sexta-feira, 22 de junho de 2012

Devanear...


SUAVE MARI MAGNO – MACHADO DE ASSIS

Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Um pobre cão.

Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.

Nenhum, nenhum curioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,

Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer.

Pensamentos...


F A R M Á C I A D E P E N S A M E N T O S
“Só quando já não se tiver finalidades na vida é que se é realmente livre”. Erich-Maria Remarque, escritor, ALE, 1898-1970
Sexta-feira, 22 de junho de 2012
Anjo do dia: Ieialel.
Dia de São João Fischer.
Dia do Aeroviário, em homenagem à data de promulgação do decreto 1.232, em 1962, que regulamentou a atividade.
Dia do Orquidófilo.

1633 Julgamento de Galileo Galilei pela
inquisição, por contrariar o Papa afirmando que a
Terra não era o centro do Universo.
1976 Protesto pacífico realizado por 10 mil
estudantes contra a política racista do governo
da África do Sul, conhecido como Levante de
Solweto, é reprimida com violência pela polícia,
e provoca 140 mortes e deixa 1.128 feridos (16/7 em outra versão).
1992 Nelson Mandela solicita a intervenção da ONU na África do Sul.
2000 Nasa confirma sinal de água em Marte.
2008 The Economist, revista inglesa: “Com seus
vários defeitos, em muitos sentidos o Brasil está
começando a se comportar como um país sério”.

1898 Nascimento: Erich Maria Remarque, escritor alemão.
1936 Nascimento: Hermeto Pascoal, músico e compositor.
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Do mal...


O império da bandidagem

A última estarrecedora novidade no circo de horrores em que se transformou o caso Cachoeira é a decisão do juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável por processos criminais que resultaram da Operação Monte Carlo, de solicitar afastamento do caso à Corregedoria-Geral do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), sob a alegação de que ele próprio e a família têm sofrido ameaças de morte, presumivelmente por parte de policiais envolvidos no escândalo. A medida do impacto negativo dessa decisão pode ser avaliada pela manifestação do presidente do STF, ministro Ayres Britto: "É um caso de gravidade incomum". A pergunta que cabe: o aparato governamental não tem condições de garantir segurança a seus agentes, para que possam se dedicar incólumes ao pleno exercício de suas funções?

No pedido de afastamento, documento a que o Estado teve acesso, o magistrado goiano afirma encontrar-se em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do Estado de Goiás" e explica que, apesar de se submeter a um rígido esquema de segurança recomendado pela Polícia Federal (PF), as ameaças que recebe são constantes: "Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada, visto que mostraram que sabem quem são meus familiares e onde moram".

De acordo com o juiz, "pelo que se tem de informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo pertinente à Operação Monte Carlo, o que reforça a periculosidade da quadrilha". É compreensível, embora lamentável, portanto, a decisão do magistrado de, para proteger a família e a si próprio, abandonar o caso e, ainda por medida de precaução, passar um tempo no exterior.

A Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro do ano passado pela Polícia Federal para investigar a atuação de organizações criminosas envolvidas na exploração do jogo em Goiás e no Distrito Federal, resultou em duas ações penais na Justiça Federal em Goiás, sob a responsabilidade do juiz Moreira Lima, e também em processos que correm no STF, envolvendo réus com foro privilegiado. No âmbito do TRF1 o processo foi desmembrado por iniciativa de Moreira Lima, para agilizar sua tramitação: um é relativo aos oito réus que estão presos, entre eles Carlinhos Cachoeira. No outro estão os 73 réus que estão soltos, entre eles 35 policiais civis, militares e federais. A pergunta inevitável: não seria uma cautela elementar manter presos também os réus que são policiais?

Essa seria a melhor decisão, se também nesse caso prevalecesse o argumento do desembargador Sergio Bittencourt, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que na semana passada rejeitou o habeas corpus impetrado pela revogação da prisão de Cachoeira. Afirma o magistrado em seu despacho: "Não se pode olvidar o fato de as investigações mostrarem ser o paciente o líder de uma organização criminosa com complexas relações ilícitas, que envolvem autoridades de grande influência em Poderes da República, o que justifica a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública". Ora, se Cachoeira deve continuar preso para que não exerça sua influência perniciosa, no caso, sobre "os Poderes de República", o mesmo deveria valer para os policiais suspeitos que ameaçam a integridade física de quem deve julgá-los.

De qualquer modo, a Justiça, por decisão da 3.ª Turma do TRF1, deu outra boa notícia ao rejeitar o argumento da defesa do contraventor, de que seriam ilegais as escutas telefônicas com base nas quais a PF desenvolveu a Operação Monte Carlo. A justificativa apresentada era de que o inquérito é ilegal porque baseado em denúncias anônimas. O relator, juiz federal Tourinho Neto, havia acolhido esse argumento, que não foi aceito pelos dois outros magistrados da 3.ª Turma. Tourinho Neto, aliás, é o mesmo juiz que, na semana passada, havia mandado libertar Cachoeira. Isso só não aconteceu porque o contraventor tem o rabo preso em mais de um processo.

