terça-feira, 13 de novembro de 2012

Refletir...


“Alguns estão destinados a raciocinar erroneamente, outros, a não raciocinar, e outros, a perseguir os que raciocinam.”
(Voltaire)

Viva a sabedoria...

O Estado Social é o Caminho
Face às atuais políticas neo-liberais, tão cantadas e elogiadas um pouco por todo o lado, que papel caberia ao estado, na sociedade contemporânea, se estas tivessem acolhimento, uma vez que tais políticas tenderiam a reduzir o papel do estado a uma simples função residual?
Os neo-liberais apregoam aos quatros cantos do mundo que querem menos estado e melhor estado, querendo com isto dizer que o poder de direito não deverá residir nos cidadãos, isto é, na democracia politica, mas sim terá que ser entregue aos grandes grupos econômicos, que tudo querem decidir. Basta ouvi-los.
Ora, cabe aos filósofos, e a outros pensadores livres, dizer a todos que a subsistência do Estado Social é essencial para a sua preservação e elucidar os neo-liberais que a redução do tamanho do estado até ao estado simbólico, que preconizam, conduziria à agonia das nações e dos povos, das famílias e dos cidadãos.
O Estado só pode mediar conflitos, naturais nas vivências em sociedade, se não for reduzido aos caprichos de poderosos grupos econômicos, sob pena de deixar a maioria dos seres humanos sem qualquer tipo de proteção.
Aja em vista que os grandes grupos económicos e financeiros ou não têm rosto ou raramente o têm. Os seus dirigentes mais importantes ninguém os conhece, constituindo lobys poderosos, com testas-de-ferro bem remunerados que, esses sim, em seu nome, dão a cara, tendo estes no lucro o único objectivo das suas motivações.
O Estado, nas pessoas dos seus representantes, deverá ter como finalidade última não defraudar os princípios que enformam o modelo de sociedade sufragado pelos povos, de modo esclarecido, livre e democraticamente.
O Estado tem que agir, criando condições para que todos usufruam do que a todos pertence. E reagir, se for caso disso. Isto é, quando qualquer tentativa de mudança, fora do modelo criado, pareça querer sobrepor-se.
Nota-se, no nosso tempo, o enfraquecimento do Estado devido àquela fórmula neo-liberal: menos estado melhor estado! Por isso, é muito importante estar atento aos sinais que o sistema de globalização traz e reagir à menor tentativa de mudança fora dos limites que a lei constituinte consagra.
Os cidadãos do mundo não podem adormecer com os discursos muito bonitos e entusiasmantes que os ideólogos do neo-liberalismo propagam. Nunca, por um só momento, deverá ser esquecido o dito popular, que diz: "fulano dá um chouriço a quem lhe der um porco". Esta máxima aplica-se, na sua grande maioria, à política neo-liberal que tantas virtudes reconhece na globalização da economia e da vida humana.
Com efeito o grande capital globalizado, à escala transnacional, vê, nesta política, reconhecidos os seus privilégios e reforçados os seus interesses. Se sem a alteração das constituições nacionais é o que se vê, pense-se no que seria se o neo-liberalismo ganhasse força política e conseguisse mudar os textos constitucionais a seus belo prazer!
O Estado não pode abdicar da sua função reguladora dos interesses em presença. Os fortes têm sempre protecção, os fracos pagam sempre a factura. Por isso, o estado não pode permitir que os limites sejam ultrapassados. Há limites para a ganância e a sede de poder, mesmo dos pequenos poderes.
A razão de ser do Estado são as pessoas – todas as pessoas. Não apenas uma pequena minoria esclarecida, uma elite, ou um poderoso grupo económico. O principal papel do Estado é preocupar-se com o bem-estar do todo, que é a comunidade que o constitui, e não apenas com uma das suas partes. Com efeito, O caminho é inevitável: reforçar o papel do Estado Social, consubstanciado na regulação dos bens vitais, nos princípios de solidariedade e na criação de igualdade de oportunidades.(António Pinela, Reflexões, Abril de 2006).

Curioso...


