sexta-feira, 22 de maio de 2015

Repulsa total...




Pedófilo tem pena reduzida porque vítima, de 6 anos, 'era gay'

Um juiz argentino reduziu a pena de um pedófilo sob a alegação de que a vítima, de 6 anos, já tinha orientação homossexual e, como havia sido alvo de abuso de outro violador, esse segundo caso “não era tão ultrajante” e não justificaria uma agravante.

A decisão do magistrado de segunda instância Horacio Piombo o colocou sob ameaça de cassação de organizações jurídicas e associações LGBT. Ele defendeu, porém, a sentença. “A decisão é técnica.

O réu não merecia a agravante pedida, pois a vítima não tinha sido violada pela primeira vez”, disse à Rádio La Red. Em sua sentença, o juiz escreveu que o menino “estava habituado a situações de travestismo”. “Não pode ser ultrajado alguém cuja orientação sexual está definida.”

Juiz Horacio Piombo reduziu a pena de um pedófilo sob a alegação de que a vítima, de 6 anos, já tinha orientação homossexual.

Ao baixar a pena de 6 anos para 3 anos e 2 meses do condenado, Mario Tolosa, dirigente de um clube de futebol da região metropolitana de Buenos Aires, foi solto. Ele vive a quatro quarteirões da família da vítima, que hoje tem 11 anos. 

A aproximação ocorreu quando ele se ofereceu para dar carona ao menino, que treinava no clube Florida. Segundo a vítima, o homem deu à vítima 2 pesos (R$ 0,67). Haverá recurso da decisão na Suprema Corte da Província de Buenos Aires.

A outra rádio, a Vorterix, o juiz queixou-se de perseguição política por outras decisões. Em 2011, ele reduziu pela metade a pena de um pastor que havia violado duas adolescentes, a quem prometia salvação se tivessem relação sexual com ele. O juiz argumentou em sua decisão que as meninas viviam em lugar pobre, onde as relações sexuais começam mais cedo.

Piombo é alvo de um processo de cassação por isso. “É a ideologia dele, não é uma decisão causal. Há muita garantia para delinquente, pouca para as vítimas”, disse o advogado Julio Torrada ao Estado que trabalha na cassação do juiz e de outro magistrado ligado ao caso.

Prevenir sempre...



 



Força do punho ajuda a prever chance de ataque cardíaco e derrame, diz estudo

Quando a força de se pressionar algo com a mão cai muito rapidamente, esse é indicador de que essa pessoa tem um risco maior de se ter problemas

Descobrir a sua probabilidade de ter um ataque cardíaco ou um derrame é algo que pode estar escondido na palma da sua mão, segundo as conclusões de um estudo canadense.

Uma pesquisa com mais de 140 mil pessoas de 14 países, publicado na revista científica Lancet, sugere que a força do punho é um indicador melhor que a medição da pressão sanguínea para se prever o risco dessas doenças.

Segundo pesquisadores canadenses, esse seria um método "simples e barato" de ser implementado.

A força de se pressionar algo com a mão, naturalmente, vai sendo reduzida no decorrer dos anos. Mas aqueles cuja a força cai muito rapidamente têm um risco maior de se ter problemas de saúde.


As mulheres nos seus 20 anos, por exemplo, conseguem exercer uma força do punho equivalente a 34 quilos – algo que cai para 24 quilos quando elas atingem os 70 anos. Para homens nas mesmas faixas etárias, esse número cai de 54 quilos para 38 quilos.

O estudo mostrou que a cada 5 quilos de força reduzido na força do punho se aumenta em 17% em problemas de coração e 9% a de derrame.
Mais precisão?

Os médicos atualmente calculam a propensão a essas doenças a partir de informações fornecidas pelo paciente, como histórico familiar de doenças, se são fumantes, sedentários, além de dados como peso e níveis de colesterol e pressão.

No entanto, para os os pesquisadores, a força do punho é um indicador muito mais preciso do que a pressão sanguínea.

