causa Destruição, inédito em português).
Fundamental para o progresso humano, a criatividade tem
contribuído com rupturas e transformações nas mais diversas áreas do
conhecimento. Vem instigando a curiosidade de filósofos, pensadores e
cientistas desde a antiguidade.
Platão encarava o ato de criar como uma força superior e transcendental,
fora do controle do indivíduo. Para o psiquiatra Sigmund Freud, o trabalho
criativo era resultado da sublimação de impulsos reprimidos.
O matemático Henri Poincaré afirmou que a criatividade revelava
parentescos inesperados entre fatos bem conhecidos, mas erroneamente tidos como
estranhos uns aos outros. Essencialmente, a criatividade pode ser definida como
a capacidade de gerar idéias e comportamentos que são surpreendentes,
relevantes e úteis em um dado momento.
“Tanto a originalidade quanto a utilidade das idéias variam dos
níveis básicos de criatividade – ou seja, da solução bem-sucedida dos problemas
cotidianos – até aquela criatividade excepcional, presente nas produções
artísticas e científicas”, afirma o psicólogo americano Dean Keith Simonton, da
Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, e autor de dezenas de
trabalhos sobre o assunto.
O potencial criativo é inerente ao ser humano. No entanto, sua
manifestação varia de pessoa para pessoa. “Comparo a criatividade à eletricidade,
que pode tanto se expressar numa poderosa descarga elétrica durante uma
tempestade como acender uma lâmpada de uns poucos volts”, diz a psicóloga
Eunice Soriano de Alencar, da Universidade Católica de Brasília, que há três
décadas estuda o tema.
Para a psicóloga Solange Muglia Wechsler, coordenadora do Centro
de Criatividade e Desenvolvimento Humano da Pontifícia Universidade Católica
(PUC) de Campinas, no interior de São Paulo, a criatividade deve ser entendida
sob dois aspectos, o individual e o coletivo.
“Se você inventa uma nova receita
de bolo a partir dos ingredientes que tem em casa, está sendo altamente
criativo no plano pessoal. Mas, para o mundo, aquele pode ser um bolo como
qualquer outro”, afirma ela. As idéias, para serem consideradas geniais,
passam, portanto, pelo crivo da sociedade.
“Poucos indivíduos apresentam uma criatividade tal que provoque
um impacto duradouro ou profundo nos outros”, diz Simonton. “Uma das razões
seria o fato de que nem todos adquirem a perícia necessária para fazer
contribuições genuínas em algum domínio. Uma coisa é ser um pintor de domingo,
que cria paisagens razoáveis.
Outra é produzir pinturas que são exibidas, vendidas e
criticadas.” Essa perícia, a que Simonton se refere, seria o resultado da
combinação de trabalho, traços de personalidade, domínio da técnica e meio
favorável. Tal conjunto de fatores contribuiria, então, para que a criatividade
extrapolasse o âmbito individual e repercutisse também na sociedade.
“O indivíduo criativo pode somente trabalhar com os materiais
que estão disponíveis num dado tempo e lugar. Isaac Newton não poderia ter
surgido na Grécia antiga porque a ciência e a matemática daquela época não
estavam suficientemente avançadas”, diz Simonton.
“As condições sociais, culturais, econômicas e políticas
determinam a magnitude da criatividade. Algumas circunstâncias encorajam o
desenvolvimento do potencial criativo ou apóiam a expressão desse potencial.
Outras agem negativamente – como a guerra e a instabilidade política.”
A trajetória do gênio Wolfgang Amadeus Mozart serve de exemplo.
Desde cedo ele havia demonstrado um talento especial para a música. Aos 4 anos
de idade já tocava cravo e violino e, aos 5, compôs seus primeiros minuetos.
Além da aptidão musical, outros fatores contribuíram para sua
excepcional criatividade: seu pai e seu tio eram músicos, ele teve oportunidade
de viajar pelo mundo e, sobretudo, viveu numa cidade e numa época em que a
música era valorizada e os grandes compositores, reconhecidos. Mozart
dificilmente “nasceria” numa favela brasileira no final do século XX.
A personalidade também desempenha um papel essencial. “Estudos
revelam que as pessoas criativas apresentam características em comum”, diz
Eunice. Os traços pessoais são mais ou menos parecidos – a criatividade
geralmente está associada à independência de pensamento, à persistência, à
curiosidade, à ousadia e ao inconformismo, entre outros fatores.
