Dois amigos se encontram depois de
muitos anos. Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens. E as crianças? O
juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu. Então ficaram com a
mãe? Não, ficaram com nosso advogado.
domingo, 1 de junho de 2014
Devanear...
Leia um trecho picante de "A
Submissa", de Tara Sue Me
Ela estava a disposição dele para
fazer com ela o que quisesse. Leia um pouco da história de Nathaniel e Abigail
Não sei como consegui subir a escada,
pois, a cada passo, parecia que eu usava sapatos de ferro. Mas eu tinha apenas
15 minutos e precisava estar pronta quando ele voltasse. No alto da escada,
mandei uma mensagem de texto a Felicia dizendo que estava tudo bem e que eu ia
ficar, acrescentando o código secreto já combinadopara ela saber que era
realmente eu. Abri a porta do quarto de Nathaniel e arquejei.
Havia velas por todo lado. No meio do
quarto, uma cama de baldaquino feita de madeira maciça. Porém, de acordo com a
página cinco, primeiro parágrafo, eu não devia me preocupar com a cama. Olhei
para baixo. Mas sim com o travesseiro no chão. Ao lado do travesseiro, havia
uma camisola simples. Minhas mãos tremiam enquanto eu me trocava. A camisola
mal roçava a parte superior de minhas coxas e o tecido leve mostrava cada parte
de meu corpo. Dobrei as roupas e as coloquei numa pilha arrumada ao lado da
porta. Enquanto isso, eu entoava comigo mesma:
Era isso o que você queria.
Depois de repetir mais de vinte
vezes, finalmente me acalmei. Fui para o travesseiro, ajoelhei-me nele e sentei
com o traseiro pousando nos calcanhares. Fitei o chão e esperei. Nathaniel
entrou minutos depois. Arrisquei dar uma espiada e vi que ele tinha tirado o
suéter. Seu peito nu era musculoso: tinha a aparência de quem malhava
frequentemente. A calça ainda estava com o cinto fechado.
- Muito bem, Abigail - disse ele ao
fechar a porta do quarto. - Pode se levantar.
Levantei-me de cabeça baixa enquanto
ele andava à minha volta. Talvez à luz de velas ele não conseguisse ver como eu
tremia.
- Tire a camisola e a coloque no
chão.
Movimentando-me com a maior graça que
podia, tirei-a pela cabeça e a vi flutuar ao chão.
- Olhe para mim - ordenou.
Nathaniel esperou até que meu olhar
encontrasse o dele e lentamente tirou o cinto. Segurou-o em uma das mãos e
andou em volta de mim novamente.
- O que você acha, Abigail? Devo
castigá-la por sua observação do "mestre"? - Ele estalou o cinto e a
ponta do couro me atingiu. Dei um salto.
- O que desejar, senhor - consegui
dizer, sufocada, surpresa com a excitação que sentia.
- O que eu desejar? - Ele continuou
andando até se colocar na minha frente. Abriu a calça e a puxou para baixo. -
De joelhos.
Ajoelhei-me e tive o primeiro
vislumbre de Nathaniel nu. Ele era magnífico. Longo, grosso e duro. Muito
longo. Muito grosso. Muito duro. A realidade era muito melhor do que a
fantasia.
- Sirva-me com a boca.
Inclinei-me para a frente e peguei a
ponta dele em meus lábios. Devagar, avancei para pegar o resto. Ele parecia
ainda maior na minha boca e não pude deixar de pensar em como seria tê-lo
dentro de meu corpo por outras vias.
- Ele todo - ordenou ele quando
atingiu o fundo de minha garganta.
Ergui as mãos para sentir o quanto
mais eu teria de ir.
- Se não pode pegá-lo na boca, não
pode tê-lo em outro lugar. - Ele empurrou para a frente e relaxei a garganta
para tomá-lo pelo resto do caminho. - Isso. Assim.
Eu julguei mal o tamanho. Obriguei-me
a respirar pelo nariz. Não seria bom perder a consciência com ele em mim
- Gosto de brutalidade e não vou
facilitar para você só porque é nova. - Ele fechou as mãos em meu cabelo. -
Segure com força.
Tive tempo suficiente para passar os
braços por suas coxas antes de ele se afastar e meter de novo na minha boca.
Ele entrou e saiu várias vezes.
- Use os dentes - disse.
Puxei os lábios para trás e raspei
seu pênis enquanto ele entrava e saía. Depois de me acostumar com seu tamanho,
chupei um pouco e passei a língua em volta.
- Isso - gemeu enquanto arremetia com
mais força.
Eu fiz isso, pensei. Eu o deixei duro
e gemendo. Foi na minha boca. Eu. Nathaniel começou a se contorcer dentro da
minha boca.
- Engula tudo - falou, bombeando para
dentro e para fora. - Engula tudo o que eu te der.
Quase engasguei quando ele gozou, mas
fechei os olhos para me concentrar. Jatos salgados desceram por minha garganta,
mas consegui engolir. Ele puxou para fora, ofegante.