Para pesquisadores canadenses, médoto é simples, barato e mais eficiente que medir a pressão sanguínea

"A força do punho pode ser um teste fácil e barato para testar o risco de os pacientes de terem doenças cardiovasculares", afirma Darryl Leong, um dos pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, que conduziu o estudo.

"Mas ainda são necessárias mais pesquisas para se estabelecer se exercícios para melhorar a força muscular podem reduzir o risco desses problemas."

Doirean Maddock, da Fundação British Heart, disse que a pesquisa "é bastante interessante, mas que ainda é preciso se fazer mais estudos para se determinar a ligação entre a força do punho e as doenças cardiovasculares".

O que se sabe até o momento é que o endurecimento das artérias acabam reduzindo a força muscular.

Modernidade econômica...



 



 Por que a Dinamarca quer acabar com moedas e cédulas de dinheiro?

Na Dinamarca, pagamentos com cédulas e moedas caíram 90% desde 1990

Quando as primeiras moedas foram cunhadas na Ásia, há 2,6 mil anos, foi dado início a uma verdadeira revolução no comércio em escala mundial.

Mas cada vez mais países e especialistas se perguntam: ainda faz sentido manter o dinheiro físico em circulação?

Aos poucos, esse questionamento leva a ações concretas, como na semana passada, quando o governo da Dinamarca anunciou que pretende dar fim ao uso de moedas e cédulas de dinheiro em lojas de roupas, postos de gasolina e restaurantes até 2016.


Seu objetivo no longo prazo é tornar-se o primeiro país do mundo a eliminar a circulação de dinheiro físico.

A medida foi apresentada como parte de um pacote de propostas para fomentar a produtividade de negócios.

"A meta é cortar os consideráveis custos administrativos e financeiros envolvidos no uso de dinheiro", disse o governo dinamarquês.

Novos hábitos

Futuro será dominado pelo dinheiro eletrônico, acreditam especialistas

Mas isso é de fato possível? No caso da Dinamarca, isso parece não só provável, como o governo parece estar em sintonia com os hábitos da população.

Todos os adultos do país têm um cartão de crédito, segundo a Comissão de Pagamentos dinamarquesa, e os pagamentos com dinheiro físico sofreram uma redução de 90% desde 1990. Hoje, apenas um quarto deles é feito desta forma.

Além disso, segundo uma pesquisa nacional, praticamente todos os pequenos negócios aceitam pagamentos com cartões e, em dois terços deles, isso pode ser feito com cartões internacionais.

 
Algo parecido vem ocorrendo no Equador, onde o governo do presidente Rafael Correa colocou em prática, em dezembro de 2014, um sistema de dinheiro eletrônico.

Um dos principais motivos era lidar com a exclusão financeira da maior parte de sua população - e o celular tornou-se uma ferramenta para isso.

"Cerca de 40% da população economicamente ativa não tem acesso a uma conta bancária", explica o economista Fausto Valencia, diretor do projeto equatoriano. Mas 100% dos domicílios tem um celular.

O sistema é administrado pelo Banco Central do Equador e permite realizar transferências entre usuários, compras e pagar passagens no transporte público. Em breve, também será possível pagar taxas públicas.

 
Seu funcionamento é simples. Uma conta é aberta com o celular, sem uso da internet, discando *153#. Ela pode ser recarregada em lojas, e as transações são feitas por meio de mensagens.

Valencia acredita que, no futuro, o dinheiro físico estará extinto. 

"Em países como Dinamarca ou Suécia, não levará muito tempo, porque não há problemas como pobreza e exclusão social como nós. Mas o dinheiro eletrônico é o futuro. Meus netos viverão em uma sociedade sem cédulas e moedas", diz.

Mesmo assim, ele reconhece que algumas barreiras ainda precisam ser superadas. "Nas áreas pobres do Equador, temos um problema de educação financeira que vamos combater com um processo de formação, para que os cidadãos aprendam a usar o sistema", afirma.

Custo

Equador colocou em prática sistema inovador de dinheiro eletrônico em dezembro

Mas quais são as reais vantagens do dinheiro eletrônico?