“Além disso, os criativos apresentam uma motivação intrínseca
para a realização da tarefa e sentem um prazer imenso em fazer o que estão
fazendo”, afirma ela. “São pessoas com um amplo conhecimento e domínio da
técnica e que não se restringem à sua área de atuação.” Os criativos partilham
também de um rol de habilidades chamadas cognitivas: fluência de idéias, flexibilidade
– ou seja, capacidade de aceitar conceitos novos –, originalidade e atenção aos
detalhes.
“A criatividade exige uma capacidade de questionar todo o quadro
de possíveis significados existentes, sobre uma determinada matéria, a fim de
propor conceitos novos”, diz Philippe Willemart, professor da Universidade de
São Paulo (USP) e especialista em crítica genética, o estudo dos elementos que
recompõem o processo de criação artística e da produção científica.
“Isso exige um distanciamento daquilo que foi aprendido e
incorporado. Os criadores levam em conta o que foi feito antes, mas não assumem
uma atitude resignada. Querem abrir outras portas.”
Para entender o processo criativo dentro da mente, muitos
especialistas ainda usam a clássica divisão em etapas: preparação, incubação,
iluminação e verificação.
A fase de preparação, como o nome diz, envolve a reflexão sobre
o problema e os elementos que são relevantes. É o período em que a mente
acumula informações. Segue-se um período de pausa, em que você deixa de focar
conscientemente os dados disponíveis, já que não encontra nenhuma solução
satisfatória.
Sua mente, porém, continua trabalhando e passa a criar conexões
entre elementos aparentemente díspares. Vem o momento do “Eureca!”, o ponto
máximo da inspiração, quando você enxerga a saída possível para o seu problema,
a partir de uma composição de informações completamente original. Por fim, há a
fase da verificação, ou seja, o momento de trabalhar e lapidar a nova ideia e
checar se ela funciona.
Hoje, sabe-se que essas fases não se sucedem de modo linear, mas
sim que interagem entre si de forma bem complexa. A inspiração, por exemplo,
está presente em todo o processo criativo. Não existe um momento mágico nem na
gênese do projeto nem no final da produção.
“Foi-se o tempo de acreditar que as ideias geniais aparecem de
repente na mente de indivíduos privilegiados e que basta concretizá-las”, diz
Cecília Almeida Salles, da PUC de São Paulo, também especialista em crítica
genética. “A criação é resultado de trabalho. As ideias vão ganhando forma aos
poucos. Há desvios ao longo do processo e também a interferência do acaso – um
telefonema, por exemplo, pode sugerir a um escritor uma frase.”
Apesar de as boas sacadas aparecerem durante todo o projeto, as
origens da inspiração não são simples de serem perscrutadas. “A inspiração está
relacionada a processos do pensamento que ocorrem no nível do pré-consciente”,
diz Eunice.
O pré-consciente, na definição freudiana, é aquela parte do
inconsciente à qual temos acesso e que inclui lembranças de experiências e
sensações, como cheiros de alguns perfumes e impressões de viagens. São essas
informações que a mente acessa, de forma aleatória, quando desenvolvemos um
trabalho criativo.
“Muitas ideias vêm em sonho, quando a mente recupera cenas e
imagens diversas e faz conexões inesperadas entre elas”, diz Solange Wechsler.
Para o neurocientista Henrique Del Nero, da USP, a criatividade é proporcional
ao repertório do indivíduo: um rico banco de dados significa maior possibilidade
de rearrumações significativas de informações.
“A mente calcula qual a melhor jogada a partir da maior taxa de
informações com a menor redundância”, diz ele. Por isso, os especialistas
sugerem que as pessoas busquem enriquecer aquele banco de dados com atividades
que despertem a imaginação e a fantasia e gerem novas imagens, como a leitura,
viagens e atividades artísticas.
“Algumas das descobertas criativas da ciência se basearam na
recombinação de informações já sabidas”, diz o historiador Shozo Motoyama, do
Centro de História da Ciência da USP. Ele lembra o caso do químico francês
Antoine Lavoisier, que descreveu o fenômeno da combustão.
Experiências haviam demonstrado que, após a queima de um metal,
as cinzas que restavam eram mais pesadas que o próprio metal antes da
combustão. Na época, acreditava-se que o aumento do peso era causado pelas
partículas de fogo que se agregavam ao metal.
