domingo, 8 de janeiro de 2017

Piada...


Batizado do Filho do Bêbado

O bêbado acaba de ter um filho e resolve batizá-lo. 

Chegando na igreja o padre pergunta:

- Em que posso ajudar?

- Senhor padre, quero que o senhor batize meu filho.

- E qual vai ser o nome dele?

- Mingal - responde o bêbado.

O padre fala:

- Mas por que esse nome nessa criança tão linda?

E o bêbado responde:

- Olha quem fala... O nome do seu chefe é Papa!


http://www.osvigaristas.com.br/piadas/

Devanear...

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Não me aguentei...

Boa noite a todos, sou nova por aqui, me chamo Maristela, sou nova por aqui, na verdade eu estava aqui na internet e resolvi pesquisar sites desse tipo, e me deu vontade de começar a compartilhar momentos que tive, tenho 42 anos, sou casada a muito tempo e somos muitos parceiros eu e meu marido, topamos muitas coisas por sexo hehehe. 

Sou morena um pouco ruiva, amo chupar uma rola, me da muito prazer ter um pau na boca.. e quero aqui compartilhar com vcs um pouco das nossas aventuras.

Vou começar com uma pequena "curiosidade" que eu tive a 2 anos atrás, eu estava em casa sozinha, meu marido iria chegar perto das 23 naquele dia, era 20 da noite eu estava vendo um filme, e me deparei com meu cachorro excitado, pau durão, vermelhão, e ele é um cachorro viralata, magrinho, mas um pau grande pro tamanho dele, fiquei impressionada, mas parei de olhar e voltei meus olhos pro filme, deu uns 20 min, voltou meu cachorro o Toy, nome dele, de pau duro de novo, pra fora, não resisti olhei novamente, isso já estava me incomodando, então levantei e fui olhar, ele estava tentando comer uma esponja gigante que meu marido usa para lavar o carro, achei engraçado e também fiquei com peninha dele hehehhe... 

Bom voltei pro quarto e fiquei pensando, sera que eu deveria fazer algo, nunca tinha batido essa curiosidade, bateu na real pelo tamanho.... fiquei ali matutando isso, e eu resolvi ver como era, fui lá onde ele estava em um outro quarto, e ele continuava com a rola pra fora, cheguei perto, fiquei de joelhos, e botei a mão na rola dele, tava muito dura, muito quente, e pingava muito hahahahah fiquei até assustava, mas resolvi "bater" uma pra ele, o coitadinho se mexia muito, pra frente e para trás, não deu acho que nem 2 minutos, ele gozou todo o chão e minha mão, uma porra quente demais, o pau dele ficou com mais veias e o chão todo sujo hahahah, foi um curiosidade, mas fiz, me deu muita vontade, a noite meu marido chegou, contei pra ele, ele não acredito que tinha feito e muito menos que o Toy era "pauzudinho" ehhehehehe mas no outro dia mostrei a ele, e ele ficou com tesão e me comeu gostoso antes de ir trabalhar....

Foi uma curiosidade boa...
Com tempo trarei mais experiências para vcs...
Se quiserem trocar fotos, meu email é marigzg@outlook.com se possivel, mandar a foto da rola... amo rolas!!!!
Eu irei retribuir com minhas fotos!!!
Beijokas!!!

http://www.casadoscontos.com.br/texto/2016121054

Determinação...

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Qual é a dieta mais saudável para se livrar dos quilos extras de fim de ano?

Comidas de Natal
Comidas de NatalImage 

Todo mundo comete "excessos" nas comidas de fim de ano.

As festas de fim de ano geralmente trazem alguns quilos a mais de presente. Depois de tantos banquetes compartilhados com a família, costuma vir um certo peso na consciência e uma vontade de voltar à rotina normal de alimentação.

Muita gente já começa o ano fazendo dietas extremas para tentar eliminar os quilos extras que vieram com Natal e Ano Novo. Os tais processos de desintoxicação geralmente significam ingerir apenas ervas, suplementos alimentares, e produtos que se classificam como "naturais" - além de muito, muito líquido.

