segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Entendendo...

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IDEIA DE POLÍTICA EM NORBERTO BOBBIO

Sociologia

A conceituação de política, segundo Norberto Bobbio, envolve a ideia de poder. O poder político, por sua vez, diz respeito ao poder que um homem exerce sobre outro.

Norberto Bobbio (1909-2004) foi um dos maiores politógos do século XX. Dentre sua extensa obra, deixou uma importante contribuição à Ciência Política: seu livro Teoria Geral da Política: a filosofia política e as lições dos Clássicos. Este texto tentará abordar ligeiramente algumas considerações sobre o conceito de política na visão desse autor.

A palavra política deriva de politikós, do grego, e diz respeito àquilo que é da cidade, da pólis (na Grécia Antiga), da sociedade, ou seja, que é de interesse do homem enquanto cidadão. Já na Grécia Antiga, um dos primeiros a tratar da política como uma prática intrínseca aos homens foi Aristóteles, com seu livro A Política.

Ao longo do tempo, o termo política deixou de ter o sentido de adjetivo (aquilo que é da cidade, sociedade) e passou a ser um modo de “saber lidar” com as coisas da cidade, da sociedade. Assim, fazer política pode estar associado às ações de governo e de administração do Estado. Por outro lado, também diria respeito à forma como a sociedade civil se relaciona com o próprio Estado.

Mas para Norberto Bobbio, falar em política enquanto prática humana conduz, consequentemente, a se pensar no conceito de poder. O poder estaria ligado à ideia de posse dos meios para se obter vantagem (ou para fazer valer a vontade) de um homem sobre outros. Assim, o poder político diria respeito ao poder que um homem pode exercer sobre outros, a exemplo da relação entre governante e governados (povo, sociedade).

Contudo, ao falar em poder político, é preciso pensar em sua legitimação. Podemos ter poderes políticos legitimados por vários motivos, como pela tradição (poder de pai, paternalista), despótico (autoritário, exercido por um rei, uma ditadura) ou aquele que é dado pelo consenso, sendo este último um modelo de governo esperado. O poder exercido pelo governante em uma democracia, por exemplo, dá-se pelo consenso do povo, da sociedade. No caso brasileiro, o poder da presidenta é garantido por que existe um consenso da sociedade que o autoriza e, além disso, há uma Constituição Federal que formaliza e dá garantias a esse consenso.

Conforme nos mostra Norberto Bobbio (2000), há uma tipologia moderna das formas de poder, como poder econômico, poder ideológico e poder político, sendo que este último seria aquele no qual se tem a exclusividade para o uso da força. Nas palavras de Bobbio (ibidem, p. 163), “o poder político, enfim, funda-se sobre a posse dos instrumentos através dos quais se exerce a força física (armas de todo tipo e grau): é o poder coativo no sentido mais estrito da palavra”.

Contudo, Norberto Bobbio também aponta que não é apenas o uso da força, mas sim seu monopólio, sua exclusividade, que tem o consentimento da sociedade organizada. Em outras palavras, será uma exclusividade de poder que pode ser exercida sobre um determinado grupo social, em determinado território.

Outro aspecto importante para Bobbio sobre a política é que sua finalidade ou seu fim não pode se resumir apenas em um aspecto, pois “[...] os fins da política são tantos quantas forem as metas a que um grupo organizado se propõe, segundo os tempos e as circunstâncias” (ibidem, p. 167).

Porém, um fim mínimo à política (enquanto poder de força) é a manutenção da ordem pública e a defesa da integridade nacional. Essa finalidade é mínima para a realização de todos os outros fins do poder político. Porém, é importante se atentar para o fato de que o poder político não pode ter como finalidade o poder pelo poder, pois se assim fosse perderia o sentido.

Norberto Bobbio, citando Carl Shmitt, também fala da ideia de política como relação amigo-inimigo, dizendo que “o campo de origem e de aplicação da política é o antagonismo, e sua função consistiria na atividade de agregar e defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos” (ibidem, p. 170). No debate de ideias para se pensar a ordem social, essa oposição é fundamental, contudo, apenas esse nível de antagonismo pode ser tolerado pelo Estado, uma vez que a extrema divisão ou situação de conflito entre aqueles que compõem uma sociedade poderia levar ao caos.

No exercício de compreensão do conceito de política, deve-se considerar que na filosofia política moderna aquilo que é político não necessariamente coincide com o social, pois, ao longo da história, as outras esferas da vida foram se separando do Estado, a exemplo do poder religioso e do poder econômico.