- Isso, Abigail - disse, respirando
pesado -, é isso que eu quero. Ajoelhei-me de novo enquanto ele vestia a calça.
- Seu quarto fica a duas portas
daqui, à esquerda - disse ele, mais uma vez calmo. - Só dormirá na minha cama
se for convidada. Está dispensada.
Vesti a camisola e peguei as roupas
que tinha despido. Tomarei o café da manhã na sala de jantar às sete em ponto -
disse Nathaniel enquanto eu saía do quarto. Apollo passou por mim pela porta
aberta e se enroscou ao pé da cama de Nathaniel.
Trinta minutos depois, bem acordada e
enterrada sob as cobertas, repassei a cena mentalmente diversas vezes. Pensei
em Nathaniel: sua indiferença, o jeito calmo com que dava ordens, seu controle
absoluto. Nosso encontro não só atendeu às minhas expectativas, como, na
realidade, as superou. Eu estava ansiosa pelo resto do fim de semana.
Olho vivo e faro fino...
10 mandamentos para gastar menos no
supermercado
Confira um manual de sobrevivência
para quem tem dificuldade em controlar o impulso na hora das compras
Já aconteceu com todo mundo, ou
quase: você chega no caixa do supermercado para passar as compras e o valor da
conta é bem maior que o previamente imaginado. Você sai da loja encucado
pensando “como os preços subiram!” e começa a se preocupar com as contas do
mês.
AE
"O supermercado é um lugar
criado para te estimular ao máximo", diz Massaro
Supermercados cobram mais pelos
produtos do que o informado nas gôndolas
Cesta básica em SP está 0,69% mais
cara
Sacoleiros virtuais lucram com
viagens, mas caem na mira da Receita
Claro que os preços sobem, mas uma
parte disso também tem a ver com a forma como você lida com as compras.
Fundamentalmente, somos seres impulsivos. Cansados do excesso de trabalho, a
avalanche de informações e o exagero de responsabilidades, ficamos mais
vulneráveis e frágeis: com uma séria tendência a aceitar a maior parte do que
nos ofertam.
É aí que mora o perigo. “O
supermercado é um lugar criado para
estimulá-lo ao máximo, fazer você agir por impulso e separá-lo do dinheiro”, lembra André Massaro, educador, consultor financeiro e pesquisador
na área da psicologia econômica, que estuda a tomada de decisão das pessoas em
situações de consumo, investimento, carreira, entre outras. “Uma rede grande
tem muitos recursos, contratam os melhores psicólogos, antropólogos e
profissionais de marketing que o dinheiro puder pagar.” Tudo isso para
despertar o seu desejo de comprar.
A pergunta central é: dá para lutar
contra essas estratégias? A resposta de Massaro é clara. “O consumidor está
lutando contra um exército, não dá para vencer o supermercado”, diz. Mas ele
garante que dá para reduzir o impacto dessas artimanhas. E uma boa notícia: é
razoavelmente fácil fazer isso.
Basta buscar informação e observar o
próprio comportamento. “Essa coisa de evitar de ir ao supermercado com fome,
por exemplo, é só a ponta de um fenômeno absolutamente mental e muitas vezes
inconsciente”, explica o estudioso. Por isso, se você entrar na loja consciente
das limitações e pronto para receber uma avalanche de estímulos, tudo pode
mudar. “Se você mostrar para a pessoa que isso é feito dessa forma, ela fica
mentalmente vacinada.”
Confira as 10 sugestões de Massaro
para você manter mais dinheiro no seu bolso e menos na caixa registradora do
supermercado.
Procure ser fiel ao supermercado, ou
pelo menos à rede: saber onde as coisas estão pode te ajudar
1 – Irás aos mesmos supermercados
Parece estranho, mas saber exatamente
onde fica cada produto vai te ajudar muito a evitar as compras por impulso
naquela “passeadinha” enquanto procura o pão ou o leite. O próprio Massaro diz
utilizar essa técnica para evitar gastar mais que o previsto. “Na maior parte
das vezes os supermercados são organizados de forma similar, em uma escala
produtos de menor valor agregado para a direita, como frutas e legumes, e
outros mais caros, como os eletrodomésticos à esquerda”, explica. “Só que nem
sempre é assim, então você se vê obrigado a circular. Melhor ir na loja em que
você sabe onde as coisas estão.”
2 – Evitarás as promoções “pague dois
leve três”
Tudo no supermercado tem uma razão de
estar lá, inclusive aquela promoção para desovar o estoque que está com o
vencimento mais próximo. E os profissionais do varejo sabem o quanto nós, meros
mortais, somos incapazes de resistir a uma promoçãozinha. Por isso, repita como
um mantra: não importa a promoção, comprar o que não precisa será,
invariavelmente, um gasto a mais.
3 – Não tentarás sair em vantagem
Exatamente por que eles sabem dos
nossos impulsos e do nosso comportamento no comércio, Massaro tem uma má
notícia. “A gente não consegue vencer o supermercado e temos a necessidade
psicológica de levar alguma vantagem”, diz. Quando você estiver pensando que
este ou aquele produto está saindo “quase de graça” é porque você estava
pagando mais antes e, naquele momento, era interessante para o mercado fazer
você acreditar que está em vantagem.
