sábado, 20 de outubro de 2012

Pensamentos...


 
"O poeta é um fingidor,/ finge tão completamente/ que chega a fingir que é dor/ a dor que deveras sente". Fernando António Nogueira Pessoa, poeta, POR, 1888-1935

Sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Anjo do dia: Habuhiah.
Dia de Santa Laura.
Dia da Construção Pesada.
Dia do Coralista.
Dia do Guarda Noturno.
Dia do Poeta.

1901 Santos Dumont ganha o prêmio Deutsch, criado pelo magnata do petróleo, Barão Henry Deutsch de la Meurthe para o 1º vôo dirigido da História, e destina o valor do premio aos técnicos e auxiliares e o que resta é distribuído por operários desempregados.
1911 É publicado no Jornal do Comércio, no Rio de Janeiro, o folhetim O Triste Fim de Policarpo Quaresma, do escritor Lima Barreto.
1959 Avião norte-americano lança 2 bombas incendiárias sobre a usina de açúcar Punta Alegre, na província de Camagüey, em Cuba.
2003 Madre Teresa de Calcutá é beatificada.

1933 Nascimento: Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal da Igreja Católica, em Juiz de Fora-MG.
1984 Nascimento: Kaio Márcio, atleta da Seleção Brasileira de natação.

Refletir...



"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!" 
(Vinícius de Moraes)

Lições de vida...


Nos Trilhos da Vida – Parte 2
... Apesar de não concordar com o funcionamento
deste trem, fui obrigado a me adaptar ao sistema.
Percebi que iria crescer aos poucos,
percebi que precisava de uma base,
precisa saber para onde iria e porque iria.
Ninguém me dizia nada sobre o caminho,
a maioria das pessoas desse trem,
apesar de terem mais anos de trilhos que eu,
também eram conduzidas,
não tinham o controle e tão pouco conhecimento sobre o caminho,
estava eu rodeado por pessoas mais velhas,
que me diziam o que era certo ou errado,
mas eles sabiam tanto quanto eu, ou seja nada!
Até então eu ainda queria controlar a locomotiva,
queria ter controle da sua direção,
e novamente me surpreendi, pois,
essa máquina na qual fomos inseridos
é incontrolável, não existe uma formação
para condutores e tão pouco um manual de uso.
Meu mundo se resumia ao que eu podia ver
de minha simples e inconfortável poltrona.
Já que meu mundo era aquele pequeno espaço,
comecei a prestar atenção nos passageiros,
a olhar suas posturas,
seus olhares,
e vi que tinha muitas atividades dentro desse pequeno
mundo sobre os trilhos.
Via pessoas sorrindo em poltronas mais simples que a minha,
via pessoas chorando em poltronas super macias e de couro,
via crianças brincando com caixas de fósforo no corredor do trem,
via também outras crianças com lindos brinquedos chorando
pois não queriam aqueles brinquedos e sim outros melhores.
Pessoas de idade contando vantagens de situações que viveram no passado,
eu comecei a me apaixonar por essas experiências e até
me esqueci da locomotiva que estava me levando para algum lugar.
Alguns passageiros brigavam por não terem sidos atendidos quando chamaram,
mulheres choravam de saudades de alguém.
Vi pessoas escondendo algo sob o paletó para que ninguém visse, tinham também
pessoas que subiam nas poltronas e gritavam, cantavam e falavam alto
chamando atenção de todos, alguns ouviam outros passavam ao lado, ao
final de sua gritaria eles pediam dinheiro não sei para o que.
Dias e dias se passaram e eu finalmente estava gostando do trem,
poucos dias atrás eu queria pular pela janela, agora eu tinha algo
que me interessava de verdade,
comecei a prestar atenção nas pessoas e....
http://www.adilsoncosta.com/2010/05/nos-trilhos-da-vida-parte-2/

Esperança...