Na visão de Bobbio, a política restringe-se à esfera do Estado, instituição esta responsável pela ordem social. Para Bobbio, “enquanto a filosofia política clássica está alicerçada sobre o estudo da estrutura da pólis e das suas várias formas históricas ou ideais, a filosofia política pós-clássica caracteriza-se pela contínua tentativa de uma delimitação daquilo que é político (o reino de César) em relação àquilo que não é político (seja ele o reino de Deus ou o reino das riquezas), por uma contínua reflexão sobre aquilo que diferencia a esfera da política da esfera da não política, o Estado do não Estado...” (ibidem, p. 172).

O processo de emancipação da sociedade no sentido de seu “funcionamento” sem a presença do Estado poderia levar ao fim da política enquanto ação coercitiva para coesão social. Em outras palavras, se a sociedade conseguisse manter sua ordem sem o poder político (que usa da força), ela não precisaria mais do Estado.

Nesse mesmo livro, Bobbio também fala da relação entre política e moral, uma vez que ambas estão ligadas à ação (à práxis) humana. Porém, aquilo que fundamenta ou motiva, ou aquilo que é permitido ou proibido, nem sempre tem o mesmo sentido para a política e para a moral. Segundo Bobbio, pode haver “ações morais que são impolíticas (ou apolíticas) e ações políticas que são imorais (ou amorais)” (ibidem, p. 174), distinção esta que, aliás, já se fazia presente na obra de Nicolau Maquiavel.

Dessa forma, seria preciso considerar que existem razões e ações do Estado que são justificadas quando por ele praticadas, mas jamais permitidas a um indivíduo. A política seria a razão do Estado, enquanto a moral seria a razão do indivíduo. Assim, seria preciso pensar na autonomia da ação política, a qual é motivada por razões que não são as mesmas da ação individual. 

Em suma, dessa breve explanação sobre alguns aspectos da obra citada de Norberto Bobbio, pode-se inferir que, em linhas gerais, sua posição tenta compreender a política como “atividade ou conjunto de atividades que têm de algum modo, como termo de referência, a pólis, isto é, o Estado” (ibidem, p. 160).

http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/ideia-politica-norberto-bobbio.htm

Cultura...

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Significado de Moral

O que é Moral:

Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade.


Etimologicamente, o termo moral tem origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”.

As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas, sendo uma palavra relacionada com a moralidade e com os bons costumes.

Está associada aos valores e convenções estabelecidos coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos atos de paz e harmonia.

Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, e etc, determinam o sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas.

Ética e Moral
A moral orienta o comportamento do homem diante das normas instituídas pela sociedade ou por determinado grupo social.

Diferencia-se da ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento moral de cada indivíduo no seu meio. No entanto, ambas buscam o bem-estar social.

Assédio moral

De acordo com o artigo 483 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o assédio moral acontece quando o comportamento de um individuo foge às regras estabelecidas socialmente ou no contrato de trabalho.

Ser submetido a situações vexatórias, críticas não-construtivas constantes e a humilhação são características do assédio moral.

Moral da história

Esta expressão normalmente é utilizada depois de uma história que indica a lição que se é possível aprender com essa narrativa. É uma expressão bastante comum em fábulas e contos populares.

Moral na filosofia

Na filosofia, moral tem uma significação mais abrangente que ética, e que define as "ciências do espírito", que contemplam todas as manifestações que não são expressamente físicas no ser humano.

Hegel fez a diferenciação entre a moral objetiva, que remete para a obediência às leis morais (estabelecidas pelos padrões, leis e tradições da sociedade); e a moral subjetiva, que aborda o cumprimento de um dever pelo ato da sua própria vontade.

Na literatura, particularmente na literatura infantil, a moral se resume a uma conclusão da história narrada cujo objetivo é transmitir valores morais (certo e errado, bom e mau, bem ou mal etc.) que possam ser aplicados nas relações sociais.

Moral, amoral e imoral

As definições de amoral e imoral estão relacionadas com a moral, no entanto expressão significados distintos.

A imoral é todo o tipo de comportamento ou situação que contraria os princípios estabelecidos pela moral. Por exemplo, a falta de puder, a indecência e etc.

Já um comportamento ou situação amoral é a ausência do conhecimento ou noção do que seja a moral. As pessoas com comportamentos amorais não sabem quais os princípios morais de determinada sociedade, por isso não segue-os.

http://www.significados.com.br/moral/

Curiosidade...