A Rota da Seda
A Rota da Seda empreendeu o desenvolvimento de grandes atividades comerciais.
No século XIX, um arqueólogo alemão chamado Ferdinand Von Richthofen estabeleceu o nome de uma das mais famosas rotas comerciais e religiosas de todos os tempos, a chamada Rota da Seda. Antes que tal nome fosse escolhido, esse trajeto, com mais de sete mil quilômetros, já era há mais de dez mil anos utilizado por aventureiros, peregrinos comerciantes, clérigos, monarcas e soldados que cortavam esse extenso conjunto de estrada a pé ou no lombo de animais, partindo da porção síria do mar Mediterrâneo, até os territórios chineses de Xiang.
A mais antiga importância desse caminho se encontra no processo de espalhamento, ainda na Pré-História, das comunidades humanas do continente africano para diversas regiões da Ásia e da Oceania em busca de melhores condições de vida. Séculos mais tarde, seria essa mesma via de acesso que determinaria a penetração dos povos indo-europeus no Oriente Médio. Tal ocupação daria origem aos povos semitas que, por sua vez, estabeleceriam a gênese dos árabes e judeus.
Por volta do século VI a.C., a unificação territorial empreendida pelo Império Persa foi o primeiro passo para que atividades comerciais diversas fossem organizadas pelos povos englobados por essas civilizações. Os comerciantes que saíam do Oeste levavam marfim africano, ouro, peles de animais, vinho e animais de montaria. Em contrapartida, os distantes territórios chineses ofereciam ervas aromáticas, perfumes e os tão falados tecidos de seda que nomeavam o caminho.
Na verdade, as caravanas não percorriam toda a extensão da Rota da Seda. Com o passar do tempo, percebemos que certas cidades ficaram responsáveis por agregar comerciantes que se concentravam em apenas um trecho do percurso. Deste modo, vemos que o comércio se transformou em uma atividade que organizou o cenário social, econômico e político de diferentes pontos desse grande território. Entre os séculos III e IV, a invasão dos hunos marcou o período menos seguro para que as comitivas de comerciantes se movimentassem.
No século VIII, a parte oeste da rota começou a ser dominada pelos árabes que realizaram a conquistas das terras da Pérsia. Séculos mais tarde, exatamente no século XII, os cavaleiros e soldados de Gengis Khan tomaram a Ásia Central, o Norte da China e os territórios tibetanos. Ao contrário do que possa parecer, o domínio militar mongol foi de grande ajuda para que a economia comercial da Rota da Seda se mantivesse viva ao longo das décadas. Com o simples pagamento de taxas, os mercadores tinham direito de tráfego e comércio.
Ainda no período medieval, percebemos que o Renascimento Comercial fomentou a cisão daquela visão de mundo limitada dos tempos feudais. Nessa época, as famosas viagens de Marco Polo davam conta de paisagens, costumes e cidades que ampliavam as perspectivas da época. Ao longo do tempo, o fechamento dessa via de comércio incentivou bastante a realização das Grandes Navegações. De tal modo, o homem europeu começou a constituir novas rotas de comércio pelos mares e continentes.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/a-rota-seda.htm

Piada...


TRAFICANTE PORTUGUÊS 2
Joaquim chegou no aeroporto todo carregado de malas. Quando já ia embarcar,
viu seu amigo, que era fiscal da alfândega.
Este, gritou-lhe de longe:
- E aí, Joaquim??? Tudo jóia???
- Tudo não!!! Metade é cocaína.

Devanear...


Soneto da Fidelidade - Vinícius de Morais

E tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meus pensamentos
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias02-vinicius-morais.php

Idealmente correto; realmente perigoso.