Mas essa combinação pode ter efeitos nocivos para o organismo.

Um caso apresentado na publicação médica "British Medical Journal" há pouco dias alerta para as consequências que se pode ter com a ingestão exagerada de ervas e líquidos.

"O conceito de consumir água e líquidos em excesso como uma forma de limpar e purificar o corpo é muito popular", afirma a revista.

"A desintoxicação do Ano Novo usando produtos naturais também. Mas seu consumo também pode trazer inevitavelmente efeitos secundários", adverte.

Os médicos contam que, depois de apresentar um quadro de comportamento estranho, confusão, convulsões e bruximo, uma mulher de 47 anos foi internada na UTI em um hospital na Inglaterra.

Nos dias anteriores, ela havia consumido água e diversos tipos de chá, assim como ervas, além de vitaminas e probióticos.

A paciente recebeu um diagnóstico de hiponatremia, uma condição que pode ser perigosa e que tem como característica a diminuição dos níveis de sódio no sangue - ele é importante porque ajuda a controlar a quantidade de água nas células.

O mito da desintoxicação

No que diz respeito à ideia de desintoxicação, a Associação Dietética Britânica considera que o conceito não faz sentido.

"Não há bebidas, nem comprimidos que fazem magia. Nós temos vários órgãos que se encarregam de desintoxicar o corpo continuamente: a pele, os rins, o fígado e os intestinos", disse um porta-voz da associação.

Mulher bebe água após exercício físico
Mulher bebe água após exercício físico

Consumo excessivo de líquidos pode gerar prejuízos à saúde
Laura Wyness, nutricionista e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento de Inovação Alimentícia na Escócia, disse à BBC que concorda com esse ponto.

"A desintoxicação é um mito publicitário, não um fato nutricional. Ela requer jejum e consumo excessivo de líquidos, o que pode refletir numa perda de peso na balança, mas o que se elimina em muitos casos é apenas água, músculo e carboidratos que o corpo armazena, e não gordura", afirmou.

"Quando a desintoxicação 'acaba', a pessoa se sente mais cansada e com menos energia. E o mais provável é que esses quilos que ela perdeu voltem com rapidez."

O que fazer, então?

Há outros caminhos mais saudáveis para se eliminar o peso adquirido no fim de ano. São formas mais eficientes e sem riscos para a saúde.

As recomendações de Wyness são:

Seja realista. Você deve criar metas factíveis e que possam ser cumpridas. Por exemplo, perder entre meio e um quilo por semana.

Não siga dietas que prometem uma rápida eliminação de peso e que proíbem o consumo de certos grupos alimentícios. Esse tipo de regime não se sustenta e pode causar deficiências nutricionais.

Organize-se. Anote o que você come diariamente e isso fará com que você evite o consumo de alimentos que não são saudáveis; além disso, planeje-se para ter sempre por perto alimentos saudáveis para poder consumir quando sentir fome.

Vá com calma. Comece a colocar mudanças pequenas em sua dieta, e ficará mais fácil adaptar a rotina. Por exemplo: comece a caminha 20 minutos todos os dias na hora do almoço, aumente o consumo de frutas diariamente etc. 

Uma vez que isso passe a ser algo rotineiro para você, será mais fácil adicionar mais mudanças.

Evite as distrações quando estiver comendo. Fazer alguma atividade enquanto come pode fazer com que você consuma mais do que precisa. É o clássico exemplo da televisão.

Coma devagar, desfrute cada sabor, mastigue bem a comida. Lembre-se de que o cérebro precisa de 15 minutos para receber a mensagem do estômago de que está satisfeito.

Procure ajuda. O apoio de um amigo, um familiar ou até um grupo da internet pode fazer grande diferença para que você não desista e não se esqueça do seu objetivo: perder peso comendo de maneira saudável.