DISCUTINDO O SEXO DOS ANJOS

Curiosidades

Ao longo do período medieval, o processo de organização da Igreja Católica determinou a formação de uma complexa hierarquia normatizadora das atribuições delegadas a cada um dos membros de tal instituição. A criação das ordens religiosas determinava a formação de um clero que tinha como função primordial estabelecer o espalhamento do cristianismo em todo o continente europeu.

Nesse processo, a Igreja acabou por ocupar não só a posição de mais importante e influente instituição dos tempos medievais. A formação oferecida pelos membros do clero traçava um enorme contraste junto a uma população que, em sua maioria, vivia no ambiente rural e estava afastada do universo letrado. Por serem os poucos a terem acesso à leitura e a escrita, os padres, monges, bispos e cardeais da Igreja passaram também a ocupar o lugar da elite intelectual daqueles tempos.

Uma grande parte das concepções e explicações oferecidas à população era fruto daquilo que os membros da Igreja determinavam como sendo verdadeiro. Os dogmas ou as tais “verdades eternas” eram abraçados pelos fieis na condição de uma explicação segura sob os mais diversos aspectos da vida. Toda vez que uma nova questão aparecia, os clérigos de maior expressão se reuniam nos chamados concílios.

Nessa situação, o poder e o respaldo da Igreja se alargaram a tal ponto que os membros desta passaram a discutir questões, no mínimo, estranhas. No século XV, por exemplo, uma reunião de autoridades clericais acontecia na cidade de Constantinopla. Enquanto debatiam diversos temas de ordem teológica e religiosa, os turco-otomanos empreenderam os violentos ataques que determinaram a perda daqueles territórios controlados por reinos cristãos.

Em uma situação destas, muitos poderiam imaginar que os clérigos estavam ali enclausurados para decidir questões de grande urgência e relevância. Contudo, os documentos da época revelaram que, entre outras coisas, os religiosos ali presentes discutiam se os anjos tinham ou não tinham um sexo. Ao fim do embate, ninguém conseguiu chegar a uma conclusão segura. Não por acaso, a expressão “discutir o sexo dos anjos” ainda é bastante empregada para definir aquelas discussões que parecem nunca chegar a um fim!

http://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/discutindo-sexo-dos-anjos.htm

Piada...

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Horário do Medicamento

Piadas Curtas

O médico perguntou:

- Por que você tomou a medicação às seis da manhã se eu disse pra você tomar às nove?





Piadas: http://www.piadas.com.br/

Devanear...

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Carnificina tradicional...

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Em 11 anos, número de mortos em acidentes de trânsito com motos triplica no Brasil

O número de mortos e feridos em acidentes com motos mais que triplicou no país entre 2002 e 2013. Os dados são do estudo "Retrato da Segurança Viária no Brasil", obtido pelo UOL.

Das 43.075 mortes no trânsito ocorridas no Brasil em 2013, 12.040 foram motociclistas ou passageiros de motos - mais de três vezes os mortos em 2002, quando 3.773 perderam a vida. Já o número de feridos em acidentes com moto quadruplicou no período: de 21.692 para 88.682. Para feridos, considerou-se aqueles que necessitaram de mais de 24 horas de internação.

Os resultados do estudo se baseiam apenas nos acidentes cujo meio de transporte envolvido foi identificado, descartando as categorias "outros" e "sem informação". Portanto, os números não se baseiam no total absoluto registrado no país e apontam que os motociclistas representaram 37% das mortes e 56% dos feridos nos acidentes em 2013 --motos constituem 26% da frota nacional de veículos automotores.

De 2002 a 2013, período abordado pelo estudo, acidentes com motos passaram a ser a principal causa de morte do país quando o motivo é acidente de trânsito. Em 2002, os acidentes com motos representavam 17% do total de mortes, enquanto os acidentes com pedestres eram 45% do total e os com carros de passeio, 30%. Hoje, as motos estão com 37%, contra 31% dos carros e 25% dos pedestres.

Em termos gerais, o estudo destaca também que a violência no trânsito mata muitos pedestres e ciclistas. "Chama a atenção o fato de que um em cada cinco mortos no trânsito brasileiro é pedestre. Em 2013, os acidentes de trânsito levaram à morte de 8.220 pessoas a pé e de 1.348 ciclistas no país", aponta. Em 2002, esse percentual de pedestre era maior: 42% do total.

Em 2013, a estimativa é que o país tenha gastado R$ 16,9 bilhões com os acidentes de trânsito. Ao todo, 191 mil vítimas de acidentes precisaram ser internadas por mais de 24 horas após colisões ou atropelamentos.

