quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mais um capítulo do circo brasil...


Cliente quer pagar, mas as faturas não chegam
Telefônicas são os principais alvos de reclamações
RIO — Além de se preocupar em pagar as contas em dia, o brasileiro está sendo obrigado a cobrar das empresas o envio dos boletos de pagamento. Concessionárias de telecomunicações são os principais alvos de queixas, mas o problema também vem sendo observado nos planos de saúde, nas administradoras de imóveis e nas de cartões de crédito.
No Rio, a lei 5.190/2008 determina que empresas públicas ou privadas que prestem serviços no estado estão obrigadas a enviar aos clientes os boletos de pagamento no prazo mínimo de dez dias antes do vencimento. Se o consumidor provar que a empresa descumpriu a legislação, deverá ser indenizado em 100 Ufirs (R$ 240,66). Essa, no entanto, parece ser mais uma daquelas leis que “não pegaram.”
— Nunca recebo as contas no prazo, nem da Claro, nem da Vivo... Só não tenho problema com a conta de água, porque o funcionário faz a leitura e imprime o boleto na hora. Já tive de pagar multas muitas vezes. No começo, ligava reclamando e, normalmente, diziam que deveria ter ocorrido algum problema nos Correios. Mas eu moro no Centro da cidade, não deve ser nada com meu endereço. Desisti de ligar e agora imprimo as contas dos sites das empresas — conta Maurice Chiavenato, gerente de vendas em Macaé, município do Norte Fluminense.
A situação, ainda que provoque transtornos, realmente não é motivo para o consumidor deixar de pagar as contas em dia, alertam os especialistas em direito do consumidor. Nesses casos, devem ser buscados outros meios de pagamento — como a internet e os caixas eletrônicos, onde é possível pagar contas por meio da leitura de códigos de barras, que podem ser obtidos nos serviços de atendimento ao cliente.
Bruno Chaves vive situação semelhante. Morador do município do Rio, ele diz que de 2010 a 2012 deixou de receber contas de celular e internet da Vivo e da TIM por vários meses.
— Sempre ligava cobrando o envio e diziam que era problema com os Correios. Agora acabei de mudar para a Claro. Ainda estou esperando a primeira conta chegar. O problema maior é que, sem a conta, não podemos checar se estão cobrando o que realmente consumimos — destaca Bruno.
A diretora de Atendimento do Procon-SP, Selma do Amaral, afirma que esse problema é considerado uma falha na prestação do serviço, além de ser um aborrecimento a mais para o cliente:
— A empresa que, com frequência, deixa de entregar contas aos clientes está sujeita a multas. Especialmente as concessionárias de serviços regulados, como telefonia e energia elétrica. A entrega das contas está prevista nas normas de regulação desses serviços.
Deve-se registrar queixa por escrito
A advogada Janaína Alvarenga, da Associação de Proteção e Assistência aos Direitos da Cidadania (Apadic), diz que, independentemente do problema que a empresa enfrente com seus fornecedores para enviar a conta, o consumidor não pode ser prejudicado.
— Para garantir seus direitos, o cliente deve encaminhar uma reclamação por escrito, seja e-mail ou carta, para a empresa, explicando que não tem recebido as contas. Se quiser reivindicar a indenização, terá de recorrer ao Juizado Especial Cível, e esse registro por escrito será importante — ressalta Janaína.
A Vivo/Telefônica informou, em nota, que a entrega das faturas nos endereços da grande maioria dos clientes não apresenta problema. Mesmo assim, a empresa envia mensalmente mensagem via celular para todos seus clientes pessoa física com o código de barras para a realização do pagamento.
A Claro disse que envia a conta mensalmente para todos os clientes, no endereço informado pelo usuário. No entanto, caso não a receba, o consumidor pode obter a segunda via pela seção Conta Online do site da operadora ou pelo número 1052.
A TIM, por sua vez, esclareceu que o recebimento de faturas físicas é um processo que depende da atualização cadastral dos clientes, bem como da logística dos Correios. Quem não receber a fatura, pode ligar para os números *144, pelo celular, ou 1056, de qualquer telefone. As reclamações são apuradas para que não haja nova ocorrência, garante a empresa.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/defesa-do-consumidor/cliente-quer-pagar-mas-as-faturas-nao-chegam-7504796#ixzz2K9mLUf2S
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Se a moda pegar...