Considerações sobre os alimentos

Wynness também recomenda que, quando você estiver preparando o que for comer, preste atenção para que os legumes e vegetais ocupem metade do prato, que um quarto dele seja de proteína (como peixe, ovo ou carne magra) e o outro quarto tenha amigo, como batatas ou macarrão integral.

prato de comida
prato de comida

Nutricionista alerta que, quanto mais cores tiver no prato, mais nutritivo ele será.

A chave está na variedade: quanto mais cores no prato, mais nutrientes você estará ingerindo.

A nutricionista também indica o aumento do consumo de frutas e vegetais - pelo menos cinco porções por dia.

E alerta que não há solução imediata, nem mágica: o importante é ir implantando as mudanças gradativamente e de maneira consciente.


Modernidade x saúde...

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Pessoas que vivem perto de vias movimentadas têm maior incidência de demência, indica estudo

Engarrafamento em Bangalore., na Índia, em dezembro de 2016
Engarrafamento em Bangalore., na Índia, em dezembro de 2016


Poluição e ruídos poderiam contribuir para a perda de memória e capacidade mental, dizem cientistas.

Pessoas que vivem próximas de ruas movimentadas têm mais chances de desenvolver demência, aponta uma pesquisa publicada na revista científica Lancet.

O estudo sugere que até 11% dos casos em pessoas que moram a 50 metros ou menos de uma grande via podem ser consequência da proximidade com o trânsito intenso.

Os pesquisadores monitoraram 2 milhões de pessoas no Canadá ao longo de 11 anos. Eles dizem que a poluição e o ruído podem contribuir para a degeneração cerebral.

Quase 50 milhões de pessoas no mundo têm demência. No entanto as causas desse mal, que afeta a memória e a capacidade mental de um indivíduo, ainda não são bem compreendidas.

Especialistas independentes apontaram que os resultados são "plausíveis" e "instigantes", mas exigem mais testes.

Crescimento populacional

O novo estudo foi feito na Província de Ontario entre 2001 e 2012. Nesse período, foram diagnosticados 243.611 casos de demência e identificado um risco maior entre aqueles que vivem próximos de grandes vias.

Em comparação com quem mora a 300 metros desses locais, o risco era 7% maior para quem vivia a 50 metros ou menos, de 4% para distâncias entre 50 e 100 metros e de 2% para distâncias de 101 e 200 metros.

A análise aponta que de 7% a 11% dos casos de demência de quem vivia a 50 metros poderia se dar por conta da proximidade com o trânsito.

Os cientistas fizeram ajustes nos dados para levar em conta outros fatores, como pobreza, obesidade, instrução e o hábito de fumar, então seria improvável que eles tivessem ligação com o desenvolvimento da doença nos casos analisados.

Engarrafamento em Moscou, na Rússia, em janeiro de 2017

Estudo acompanhou 2 milhões de pessoas no Canadá por 11 anos

Hong Chen, um dos autores do estudo, diz que "o crescimento da população e a urbanização levaram muitas pessoas a morarem próximas de um local com trânsito intenso".

"Junto com o aumento dos índices de demência, isso aponta para que mesmo um efeito modesto da exposição a vias próximas pode representar um risco à saúde pública", afirmou ele.

"Precisamos de mais pesquisas para estabelecer essa ligação e, particularmente, os impactos de diferentes aspectos do trânsito, como poluição e ruídos."

Os pesquisadores indicam que o barulho, partículas ultrafinas, óxido de nitrogênio e partículas geradas pelo desgaste de pneus poderiam causar a doença.

No entanto, o estudo analisa apenas onde vivem pessoas diagnosticadas com demência e não pode comprovar de fato que são as vias que causam esse mal.

'Instigante'

"Essa é uma pesquisa importante", diz Martin Rossor, diretor para estudos sobre demência do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde, no Reino Unido.

"Os efeitos são pequenos, mas, diante de um mal muito prevalente na população, eles podem ter implicações importantes para a saúde pública."

