Mãe de Pai Bruno revela que ele era evangélico e cantava no coral da
igreja
Para resolver as causas impossíveis e urgentes de
seus clientes, Pai Bruno de Pombagira evocava o demônio. “Vou te provar que o
diabo existe”, prometia, num de seus anúncios. Assim Edmar Santos de Araújo, de
23 anos, apresentou-se para o mundo nos últimos 18 meses. Nos 21 anos
anteriores, porém, ele encarnou para a família — e, principalmente, para a mãe
— um garoto evangélico que chegou a integrar o coral da Igreja Batista de
Miguel Couto, em Nova Iguaçu.
— Deus me deu como filho Edmar, que era um doce de
menino, e não Pai Bruno — emociona-se Dona Jussiara, de 53 anos.
Arrasada com a prisão do filho, no último dia 13,
por ter extorquido dinheiro de um cliente, diz que é tudo obra do diabo —
palavra com a qual seu filho ganhava a vida, mas que a evangélica se recusa a
pronunciar. O “inimigo”, ela explica, se apossou de Edmar em 2010, quando ele,
incentivado por amigos, passou a frequentar “centros de macumba”.
Os próprios parentes têm dificuldade para explicar
como um jovem que sempre leu a Bíblia, e cresceu frequentando a Igreja,
incorporou um adorador do diabo. Adepto da nova religião, acabou se afastando
da mãe e dos irmãos, Jucimar e Luvimar, de 32 e 30 anos.
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