sexta-feira, 18 de maio de 2012

Tapinhas de amor...


'Fui saco de pancada por 40 anos', diz mulher que denunciou marido no PR

Por determinação da Justiça, agressor foi obrigado a sair de casa. Delegacia da mulher em Maringá apresentou aumento no nº de denúncias.

Uma mulher, que preferiu não se identificar, afirmou ter sido violentada durante 40 anos pelo marido. Atualmente ela comemora a liberdade depois de tê-lo denunciado à Delegacia da Mulher em Maringá, no norte do Paraná. "Fui o saco de pancada dele por 40 anos. A vida inteira ele me bateu e me agrediu com palavras pesadas. Quando ele fazia isso, me pegava pelo cabelo e eu não tinha como me defender. Hoje estou livre (...), livre para sempre".
Ela disse também que demorou para denunciá-lo porque ainda gostava dele. "Eu gostava dele e ele prometia que não ia fazer mais, que não ia beber mais (...) e que ia largar e que ia parar de beber. E eu acreditava na conversa dele".
Por determinação da Justiça, o agressor foi obrigado a sair de casa. "Hoje eu tenho paz dentro de casa, coisa que eu nunca tive", complementou a mulher.
A vítima faz parte de um levantamento feito pela Delegacia da Mulher em Maringá, no norte do Paraná, que mostrou que o número de mulheres que denunciaram agressões de violência doméstica nos três primeiros meses de 2012, já é quase a metade das denúncias feitas durante os 12 meses de 2011.
Os dados mostram que no ano passado foram 521 inquéritos abertos com esse tipo de situação. E entre janeiro e março deste ano foram 257.
A Lei Maria da Penha, criada em 2006, é a principal motivação para encorajar as vítimas a relatar as agressões, segundo a delegada Emilene Locatelli. "As mulheres estão mais esclarecidas, as campanhas do Governo Federal tem incentivado as denúncias e elas têm procurado a delegacia para denunciar os agressores".
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou em fevereiro deste ano uma mudança na Lei Maria da Penha. Com a alteração, o Ministério Público (MP) pode denunciar o agressor nos casos de violência doméstica contra a mulher, mesmo que a mulher não apresente queixa contra quem a agrediu.
Até a mudança, a Lei Maria da Penha permitia inclusive que a queixa feita pela mulher agredida fosse retirada. A partir de agora, o Ministério Público pode abrir a ação após a apresentação da queixa, o que garante sua continuidade.

http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/05/fui-saco-de-pancada-por-40-anos-diz-mulher-que-denunciou-marido-no-pr.html

Tudo às claras ou quase...