O estudo aponta que existem "obstáculos" a serem enfrentados: melhoria nas condições de trafegabilidade das vias, mais campanhas educativas e de conscientização dos usuários, ampliação da fiscalização no trânsito e melhoria na geração e coleta de dados relacionados à violência no trânsito.

Pobres x ricos
O estudo revela que há uma significativa desproporção nos dados entre as regiões. Os números apontam que regiões mais pobres do país tendem a ter mais feridos e mortos por acidentes de moto.

Na região Nordeste, por exemplo, 49% das vítimas mortas em acidentes de trânsito estavam em motos. No Norte, o índice é parecido: 45%. Já nas regiões mais ricas, as taxas são menores: 28% no Sudeste e 30% no Sul. Já no Centro-Oeste esse percentual é intermediário: 36% dos óbitos ocorrem com moto.

O empresário Cláudio Romeiro, 45, estava indo trabalhar no dia 10 de dezembro, em Maceió, quando foi fechado por um carro e acabou caindo da moto. Ele usava com todos os equipamentos de segurança, mas acabou tendo o pé e o tornozelo esquerdos atropelados pelas rodas de um ônibus. Resultado: passou por três cirurgias, 14 dias de internação e cinco meses de tratamento fisioterápico e médico para se recuperar.

"Até hoje ainda faço fisioterapia para recuperar totalmente a mobilidade do pé e tornozelo. Tive um problema chamado síndrome compartimental, que é uma contusão interna que interrompe o fluxo sanguíneo. Tive de fazer cirurgias na perna e no tornozelo", conta Romeiro.

Análise
O mestre em sociologia pela UnB (Universidade de Brasília) e consultor em segurança e educação para o trânsito Eduardo Biavati afirma que o aumento no número de feridos e mortos por motocicletas pode ser explicado por vários fatores, a começar pela má formação de condutores.

"O primeiro fator é o processo de habilitação muito frágil. O Brasil tem várias deficiências históricas, como o rigor dos exames", diz. "Mas pior: boa parte dos motociclistas não têm habilitação, e é absurdo que nossos órgãos de fiscalização não deram conta de impor a obrigatoriedade da habilitação", complementa.

Biviati conta também que o próprio motociclista se põe em situação de risco. "Nós não tínhamos, nem consolidamos, uma cultura de segurança com uso do capacete. Embora nas capitais tenha melhorado, quando vamos à periferia de grandes cidades onde a fiscalização não consegue chegar, ninguém usa capacete. É do interior que vem o maior número de vítimas. E nesses locais não se encontra fiscalização", diz.

Especialista em saúde pública, Eloy Yanes integrou o Comitê de Educação para o Trânsito de Alagoas por uma década e percebeu que, especialmente no interior do Norte e Nordeste, há deficiência na qualificação dos pilotos. "Aqui se usa moto até para tanger bois. O problema é que grande parte não tem CNH [Carteira Nacional de Habilitação], acha que é como subir numa bicicleta, não conhece a forma correta de guiar, não segue leis de trânsito, não usa de forma segura. Já vi relato no interior de uma pessoa que comprou a moto e, quando ligou, caiu para trás. Ou seja, ele compra e vai aprender a guiar depois", conta.

Um outro problema nas regiões mais pobres, diz Yanes, é a venda fácil de motos de baixa cilindrada, os chamados ciclomotores. "Quando se fala em moto, grande parte são as 'cinquentinhas' e acaba-se penalizando como se fossem todas as motos. Mesmo nas cidades maiores, as autoridades não têm um efetivo de fato que consiga coibir e fiscalizar. Eles fazem muita operação que pegam motos de formas irregular, mas não é algo muito abrangente", afirma.

Outro fator considerado relevante pelo consultor Eduardo Biviati são as falhas em vias urbanas e rodoviárias. "A qualidade do pavimento, a engenharia das vias não foi pensada para motociclistas. O padrão predominante de acidentes é em cruzamentos, e na Europa você tem vários elementos para aumentar a percepção de que ali é área de conflito, de atenção. Aqui não tem. Ou seja, não é só que o motociclista é irresponsável: o espaço viário não protege ele, nem o ciclista, nem o pedestre", diz.

Dados do estudo
Desde 2012, quando a Lei Seca começou a ser aplicada no país com maior rigor, o percentual de adultos que admitem beber e dirigir nas  capitais do país teve queda de 16%.