Para Lavoisier, tal
teoria não fazia sentido. Apesar de usar a mesma metodologia que os demais
cientistas, decidiu pesar o conjunto todo, inclusive o ar, e não só o metal ou
as cinzas – algo que hoje parece óbvio, mas em que ninguém havia pensado. Se a
teoria vigente estivesse correta, o conjunto final estaria mais pesado. Mas
isso não ocorreu: o peso se manteve. Lavoisier descobriu, então, que as
substâncias ao queimar não incorporavam as tais partículas de fogo.
Ficavam, na verdade, mais pesadas porque absorviam ar. Eureca!
Os cientistas não conhecem ainda a fisiologia da criatividade,
mas têm algumas pistas. “Os elementos criativos são extraídos da memória, tanto
a de trabalho – que retém as informações durante um curto período – quanto a
memória de longo prazo”, afirma o neurologista Ivan Izquierdo, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
No entanto, diz ele, existem pessoas com transtornos na memória
de trabalho que apresentam uma excepcional capacidade criativa, como os
esquizofrênicos. Você se lembra do matemático John Nash, retratado no filme Uma
Mente Brilhante? Apesar da grave esquizofrenia, Nash era capaz de fazer
associações incríveis de idéias.
“Outros que têm falha na memória de trabalho e que costumam ser
bastante criativos são os depressivos. Talvez seja essa a única relação que se
possa fazer, seguramente, entre biologia e criatividade”, diz Ivan.
O período em que saem da fossa parece ser a fase de maior
explosão criativa – sentem inspiração para poemas, esculturas, músicas. “De
alguma maneira, o cérebro desses indivíduos parece juntar material –
lembranças, impressões, imagens – com o qual nada podem fazer naquele momento
de depressão, mas que vem à tona quando melhoram”, afirma.
“Não se trata de ser depressivo para ser criativo. Mas tanto
depressivos quanto criativos pertencem a uma categoria de pessoas muito
sensíveis. Pessoas que sentem o mundo com uma intensidade maior. Há
provavelmente uma base fisiológica comum, mas não a conhecemos ainda.”
A relação entre criatividade e algum grau de distúrbio mental
sempre foi tida como óbvia. Ela existe, mas a inspiração não nasce da
insanidade. É o contrário. “A loucura não contribui em nada para a
criatividade.
Trata-se de um mito”, diz o psicólogo e antropólogo Daniel
Nettle, da Universidade Open, na Inglaterra, autor de Strong Imagination:
Madness, Creativity and Human Nature (Imaginação Poderosa: Loucura,
Criatividade e Natureza Humana, inédito em português). “Entretanto, muitos
indivíduos criativos apresentam alto risco de desenvolver uma doença mental.”
Segundo Nettle, existem duas razões para isso. “A primeira é que
a criatividade envolve um tipo de afrouxamento das associações mentais – que,
em excesso, pode levar à psicose e à ruptura com a realidade. A outra é que
capacidade criativa parece estar ligada a grandes oscilações no humor”, diz.
São momentos de euforia seguidos de fases de depressão.
Outra crença comum – e também errônea – é que o uso de drogas
estimularia o pensamento criativo. “Todas as evidências mostram o contrário”,
diz Nettle. “As drogas fazem o indivíduo achar que está mais criativo, mas isso
acontece porque as substâncias afetam sua capacidade de julgar.
A longo prazo, a dedicação e o trabalho são comprometidos pelo
uso de estimulantes, alucinógenos e tranqüilizantes.”
A melhor maneira de livrar-se dos bloqueios à criatividade é
buscar ambientes estimulantes, onde seja possível se expressar livremente e
testar diferentes meios e perspectivas. O ócio também é fundamental.
“Infelizmente nossa sociedade, ao mesmo tempo que valoriza a
criatividade como um atributo necessário, privilegia os conformistas, estimula
a memorização, a resposta única, os resultados mensuráveis e o excesso de
regras”, diz Solange Wechsler.
O indivíduo criativo tem, diante de si, duas opções: seguir a
multidão – e repetir conceitos – ou trilhar um rumo completamente diferente,
muitas vezes na direção oposta. Relatos de artistas e cientistas revelam que os
criadores sentem que possuem um missão a cumprir. “A coisa mais importante é
criar”, dizia Picasso. “Nada mais importa, a criação é tudo.” Que venha a
inspiração.
http://super.abril.com.br/ciencia/como-nascem-as-ideias
História...
