segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Refletir...


 
“Longa viagem começa por um passo.”
http://pensador.uol.com.br/proverbios_chineses/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Apesar 'da' ou 'de a' maioria ser contra?"
 Apesar da maioria da população ser contra, a partir deste ano os impostos serão maiores.

Dias desses recebi um e-mail de uma jornalista (cujo nome omito, por não ter recebido autorização para divulgá-lo) com uma dúvida interessante. Eis sua pergunta:

"Em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo pelo alto grau de conhecimento e domínio dessa língua maravilhosa, a nossa Língua Portuguesa.

Sou jornalista e achei que sabia um pouco de português, mas depois de ler algumas das suas explicações fiquei pasma com minha ignorância em certos assuntos. Bom, a minha dúvida é com relação às seguintes expressões:

a partir de, através de, apesar de.

Sei que existe um regra que impede de juntar essa preposição de com o artigo, por exemplo: apesar da, a partir do e através dessa...

Como funciona isso, quando não se pode usar, quais as expressões e por quê?"

Agora, eis minha resposta:

Não existe regra que impeça juntar a preposição de com os artigos; aliás é mais freqüente a contração das preposições de, em e por com os artigo o, a, os, as: do, da, dos, das, no, na, nos, nas, pelo, pela, pelos, pelas do que a combinação dos elementos separadamente. Veja alguns exemplos:
Acredito nas suas palavras
Rezo pela recuperação dele

Apesar da crise, cresceremos nos próximos anos
A partir da próxima segunda-feira, atenderemos somente no período da manhã
A luz solar passa através das janelas
Está na hora do recreio


Em nenhum dos exemplos citados, a preposição e o artigo poderiam ficar separados.

A contração da preposição com o artigo passa a ser equivocada se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito de um verbo. Se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito, o artigo deverá ficar isolado. Por exemplo:

Apesar de a crise ainda existir, cresceremos nos próximos anos.

(Perceba que o substantivo crise funciona como sujeito do verbo existir, já que Que é que existe?: Resposta: a crise. A preposição de e o artigo a devem, portanto, ficar separados - de a - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Apesar da crise ainda existir... )

Está na hora de os alunos descansarem. (o substantivo alunos funciona como sujeito do verbodescansar, já que Quem é que descansará?: Resposta: os alunos. A preposição de e o artigo osdevem, portanto, ficar separados: - de os - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Está na hora dos alunos descansarem... .

O mesmo acontecerá com os pronomes ele(s), ela(s), este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s), aquilo. Por exemplo:
Apesar de isso ainda existir, cresceremos nos próximos anos. (Que é que existe? Resposta: isso)
Está na hora de eles descansarem. (Quem é que descansará? Resposta: eles).

No momento de aquelas leis serem respeitadas, todos se omitem.
(Que é que será respeitado? Resposta: aquelas leis)

Mais um detalhe: a locução a partir de... não recebe o acento indicador de crase, já que este acento só deve ser usado diante de palavras femininas. O adequado, portanto, é sempre a partir de.

Claro está que apresento tudo isso segundo as normas cultas de nossa língua. No dia-a-dia não nos preocupamos com as regras gramaticais e nos comunicamos com a contração sempre. Não quero dizer que os brasileiros que assim o fazem estejam errados. Quero apenas registrar a norma culta, a forma adequada, para os interessados em escrever e falar melhor a nossa língua.

Como fica, então, a frase apresentada no início da coluna, segundo a norma culta? Analisemo-la:

O verbo ser exige como sujeito a expressão a maioria da população, já que Quem é contra? Resposta: a maioria da população. A preposição e o artigo devem, então, ficar separados.

A locução a partir de não pode receber o acento indicador de crase.

A frase, portanto, deverá ser assim estruturada por quem quiser falar e escrever adequadamente, segundo a norma padrão:
Apesar de a maioria da população ser contra, a partir deste ano os impostos serão maiores.

História...