Tom Dening, diretor do Centro para Demência da Universidade de Nottingham, disse que os resultados são "interessantes e instigantes".

"Com certeza, é plausível que a poluição no ar gerada pela fumaça de motores possa contribuir para uma patologia cerebral e, com o tempo, elevar o risco do desenvolvimento de demência. Essas evidências contribuem para deixar em alerta quem mora perto de um local com tráfego intenso."

Os especialistas apontam que o melhor a fazer para reduzir o risco de demência é cultivar hábitos saudáveis para o corpo, como não fumar, fazer exercícios e ter uma boa alimentação.


Comportado...

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Sem roupa, mas com noção: praias de nudismo têm regras, saiba e evite gafes

Quem pensa que praias de nudismo são totalmente livres de convenções, se engana. Assim como qualquer outro espaço público, há normas de convivência que, se forem ignoradas, podem até levar à expulsão permanente do local. 

Confira, abaixo, as regras de etiqueta que devem ser seguidas ao praticar o naturismo em uma praia - própria para isso, claro.

Não ter vergonha de tirar a roupa

No Brasil, não há meio-termo: a nudez total é exigida sempre. A única exceção é para as mulheres em período menstrual, que podem fazer apenas o topless. Por outro lado, não há regras gerais sobre quando tirar a roupa em uma praia naturista. Algumas exigem nudez total logo na entrada. 

Outras permitem que o frequentador chegue vestido, se acostume com o ambiente e, só depois, fique totalmente nu. Mas ficar sem roupa, em algum momento, é condição essencial para permanecer. Caso contrário, você será convidado a retirar-se.

Aceitar o próprio corpo - e o dos outros

Quem nunca foi a uma praia de nudismo pode imaginar que as pessoas dispostas a ficar sem roupa em público só o fazem porque estão parecidas com musos e musas fitness. Mas não é o que acontece. 

"É justamente o contrário. Se a pessoa decidiu frequentar um lugar assim, é porque ela aceita o seu corpo como é, com todas as suas características peculiares", afirma a publicitária Carina Moreschi, 35, naturista há 19 anos e criadora do site brasilnaturista.com e da rede social facenu.com. Ela acrescenta que a maioria dos frequentadores são pessoas mais velhas ou idosas. "É assim no mundo inteiro", diz.

Interagir com bom senso, como se estivesse de roupa

Não é proibido ir à praia de nudismo para conhecer gente nova, já que o local é público. Mas há praias no Brasil que restringem a entrada de homens desacompanhados. "Conversar, trocar ideias e paquerar não é proibido. Mas é preciso agir com discrição, respeito e bom senso", diz Pedro Ribeiro, da Associação Naturista de Abricó.

Não praticar sexo ou masturbação em público

A praia nudista não é um local destinado a encontros de casais liberais. "Propostas de práticas sexuais são coibidas pela administração das praias e os envolvidos são convidados a retirar-se", diz Renata Freire, presidente da Federação Brasileira de Naturismo. 

Além disso, é proibido por lei fazer sexo em locais públicos e a polícia poderá ser acionada, se for o caso. "Quem for pego se masturbando ou praticando relações sexuais em qualquer praia, inclusive a de nudismo, pode acabar na cadeia", afirma Ribeiro.

Não fotografar ou filmar sem consentimento

Na maioria das praias naturistas, fotos e filmagens são proibidas. Mas, hoje em dia, é quase impossível evitar a utilização de dispositivos móveis que fotografam, como os celulares. "O cuidado mais importante é jamais fotografar ou filmar alguém sem o consentimento da pessoa. 

Ao fotografar a si mesmo e à família, também é fundamental verificar se não há ninguém atrás ou passando por perto, que não queira se expor", afirma Carina.

Não olhar fixamente para as pessoas

A atitude demonstra desrespeito em qualquer local ou situação. Porém, na praia de nudismo, o controle deve ser redobrado. "Afaste-se do local e procure outra paisagem para observar alguém de longe, caso não consiga evitar isso", diz Renata. "Rir ou zombar dos outros, de forma aberta e declarada, também é inadmissível", acrescenta Ribeiro.