Morre assaltante esfaqueado por pai de vítima dentro de delegacia no RS
Homem de 48 anos agrediu suspeito com facada no peito em Passo Fundo.
Ele havia sido preso por roubar carro e manter em refém a filha do agressor.
Morreu no final da tarde desta terça-feira (13) no Hospital da Cidade, em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul, o suspeito de manter uma mulher como refém durante um roubo de carro na cidade. O homem de 33 anos foi esfaqueado pelo pai da vítima dentro de uma delegacia de polícia.
O agressor, um empresário da cidade de 48 anos, foi preso em flagrante e deve ser indiciado por homicídio. Segundo a Polícia Civil, ele já foi transferido ao Presídio Regional de Passo Fundo, onde ficará à disposição da Justiça.
O caso começou pela manhã, como uma tentativa de assalto. O assaltante, que era detento do regime semiaberto, rendeu a mulher de 27 anos quando ela deixava a filha de 11 anos em uma escola da Vila Rodrigues. Com uma faca, ele teria obrigado a vítima a dirigir o próprio carro, um Chevrolet Vectra GT, até o interior do município.
Na estrada de acesso ao distrito de São Roque, a mulher teria tentado reagir, entrando em confronto com o assaltante. Durante a briga, ela perdeu o controle do veículo, que bateu em um barranco e capotou. Populares testemunharam o acidente ajudaram a mulher e o assaltante a saírem do veículo.
O suspeito fugiu a pé antes da chegada do socorro, mas foi capturado pela Brigada Militar no início da tarde. Já a vítima do assalto foi levada pelos bombeiros para o Hospital da Cidade com um ferimento na mão e algumas escoriações. Ela passou por cirurgia e não corre riscos.
Captura nas imediações do acidente pela Brigada Militar, o suspeito de assalto foi apresentado por volta das 13h na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). O pai da vítima havia chegado um pouco antes ao local para acompanhar a ocorrência. O ataque ao suspeito ocorreu na sala de triagem da delegacia.
“O suspeito do roubo foi apresentado para ser atuado em flagrante. No momento em que o policial militar estava retirando as algemas dele, o pai da vítima o atacou”, relatou o delegado de plantão, Diego Dezordi.
Conforme o delegado, o homem desferiu um único golpe no peito do suspeito com uma espécie de canivete de aproximadamente 15 centímetros, antes de ser desarmado e imobilizado pelos policiais. O suspeito de assalto foi socorrido e levado ao mesmo hospital onde estava a mulher, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no final da tarde.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/11/morre-assaltante-esfaqueado-por-pai-de-vitima-dentro-de-delegacia-no-rs.html

Soberba infame...


Ministro diz que prefere morrer a passar anos em cadeias brasileiras
SÃO PAULO - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira que prefere morrer a ter que passar muitos anos preso numa penitenciária brasileira, caso fosse condenado por algum crime. A afirmação foi feita em palestra a empresários em São Paulo, em que Cardozo respondeu a pergunta sobre se concordava com a pena de morte. Cardozo disse ser contrário à pena de morte e afirmou que as cadeias do país tem condições "medievais". Ele citou problemas que elas ainda enfrentam, como a violência entre detentos, que acaba levando à morte de internos.
- Infelizmente, os presídios no Brasil ainda são medievais. E as condições dentro dos presídios brasileiros ainda precisam ser muito melhoradas. Entre passar anos num presídio do Brasil e perder a vida, talvez eu preferisse perder a vida, porque não há nada mais degradante para um ser humano do que ser violado em seus direitos humanos - disse Cardoso.
Cardozo se referiu à vida nas cadeias como "desrespeitosa", "degradante" e "não dignificante".
O ministro da Justiça não quis comentar sobre a condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e dos ex-dirigentes petistas José Genoíno e Delúbio Soares pelo mensalão no Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, caberá à Justiça decidir em que presídios os condenados cumprirão pena.
- Eu como cidadão brasileiro tenho meus sentimentos em relação a esse processo que julgou o mensalão no STF. Mas como ministro não comentarei jamais qualquer ação que o Poder Judiciário julgue. Meu papel é respeitar o estado de Direito e garantir a independência dos poderes - disse Cardozo.
Na palestra, o ministro também disse que quando há um "jogo de empurra" entre os governos federal, estadual e municipal para resolver o problema da criminalidade, o combate à violência fica prejudicado. Questionado sobre se fazia referência ao caso de São Paulo, o ministro desconversou e disse que o que ocorreu no estado antes do início da atuação em conjunto entre a União e a gestão do governador Geraldo Alckmin eram "águas passadas".

Mais uma etapa superada...