Lei de Acesso entra em vigor cercada de dúvidas
A Lei de Acesso à Informação entra em vigor hoje sem que a União, governos estaduais, prefeituras, tribunais de Justiça e assembleias legislativas tenham regulamentado detalhes de como os pedidos de acesso a dados serão respondidos aos interessados.
A partir de hoje, todos os órgãos dos três Poderes serão obrigados pela lei a responder a pedidos de dados feitos pelos cidadãos, independentemente de motivos, em um prazo de 20 dias, prorrogável por mais 10.
Mas há dúvidas generalizadas sobre os procedimentos que os cidadãos deverão adotar. No caso do governo federal, o Estadão obteve um esboço do sistema de atendimento a pedidos feitos pela internet, que deve entrar hoje em funcionamento. Mas até ontem havia dúvidas sobre a data da publicação do decreto que detalhará a forma como as autoridades públicas terão de proceder.
Em São Paulo, o governo estadual também não havia publicado até ontem o decreto que regulará o acesso aos dados e as instâncias de recurso em caso de negativas para os pedidos. Segundo a Casa Civil, um grupo técnico formado em janeiro elaborou, após quatro meses de trabalho, uma minuta de regulamentação, encaminhada no último dia 7 para o Comitê de Qualidade da Gestão Pública e para a assessoria jurídica do governador Geraldo Alckmin. A versão final do decreto é esperada para os próximos dias.
Questionada pelo Estadão, a Assembleia Legislativa de São Paulo divulgou nota em que destaca as diversas informações já expostas pelo órgão em seu site. Informou ainda que os cidadãos que quiserem comparecer pessoalmente à Casa poderão apresentar seus pedidos de dados no serviço de protocolo geral, localizado no 1.º andar.
No último dia 12, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anunciou que até o início da vigência da lei estaria publicada uma resolução para detalhar o atendimento ao público. Isso, porém, não aconteceu.
Outros Estados. No Rio, o governo anunciou apenas que uma comissão está discutindo a regulamentação da nova lei. Ironicamente, foi negado um pedido do Estadão de acesso a essa comissão, para entrevista. A Assembleia Legislativa do Rio informou que lançará na internet um portal, no qual todas as informações com relação a gastos, licitações, viagens de parlamentares, entre outras, estarão disponíveis. Afirmou, de forma vaga, que não devem ser liberadas ao público informações “garantidas por lei”.
Na capital, o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo, anunciou um pacote de medidas para possibilitar que o cidadão possa pedir informações ao município com mais facilidade. Uma delas foi o lançamento, ontem à noite, do site Transparência Carioca.
O Executivo, o Legislativo e o Judiciário da Bahia estão atrasados nos preparativos para a entrada em vigor da nova lei. Em todas as esferas do poder público do Estado e dos municípios ainda não há definições de como a lei será aplicada. Em alguns casos, os estudos sobre o tema nem sequer foram iniciados.
O governo de Minas ainda estuda uma proposta de legislação para regulamentar como funcionarão os mecanismos exigidos pela lei. Segundo a Secretaria de Comunicação, o projeto deverá apenas “adequar os instrumentos” que hoje já existem para disponibilizar dados à população. / DANIEL BRAMATTI, FERNANDO GALLO, WILSON TOSTA, EVANDRO FADEL, ANGELA LACERDA, TIAGO DÉCIMO e MARCELO PORTELA

De volta ao presente...


Morto acorda em funeral e faz festa

Funeral sempre é um evento triste, mas o garçom Hamdi Hafez al-Nubi, de 28 anos, provou que o contrário é possível também. O egípcio acordou minutos antes do seu enterro começar.
O caso não foi um milagre ou uma ressurreição, e sim um equívoco. Funcionários de um hospital local haviam declarado o falecimendo de Hamdi, depois que ele sofreu um ataque cardíaco enquanto trabalhava. Mas quando estava sendo preparado para o enterro, uma médica observou que o corpo estava com temperatura elevada e resolveu ver seus sinais vitais, descobrindo que o 'defunto' estava mais vivo do que nunca.
A médica reanimou Hamdi e, depois, sua mãe desmaiou com a ótima notícia. Depois da surpresa, a volta do indivíduo foi celebrada, transformando o velório em uma grande festa.

Pizza sabor CPI saindo...


Vaccarezza promete blindar Sérgio Cabral na CPI do Cachoeira

 O ex-líder do governo na Câmara Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi flagrado nesta quinta-feira trocando mensagens de texto com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, nas quais prometia que o PT vai assegurar a proteção do governador na CPI do Cachoeira. Em imagem exibida à noite no Jornal do SBT, Vaccarezza envia uma mensagem de texto dizendo que Cabral não precisava se preocupar, apesar das arestas entre seus partidos: "A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu (sic)", disse no texto.
Vaccarezza foi o principal defensor de que o requerimento que determinava a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico da construtora Delta se ativesse às subsidiárias dela no em Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A oposição queria que os sigilos da matriz, que fica no Rio de Janeiro, e das subsidiárias de outros estados também fossem quebrados.
- Não estamos fazendo devassa, mas muitos aqui querem devassa. A CPI não pode se transformar numa casa de espetáculo ou de devassa - criticou o deputado durante a sessão, para completar dando o tom da blindagem. - Se tiver superfaturamento em uma obra ou outra, não é competência desta CPI.
A Delta se tornou uma das grandes construtoras do país justamente após firmar grandes contratos no Rio. hoje, durante toda a discussão do requerimento que tratava do sigilo da construtora, Vaccarezza manteve-se sentado entre os deputados fluminenses Leonardo Picciani (PMDB) e Filipe Pereira (PSC) - principais aliados de Cabral no colegiado - debatendo que condução dar à votação. Em vários momentos, o petista levantou-se e foi à mesa diretora para conversar com o relator Odair Cunha (PT-MG). No fim da sessão, foi o relator quem negou a possibilidade de se ampliar a quebra de sigilo.
Procurado depois da revelação da troca de mensagem, o deputado Vaccarezza não foi encontrado. A assessoria do governador Sérgio Cabral afirmou que ele não quis comentar as informações.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Só rindo...