Descuidar da higiene

Ao utilizar assentos de uso comum, é preciso lançar mão de uma proteção higiênica, como uma toalha ou uma canga. Além disso, satisfazer as necessidades fisiológicas em áreas impróprias, no meio da praia, está fora de cogitação. 

Na dúvida, consulte as Normas Éticas do Naturismo Brasileiro, que estão disponíveis no site da Federação Brasileira de Naturismo (www.fbrn.org.br). O documento também esclarece sobre as punições aplicadas quando há desrespeito às normas, que vão desde advertências até a expulsão permanente da praia.

Enfim, livre!


Muito além da mediocridade ocidental...

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Como o Japão praticamente extinguiu as mortes por arma de fogo

Espingardas de caça e rifles de ar comprimido são as únicas armas que se pode comprar legalmente no Japão.

O Japão tem uma das menores taxas do mundo de crimes cometidos com armas de fogo. Em 2014, foram registradas no país seis mortes contra 33.599 nos Estados Unidos no mesmo período. Mas qual é o segredo dos japoneses?

Se você quer comprar uma arma no Japão é preciso paciência e determinação. É necessário um dia inteiro de aulas, passar numa prova escrita e em outra de tiro ao alvo com um resultado mínimo de 95% de acertos.

Também é preciso fazer exames psicológicos e antidoping.

Os antecedentes criminais são verificados e a polícia checa se a pessoa tem ligações com grupos extremistas.

Em seguida, investigam os seus parentes e mesmo os colegas de trabalho.

Lei rigorosa

A polícia tem poderes para negar o porte de armas, assim como para procurar e apreendê-las.

E isso não é tudo. Armas portáteis são proibidas. Apenas são permitidos os rifles de ar comprimido e as espingardas de caça.

A lei também controla o número de lojas que vendem armas.

Na maior parte das 47 prefeituras do Japão, o número máximo é de três lojas de armas e só se pode comprar cartuchos de munição novos se os usados forem devolvidos.

A polícia tem que ser informada sobre onde a arma e a munição ficam guardadas - e ambas devem estar em locais distintos, trancadas. Uma vez por ano a polícia inspecionará a arma.

Depois de três anos, a validade da licença expira e a pessoa é obrigada a fazer o curso e as provas de novo.

Tudo isso ajuda a explicar por que os tiroteios e massacres com armas de fogo são muito raros no Japão.

Quando um massacre ocorre no país, geralmente o criminoso utiliza facas.

Apenas seis tiros em 2015

A atual lei de controle de armas japonesa foi criada em 1958, mas a ideia por trás dela remonta a séculos atrás.

"Desde que as armas chegaram ao país, o Japão sempre teve leis bastantes rigorosas," diz Iain Overton, diretor-executivo da organização não-governamental Action on Armed Violence e autor do livro Gun Baby Gun (Arma Baby Arma, em tradução livre).

"O Japão foi o primeiro país do mundo a criar leis sobre as armas e isso é a base para mostrar que elas não fazem parte da sociedade civil".

A população japonesa tem sido premiada por devolver armas antigas, algumas de 1685.

Overton descreve essa política como "talvez a primeira iniciativa para comprar armas de volta".

O resultado é um índice muito baixo de porte de armas: 0,6 armas por 100 pessoas em 2007, em comparação com 6,2 por 100 na Inglaterra e no País de Gales, e 88,8 por 100 nos Estados Unidos, de acordo com o projeto Small Arms Survey, do Instituto de Estudos Internacionais e de Desenvolvimento de Genebra, na Suíça.

"Quando se tem armas na sociedade, há violência armada. E acredito que a relação tem a ver com a quantidade", diz Overton.

"Se há poucas armas numa sociedade, é quase inevitável que os níveis de violência sejam baixos", acrescenta.