O mesmo se aplica a “oportunidades
únicas” e também a àquelas promoções das dez últimas unidades da televisão
plasma ou do fogão de seis bocas: o dinheiro que o mercado está deixando de
receber na promoção certamente é compensado nos outros produtos.
Saia do supermercado o mais rápido
possível: evite a exposição às tentações
“A gente sai de uma gôndola com a
falsa sensação de ter saído em vantagem e no fim o produto não vai te atender”,
diz. Além disso você fica mais propenso a compensar o ganho naquele papo “já
que economizei no arroz, vou comprar um feijão de primeira”.
4 – Ficarás o mínimo de tempo
possível no supermercado
Como a “luta contra esse exército”,
como disse Massaro, é tão desigual, a melhor saída é ficar o mínimo de tempo
exposto aos estímulos para os olhos e a mente. Se você não pretende gastar mais
que o necessário, evite passear no supermercado – o mesmo vale para shopping
centers e galerias.
5 – Não estocarás alimentos
Aproveitando esse assunto, é bom
lembrar que você só está em guerra dentro do supermercado e não fora dele. Não
faça grandes estoques, caso contrário você correrá o risco de ter produtos
vencidos e principalmente de perder as contas do que você realmente tem em
casa.
6 – Não levarás as crianças
Se a ideia for passar pouco tempo na
loja, é evidente que as crianças devem ficar em casa. No entanto, essa
preocupação é fundamental para quem planeja gastar o mínimo, principalmente
porque elas pedem – e muito. São bravos os corações e raras as carteiras que
resistem aos olhinhos brilhantes pedindo o pacote de biscoitos recheados do
personagem do momento – que custa o dobro do preço de um outro não licenciado.
Companhia só vale no supermercado se
for para te ajudar a gastar menos
7 – Buscarás estar em boa companhia
(financeira, é claro)
Portanto, como diz Massaro, o melhor
jeito de ir ao supermercado é sozinho. Exceto para aqueles que têm dificuldade
em controlar o impulso. Esses devem sim levar alguém mais controlado que eles,
que possa por limite nas compras. “Se for para levar alguém com você, leve
alguém que te segure. Uma pessoa que faz comprar mais não ajuda.”
8 – Farás listas e mais listas
“Ir para um supermercado é um momento
de guerra e o planejamento de ataque é a lista”, brinca Massaro. Piadinhas
à parte, o especialisa explica que ter uma lista nas mãos lembra você do que
você realmente precisa comprar – não serve apenas para não te deixar esquecer
dos itens relevantes. Por isso, mesmo se tiver a lista decorada, leve ela para
as compras e a mantenha sob os olhos o tempo todo.
Os produtos na altura dos olhos
não estão lá por acaso
9 – Observarás todas as prateleiras
Parece paradoxal, mas não é. Se você
não tiver uma preferência clara por esta ou aquela marca, quando estiver na
sessão do produto que vai pegar naquele momento, olhe de cima a baixo. Os
produtos expostos na altura dos olhos estão estrategicamente posicionados
ali com base em pesquisas sobre a estatura média de homens e mulheres em
determinada região.
Não estranhe se os produtos mais caros estiverem ali, ao
alcance da mão – em alguns casos, há até empresas que pagam por um bom
posicionamento na prateleira. Ou você acha que, em algumas livrarias, por
exemplo, aquela pilha de livros que te recebe logo na entrada é uma forma de curadoria
literária? Aliás, aproveite para comparar com as listas dos mais vendidos e
tire qualquer dúvida de que essa estratégia funciona.
10 - Ficaremos ainda mais vigilantes
se situação financeira piorar
Claro que você pode fazer tudo isso,
só não pode ficar paranóico. Massaro mede o excesso de preocupação com a régua
do bom senso. “Quanto mais precária for sua situação financeira, maior terá de
ser a sua paranoia”, diz. “Quem está bem de vida pode se dar ao luxo de ser
ineficiente eventualmente, mas é preciso estar consciente disso.”
Cordão umbilical...
Dez
coisas que mulheres traídas têm em comum
Se o seu homem é do tipo cafajeste,
isso provavelmente não é culpa sua — a não ser por tê-lo escolhido. Mas se você
já se machucou mais de uma vez por se envolver com esse “tipinho” e está
cansada de brigar por traição, nunca é tarde pra entender as raízes do seu
conflito na vida amorosa e colocar um ponto final nessa história.
Confira o que os cientistas têm a
dizer sobre o estereótipo de mulheres que já foram traídas e veja onde você
pode estar errando. Ou, se você é do tipo cafajeste, aqui vai uma lista com dez
coisas que as mulheres que você se envolve têm em comum.