Quando os filhos brigarem, que tal aderia a este novo meme ?(Foto: Reprodução/KnowYourMeme)
Novo meme da web coloca filhos usando a mesma roupa para fazer as pazes
Se os seus filhos brigarem, coloque-os em uma única camisa e faça com que eles convivam mais juntos e aprendam a lidar com as diferenças. Esta é a lição do mais novo meme na web, o “Get Along Shirt”. A brincadeira consiste justamente em fazer isso: colocar os irmãos lado a lado com a mesma camisa, com a frase “The We Will Get Along Shirt” (A camisa nós vamos nos dar bem, em português).
O meme começou em novembro de 2012, quando Katie M., da Califórnia, publicou a imagem na Internet e enviou para o site do programa de televisão da apresentadora Ellen DeGeneres. A foto foi rapidamente copiada por um internauta identificado como “soltrigger”, que a publicou no Reddit. Era o começo da viralização da fotografia. Ela foi repostada por “jose116″ e, em algumas horas, ganhou milhares de “curtidas” e republicações.
Depois disso, diversas pessoas começaram a utilizar a “técnica” da “Get Along Shirt” para tentar fazer com que irmãos brigados fizessem as pazes. No site "Know Your Meme", é possível ver diversos exemplos, e ainda há uma sugestão: a ideia pode ser utilizada não somente com crianças que fazem pirraça entre si, mas também entre adultos que brigam e param de se falar sem um motivo sério para tal.
http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/02/novo-meme-da-web-coloca-filhos-usando-mesma-roupa-para-fazer-pazes.html

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Só rindo...




Refletir...


 
“Longa viagem começa por um passo.”
http://pensador.uol.com.br/proverbios_chineses/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Apesar 'da' ou 'de a' maioria ser contra?"
 Apesar da maioria da população ser contra, a partir deste ano os impostos serão maiores.

Dias desses recebi um e-mail de uma jornalista (cujo nome omito, por não ter recebido autorização para divulgá-lo) com uma dúvida interessante. Eis sua pergunta:

"Em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo pelo alto grau de conhecimento e domínio dessa língua maravilhosa, a nossa Língua Portuguesa.

Sou jornalista e achei que sabia um pouco de português, mas depois de ler algumas das suas explicações fiquei pasma com minha ignorância em certos assuntos. Bom, a minha dúvida é com relação às seguintes expressões:

a partir de, através de, apesar de.

Sei que existe um regra que impede de juntar essa preposição de com o artigo, por exemplo: apesar da, a partir do e através dessa...

Como funciona isso, quando não se pode usar, quais as expressões e por quê?"

Agora, eis minha resposta:

Não existe regra que impeça juntar a preposição de com os artigos; aliás é mais freqüente a contração das preposições de, em e por com os artigo o, a, os, as: do, da, dos, das, no, na, nos, nas, pelo, pela, pelos, pelas do que a combinação dos elementos separadamente. Veja alguns exemplos:
Acredito nas suas palavras
Rezo pela recuperação dele

Apesar da crise, cresceremos nos próximos anos
A partir da próxima segunda-feira, atenderemos somente no período da manhã
A luz solar passa através das janelas
Está na hora do recreio


Em nenhum dos exemplos citados, a preposição e o artigo poderiam ficar separados.

A contração da preposição com o artigo passa a ser equivocada se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito de um verbo. Se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito, o artigo deverá ficar isolado. Por exemplo:

Apesar de a crise ainda existir, cresceremos nos próximos anos.

(Perceba que o substantivo crise funciona como sujeito do verbo existir, já que Que é que existe?: Resposta: a crise. A preposição de e o artigo a devem, portanto, ficar separados - de a - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Apesar da crise ainda existir... )

Está na hora de os alunos descansarem. (o substantivo alunos funciona como sujeito do verbodescansar, já que Quem é que descansará?: Resposta: os alunos. A preposição de e o artigo osdevem, portanto, ficar separados: - de os - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Está na hora dos alunos descansarem... .

O mesmo acontecerá com os pronomes ele(s), ela(s), este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s), aquilo. Por exemplo:
Apesar de isso ainda existir, cresceremos nos próximos anos. (Que é que existe? Resposta: isso)
Está na hora de eles descansarem. (Quem é que descansará? Resposta: eles).

No momento de aquelas leis serem respeitadas, todos se omitem.
(Que é que será respeitado? Resposta: aquelas leis)

Mais um detalhe: a locução a partir de... não recebe o acento indicador de crase, já que este acento só deve ser usado diante de palavras femininas. O adequado, portanto, é sempre a partir de.

Claro está que apresento tudo isso segundo as normas cultas de nossa língua. No dia-a-dia não nos preocupamos com as regras gramaticais e nos comunicamos com a contração sempre. Não quero dizer que os brasileiros que assim o fazem estejam errados. Quero apenas registrar a norma culta, a forma adequada, para os interessados em escrever e falar melhor a nossa língua.

Como fica, então, a frase apresentada no início da coluna, segundo a norma culta? Analisemo-la:

O verbo ser exige como sujeito a expressão a maioria da população, já que Quem é contra? Resposta: a maioria da população. A preposição e o artigo devem, então, ficar separados.

A locução a partir de não pode receber o acento indicador de crase.

A frase, portanto, deverá ser assim estruturada por quem quiser falar e escrever adequadamente, segundo a norma padrão:
Apesar de a maioria da população ser contra, a partir deste ano os impostos serão maiores.