Policiais japoneses dificilmente andam armados e a ênfase é maior nas artes marciais - todos devem chegar a faixa preta do judô. Eles passam mais tempo praticando quendô (uma luta com espadas de bambu) do que aprendendo a usar armas de fogo.

"A resposta à violência nunca é violência. A polícia japonesa disparou apenas seis tiros em todo o país em 2015", diz o jornalista Anthony Berteaux.

"O que geralmente a polícia japonesa faz é usar imensos colchonetes para embrulhar, como uma panqueca, a pessoa que está violenta ou bebeu demais e levá-la para se acalmar na delegacia", explica.

Overton compara este modelo com o americano que, segundo ele, tem sido o de 'militarizar a polícia".

"Se há muitos policiais sacando armas nos primeiros instantes de um crime, isso leva a uma pequena corrida por armas entre a polícia e os criminosos", afirma.

Para frisar o tabu ligado ao uso inadequado de armas no Japão, um policial que usou a própria arma para cometer suicídio foi processado, depois de morto, por ter cometido um crime.

Ele se matou quando estava de serviço - os policiais nunca andam armados nas folgas e deixam as armas na delegacia quando terminam o dia de trabalho.

O cuidado que a polícia tem com as armas de fogo se aplica aos próprios policiais.

Uma vez, o jornalista Jake Adelstein assistiu a um treinamento de tiro e, quando todas as cartucheiras foram recolhidas, a preocupação foi imensa ao descobrirem que estava faltando uma bala.

"Uma bala tinha sumido - havia caído atrás dos alvos - e ninguém pôde sair dali até que fosse achada", lembra.

"Não existe um clamor popular no Japão para que as leis sobre armas sejam relaxadas", diz Berteaux. "Isso tem muito a ver com um sentimento pacifista do pós-guerra, de que a guerra foi horrível e não podemos nunca mais passar por isso".

"As pessoas assumem que a paz sempre vai existir e, quando se tem uma cultura como esta, você não sente a necessidade de estar armado ou de ter um objeto que acabe com esta paz".

Na verdade, movimentos para aumentar o papel do Japão em missões de paz no exterior têm causado preocupação.

"É um território desconhecido," diz Kouchi Nokano, professor de Ciência Política. "Será que o governo vai tentar tornar normal a morte nas forças de defesa e até mesmo exaltar o uso de armas?"

De acordo com Iain Overton, "o nível de rejeição que torna quase tabu" as armas no Japão significa que o país "caminha para se tornar um lugar perfeito" - embora ele lembre que a Islândia também tem um índice muito baixo de crimes com armas de fogo, apesar de ter muito mais donos de armas.

Henrietta Moore, do Institute for Global Prosperity da University College London, aplaude os japoneses por não considerarem a propriedade de armas como uma "liberdade civil" e rejeitarem a ideia de que armas de fogo "são algo que se usa para defender a sua propriedade contra outras pessoas".

Mas para o crime organizado japonês as rígidas leis de controle de armas são um problema. Os crimes da máfia japonesa, a Yakuza, caíram drasticamente nos últimos 15 anos e os criminosos que continuam usando armas de fogo têm que descobrir novas maneiras de entrar com elas no país.

"Os criminosos escondem armas dentro de carregamentos de atuns congelados", conta o policial aposentado Tahei Ogawa. "Já descobrimos alguns peixes recheados com armamento".


Nem tanto o atalho desejado...

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O que acontece após a cirurgia bariátrica? Pacientes contam alegrias e decepções


Estávamos em 11 de outubro de 2015; um homem de meia-idade e uma mulher jovem, ambos com obesidade severa, lutavam com a mesma sensação. No dia seguinte, fariam uma operação irreversível. Estariam eles no limiar de um novo começo ou de um engano horrível?

Eles eram estranhos, agendados para cirurgias bariátricas sucessivas na Universidade de Michigan com o mesmo médico, que iria cortar a maior parte de seus estômagos e redirecionar o intestino delgado. 