1)
Você foi “traída” pelo seu pai
Se o seu pai abandonou a família,
abusou de você, ou não te deu muita atenção, isso geralmente desencadeia um
ciclo, observou a PhD e psicóloga em Los Angeles, Ca, Jeanette Raymond. “Você
espera o mesmo de outro homem”.
2)
Você confunde atração com amor
Atração simplesmente acontece. Amor é
algo que se constrói com o tempo e dá trabalho. Claro, a atração pode levar ao
amor — mas nem sempre. “A atração da mulher para o homem é a mesma quando ela
tem 16, 36, ou 56 anos”, garante Scot Conway, PhD, coach de relacionamento, e
autor do livro “Emotional Genius”. “Uma das qualidades mais atraentes num homem
é quando ele não precisa da aprovação da mulher”. Homens que não precisam de um
relacionamento tendem a ter muita autoconfiança. “Essa atração é uma coisa e
amor é outra coisa, e nem sempre o primeiro leva ao segundo, você tem uma
grande vantagem aí”, disse Scot.
3)
Você se envolve com os caras “errados”
As mulheres que se machucam várias
vezes seguidas estão de olho mesmo é nos mocinhos. Os homens legais podem até
tentar te impressionar, porém no fundo é um bad guy o que você quer para mudar,
explicou Jeanette. Uma nova tarefa para você: comece a falar o que pensa,
porque ele também tem de aceitá-la. E não, ele não irá te largar por isso (como
você pensa).
4)
Você não se interessa muito por sexo (mais)
Sem blá blá blá: sexo é muito
importante para o homem e ponto. Se você não está curtindo o sexo e ele
perceber, se sentirá rejeitado e até traído. Seria a mesma coisa que você
quisesse ir a um passeio que ele não quer. Depois de um tempo, você não ia
querer sair mais. Tente se interessar e falar com o cara sobre o que você gosta
na cama. “Se você não está lá para preencher essas necessidades de seu
parceiro, elas não vão simplesmente desaparecer. Para evitar que outra pessoa
esteja lá, você tem que estar”, afirmou Scot.
5)
Você é seu pior crítico
Se você está insegura com o seu corpo
e fica se queixando sobre isso, ele vai começar a vê-la através de seus olhos.
Muitas mulheres fazem isso sem perceber. "Será que essa calça jeans me faz
parecer gorda? Você acha que eu estou engordando? Eu odeio minha celulite. Meus
seios estão ficando caídos...você tem que parar!", disse Laurel House,
especialista em relacionamentos e fundadora do ScrewingTheRules.com.
"Deixe-o vê-la como a mulher linda que você é. Aja com confiança. Goste do
seu corpo, independentemente de seu formato e idade".
6)
Você desiste da independência
“Algumas mulheres se entregam tanto
no relacionamento que seus parceiros se sentem desconfortáveis e ‘comprados’”,
observou Jeanette. E a ironia é que,, ao tentar arduamente recuperar o
relacionamento, você se torna cada vez menos a mulher por quem ele se atraiu em
primeira instância. Se você se perder num homem — chegando ao ponto de cancelar
seus planos para ficar com ele, apenas ouvir as músicas que ele gosta, só
postar fotos de vocês dois no Facebook — o cara pode se sentir preso. E quando
alguém se sente preso, por instinto quer ficar livre. “Eles se libertam através
da traição, porque é uma forma fácil de escapar”, explicou Jeanette.
7)
Você acredita que os bons de papo são os “bonzinhos”
As mulheres que não confiam no
próprio taco, quando há sinais de alerta, são mais propensas a serem traídas.
"Tenho uma paciente que está envolvida com um cafajeste. Mas ele lhe
escreveu uma longa carta, e ela diz que ele está colocando em palavras o que
não consegue dizer pessoalmente”, disse Jane Greer, PhD, especialista em
relacionamento em Nova Iorque, e autora do livro “How Could You Do This to Me?
Learning to Trust After Betrayal”.
Esse tipo de mulher é a tacada certa
para o cafajeste que usa e abusa de formas vistosas de mostrar sua afeição. Mas
na verdade o cara só está se poupando de falar o que não acredita na sua cara.
Quando descobre que isso é o suficiente para prender a atenção desse tipo de
mulher, ele usa o recurso para desviar o foco do que realmente está
acontecendo.
8)
Você é workaholic
Se você está trabalhando longas horas
e nunca está disponível, em algum momento ele vai se sentir negligenciado, disse
Jane. Se as circunstâncias não podem ser evitadas, compense durante seu tempo
livre. Mesmo se você tiver apenas um dia por semana livre, use esse dia para
priorizar seu relacionamento. Reserve o sábado à noite, por exemplo, como
aquela data “não-negociável” para vocês se aconchegarem no sofá pra assistir um
filme. Fale abertamente e frequentemente sobre quando você estará disponível
para ele e quanto tempo essa “ausência” vai durar. Se você não fizer isso, ao
longo do tempo, ele pode acabar te traindo sob o pretexto do seu
"abandono".