Moedas e cédulas têm um custo de produção, armazenamento, transporte, além de haver comissões para sacá-lo do banco.

Além disso, o Equador, por exemplo, precisa repor anualmente US$ 1,3 milhão (R$ 3,9 milhões) em dinheiro físico que se deteriora.

Ao México, custará quase um peso (R$ 0,20) para produzir cada um dos 1,32 milhões de cédulas que serão necessárias neste ano, segundo a revista Excelsior.

 
E seus habitantes gastarão quase 2,3 milhões de pesos com taxas relacionadas à obtenção de dinheiro físico, segundo um estudo da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos.

Segundo os pesquisadores Bhaskkar Chakravorti e Benjamín Mazzota, da Tuffts, cada americano passa 28 minutos por mês sacando dinheiro de caixas eletrônicos. E, todos os mexicanos juntos, gastam 48 milhões de horas por ano desta forma, segundo a mesma pesquisa.

Por fim, o dinheiro físico leva à evasão fiscal. O governo americano perde US$ 100 milhões por ano com pagamentos em dinheiro não declarados.

O dinheiro eletrônico ainda é mais ecológico. Valencia, do Banco Central do Equador, alerta para o custo ambiental do dinheiro físico, não só por sua produção e transporte, mas também por causa dos documentos exigidos pela burocracia.

Por fim, o dinheiro físico é pouco higiênico. Em 2011, pesquisadores britânicos do Instituto BioCote chegaram à conclusão que tirar dinheiro em um caixa eletrônico deixa uma pessoa tão exposta a bactérias quanto usar o pior dos banheiros públicos.

Dias de guerra...



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Armas de fogo matam 116 por dia no Brasil, diz estudo

Polícia e IML no local onde membros da torcida corinthiana Pavilhão 9 foram mortos, em abril; maioria das vítimas de armas de fogo no Brasil são jovens

Uma média de 116 pessoas morreram por dia no Brasil em 2012 por disparos de armas de fogo, aponta o levantamento Mapa da Violência 2015, divulgado nesta quarta-feira. O número é o mais alto já observado pelo estudo, cuja série histórica começou em 1980.

É o equivalente a impressionantes 4,8 mortes por hora, índice parecido ou superior ao registrado em países em guerra.

"É como se ocorresse um massacre do Carandiru por dia (quando 111 presos foram mortos no presídio paulistano em 2 de outubro de 1992)", diz à BBC Brasil o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, autor da pesquisa e coordenador de estudos da violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO).

"E isso ocorre na calada da noite, sem que haja mobilização ou escândalo. Há, na verdade, mobilização no sentido contrário, de pôr mais armas na mão da população."

Em números totais, foram 42.416 pessoas mortas por armas de fogo em 2012 (dado mais atual disponível pelo Ministério da Saúde), e a maioria das vítimas são jovens de 15 a 29 anos.

Quase 95% dessas mortes são homicídios (o restante são acidentes com armas, suicídios ou sem causa determinada).
'Tradição de impunidade'

Na introdução, o estudo - cujo título é Mortes Matadas por Armas de Fogo - diz que não há uma causa única por trás dos altos índices de violência do país.

"A tradição de impunidade, a lentidão dos processos judiciais e o despreparo do aparato de investigação policial são fatores que se somam para sinalizar à sociedade que a violência é tolerável em determinadas condições, de acordo com quem a pratica, contra quem, de que forma e em que lugar", diz a pesquisa.


O estudo culpa também a "farta disponibilidade de armas" e a "a decisão de utilizar essas armas para resolver todos os tipos de conflitos interpessoais, na maior parte dos casos, banais e circunstanciais".

Essas mortes por armas de fogo não ocorrem de forma uniforme pelo país. Na região Sudeste, por exemplo, o índice de mortes caiu quase 40% entre 2002 e 2012 - por causa de expressivos declínios nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro -, mas subiu fortemente em todas as demais regiões do país.

No Norte, o aumento foi de 135% no mesmo período.