Viva a sabedoria...


ESCRITOS POLÍTICOS DE TOMÁS DE AQUINO - ARGUMENTO DA OBRA
1. Ao cogitar eu do que ofereceria digno da vossa excelência real e conveniente à minha profissão e ofício, ocorreu-me que, melhor havia de fazê-lo, escrevendo um livro sobre o governo régio, no qual expusesse acuradamente a origem do reino e quanto compete ao ofício de rei, segundo a autoridade da divina Escritura, os ensinamentos dos filósofos e os exemplos dos príncipes mais dignos de louvores, consultando o que possa a minha inteligência e confiando o princípio, progresso e consumação da obra ao auxílio daquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, pelo qual reinam os reis: Deus, grande Senhor e rei magno sobre todos os deuses.
Capítulo II
De como é necessário que o homem, vivendo em sociedade, seja governado por alguém.
2. Para pôr em obra o nosso intento, cumpre começarmos pela exposição do que se há de compreender pelo nome de rei. Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, em que se possa proceder de um modo ou doutro, é mister haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fora dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação, porquanto age pelo intelecto, que opera manifestamente em vista do fim. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanos patenteia. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim. Tem todo homem, dada naturalmente, a luz da razão, pela qual é dirigido ao fim, nos seus atos. E, se conviesse ao homem viver separadamente, como muitos animais, não precisaria de quem o dirigisse para o fim, senão que cada qual seria rei para si mesmo sob o supremo rei, Deus, uma vez que, pela luz da razão, a ele dado divinamente, a si mesmo dirigiria nos seus atos. É, todavia, o homem, por natureza, animal sociável e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade. Realmente, aos outros animais preparou a natureza o alimento, a vestimenta dos pelos, a defesa, tal como os dentes, os chifres, as unhas ou, pelo menos, a velocidade para a fuga. Foi, porém, o homem criado sem a preparação de nada disso pela natureza, e, em lugar de tudo, coube-lhe a razão, pela qual pudesse granjear, por meio das próprias mãos, todas essas coisas, para o que é insuficiente um homem só. Por cuja causa, não poderia um homem levar suficientemente a vida por si. Logo, é natural ao homem viver na sociedade de muitos.
3. Ademais: têm os outros animais inatos o discernimento natural do que lhes é útil ou nocivo, como a ovelha vê, naturalmente, no lobo, um inimigo. Há, até, certos animais que, por aptidão natural, conhecem ervas medicinais e outras coisas necessárias à vida deles. O homem, no entanto, possui somente em geral o conhecimento natural do que lhe é necessário à sua vida, como quem possa chegar, dos primeiros princípios universais, ao conhecimento das coisas particulares necessárias à vida humana. Ora, não é possível abarcar um homem todas essas coisas pela razão. Por onde é necessário ao homem viver em multidão, para que um seja ajudado por outro e pesquisem nas diversas matérias, a saber, uns na medicina, outro nisto, aqueloutro noutra coisa.
Isto se patenteia com muita evidência no ser próprio do homem usar da linguagem, pela qual pode exprimir totalmente a outrem o seu conceito, enquanto os outros animais expressam mutuamente as suas paixões em geral, como o cão a ira pelo latido, e os demais animais as exprimem de diversos modos. É, pois, o homem mais comunicativo que qualquer outro animal gregário, como o grou, a formiga e a abelha. Isto considerando, diz Salomão no Eclesiastes (4,9): Melhor é ser dois juntos que um, por terem o proveito da mútua sociedade.