9)
Você não se orgulha da sua aparência
Não cuidar de você dá a sensação de
desinteresse. Segundo Carole Lieberman, autora do livro “Bad Girls: Why Men
Love Them & How Good Girls Can Learn Their Secrets”, os homens podem traduzir
sua falta de interesse como uma ameaça a sua auto-estima. “Mulheres traídas
geralmente começaram a usar o banheiro, soltar gases e depilar o buço na frente
do parceiro”, acrescentou Carole.
10)
Você coloca as crianças em primeiro lugar. Sempre.
Se você nunca dá prioridade para o
seu marido, ele vai acabar buscando alguém que dê. Um consenso entre muitas
mulheres que foram traídas é que o relacionamento pode esperar, enquanto seus
filhos crescem e as coisas ficam mais fáceis, de acordo com Antoniette Coleman,
psicoterapeuta e coach de relacionamento em McLean, nos EUA. Mas na realidade
não pode. “Quebre esse ciclo aprendendo a ser uma boa mãe suficiente”. Isso,
apenas o suficiente.
Em toda parte...
As greves vermelhas
O que fazer com os motoristas de
ônibus que instalaram o caos e deixaram milhões à deriva?
O governo Dilma não é o primeiro nem
será o último “governo dos trabalhadores” a ser desafiado com violência e ódio
pelos próprios trabalhadores. Nada como uma semana depois da outra para rever,
na real, o ânimo de uma população que não é a “crescente classe média”.
Tampouco é o black bloc universitário que curte grifes ou o rebelde sem causa.
Nem o aposentado, que sofre em casa mesmo.
Os grevistas e manifestantes que
ameaçam parar o país e levar o inferno a todos nós – incluindo Dilma, Lula,
Gilberto Carvalho e companhia – são, quem diria, os “companheiros”. Sim, porque
o Brasil foi assumido há 12 anos não por um metalúrgico, mas por um líder
sindicalista combativo, de imenso carisma.
Os companheiros deveriam estar nas
ruas em alegres passeatas com a bandeira do Brasil, em pré-torcida pela
Seleção. Mas não. As bandeiras são vermelhas, mas a estrela desbotou. Diante da
selvageria das recentes paralisações e passeatas, fica claro que a turba ali
não está a fim de “ordem e progresso”. Quer aumentos salariais acima da
inflação, que reponham as perdas. “Se não parar no ano da Copa, quando vamos
conseguir aumento?”, gritou para as câmeras um motorista de ônibus.
Carvalho chamou os grevistas de
sabotadores. Haddad chamou a turma de “guerrilha”. O que fazer com os
motoristas e cobradores de ônibus que instalaram o caos em São Paulo e deixaram
milhões ao relento e à deriva? Como lidar com esses guerrilheiros urbanos?
Multa? Prisão?
O que acontecerá com os companheiros que rejeitaram a negociação
do sindicato, furaram pneus dos ônibus, tiraram as chaves, bloquearam as
avenidas, retiraram passageiros de todas as idades de dentro de ônibus, como se
fossem sequestradores comuns? Colocaram a cidade de São Paulo de joelhos.
E Lula? Como ele disse achar “uma
babaquice” a preocupação de ter metrô até a porta dos estádios, porque
brasileiro “vai a pé, descalço, de bicicleta, de jumento, de qualquer coisa”, o
que deve ter pensado quando milhares de mulheres e homens sofridos precisaram
caminhar para o trabalho e de volta para casa?
Lula chegou a dizer a blogueiros
que a Copa será o momento de o país “mostrar sua cara”. “Esconder pobre está
fora de cogitação”, afirmou. Aguardo a reação oficial à onda de greves de
trabalhadores ingratos que antes aplaudiam Dilma.
O coordenador dos sem-teto, Guilherme
Boulos, afirma: “Queremos trazer a Copa para os trabalhadores. Empresários e a
Fifa tiveram seu pedaço do bolo. O trabalhador agora quer sua fatia”.
E ameaça
um “junho vermelho” se tentarem remover as famílias que invadiram o terreno da
construtora Viver, na Zona Leste de São Paulo: “Se a opção da construtora e dos
governos for tratar a questão como um caso de polícia e buscar garantir posse,
haverá resistência. Se querem produzir uma Copa com sangue, essa é a
oportunidade que eles têm”. “Eles” quem?
Será que Boulos se refere aos
companheiros Lula e Dilma, que prometeram tudo pelo social e resgataram tantos
milhões de brasileiros da extrema pobreza? É prudente o PT parar de culpar a
“imprensa conservadora”, o “mau humor” e a “nuvem negra”.
É melhor começar a
ouvir os movimentos sociais. Que divórcio litigioso é esse entre o PT e
trabalhadores? Nem os programas de televisão nem os marqueteiros conseguem
provar a essas categorias todas – médicos, professores, motoristas – que o PT
está do lado do povo?
Ninguém de bom-senso pode ser a favor
das cenas vistas em São Paulo nos últimos dias. Sou a favor do direito de greve
– um direito garantido pela Constituição e pela democracia. Não é crime uma
categoria tirar proveito de um momento estratégico para fazer reivindicações
trabalhistas justas.