Proporcionalmente à população, o Estado com a maior taxa de mortes por armas de fogo é Alagoas, onde foram registrados 1.740 óbitos em 2012.
Em 2012, 42,4 mil pessoas foram mortas no país vítimas de armas de fogo

O Mapa também identificou focos de violência que têm crescido pelo país: municípios do interior onde a economia cresceu, mas a presença do Estado permaneceu deficiente; municípios de fronteira, que são rota de organizações transnacionais de contrabando e tráfico de drogas; o arco do desmatamento da Amazônia, infestado por práticas de trabalho escravo, madeireiras ilegais, grilagem e extermínio de índios; e grotões do país onde ainda vigora o clientelismo político.

"A violência migrou à locais menos protegidos", diz Jacobo. "Com as mudanças no desenvolvimento econômico do país, houve uma 'interiorização' e um espalhamento dos homicídios."

160 mil mortes evitadas

Segundo o estudo, o crescimento da violência armada teria sido ainda mais acentuado se não fosse o controle de armas no país, imposto desde 2003 pelo Estatuto do Desarmamento.

O Mapa da Violência estima que 160.036 pessoas (sendo 70% delas jovens) foram poupadas de mortes por armas de fogo entre 2004 e 2012 graças à lei, que restringe o porte de armas a quem tem mais de 25 anos, passe por testes de aptidão e não responda a inquéritos policiais, entre outras exigências.


O cálculo é feito a partir de projeções de quantas mortes eram esperadas (segundo análises estatísticas) para cada ano e quantas mortes de fato ocorreram.

O Estatuto do Desarmamento, porém, é alvo de polêmica. A Câmara dos Deputados debate, em uma comissão especial, um projeto de lei (3722/12) que propõe a revogação do estatuto e facilita a aquisição de armas no país.

A justificativa é de que, mesmo com o estatuto, "o país alcançou a maior marca de homicídios de sua história", segundo afirmou, de acordo a Agência Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), coronel de reserva da PM.

Já críticos alegam que a mudança na lei visa beneficiar o lobby da indústria armamentista. "As estatísticas mostram que se você arma mais a população, você vai ter mais armas na mão da criminalidade", argumentou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

O Mapa da Violência defende que o desarmamento é "requisito indispensável", mas insuficiente para conter a violência no país.
Campanha de desarmamento do governo em 2011; 'Mapa da Violência' estima que 160 mil vidas foram poupadas graças ao controle de armas no país

"Ninguém afirmou que o estatuto era a solução; ele foi apenas um primeiro passo", afirma Jacobo Waiselfisz. "Os passos seguintes seriam mudanças que não se cumpriram, como reformas do Código Penal, do sistema penitenciário e policial."

Jacobo cobra, também, mais campanhas de desarmamento da população, que considera "esporádicas".


Há, no momento, uma dessas campanhas em andamento em São Paulo, até o final do mês, organizada pelo Instituto Sou da Paz. Quem entregar armas receberá indenizações de R$ 150 a R$ 450, dependendo do armamento.
Aumento das mortes

Em todo o período analisado pelo Mapa da Violência, de 1980 a 2012, o Brasil registrou 880.386 mil mortes por armas de fogo, número superior à população de São Bernardo do Campo (Grande SP).

"O total de mortos por armas de fogo em 1980 foi de 8.710 pessoas, o que significa que houve um aumento de 387% até 2012", diz o estudo. "A população brasileira, nesse mesmo período, cresceu cerca de 61%."

E um dos fatores mais preocupantes é que essas mortes ocorrem sobretudo entre os mais jovens. "O jovem negro e pobre é a principal vítima", diz Jacobo. "Há estudos que apontam que os custos de saúde, economia e pelas vidas perdidas cheguem a 5% a 10% do PIB do país."

Outro estudo recente, o Monitor de Homicídios, do Instituto Igarapé, calcula que uma em cada dez pessoas assassinadas anualmente no mundo seja brasileira.

E, enquanto a América Latina abriga apenas 8% da população mundial, concentra 33% dos homicídios registrados no planeta.


Mais uma etapa superada...