Vale tudo?

Assalto ao trem pagador

Quanto vale um político? Roga-se ao leitor que leve a pergunta a sério, embora ele tenha montanhas de motivos para pensar numa resposta que seria impublicável. Na esfera privada, o mercado avalia mais ou menos a paga a que um profissional pode aspirar. Ela espelha, também com variados graus de fidelidade, a importância de sua atividade para o sistema econômico e social. Exprime ainda a relação entre a abundância ou a escassez dos produtores de bens e prestadores de serviços e o tamanho da demanda por eles. E reflete, evidentemente, as diferentes aptidões individuais, a experiência e outros atributos valorizados pelas empresas ou pessoas que os requisitam. Como, porém, mensurar o que seria o "salário justo" de um político?

A resposta será sempre imprecisa, à falta de um valor de mercado que resulte daquelas e de outras variáveis, no âmbito da sociedade civil (por oposição à sociedade política, integrada pelos detentores de cargos em todos os nichos dos Três Poderes). Ainda assim, três aspectos devem ser lembrados. Um é que a democracia é um brinquedo caro e que vale o quanto pesa no bolso do contribuinte, ao menos enquanto as instituições democráticas e os seus ocupantes não se tornem disfuncionais para além de qualquer reparo - o que não se verifica no Brasil. O segundo aspecto é o ganho médio da população assalariada ou auto empregada em atividades que requeiram um mínimo de formação e especialização. E o terceiro é a proporção do gasto com os representantes eleitos nos orçamentos do setor público, municipais, estaduais e federais.

Por esses critérios de avaliação, os políticos brasileiros não são nem mais nem menos bem pagos que seus pares dos países comparáveis ao Brasil. Deve-se enfatizar esse ponto para denunciar, com base na argumentação objetiva que o precedeu - e não apenas a partir da indignação cívica -, o assalto ao trem pagador que se planeja no Congresso Nacional. Trata-se da emenda constitucional aprovada em questão de meia hora numa comissão especial da Câmara, que acaba em todos os níveis da Federação com o teto salarial dos servidores. Hoje este não pode superar os R$ 26.723,13 dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da República perde para o Legislativo o poder exclusivo de fixar o maior salário na área pública. A paga básica dos parlamentares acompanhará a dos magistrados.

O golpe é transparente - para perverter o termo usado no contexto do aperfeiçoamento democrático. A vingar o assalto, os políticos se livrarão do desgaste de aprovar aumentos salariais em benefício próprio: bastará majorar os vencimentos dos titulares do Supremo e o cofre do Congresso se abrirá automaticamente na mesma medida. Por via das dúvidas, os parlamentares pretendem desde logo elevar para R$ 32.147,90 a paga dos ministros. Os aumentos no STF, como se sabe, produzem efeito cascata de alto a baixo no Judiciário. Para que não se acuse de egoísmo os seus autores e apoiadores, a manobra favorecerá também a cúpula do Executivo. O impacto da lambança nas contas públicas ainda não foi estimado. O certo é que diminuirá o controle do presidente, governadores e prefeitos sobre seus orçamentos.

É bom não esquecer de que o bolo que os políticos rateiam entre si já leva a cobertura indecorosa das "verbas indenizatórias", que incluem as despesas com a manutenção de escritórios em seus Estados, cujos funcionários são, sem tirar nem pôr, cabos eleitorais pagos pelo público - já não bastassem as pencas de servidores e apaniguados nos seus gabinetes parlamentares.

No Senado, os gastos dos políticos com a sua saúde e a da família imediata - quaisquer que tenham sido e onde quer que tenham ocorrido - são reembolsados. Com seis meses de exercício do mandato, o senador adquire a prerrogativa que não só é vitalícia, mas também hereditária: estende-se ao cônjuge até a sua morte. Em um único mês de 2007, um senador apresentou uma conta de R$ 740 mil.

A desfaçatez campeia. No Amapá, as verbas indenizatórias dos seus 24 deputados - R$ 50 mil mensais - são as mais altas do País. No ano passado, só com diárias de viagem, cada um gastou, em média, R$ 125 mil.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Só rindo...












Viva a sabedoria...