A figura do mercador
na Baixa Idade Média
Quando estudamos a estrutura social da Idade Média, geralmente
nos deparamos com aquela definição clássica das três formas de atividade entre
os homens do medievo, isto é, os oradores, os guerreiros e os lavradores. Essa
estrutura está associada, em termos gerais, ao sistema feudal e aos laços
sociais criados por esse sistema.
Entretanto, na medida em que as cidades medievais passaram a
organizar-se, outras figuras foram aparecendo, como a dos artesãos, ligados às
Corporações de Ofício. Todavia, o mais intrigante dessas novas personagens era
o mercador.
As cidades medievais começaram a desenvolver outras funções a
partir do chamado Renascimento comercial e urbano, ocorrido nos séculos da
Baixa Idade Média, isto é, a partir do século XI.
As cidades que funcionavam
basicamente como fortalezas passaram a receber pessoas de outras regiões do
mundo interessadas em comprar e vender mercadorias. As cidades portuárias do
Mediterrâneo e dos Mares do Norte, como Gênova, Veneza, Amsterdã e Antuérpia,
tornaram-se grandes polos comerciais nesse período.
A figura do mercador tornou-se a mais ajustável a esse contexto.
Ao contrário da fixidez social da sociedade feudal, o clima nas cidades,
permeado pela atmosfera da burguesia em formação (burguesia vem de burgos,
cidades), possibilitava uma ampliação de horizontes culturais, técnicos,
científicos e comerciais.
Os mercadores tinham como função principal viajar
para regiões muito diversas e trazer desses lugares o que fosse mais necessário
e mais interessante.
Assim, cada mercador precisava desenvolver uma série de
habilidades e servir-se de todas elas. Eram necessários ao mercador, por
exemplo, conhecimentos náuticos, domínio de bússolas, astrolábios, orientação
astronômica etc.
Ao mesmo tempo, para tratar dos negócios em terras
estrangeiras, o mercador precisava aprender novas línguas e articular-se bem
com comerciantes da Ásia Menor e do Extremo Oriente. Sem contar a aquisição de
saber sobre moedas e formas de troca econômica com esses povos.
Um exemplo
notável de mercador foi Marco Polo, que ficou conhecido, entre tantas outras
coisas, por trazer da China para a Península Itálica o macarrão.
Aos mercadores alguns historiadores ainda atribuem lampejos do
que viria a ser o humanismo dos séculos XV e XVI.
O cosmopolitismo proporcionado
pela prática da navegação e o conhecimento técnico e científico associado a
essa prática desenvolveriam o interesse por novas descobertas e invenções. Um
exemplo notável de personalidade histórica humanista ligada ao universo dos
mercadores é o de Cristóvão Colombo, nascido em Gênova e um dos maiores
navegadores de alto-mar da modernidade.
http://escolakids.uol.com.br/a-figura-do-mercador-na-baixa-idade-media.htm
Viva a sabedoria...
A FACULDADE DE
JULGAR EM KANT
Filosofia
A Estética kantiana é pensada não mais como uma dimensão
objetiva do mundo e sim como uma dimensão mental, subjetiva. Isto quer dizer
que a reflexão sobre a estética está voltada para as condições de
receptibilidade a prazer do sujeito, também chamada de estado mental ou de
conhecimento em geral.
Conhecimento em geral porque, muito embora na sua Estética
Transcendental (Crítica da Razão Pura), que determina as formas de
receptibilidade das sensações (espaço e tempo), essa se refira somente a um
conhecimento específico ou particular, relacionado ao modo como o sujeito é
afetado subjetivamente, não consegue esgotar o problema do prazer (sentimento)
que acompanha a intuição.
Este prazer, para Kant, não tem nada a ver com o conhecimento
que aquela faculdade (de conhecer) determina e por isso foi tratado
separadamente. Este prazer se refere ao sujeito, à sua sensibilidade ou
receptibilidade ao experimentá-lo e é expresso no predicado Beleza.
Por exemplo, ao observar o céu estrelado acima de nós, temos a
sensação objetiva (vemos algo), estudada na faculdade de conhecer (ciência) e
também temos um sentimento de prazer (subjetivo) ao ver a Beleza do céu
(objetivo), contemplando sua harmonia, sua ordem, como se tivesse sido feito
por Deus, o artista da natureza, estudada na faculdade de julgar estética.