“Eu vivo. Não conto o tempo”
Portadora de doença pulmonar grave, Karine Barcelos desafia a curta expectativa de vida.
A convivência com expectativa de vida que beira 40 anos, a necessidade de tomar dez remédios por dia e sete internações em sequência por dificuldade de respirar. O término da faculdade em 2011, o primeiro emprego em 2012 e a conclusão de uma trilha de cinco quilômetros em Paraty, sempre com sorriso estampado, até quando o fôlego desafiou o passeio.
Karine Barcelos, 24 anos, é portadora da doença genética ainda sem cura chamada fibrose cística e a protagonista das duas histórias descritas acima. Ela, gosta de dizer, é a comprovação de que um copo com água pela metade pode ser “meio cheio ou meio vazio”, depende apenas de quem olha.
Karine, 24 anos, é portadora de doença genética sem cura chamada fibrose cística.
“Eu vivo. Não conto o tempo. E sei que tenho muita coisa pra viver porque zelo muito pela minha vida”, diz ela sobre o problema de saúde descoberto aos dois anos e que faz parte do conjunto de enfermidades conhecidas como  Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC) .
O tom otimista da jovem ao falar sobre a doença que afeta uma em cada 10 mil crianças brasileiras é replicado nas pesquisas e nos novos tratamentos surgidos nas últimas duas décadas sobre a fibrose cística.
Quando Karine nasceu, nos anos 1980, os médicos tinham dificuldade em dizer que os portadores dessa condição chegariam aos cinco anos de vida. Uma década depois, a literatura já colecionava casos de pessoas com 30 anos. Hoje, a média de sobrevivência descrita pelos ensaios clínicos está em quatro décadas, com indícios contundentes de que o diagnóstico precoce, o controle dos sintomas e o rigor nas medicações diárias fazem com que a vida não seja necessariamente abreviada.
Silvia Azambuja, mãe de Caio – 13 anos de idade e há 12 em tratamento para a fibrose cística – gasta muito mais tempo procurando novidades na internet sobre os tratamentos do que preocupada com as estatísticas de mortalidade da doença.
“Passei por seis médicos diferentes, enfrentei cinco internações do Caio ainda bebê que pareciam ser motivadas por pneumonia . Então recebemos o diagnóstico de fibrose e começamos o tratamento quando ele tinha um aninho”, lembra.
“De lá para cá, foram tantas novidades... Meu filho nunca mais ficou internado. Hoje, as provas na escola, as aulas de música, as viagens anuais ocupam muito mais os nossos planos do que o medo dos números ruins relacionados à fibrose cística.”
Karine aponta todos os remédios que precisa tomar por dia. "São eles que garantem a minha sobrevivência", diz
Teste do pezinho
O que torna a fibrose cística grave é que os genes, herdados da mãe e do pai que não necessariamente manifestam a doença, provocam alterações nas mucosas que envolvem os pulmões e o pâncreas. Essa anomalia facilita o surgimento de infecções pulmonares, compromete a respiração e dificulta a absorção de nutrientes, promovendo a ocorrência de pneumonias e desnutrição.
Atualmente, o teste do pezinho  especial é capaz de diagnosticar a fibrose logo após o nascimento e evita que os portadores passem anos acumulando as sequelas nocivas da fibrose sem diagnóstico. A técnica chamada de de "triagem neonatal ampliada" já está disponível na maioria das maternidades particulares do País. Faz parte da rede pública de 9 Estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Espírito Santo e Rondônia).
O secretário do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, afirmou em comunicado da pasta que "é preciso estruturar os serviços para que todos os estados tenham condições de realizar o diagnóstico (da fibrose) no teste do pezinho até 2014". 

Neiva Damaceno, pneumologista responsável pelo Ambulatório de Fibrose Cística da Santa Casa de São Paulo, ressalta que diagnosticando cedo a doença, é possível prevenir as sequelas mais letais (destruição total dos brônquios, a principal causa de morte dos portadores) e permitir que as crianças possam ser favorecidas com os avanços da medicina.
“Quantas doenças já foram desafio no ano passado, eram sinônimos de atestado de óbito, e hoje não são mais?”, questiona a especialista. “A fibrose é progressiva e sem cura, mas há muita pesquisa no momento e estamos próximos de um medicamento”, afirma a médica.
Karine gosta de dizer que é a comprovação de que um copo com água pela metade pode ser “meio cheio ou meio vazio”, depende apenas de quem olha
“A mudança de expectativa de vida dos portadores foi fantástica. Se conseguirmos tratar as sequelas da doença desde cedo é possível fazer com que os doentes cheguem à fase adulta com condições clínicas para um transplante de pulmão. Caso o transplante seja feito, a doença fica infinitas vezes mais fácil de controlar. A sobrevida deixa então de ser restrita.”
Foi o caso da jovem Kirstie Mills, da Grã Bretanha. Portadora de fibrose cística, ela realizou aos 21 anos um transplante de pulmão duas semanas após casar. Desde então, deixou de usar a cadeira de rodas para a locomoção. Ganhou fôlego para poder andar sozinha e uma expectativa de vida não mais mapeada pela medicina.
Inalação e vitaminas
Tratar a fibrose desde cedo, exemplifica Silvia – a mãe do Caio – é fazer três inalações diárias, exercícios de fisioterapia respiratória todos os dias, tomar vitaminas, enzimas não produzidas por causa da alteração no pâncreas e não descuidar da alimentação.
Isso é o que permite ao garoto ter energia de sobra para as aulas de guitarra. “Já sei tocar várias músicas do Guns n' Roses”, diz.
O mesmo ritual medicamentoso é repetido por Karine. Ela aponta a pilha de medicamentos que toma diariamente, com o sorriso que a acompanha.
“Graças às medicações eu consigo estudar, terminei a faculdade, arrumei um emprego e fiz a tão sonhada trilha, algo impensável para os meus médicos anos atrás”, diz.
“Se os remédios garantem a minha saúde, e eu gosto tanto de viver, então não tenho motivo para reclamar, certo?”