SOBRE O ÓCIO
"[...] com grande consenso eles nos recomendam os vícios. Se nada tentamos que nos seja salutar, já nos será em si mesmo proveitoso apartar-nos: isolados, seremos melhores. E que dizer de juntarmo-nos aos melhores homens e elegermos algum modelo pelo qual conduzamos nossa vida? Isso não é possível sem ócio: pois ele propicia o perseverar-nos no que nos agradou, desde que ninguém, com o concurso da multidão, nos desvie a convicção ainda mal-afirmada; pois então, a vida pode avançar em curso igual e regular, enquanto a entrecortamos com nossos propósitos contraditórios. Pois, dentre os restantes males, o pior é aquele que nos faz mudar nossos próprios vícios. Assim nem sequer isto cabe a nós: permanecer no mal já familiar; apraz-nos ir de um a outro, aflige-nos não só a insensatez mas até a frivolidade de nossos juízos. Hesitamos, e uma coisa por outra compreendemos; abandonamos o que havíamos procurado, procuramos de novo o que havíamos abandonado: alternam-se em nós a cupidez e o arrependimento. Dependemos, com efeito, de opiniões alheias, e melhor nos parece aquilo que encontra muito elogiadores e pretendentes, não aquilo que, em verdade, merece ser elogiado e pretendido; nem estimamos bom ou mau, por si mesmo, um caminho, mas pelas numerosas pegadas que não mostram as marcas do retorno".

SÊNECA, Sobre o ócio. 

Curioso...


Por que ficamos vermelhos quando estamos com vergonha?
Em situações de perigo, alegria ou raiva o cérebro leva sinais até as glândulas supra-renais para produzirem adrenalina. Com isso os vasos sanguíneos se dilatam e o sangue passa em maior quantidade. Em regiões onde há mais vasos, como estômago, rosto e coração, há mais sangue circulando. Por isso você fica vermelho.

Por que os bêbados não conseguem andar em linha reta?
Porque, por meio da corrente sanguínea, o álcool atinge o sistema nervoso central e uma das conseqüências disso é a perda do equilíbrio.

Por que os gagos conseguem cantar normalmente?
A fonoaudióloga Aparecida Liberato revela que algumas situações são conhecidas por agravarem momentaneamente esta dificuldade da fala. Em primeiro lugar, estão situações sociais. Em qualquer diálogo, a expectativa do gago em relação à resposta da outra pessoa, ou seja, o feedback positivo ou negativo do ouvinte, gera uma ansiedade no gago. ?Por medo de errar, de não ser compreendido ou correspondido, o gago muitas vezes antecipa seu erro?, detalha a profissional. Ainda no discurso falado, a elaboração das sentenças e a coordenação de seu ritmo (construindo intervalos entre fala e respiração) também se apresentam como um desafio para quem sofre de gagueira. Em todos estes aspectos, o canto apresenta facilidades para estas pessoas. ?Como o texto e o ritmo já estão prontos e memorizados, o gago não precisa se preocupar com a elaboração do discurso, com o feedback de quem ouve, com a coordenação da respiração nem com o ritmo. Daí eles conseguirem cantar com facilidade?, justifica Aparecida.

Por que os homens têm barba e as mulheres não?
"O surgimento da barba está relacionado à ação de hormônio masculinizante (testosterona)", explica o médico dermatologista Beni Grinblat. De acordo com ele, é por isso que a barba só aparece após a adolescência, quando acontece o aumento da produção hormonal. "Por esse mesmo motivo, as mulheres que têm hormônios equilibrados não possuem barba", finaliza.

Por que os negros têm os cabelos mais encaracolados que os brancos?
Esse tipo de cabelo é uma característica de populações que, durante a evolução, habitavam regiões de clima quente. O cabelo bem crespo consegue manter uma camada de cerca de 5 centímetros de ar entre a cabeça e o ambiente, protegendo a pessoa do calor. Como isso é hereditário, mesmo migrando para regiões menos quentes, ainda por bastantes tempo os negros manterão essa tipo de cabelo.

Por que quando ficamos muito tempo mexendo em água nossas mãos ficam enrugadas?
Porque o contato com a água dilui a fina camada natural de óleo que recobre a pele. Sem o óleo, que funciona uma proteção, a água penetra no corpo através dos poros, fazendo com que a inche e enrugue. Mas quando seca, volta ao normal.

Por que sentimos frio na barriga?
Essa sensação é uma das muitas reações físicas e psicológicas do corpo a situações de estresse, euforia e medo. Nestas ocasiões, nosso organismo recebe uma descarga de adrenalina e faz com que alguns órgãos passem a trabalhar mais intensamente. O estômago e o intestino, nesse caso, ficam mais tensos, e a gente, por conseqüência, sente o tal friozinho na barriga.

Por que sentimos um choque quando batemos o cotovelo?
Uma batida em outras partes do corpo que tenham nervos também pode dar essa reação, pois o nervo choca-se com 2 superfícies duras: o osso e o objetivo em que se bateu, e isso dá a senseção de choque.

Quanto alimento cabe no estômago?
O estômago de um adulto comporta cerca de 0,9 litro de alimento. Depois de uma refeição exagerada, o órgão pode dilatar e suportar mais do que a capacidade normal.

Por que a vergonha deixa a gente vermelho?
Ficar corado é a reação mais comum de pessoas em situações embaraçosas. Quando temos vergonha, a região do cérebro que controla o sistema circulatório é estimulada. Assim, os vasos do tórax, pescoço e ,principalmente, do rosto dilatam, deixando a pessoa ruborizada.



Mais uma etapa superada...