Eles tinham quase certeza de perder boa parte de seu peso excessivo, mas o médico lhes disse que era improvável que viessem a ser magros.

Quase 200 mil norte-americanos fazem cirurgia bariátrica por ano. E muitos mais – estima-se que 24 milhões – são pesados o suficiente para se qualificar para a operação, mas vários se questionam se devem ou não passar por um tratamento tão radical, o único que leva à perda duradoura de peso para quase todos que o fazem.

A maioria das pessoas acredita que a operação simplesmente força as pessoas a comer menos ao reduzir o estômago, mas os cientistas descobriram que ela provoca mudanças profundas na fisiologia do paciente, alterando a atividade de milhares de genes no corpo humano, além do complexo sistema de sinalização hormonal do sistema digestivo para o cérebro.

A operação costuma levar a mudanças no paladar das coisas, fazendo desaparecer alguns desejos alimentares. Quem passa pela cirurgia se acomoda naturalmente em um peso mais baixo.


O ator Leandro Hassum recorreu a uma cirurgia bariátrica para perder mais de 60 quilos

No último ano, eu acompanhei Keith Oleszkowicz e Jessica Shapiro – programador de computador e universitária – de suas cirurgias às transformações que se seguiram.

Jessica, 22 anos, morava com a mãe e a avó em Ann Arbor, Michigan, e trabalhava na Panera Bread preparando comida. Com 1,60 m e 134 quilos, ela tinha uma vida difícil. Jessica precisava de extensor de cinto de segurança em aviões. Tinha refluxo gástrico e apneia de sono branda.

Pior ainda eram as lutas constantes contra ser gorda. Ela nunca namorou e homem algum parecia interessado nela.

Ela tentou programas como o Vigilantes do Peso, mas a ânsia por comer a derrotou.

Keith tinha 40 anos, casado com um filho adolescente, e trabalhava como programador em uma fábrica automotiva.

Seu irmão mais velho fizera a cirurgia também, 16 anos antes, quando muitos médicos abriam as barrigas dos pacientes em vez de utilizar a laparoscopia como acontece hoje em dia. A taxa de complicações era muito mais elevada.

O índice de mortalidade após um ano é de 0,1% hoje, melhor do que na cirurgia de vesícula biliar ou substituição articular.

Com 1,75 m e 170 quilos, Keith enfrentava problemas físicos e médicos. As articulações doíam, não conseguia se dobrar para amarrar os sapatos, tinha apneia do sono e pressão alta.

A operação

No dia das cirurgias, Jessica e Keith haviam passado meses se preparando.

Eles sabiam que a cirurgia de derivação gástrica que ambos escolheram (essa e o procedimento "sleeve" gástrico são as duas opções principais) deixa os pacientes incapazes de absorver algumas vitaminas e minerais. Eles teriam de tomar suplementos diários pelo resto da vida. E como a alteração no trato digestivo poderia lançar açúcar no sangue rapidamente demais, eles teriam de tomar cuidado com a ingestão de açúcar.

O cirurgião, Dr. Oliver Varban, começou inflando o abdome de Jessica com dióxido de carbono para lhe dar mais espaço para trabalhar. A seguir, fez sete pequenos buracos em sua pele e inseriu o equipamento, incluindo um tubo cilíndrico contendo uma lâmpada minúscula para iluminar a cavidade abdominal, lentes, espelhos e uma microcâmera para projetar a cena em um monitor de computador acima da cabeça de Jessica. A tela mostrava bolhas douradas brilhantes de gordura.

Varban utilizou o que parecia uma raquete de tênis de mesa miniatura para afastar o fígado da paciente e lhe dar uma visão clara de seu estômago.

Pode parecer razoável para Varban remover parte da gordura do abdome de Jessica, mas se fizesse isso, aconteceria uma grande hemorragia. O médico explicou que existe 1,6 km de vasos sanguíneos a cada meio quilo de gordura.