O estudo foi patrocinado pela companhia Ambev e traz um cruzamento de dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação Nacional do Transporte (CNT), do Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).




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Faixa antirronco: o jeito mais simples de acabar com esse mal

Ela tem como objetivo manter a mandíbula no lugar reduzindo o risco de bloqueio das vias aéreas

O ronco é bastante desagradável tanto para quem sofre com ele como para quem dorme ao lado. Causado pela obstrução das vias aéreas superiores, esse problema pode ter várias soluções dentre elas uma bem simples: a faixa antirronco. Mas como ela funciona? Para quais casos é indicada? Ela é realmente eficiente? Isso é o que vamos descobrir nessa matéria.

O ronco pode ter várias causas diferentes, e se a coisa for mais complexa, o uso dessa faixa pode até ser perigoso para a sua saúde.

Em resumo, essa faixa nada mais é do que um tecido que passa sobre a cabeça para fornecer suporte ao queixo. “A proposta da faixa antirronco é manter a mandíbula numa posição estável e a boca fechada, evitando o ronco”, diz Beatriz Lombardi, especialista em Ortodontia, Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial da A Clínica Oral.

Durante o sono, é normal que os músculos da garganta relaxem e fiquem flácidos, a língua caia um pouco para trás e a boca tenda a abrir, causando um estreitamento das vias aéreas superiores, o que dificulta a passagem do ar e provoca a vibração dessas estruturas, produzindo o som do ronco.

Além de promover o fechamento da boca, o que é bom porque dormir com ela aberta pode causar o ressecamento da mucosa e um ambiente favorável para o aparecimento de bactérias, a faixa tem como objetivo manter a mandíbula no lugar reduzindo o risco da língua e dos tecidos da garganta relaxarem bloqueando as vias aéreas. A proposta realmente é boa e pode funcionar. Ela também é indicada como solução para quem baba muito a noite.

Causas diferentes

Mas existem algumas questões que devem ser ditas sobre esse assunto. Se você sofre com o ronco é fundamental que, primeiramente, você procure um especialista para analisar o caso. Isso porque o ronco pode ter várias causas diferentes. E se a coisa for mais complexa, o uso dessa faixa pode até ser perigoso para a sua saúde.

“O ronco também pode ser causado por desvio das fossas nasais, doença inflamatória crônica da mucosa nasal ou ter origem infecciosa ou alérgica, como a sinusite. Dessa forma, o tratamento deve ser indicado avaliando cada caso individualmente. Qualquer forma de autotratamento sem acompanhamento e indicação médica pode ser perigosa”, diz a especialista.

Apneia do sono
Quem sofre com a apneia obstrutiva do sono deve ficar ainda mais atento. Nesses casos, há uma junção das vias aéreas superiores com pausas respiratórias de duram mais de 10 segundos, fazendo com que a pessoa faça um esforço respiratório para reverter esse quadro, despertando e adormecendo centenas de vezes durante a noite.

“Uma das formas de tratamento para apneia são os aparelhos intraorais que posicionam a mandíbula para frente provocando um avanço da musculatura na região da faringe e, consequentemente, aumentando o espaço de passagem do ar. Ou seja, a indicação é de um tratamento na direção oposta, onde ocorre projeção da mandíbula para frente, com o intuito de ampliar a via aérea, e não a manutenção para trás, como é a proposta da faixa antironco”, diz Beatriz.

A apneia do sono é um problema sério e deve ser encarado exatamente dessa forma. “Nos casos mais graves de apneia, as pausas respiratórias podem ultrapassar 40 episódios por hora de sono. Como consequência, ocorre queda do oxigênio no sangue e aumento do risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, arritmias e hipertensão pulmonar, podendo culminar com morte súbita”, diz a especialista.

A faixa também não é indicada para quando o ronco é proveniente de congestões nasais, pois nesses casos a pessoa tende a dormir com a boca aberta como alternativa para respirar melhor, uma vez que o nariz está “bloqueado”. Se a boca for forçada a ficar fechada a falta de ar durante o sono pode causar problemas graves.

Outros tratamentos
Segundo Beatriz, ainda existem outras formas de tratar o ronco, como higiene do sono e emagrecimento, tratamento com aparelhos intraorais como os propulsores mandibulares, aparelhos de pressão positiva (CPAP) e tratamentos cirúrgicos.

“A escolha do tratamento mais adequado ao paciente depende da gravidade de cada caso, e deve ser indicada por uma equipe multidisciplinar capacitada em distúrbios do sono”, diz a especialista.

Mais uma etapa superada...