Por que controladores aéreos franceses
param no verão europeu? O mesmo se pode dizer dos trens e metrôs em Londres.
Por que se interrompe a coleta de lixo quando o calor é maior na Europa?
O
objetivo de uma categoria insatisfeita é provocar o maior estrago possível para
aumentar o poder de barganha. Mas, até para convocar um movimento trabalhista
legítimo, é preciso um mínimo de civilidade para angariar apoio. O que vimos
foi ignorância, crueldade e bandidagem.
O pano de fundo das greves vermelhas
pré-Copa chega a ser irônico, num país governado pelo PT há 12 anos. As
bandeiras são: “Moradia digna. Educação digna. Saúde digna. Transporte digno”.
Ouvi isso da boca de uma manifestante dos sem-teto em São Paulo.
Qualquer estrangeiro que chegue
desavisado ao Brasil e depare com multidões de manifestantes exigindo esses
quatro direitos básicos de cidadania, todos associados à palavra “dignidade”,
pode perguntar. “O que aconteceu? É a direita que governa agora o país?” Não, é
Dilma, com Lula.
Dá medo? Ou esperança?
Safadeza...
O clube dos encoxadores
O que passa pela cabeça dos caras que
atacam as mulheres no transporte público?
Vocês se lembram do caso do homem foi
preso em São Paulo ao tentar violentar uma moça dentro de um trem urbano, não?
Aconteceu faz uns três meses. A moça chegou à delegacia com o braço machucado e
a calça rasgada. Estava suja de sêmen do sujeito, um estudante de
administração. “Não me aguentei”, ele disse ao delegado.
A polícia contou,
depois, que antes de atacar a moça, o cara lia uma página do Facebook em que
tarados deixam comentários sobre os melhores locais e horários para se esfregar
em mulheres no transporte público. É o clube dos encoxadores.
Ontem tentei descobrir o que
aconteceu com o estudante preso em flagrante, mas não há mais notícias sobre
ele. O caso sumiu, como as coisas somem na internet depois que o público de
desinteressa por elas. O problema dos encoxadores, porém, continua.
Qualquer um que respeite as mulheres
oscila entre o ódio e o desprezo por esse tipo de sujeito. Imagine a sua
mulher, a sua namorada, sua filha de 14 anos num trem lotado e, atrás dela,
babando, um escroto se aproveitando da situação. Se a mulher for boa de briga e
destemida, pode rodar a baiana e se livrar do canalha.
Mas nem todas são assim.
Muitas se amedrontam com a situação ou protestam timidamente, e acabam
insultadas pelo agressor. Um trem lotado às 7 da noite, cheio de homens, pode
não ser o lugar mais acolhedor do mundo para as queixas femininas. É por isso
que existem, na Índia e no Rio de Janeiro, vagões exclusivos para as mulheres.
Eles representam a admissão de uma derrota da civilização, mas podem ser uma
forma de combater o problema. É caso a se pensar.
Mas difícil é lidar com o clube dos
encoxadores da internet. A polícia diz que há uns 40 sites em que eles trocam
vídeos e comentários sobre o que fazem. Um deles tinha 12 mil frequentadores.
Um mês antes de ser preso em
flagrante, o estuprador de São Paulo deixou depoimentos no Facebook em que
dividia com outros tarados a sua excitação em circular por trens e metrôs da
cidade, se esfregando nas mulheres. “Encoxadas viciam. Consensuais, mais ainda.
Meu tesão está incontrolável”, ele escreveu. Eu, que desconfio das palavras,
gostaria de entender o que esse tipo de personalidade chama de “consensual”.
Agarrar pelo braço até machucar, rasgar as calças da moça e gozar nas costas
dela como um bicho, no meio de um lugar público, seria consenso? Como ele foi
pego, certamente não. Mas, se tivesse escapado, poderia voltar ao Facebook para
se gabar de ter achado uma “encoxatriz” sensacional no trem da CPTM. Quem
poderia desmenti-lo?
Também me preocupo com quem frequenta
esse tipo de página da internet. Não se trata de grupos em que homens e
mulheres combinam para se esfregar nos vagões dos trens. Contra isso não
haveria nada a dizer. Encontros sexuais que a maioria das pessoas acharia
esquisito ocorrem o tempo todo, em toda parte do mundo. A única regra universal
é que são produto de um acordo entre duas ou mais pessoas, e ocorrem de forma
totalmente voluntária. O que acontece no site dos encoxadores nada tem a ver
com isso. São apenas homens discutindo onde emboscar as mulheres e como
desfrutar do corpo delas. É uma conversa de predadores. O sujeito que tentou
estuprar a moça no trem da CPTM punha seu nome de batismo no Facebook e
informava o seu estado civil. Devia achar normal o que dizia. Não houve ninguém
para avisar que ele estava louco, que aquilo que ele fazia era inaceitável, que
poderia ser preso, como foi. Seus colegas de página curtiam os posts e
escreviam comentários de incentivo. Por quê?