As Capitanias Hereditárias
O sistema de capitanias hereditárias é um sistema de controle administrativo colonial que marcou a história da colonização portuguesa no Brasil. A partir do ano de 1530, o governo português passou a voltar os seus interesses políticos e econômicos para as terras brasileiras. Contudo, isso exigia a instalação de algum modelo de administração que fosse capaz de assegurar a posse portuguesa sobre o território e, ao mesmo tempo, tornar o Brasil uma colônia lucrativa.
Foi buscando resolver esse problema que os portugueses implantaram no Brasil o sistema de capitanias hereditárias, em 1534. Nesse sistema, Portugalrealizava a divisão das terras brasileiras em longas faixas que partiam do litoral até alcançar os limites do Tratado de Tordesilhas. Assim, cada faixa de terra era considerada uma capitania. Cada capitania tinha um responsável por ela, que era escolhido pelo rei de Portugal, e ganhava o título de donatário.
O donatário tinha o direito de utilizar a capitania doada por Portugal e, ao mesmo tempo, a obrigação de ocupar o território e organizar atividades que fossem lucrativas. Eles também poderiam repassar o direito de uso da capitania para o seu filho. Era por esse motivo que ela também era chamada de hereditária. Entretanto, a posse continuava com a Coroa e, por tal razão, o donatário não poderia vender ou comprar uma capitania.
A razão de Portugal utilizar esse modelo administrativo para ocupar o Brasil se dava por conta da falta de recursos financeiros e funcionários para que ele mesmo controlasse as terras diretamente. Sendo assim, o sistema de capitanias hereditárias garantia a exploração econômica da colônia sem que fosse necessário desembolsar grandes quantidades de dinheiro. Portugal tinha apenas o trabalho de fiscalizar e arrecadar os impostos que lhe eram de direito.
Mesmo com todas essas motivações e um modelo já organizado, o sistema de capitanias hereditárias não atingiu o sucesso esperado. Não raro, os donatários nomeados pela Coroa nem chegaram a pisar em terras brasileiras, mostrando receio e desinteresse em abandonar seus negócios em Portugal para se lançar a uma nova aventura do outro lado do Oceano Atlântico.
Os donatários que chegaram a assumir sua capitania e se mudar para o Brasil também enfrentaram sérias dificuldades. A grande extensão das capitanias e o desconhecimento do território dificultavam o processo de dominação. Por outro lado, a falta de incentivos do governo de Portugal tornava a missão dos donatários ainda mais complicada. Por fim, devemos também salientar a presença e a resistência das populações indígenas, que se sentiam injustiçadas com a ocupação promovida pelos portugueses.
Ao mostrar claros sinais de ineficiência, o sistema de capitanias hereditárias foi progressivamente substituído pelo Governo Geral. As duas únicas exceções do grande fracasso desse modelo foram notadas nas capitanias de São Vicente (atual estado de São Paulo) e Pernambuco. Nessas duas regiões, o sistema prosperou graças aos rápidos lucros obtidos pela exploração da cana de açúcar que era exportada para a Europa. Somente no ano de 1759, sob as ordens do marquês de Pombal, que o sistema de capitanias foi completamente extinto dando lugar somente ao Governo Geral.

Viva a sabedoria...

John Locke

Filósofo inglês (1632-1704). Vindo de uma família liberal, Lock defendeu, com toda a sua força, o liberalismo, bem como os ideais que radicam na racionalidade, tolerância, filantropia e liberdade religiosa. Filho de um jurista, Locke fez os seus estudos secundários em Londres, depois entrou para a universidade de Oxford. Depois de abandonar os estudos de Teologia, o seu interesse pela realidade levou-o a ocupar-se de Física, de Química, de Medicina e de Política. A sua condição de desterrado levou-o a viajar pela Holanda, França e Alemanha, regressando a Inglaterra após a Revolução de 1688. Morreu em 1704.
Entre as sua obras, destacam-se: a sua filosofia do direito, diferentemente de Hobbes, é uma justificação da tolerância, Cartas Sobre a Tolerância (1689). A sua teoria sobre a origem do conhecimento, Ensaio Sobre o Conhecimento Humano (1690), tido como fundamento do empirismo, afirma que todo o conhecimento provém da experiência, seja ela externa (sensações) ou interna (a reflexão ou auto-percepção. Em Dois Tratados da Governação Civil (1690), analisa a passagem do estado natural à sociedade civil. Propõe um modelo de estado que reside na soberania popular. Devido ao desenvolvimento desta teoria, é considerado o iniciador do liberalismo moderno. Deve-se-lhe, além disso, um tratado sobre a Educação (1693), onde ele apresenta o cristianismo primitivo como a religião natural que está no coração humano. De realçar ainda, A Racionalidade do Cristianismo (1695).

Cultura viva...


Desenhos em Quadrinhos
História em quadrinhos da Turma da Mônica, criação do Maurício de Sousa.
O desenho em quadrinhos é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o intuito de narrar histórias dos mais diversos gêneros e estilos. São publicadas em sua maioria no formato de revistas, livros ou em tiras de jornais e revistas.

A publicação de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX. O estilo comics dos super-heróis americanos que predomina no país, tem perdido espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses. Os dois estilos têm sido empregados pelos artistas brasileiros.

A tira é o único formato que desenvolveu um conjunto de características profundamente nacionais. Apesar de não ser oriunda do Brasil, no país ela desenvolveu características peculiares. Recebeu influências da ditadura durante os anos 1960 e posteriormente de grandes nomes dos quadrinhos underground.

Em 1960, teve início a publicação da revista "O pererê", com texto e ilustrações de Ziraldo. Nessa mesma década, o cartunista Henfil iniciou a tradição do formato “tira”. Foi nesse formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da turma da Mônica. Suas histórias passaram a ser publicadas em revistas, primeiramente pela revista Abril, em 1987 pela Editora Globo e a partir de 2007 pela Editora Panini.