Dá para explicar?


Antes só do que mal acompanhada? Entenda porque algumas mulheres insistem em relacionamentos infelizes

Ela é interessante, competente, tem uma carreira promissora, amigos fieis e companheiros, é divertida e linda. E emenda um namoro em outro, sempre com caras que não a respeitam e que terminam só depois dela sofrer diversas ofensas que deixariam qualquer pessoa sã com os cabelos em pé.
Quantas vezes você já ouviu essa história? Quantas mulheres agem dessa maneira e deixam todo mundo sem entender o motivo desse comportamento?
Algumas coisas que a gente faz estão muito além das decisões racionais. Elas são decididas por ensinamentos que a gente recebe por toda a vida (mesmo que indiretamente) e que ficam grudados no nosso inconsciente.
Muitas mulheres aceitam ser traídas, por exemplo, mesmo não acreditando em relacionamentos abertos e sofrendo com isso. Sabe por quê? Porque um dos meios de mostrar para o mundo que você é bem sucedida é estando acompanhada.
A antropóloga Mirian Goldenberg fala sobre isso em um dos textos do seu site e em diversas palestras. Durante uma pesquisa com mulheres com mais de 50 anos, ela pôde notar que aqueles que eram casadas sentiam-se superiores às demais. "Ter um marido, um casamento que pelo menos pareça sólido e satisfatório, é considerado um verdadeiro capital para as brasileiras pesquisadas. Elas se sentem duplamente poderosas, pois, além de terem um marido, acreditam que são mais fortes, independentes e interessantes do que ele", afirma ela no texto.
E quando pensamos que nos baseamos em comportamentos que já existem para determinar nossos atos é bastante comum que nossas crenças recaiam, em maior ou menor escala, nesse tipo de exemplo.
Mas como fugir desse círculo vicioso? Como aceitar que, em diversos momentos, é melhor estar sozinha do que passiv111061993amente acompanhada de alguém que não a respeita? Fortalecendo sua própria identidade.
É claro que nesse momento muitas mulheres vão dizer que engatam um namoro no outro porque querem, que conseguiriam ficar sozinhas, mas que quando percebem já estão envolvidas novamente com alguém. E eu repito: isso é insegurança.
Para ficar bem sozinha, mesmo que por pouco tempo, é necessário ter vontade de estar consigo mesma, com seu silêncio, pensamentos, dúvidas e lembranças. Todos nós, homens e mulheres, temos dúvidas que não nos deixam em paz e lembranças que nos fazem chacoalhar a cabeça esperando que elas sumam.
Esse não é um texto que diz que a mulher deve ficar sozinha e que se a mulher está em um relacionamento ela é fraca. Esse é um texto para que cada uma de nós reflita os motivos de estarmos em um relacionamento muitas vezes fadado ao fracasso.
Quando você tem medo de ficar sozinha, perdoa todas as faltas do outro, dá milhares de segundas chances e acredita que a pessoa não faz nada daquilo porque não respeita você, mas porque as ofertas são muitas.
Em diversos momentos eu disse aqui que relacionamentos são contratos. Você diz o que pode dar e o que gostaria de receber, a outra pessoa faz a mesma coisa e então vocês dois seguem de acordo com isso, dando e recebendo, fazendo o melhor para que todo mundo fique satisfeito. Se isso não acontece no namoro/casamento e você segue dando chances e tentando de novo, nada vai mudar.
Pense assim: se uma empresa te cobra por internet ilimitada, você paga em dia, mas não consegue usar mais, do que dois dias do serviço por mês sem precisar ligar na central e se desgastar pedindo que eles cumpram o combinado, você faz o que? Continua na mesma empresa e passa um tempo sem internet, procura outra empresa ou decide sair de casa e ler um livro no parque? O sofrimento é opcional.
Uma chance ou uma escorregada são diferentes de problemas seguidos que precisam ser perdoados, que destroem sua autoestima ou fazem com que você procure problemas em você quando, na verdade, ele está na outra pessoa. Nada justifica o desamor além da falta de amor propriamente dita.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Só rindo...