História...


As Capitanias Hereditárias
O sistema de capitanias hereditárias é um sistema de controle administrativo colonial que marcou a história da colonização portuguesa no Brasil. A partir do ano de 1530, o governo português passou a voltar os seus interesses políticos e econômicos para as terras brasileiras. Contudo, isso exigia a instalação de algum modelo de administração que fosse capaz de assegurar a posse portuguesa sobre o território e, ao mesmo tempo, tornar o Brasil uma colônia lucrativa.
Foi buscando resolver esse problema que os portugueses implantaram no Brasil o sistema de capitanias hereditárias, em 1534. Nesse sistema, Portugalrealizava a divisão das terras brasileiras em longas faixas que partiam do litoral até alcançar os limites do Tratado de Tordesilhas. Assim, cada faixa de terra era considerada uma capitania. Cada capitania tinha um responsável por ela, que era escolhido pelo rei de Portugal, e ganhava o título de donatário.
O donatário tinha o direito de utilizar a capitania doada por Portugal e, ao mesmo tempo, a obrigação de ocupar o território e organizar atividades que fossem lucrativas. Eles também poderiam repassar o direito de uso da capitania para o seu filho. Era por esse motivo que ela também era chamada de hereditária. Entretanto, a posse continuava com a Coroa e, por tal razão, o donatário não poderia vender ou comprar uma capitania.
A razão de Portugal utilizar esse modelo administrativo para ocupar o Brasil se dava por conta da falta de recursos financeiros e funcionários para que ele mesmo controlasse as terras diretamente. Sendo assim, o sistema de capitanias hereditárias garantia a exploração econômica da colônia sem que fosse necessário desembolsar grandes quantidades de dinheiro. Portugal tinha apenas o trabalho de fiscalizar e arrecadar os impostos que lhe eram de direito.
Mesmo com todas essas motivações e um modelo já organizado, o sistema de capitanias hereditárias não atingiu o sucesso esperado. Não raro, os donatários nomeados pela Coroa nem chegaram a pisar em terras brasileiras, mostrando receio e desinteresse em abandonar seus negócios em Portugal para se lançar a uma nova aventura do outro lado do Oceano Atlântico.
Os donatários que chegaram a assumir sua capitania e se mudar para o Brasil também enfrentaram sérias dificuldades. A grande extensão das capitanias e o desconhecimento do território dificultavam o processo de dominação. Por outro lado, a falta de incentivos do governo de Portugal tornava a missão dos donatários ainda mais complicada. Por fim, devemos também salientar a presença e a resistência das populações indígenas, que se sentiam injustiçadas com a ocupação promovida pelos portugueses.
Ao mostrar claros sinais de ineficiência, o sistema de capitanias hereditárias foi progressivamente substituído pelo Governo Geral. As duas únicas exceções do grande fracasso desse modelo foram notadas nas capitanias de São Vicente (atual estado de São Paulo) e Pernambuco. Nessas duas regiões, o sistema prosperou graças aos rápidos lucros obtidos pela exploração da cana de açúcar que era exportada para a Europa. Somente no ano de 1759, sob as ordens do marquês de Pombal, que o sistema de capitanias foi completamente extinto dando lugar somente ao Governo Geral.

Viva a sabedoria...

John Locke

Filósofo inglês (1632-1704). Vindo de uma família liberal, Lock defendeu, com toda a sua força, o liberalismo, bem como os ideais que radicam na racionalidade, tolerância, filantropia e liberdade religiosa. Filho de um jurista, Locke fez os seus estudos secundários em Londres, depois entrou para a universidade de Oxford. Depois de abandonar os estudos de Teologia, o seu interesse pela realidade levou-o a ocupar-se de Física, de Química, de Medicina e de Política. A sua condição de desterrado levou-o a viajar pela Holanda, França e Alemanha, regressando a Inglaterra após a Revolução de 1688. Morreu em 1704.
Entre as sua obras, destacam-se: a sua filosofia do direito, diferentemente de Hobbes, é uma justificação da tolerância, Cartas Sobre a Tolerância (1689). A sua teoria sobre a origem do conhecimento, Ensaio Sobre o Conhecimento Humano (1690), tido como fundamento do empirismo, afirma que todo o conhecimento provém da experiência, seja ela externa (sensações) ou interna (a reflexão ou auto-percepção. Em Dois Tratados da Governação Civil (1690), analisa a passagem do estado natural à sociedade civil. Propõe um modelo de estado que reside na soberania popular. Devido ao desenvolvimento desta teoria, é considerado o iniciador do liberalismo moderno. Deve-se-lhe, além disso, um tratado sobre a Educação (1693), onde ele apresenta o cristianismo primitivo como a religião natural que está no coração humano. De realçar ainda, A Racionalidade do Cristianismo (1695).

Mais uma etapa superada...