Durante a década de 1960, o golpe militar e seu moralismo travaram confronto com os quadrinhos. Por outro lado, inspiraram publicações cheias de charges, como, por exemplo, O Pasquim.

A História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso na década de 1990, com a realização da primeira e segunda Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro, em 1991 e 1993, e a terceira em Belo Horizonte, em 1997.
http://www.brasilescola.com/artes/desenho-quadrinhos.htm

Entendendo...


Brasil que Vergonha
“O Brasil não é um país sério”, disse certa vez o General Charles De Gaulle, na época presidente da França. Quando examinamos os fatos recentes da nossa política, parece-nos que esta afirmação nunca chegou a, verdadeiramente, incomodar as autoridades brasileiras e, é claro, o povo brasileiro, por sua simplicidade e ignorância não merecia esta afronta.
Mas nós - o povão - quase nunca tomamos conhecimento dos assuntos políticos que circulam nos bastidores ou são debatidos nos meios diplomáticos. Examinemos, porém, alguns episódios recentes.
A gigantesca hidrelétrica de Itaipu é resultado de um consórcio entre Brasil e Paraguai, construída na fronteira entre os dois países. Pelo acordo a energia produzida é dividida entre as duas nações; e o Brasil compra do Paraguai a parte de energia que aquele país não consome. Mas o Brasil paga pela aquisição apenas um terço do preço de mercado e o governo paraguaio se ressente, julgando-se prejudicado pelo acordo.
No caso do gás boliviano o processo é semelhante: o Brasil paga apenas um quarto do preço internacional por metro cúbico do produto. Tudo o que deseja o presidente boliviano Evo Moralez é que o nosso país pague um preço mais justo, o que é compreensível, afinal Bolívia e Paraguai são países pobres, com poucas possibilidades de desenvolvimento econômico, mas são explorados pela nação que é a maior Economia da América do Sul e uma das maiores do mundo (apesar da miséria em que vive a maior parte da nossa população). E essa vergonhosa exploração é praticada em nome do povo brasileiro - em meu nome, no seu, em nome de todos nós. As autoridades paraguaias nunca perdem uma oportunidade de lembrar ao Brasil uma velha dívida que contraímos com aquele país. Recordemos, pois.
O povo paraguaio ainda sente sangrar a ferida causada pelo genocídio que foi a guerra empreendida por Brasil, Uruguai e Argentina (1865 a 1870) contra o ditador Francisco Solano Lopes, que governava aquele país e tinha pretensões imperialistas. No início da guerra a população paraguaia era estimada em um milhão e quinhentos mil habitantes, e no final estava reduzida a menos da metade. Historiadores paraguaios reconhecem a grandeza do nosso ilustre Duque de Caxias, mas odeiam o Conde D´EU, marido da princesa Isabel, que comandou a entrada das tropas brasileiras em Assunção, a capital paraguaia. É que o ditador Solano Lopes, sabendo-se derrotado, tinha abandonado a frente de luta e partido para o interior; e a capital estava na ocasião defendida apenas por crianças e meninos que foram massacrados pelas forças invasoras, sob comando do Conde D´EU.
Esses fatos históricos a Educação Brasileira não transmite aos nossos filhos. A cidadania ainda engatinha...

Curioso...


Como se formam os furacões?
Os furacões são fenômenos meteorológicos que se alimentam do calor liberado através da umidade do ar e da condensação do vapor de água e que conseguem atingir velocidade superior a 105 km/h provocando assim grande destruição. Mas, como os furacões são formados?

A formação dos mesmos se dá quando o oceano é aquecido pelo sol durante algum tempo causando o aquecimento da massa de ar que se situa nas proximidades dos líquidos aumentando a umidade. A diminuição da temperatura é variável de acordo com a elevação da umidade e do ar quente. A força do furacão, ou seja, sua potência, depende do calor liberado pelo vapor de água, o que impulsiona a formação de uma tempestade que ganha força de acordo com o calor que possui, o que resulta em um furacão.

Inicialmente, sob forma de tempestade reúne energia fornecida pelas águas aquecidas fazendo com que se desfaçam se porventura entrarem em contato com água fria, o que muitas vezes acontece quando uma região é alertada sobre o risco de um furacão que posteriormente se dissipa antes de atingir o local em alerta.

No Hemisfério Sul, os furacões se movimentam no sentido horário e no Hemisfério Norte no sentido anti-horário. Esse fato ocorre por causa da movimentação do ar que se concentra em direções diferentes. Independente de sua movimentação, seus ventos interiores chegam a atingir 300 km/h, porém no centro do mesmo os ventos são mais amenos, podendo atingir apenas 30 km/h.

Os furacões mais conhecidos na história são: Dean (2007), Félix (2007), Katrina (2005), Wilma (2005), Rita (2005), Catarina (2004), Isidore (2002), Mitch (1998), Iris (1995).
http://www.brasilescola.com/curiosidades/como-se-formam-os-furacoes.htm

Mais uma etapa superada...