Viva a sabedoria...

Autonomia das Ciências

Filosofia e ciência eram um só saber. (Nas suas origens, a filosofia não se distinguia das outras dimensões do saber humano). O filósofo dedicava-se a multiplicar tarefas, pelo que, poderia afirmar que todo o saber lhe era familiar. A filosofia era segundo a tradição, uma disciplina englobante, no sentido de que o filósofo não se distinguia do médico, do matemático, do físico ou do político. Mas, com o devir histórico, o conhecimento, que tal como o homem é um projeto, aperfeiçoa-se e amplia-se e a exigência inevitável da especialização faz surgir a divisão do trabalho.
E as consequências são estas: daquele tronco comum do humana sapiente foram-se, pouco a pouco, destacando as diferentes ciências, à medida que se iam constituindo em ramos autônomos do Saber, com seus objetos e métodos próprios.
Só a título de curiosidade, vejamos a ordem cronológica porque as ciências abandonaram a Ciência Mãe – Filosofia.
Medicina
Foi a primeira ciência a tornar-se autônoma com Hipócrates (460-377 a. C.), natural da ilha de Cós, médico da Antiguidade e criador da observação clínica. É considerado o Pai da Medicina.
Matemática
Com Euclides (primeira metade do século III a. C.), matemático grego.
Mecânica
Com Arquimedes (287-212 a. C.), sábio grego, talvez o maior criador da Antiguidade nos campos da Matemática e da Mecânica.
Física
Com Galileu (1564-1642), físico e astrônomo italiano; e Newton (1642-1727) físico, astrônomo e matemático inglês.
Astronomia
A astronomia é das ciências mais antigas da Humanidade. Todavia, só a partir do século XVI, com os valiosos contributos de Copérnico (1473-1543), eclesiástico e astrônomo polaco, Galileu, Keper (1571-1630), astrónomo alemão e Newton, ela começou a ganhar a sua autonomia relativamente à filosofia.
Economia política
Expressão criada nos princípios do século XVII pelo escritor e filósofo A. De Montchrestien (Traité d’économie politique, 1615), para designar o estudo de produção, da repartição e do consumo das riquezas.
Química
Com Lavoisier (1743-1794), químico francês.
Filosofia experimental
Com Claude Bernard (1813-1878), fisiologista francês. Embora esta disciplina já, em 1628, tenha dado um passo importante com Harvey (1578-1657), médico inglês, com a sua descoberta da teoria da circulação do sangue.
Biologia
Com Lamarck (1744-1829), naturalista francês. O termo foi criado simultaneamente em 1802, por este cientista e por Traviranus na Alemanha.
Sociologia
Com Saint-Simon (1760-1825), filósofo e economista francês; A. Comte (1798-1857), filósofo francês, e K. Marx (1818-1883), político, economista e filósofo alemão.
Psicologia
Com Wundt (1832-1920), filósofo e psicólogo alemão e J. Watson (1878-1958), psicofisiologista norte-americano, nos finais do século passado.
A evolução do saber é imparável. Cada vez mais as exigências da vida impõem ao homem que melhor os seus conhecimentos, porque estes são considerados insuficientes ou postos em causa. O homem disse Aristóteles, tende por natureza para o saber. É essa tendência que o obriga a aperfeiçoar as experiências anteriores e a buscar novos horizontes. E porque já não é possível a um mesmo indivíduo abarcar todo o saber, constatamos que o real se vai parcelando cada vez mais.
Uma das primeiras parcelas da realidade que abandonou o Tronco Comum – a Filosofia – foi a Física que, em nosso tempo, Sofre também parcelamentos. Digamos que a Física está a “pagar” o seu tributo pelo que antes fizera. Assim, vemo-la subdividir-se, além de si, em astrofísica, biofísica, geofísica, microfísica, etc.
Vejamos, a título informativo, outros conhecimentos que, na nossa época, se constituíram como ciências, ramificações de outras, novas conquistas do engenho humano: astronáutica, bioquímica, cibernética, ecologia, farmacologia, genética, geologia, geoquímica, hidrologia, jurisprudência, linguística, meteorologia, paleontologia, psicopedagogia, taxonomia, viricultura, zoologia, etc.
Mecionamos aqui esta lista de especialidades, que poderíamos alongar, que tem apenas o objectivo de evidenciar a evolução dos nossos conhecimentos sempre inacabados e cada vez mais especializados. (António Pinela, Reflexões).


Mais uma etapa superada...