Pode-se partir do princípio de que
todos os visitantes desse tipo de sites são também estupradores, mas eu duvido.
Se pudesse apostar, diria que a maioria é formada por masturbadores inofensivos
que vivem num planeta moral que orbita ao lado do nosso. É também o planeta de
um tipo de fetichista que extrai prazer de roçar intencionalmente nas mulheres,
sem o consentimento delas, especialmente em lugares públicos. Os homens que têm
esse tipo de desvio sexual são chamados de frotteristas, palavra que vem do
verbo francês frotter, que quer dizer raspar. Alguns psicólogos consideram isso
uma patologia, outros, não. O código penal brasileiro diz que é crime.
Para a mulher que está no ônibus e se
sente fisicamente prensada por um homem excitado, não interessa se é um velho
fetichista ou um adolescente idiota que está seguindo as recomendações de um
amigo espertalhão. Importa que ela posse gritar bem alto e que o cara saiba
que, se não sair correndo, vai ser levado à polícia e fichado. Importante,
também, é as pessoas que participam desses grupos de molestadores na internet
saberem que estão sendo monitoradas pelas autoridades. Numa noite qualquer de
quarta-feira, um carro de polícia pode parar na porta da casa delas e levá-las
para serem indiciadas. É só uma questão de tempo antes que isso aconteça e que
um monte de encoxadores e filmadores vire notícia no Fantástico. Quando isso
acontecer, será uma pequena vitória das mulheres sobre os tarados – e da
civilização sobre a barbárie.
Agenda: dia 25 de junho, 9h05 - 01 cesária do dia....
O
delírio da cesariana
Nos hospitais privados, 88% dos bebês
nascem por cirurgia. As operações agendadas criam uma geração de quase
prematuros. Essas e outras revelações do maior estudo sobre parto já realizado
no Brasil
O brasileiro nasce mal. Em uma frase,
essa é a síntese da maior pesquisa sobre parto já realizada no país. A pesquisa
Nascer no Brasil está sendo divulgada pela Fiocruz e pelo Ministério da Saúde
numa coletiva de imprensa que começou agora no Rio de Janeiro. Esta coluna
antecipa o resultado completo e analisa os dados.
Foram entrevistadas 23.894 mil
mulheres atendidas em maternidades públicas, privadas ou conveniadas ao Sistema
Único de Saúde (SUS). Os dados foram coletados entre fevereiro de 2011 e outubro
de 2012 em 266 hospitais de 191 municípios. Todas as capitais foram incluídas,
além de cidades do interior de todos os Estados.
O elevado índice brasileiro de
cesarianas não dá sinais de declínio. Todos os anos, quase um milhão de
mulheres são submetidas a um parto cirúrgico, sem indicação médica adequada. A
cesariana foi realizada em 52% dos nascimentos. Nos hospitais privados, 88% dos
bebês nasceram dessa forma. A opção pela cirurgia foi alta (42%) até mesmo em adolescentes.
São números muito distantes da
recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a entidade, partos
cirúrgicos devem ocorrem entre 10% a 15% dos nascimentos. As cesarianas
deveriam ser exceção. Um recurso importante, reservado aos casos em que há
risco para a mãe ou para o bebê.
“Não há justificativas clínicas para
um percentual tão elevado no Brasil”, diz a epidemiologista Maria do Carmo
Leal, coordenadora do estudo. “Essas cirurgias expõem as mulheres e os bebês a
riscos desnecessários e aumentam os gastos com saúde”.
Quase 70% das entrevistadas desejava
ter um parto vaginal no início da gravidez, mas poucas foram apoiadas nessa
decisão no decorrer da gestação. Segundo a pesquisadora, a mudança não pode ser
explicada pelo surgimento de problemas e complicações em todos os casos. Muitos
obstetras preferem agendar cesarianas por uma questão de conveniência ou
convicção.
Não é raro encontrar, na classe
média, mulheres que mudam de médico cinco vezes até conseguir fazer o
acompanhamento da gestação com um profissional que valoriza o parto normal.
Essa dificuldade levou ao fenômeno crescente das mães que optam por ter seus
filhos em casa, com a ajuda de enfermeiras. Não é uma opção livre de riscos,
assim como toda internação hospitalar.
“Os médicos têm responsabilidade no
alto índice de cesarianas, mas não só eles”, diz Maria do Carmo. “Muitas
mulheres acham que a cirurgia é um método seguro e confortável. Dá até para
programar a data da festa”, afirma. “Elas precisam entender quais são os riscos
dessa decisão”.
O
medo do parto normal
Entre as mulheres que escolheram a
cesariana desde o início, a principal razão apontada no estudo foi o medo da
dor. “Isso ocorre porque o parto normal oferecido no Brasil ainda é muito
ruim”, afirma Maria do Carmo.
No Reino Unido, país reconhecido pelo
incentivo ao parto vaginal, as mulheres ficam livres durante o trabalho de
parto. São estimuladas a andar, podem subir e descer escadas quando se sentem
confortáveis para fazer isso, recebem massagens, entram numa banheira.