Entretanto, a partir do dado empírico, esta sensação é
desinteressada do objeto (ou seja, não se refere a ele, mas ao sentimento do
sujeito vinculado a essa experiência), numa tentativa de contemplação pura
(isto porque Kant é o filósofo da possibilidade e postula tal concepção), de
prazer puro.
E Kant vai ainda mais longe: pressupõe que tal estado mental é
relacionado à comunicabilidade, pretendendo o caráter de universalidade. Se os
homens se colocarem em um mesmo estado de receptibilidade (ou seja, se
colocarem no lugar do outro), sentirão o mesmo prazer. Porém, em uma
universalidade subjetiva, porque não há uma intuição aplicada a um conceito.
Percebe-se, dessa forma, a construção do sistema kantiano de uma
unidade da razão, unidade harmônica, pois a faculdade de julgar estética
fornece princípios a priori para as faculdades de conhecer e de apetecer,
mantendo-se como ordenadora do embate entre essas duas faculdades (o famoso
livre jogo das faculdades).
Assim, conhecer e agir, objetivamente, depende do modo como
fomos afetados e concebemos a beleza do mundo subjetivamente, proporcionando um
estado de consciência sempre em conflito entre as faculdades, mas com a
possibilidade do equilíbrio entre elas. O livre jogo entre as faculdades, por
si só, é prazeroso, isto é, o sentimento informa a harmonia e o equilíbrio
entre essas funções cognitivas e isso pode ser pressuposto em todos os homens.
Portanto, segundo Kant, o gosto é sim universal, e o homem (ser
entre o animal e Deus) deve, através da educação dos instintos, aprimorar a sua
receptibilidade ao verdadeiro prazer, intelectual, entendido como o saber e a
ação cada vez mais universais. Aprimorar os sentimentos significa o
aprimoramento da razão e, portanto, do próprio homem.
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-faculdade-julgar-kant.htm
Entendendo...
ETIQUETA
Sociologia
A etiqueta é um conjunto de regras de comportamento que
especificam como devemos nos comportar socialmente.
A etiqueta trata de regras e normas que estabelecem o
comportamento socialmente aceito em diferentes ocasiões, baseando-se no trato
de formalidades em momentos cerimoniais ou na convivência comum.
A prática da etiqueta tem origem no século XVI, em um contexto
europeu em que a sociedade de cortes estava em seu ápice, principalmente na
França, na Alemanha, na Itália e na Inglaterra.
A história da etiqueta está relacionada ao processo
civilizatório ao qual se refere Nobert Elias em seu livro intitulado “O
processo civilizador”, em que Elias traça uma linha histórica dos diferentes
processos que se deram no decorrer da história europeia em que surge a ideia de
civilidade ou a busca pelo sujeito civilizado e o afastamento do que se
considerava como barbárie.
No livro, Elias atribui a Erasmo de Rotterdam a autoria do
significado da ideia de civilidade, que foi primeiro tratado no livro “Da
civilidade em crianças”, que abordava os modos de comportamento a serem
passados na educação infantil.
É no contexto histórico do Renascimento que Eramos de Rotterdam
escreve seu manual de ensinamento de boas maneiras. Os valores humanistas
estavam ligados à alta corte e àqueles que possuíam meios de ter maior instrução.
Rapidamente os ensinamentos de Erasmo se alastraram entre os membros das cortes
europeias que se dedicavam em diferenciar seu próprio comportamento dos da
plebe. A etiqueta passava a ser um indicador de status social atribuída à
nobreza e à corte.
Nesse sentido, a etiqueta e a busca pelo ideal de civilidade são
características das mudanças pelas quais passavam a sociedade europeia, que
saía da idade média para a modernidade.
A busca pela civilidade, ou o processo civilizador, é visto por
Norbert Elias como um ponto de quebra entre dois momentos sociais distintos. É,
no entanto, importante ressaltar que Elias o faz sem atribuir juízos de valores
entre a ideia de “civilidade” como forma superior de uma educação.
Ele a trata de forma analítica, vendo o processo civilizador
como característica sintomática de um momento de mudança social. Para
exemplificar, Elias no faz pensar em como nos sentiríamos se de uma hora para
outra fossemos transportados para o período da idade média, em que muitos dos
costumes, que tem origem neste período de exaltação à civilidade, que temos
hoje não existiam.
A etiqueta é ainda hoje vista socialmente como sinal de boa
educação e possui carga de status social, que é atribuída tanto àquele que não
a tem quanto àquele que a possui.
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/etiqueta.htm
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