Varban cortou a maior parte do estômago rosa e saudável de Jessica, deixando uma bolsa do tamanho de um ovo. Ele grampeou e selou essa bolsa com um aparelho que parecia uma tesoura de tosquia dentada, deixando uma borda de grampos metálicos brilhantes. Na sequência, pegou a parte de cima de seu intestino delgado e o ligou à bolsa estomacal.

 
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica/Arte UOL

Técnicas de cirurgia bariátrica usadas no Brasil

Jessica ficou surpresa com a dor. "Eu ficava me perguntando o que havia feito com meu corpo. Não dá para reverter, não tem volta", ela conta.

Redefinir o ponto de referência

Para especialistas em obesidade, a cirurgia bariátrica é, no máximo, um compromisso, um meio-termo. O que eles querem de verdade é um tratamento médico com o mesmo efeito – ao reduzir o ponto de referência do corpo, o peso se equilibra naturalmente – sem modificar drasticamente o trato digestivo.

A cirurgia bariátrica modifica toda a regulagem de um sistema complexo e entrelaçado. Não existe ponto de ajuste. Para mostrar o que está em jogo, a cirurgia altera de imediato a atividade de mais de cinco mil dos 22 mil genes do organismo.

"É preciso pensar nisso como em uma rede complexa de atividade", diz o Dr. Lee Kaplan, pesquisador de obesidade do Hospital Geral de Massachusetts. É uma rede que reage tanto ao ambiente quanto aos genes, ele acrescentou.

O ambiente de hoje em dia provavelmente pressionou essa rede a um estado que aumentou o ponto de referência para muita gente – o cérebro insiste em uma determinada quantidade de gordura corporal e resiste a dietas para redução de peso.

Mas a cirurgia modifica apenas o trato intestinal. Segundo Kaplan, isso informa que existe toda uma série de sinais vindo dali e indo para o cérebro e que eles interagem para controlar fome, saciedade, rapidez com que as calorias são queimadas e quanta gordura existe no corpo.

Para a cirurgia bariátrica funcionar, a regulagem no cérebro que determina quanta gordura uma pessoa terá – que Kaplan compara a uma espécie de termostato corporal para gordura – precisa ser definida muito alta, e não ser quebrada.

Algumas mutações genéticas raras quebram o termostato. Pessoas com essas mutações não têm os controles internos de gordura e ficam tremendamente obesas. A cirurgia bariátrica não tem efeito sobre elas. 

Pessoas como Jessica e Keith, cujos termostatos estavam mal configurados, chegam a um ponto no qual são obesos, mas o peso se mantém estável sem qualquer esforço de sua parte. A cirurgia pode reduzir a configuração do termostato.

Essa noção simplista – de que podem existir alguns lugares-chave para intervir no emaranhado de controles que definem o peso da pessoa – parece justamente isso: simplista.

Mas alguns nós da rede podem ser mais importantes do que outros. Eles podem ser os acionadores.

"O que precisamos fazer é achar esses mecanismos", diz Kaplan.

Um ano depois

Um ano depois da cirurgia, Keith pesava 129 quilos, contra os 170 quilos iniciais, mas não os projetados 104. É cada vez mais improvável que chegue lá.

Mas ele parecia e se sentia transformado. "Gente que eu não via havia anos não me reconhecia", conta

Jessica perdeu 50 quilos, em torno do que estava previsto.

Ela começou a estudar na Universidade de Michigan Oriental no segundo semestre, mas largou em outubro, explicando que não gostou das disciplinas e que sentia muita ansiedade.

Antes da operação, ela podia atribuir à obesidade sua vida empacada. Agora, "eu não tenho mais desculpas".

Ela quer perder mais 18 quilos.

Embora tenha sentimentos ambíguos em relação aos resultados da cirurgia e ainda que se sinta desapontada pelo fato de a vida não ter mudado o tanto quanto esperava, Jessica não se arrepende de ter feito a cirurgia.


Mais uma etapa superada...