4. Logo, se é natural ao homem o viver em sociedade de muitos, cumpre haja, entre os homens, algo pelo que seja governada a multidão. Que, se houvera muitos homens e tratasse cada um do que lhe conviesse, dispersar-se-ia a multidão em diversidade, caso também não houvesse algo cuidando do que pertence ao bem da multidão, assim como se corromperia o corpo do homem e de qualquer animal, se não existira alguma potência regedora comum, visando ao bem comum de todos os membros. Isso podendo, diz Salomão (Pr 11,14): Onde não há governante, dissipar-se-á o povo. E, por certo, é razoável pois não são idênticos o próprio e o comum. O que é próprio divide, e o comum une. Aos diversos correspondem causas diversas. Assim, importa existir, além do que move ao bem particular de cada um, o que mova ao bem comum de muitos. Pelo que, em todas as coisas ordenadas se acha algum diretivo mais elevado. E, no mundo dos corpos, o primeiro corpo, isto é, o celeste, dirige os demais, por certa ordem da divina providência, e a todos os corpos os rege a criatura racional. Igualmente, no homem a alma rege o corpo, e, entre as partes da alma, o irascível e o concupiscível são dirigidos pela razão. Também, entre os membros do corpo, um é o principal, que todos move, como o coração, ou a cabeça. Cumpre, por conseguinte, que, em toda multidão, haja um regente.
5. Assim como sucede em certas coisas ordenadas a um fim, andar direito ou não, também no governo da multidão se dá o reto e o não-reto. Uma coisa dirige-se retamente, quando vai para o fim conveniente; não-retamente, porém, quando vai para o fim não-conveniente. Um, porém, é o fim conveniente à multidão dos livres, e outro à dos escravos; visto como o livre é a sua própria causa, ao passo que o escravo, no que é, pertence a outrem. Se, pois, a multidão dos livres é ordenada pelo governante ao bem comum da multidão, o regime será reto e justo, como aos livres convém. Se, contudo, o governo se ordenar não ao bem comum da multidão, mas ao bem privado do governante, será injusto e perverso o governo. Daí ameaçar o Senhor tais governadores, por Ezequiel (34,2): Ai dos pastores que a si mesmos se apascentavam (como procurando os seus próprios interesses) ? porventura não são os rebanhos apascentados pelos pastores. Em verdade, devem os pastores buscar o bem do rebanho e os governantes o bem da multidão a eles sujeita. Caso, então, seja exercido por um só o governo injusto, buscando pelo governo os seus interesses e não o bem da multidão a si sujeita, tal governante se chama tirano, nome derivado de força, porque oprime pelo poder, ao invés de governar pela justiça; por isso também, entre os antigos, os potentados se chamavam tiranos. Fazendo-se, entretanto, não por um só, senão por vários, se bem que poucos, chama-se oligarquia, isto é, principado de poucos, dado que esses poucos, por terem riquezas, oprimem sua plebe, diferindo do tirano apenas no número. Se, porém, o regime iníquo se exerce por muitos, nomeia-se democracia, quer dizer, poder do povo, sempre que o povo dos plebeus oprime os ricos pelo poder da multidão, sendo então todo o povo como que um só tirano. Semelhantemente se há de também fazer distinção quanto ao regime justo. Se a administração está com uma multidão, se lhe chama com o nome comum de politia, como quando a turbamulta dos guerreiros domina na cidade ou no país. E, se administram poucos, mas virtuosos, chama-se aristocracia tal governo, isto é, poder melhor, ou dos melhores, que, por isso, se chamam optimates. Pertencendo, porém, a um só o governo justo, chama-se ele, propriamente, rei; donde o dizer, por Ezequiel (37,24), o Senhor: o meu servo Davi será rei sobre todos e ele ser-lhe-á, de todos, um pastor único.
AQUINO,Tomás de. Escritos políticos. Tradução de Francisco Benjamin de Souza Neto.Petrópolis, RJ : Vozes, 1995. (Clássicos do pensamento político)

Devanear...



SONETOS DE SHAKESPEARE

SONETO 151
O amor é muito jovem para ter consciência:
Embora quem desconheça que esta nasça do amor?
Então, gentil mentiroso, não me apresses,
Minha culpa decresce quão mais doce teu ser for.
Pois, se me traíres, trairei
A parte mais nobre do meu corpo 
Minha alma diz que ele
Triunfará no amor; a carne prescinde da razão;
Mas, elevando-me ao teu nome, te transformo
Em seu prêmio mais dileto. Orgulhoso disso,
Contenta-se em carregar seu pobre fardo,
Impor-se aos teus casos, tombar ao teu lado.
Prescindo de consciência para chamá-la. 
De amor – amor por que me ergo e tombo.

Mais uma etapa superada...