“No Brasil, colocam um cateter na
veia com oxitocina (hormônio que acelera o nascimento) e deixam a pessoa
deitada”, afirma a pesquisadora. “É um desrespeito ao corpo, aos sentimentos e
à vontade da mulher”. Muitas pedem anestesia porque o parto dói. O SUS oferece
esse recurso. O que falta é o anestesista...
Uma
epidemia de quase prematuros
O agendamento das cirurgias antes do
trabalho de parto, tão comum nos hospitais privados, leva a outro problema: a
elevada proporção de bebês no limite da prematuridade. No estudo, 35% das
crianças nasceram com 37 ou 38 semanas de gestação. Não são considerados
prematuras segundo a OMS, mas poderiam ganhar mais peso e maturidade se
tivessem a chance de chegar a 39 semanas ou mais de gestação
Trata-se de uma epidemia silenciosa.
Em geral, esses bebês recebem alta sem nenhuma complicação grave aparente. Isso
pode dar a falsa impressão de que nascer antes de 39 semanas não trará nenhum
impacto negativo. No entanto, alguns estudos demonstram que essas crianças são
mais frequentemente internadas em UTI’s durante os primeiros dias de vida. Essa
prática eleva o risco de complicações e morte.
O desenvolvimento de um bebê guarda
alguma semelhança com o de uma planta. Não há como saber em que exato momento
ele estará maduro. Alguns ficam prontos com 37 ou 38 semanas. Outros com 40.
Outros, só com 42. Há uma variação biológica individual.
Nas cesáreas agendadas, os bebês
podem ser retirados do útero antes da hora certa. Na vida intrauterina, as
últimas semanas são dedicadas ao trabalho de acabamento mais fino. É quanto a
pele é preparada para se adaptar à pressão atmosférica. Os pulmões adquirem a
capacidade de abrir. A tolerância ao barulho e à luz se desenvolve.
“Retirar um bebê do útero antes da
hora é uma violência. É como arrancar uma planta da terra. A fruta nunca vai
ficar doce”, diz Maria do Carmo. Não se sabe se essa prática tão disseminada
pode provocar danos futuros, mas alguns estudos sugerem que podem ocorrer
perdas cognitivas e outras habilidades.
A proporção de nascimentos prematuros
(antes de 37 semanas) encontrada no estudo Nascer no Brasil foi de 11,5%. É uma
proporção 60% superior à verificada na Inglaterra e no País de Gales.
Outros
dados importantes:
•
Cerca de 30% das entrevistadas não desejaram a gestação. 9% ficaram
insatisfeitas com a gravidez e 2,3% relataram ter tentado interrompê-la.
• 60% das gestantes começaram a fazer
o acompanhamento pré-natal tardiamente, após a 12a semana gestacional. Cerca de
um quarto delas não recebeu o número mínimo de seis consultas recomendado pelo
Ministério da Saúde.
• 41% das mulheres não sabiam em qual
maternidade teriam o bebê. A Lei 11.634, de 2007, determina que toda gestante
tem o direito de saber, durante o pré-natal, onde o filho nascerá.
• Quase um quinto das mulheres
peregrinou por hospitais durante o trabalho de parto. Elas não conseguiram ser
admitidas na primeira maternidade porque faltavam médicos, materiais e
equipamentos.
• Práticas inadequadas continuam a
ser aplicadas aos recém-nascidos saudáveis na sala de parto. A aspiração de
vias aéreas superiores ocorreu em alto percentual. Variou de 62% no Nordeste a
77% no Sudeste.
• O índice de mortalidade materna é
incompatível com o nível de desenvolvimento social e econômico do país. Em
2010, ocorreram 62 óbitos maternos para 100 mil nascidos vivos.
• A depressão foi detectada em 26%
das mães entre 6 e 18 meses após o parto. Grupos nos quais a doença foi mais
frequente: mulheres de baixa condição social e econômica; pardas e indígenas;
mulheres sem companheiro; mães que não desejavam a gravidez ou já tinham três
ou mais filhos.
Com esse diagnóstico detalhado, as
discussões sobre a excessiva medicalização da vida no Brasil podem ocorrer
sobre bases mais sólidas. Nascer é um ato biológico. Pelos mais diversos
desvios, interesses e mudanças culturais, ele foi transformado em ato médico e
em ato cirúrgico.
“Alguns médicos dizem que somos
hippies porque defendemos o parto normal, mas não estamos inventando nada nem
perseguindo ninguém”, diz Maria do Carmo. A redução dos partos cirúrgicos é uma
tendência nos países ricos. Até recentemente, o índice de cesáreas nos Estados
Unidos era de 33%. Graças a uma recomendação do Colégio Americano de
Obstetrícia, a taxa caiu para 26%.
O
Brasil segue na contramão. Nosso índice assustador (88% nos hospitais privados
!!!) é o exemplo mais evidente do mau uso de um importante recurso
médico. Excesso de intervenções não significa bom acesso à medicina. Significa
desperdício subdesenvolvido e delírio coletivo.
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