quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Refletir...


“Lembre-se de cavar o poço bem antes de sentir sede.” (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Gostaria de agradecer vocês por tudo..."
"Gostaria de agradecer vocês por tudo o que fizeram por mim!"

Quem nunca usou essa frase desconecte-se agora! Continuam todos aí?! Certamente, pois a oração apresentada, apesar de estar errada, é extremamente comum a qualquer meio social.

O problema é que o verbo "agradecer" - transitivo direto e indireto - admite como objeto direto apenas a "coisa" e como objeto indireto, com a preposição "a", a "pessoa". Nunca poderá acontecer a inversão. Claro está, então, que, ao usar o verbo "agradecer", obrigatoriamente haverá a preposição "a" diante da pessoa, e não poderá haver preposição alguma diante da coisa.

A frase apresentada deverá ser corrigida, então, assim:

Gostaria de agradecer a vocês tudo o que fizeram por mim!

História...


Cidadania, cidadãos e cidades
As palavras  cidadania, cidadãos e cidades possuem uma mesma origem semântica. A palavra “cidadãos” tanto representa os habitantes de uma cidade, quanto os indivíduos que possuem direitos civis, políticos e sociais.
Para a pessoa ser cidadã e ter direito à cidadania e a viver plenamente sua vida, são necessários os direitos civis. Todos os cidadãos têm o direito à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei – o conjunto desses direitos forma a sociedade civil.
Os direitos políticos de um cidadão que tem pleno gozo de sua cidadania referem-se à participação no governo da sociedade através de manifestações políticas, discussões dos problemas do governo, organização de partidos, de votar e de ser votado.
Para efetivar o pleno exercício do cidadão e do direito à cidadania, temos também osdireitos sociais, que incluem o direito ao trabalho, ao salário, à saúde, à educação e à moradia. Todos os direitos dos cidadãos que formam a cidadania são baseados najustiça social. Aliás, além dos direitos, os cidadãos também devem seguir seus deveres perante a lei, perante a sociedade.
A ideia de cidadão e do direito à cidadania surgiu na Antiguidade, quando a cidade representava a unidade comunitária. Portanto, a palavra “cidadania” deriva de “cidade” e é no espaço público das cidades que os cidadãos se encontram para reivindicar seus direitos, sua cidadania.
Desde a Antiguidade, várias pessoas não tiveram o direito à sua cidadania – foram cidadãos sem cidadania, ou seja, sem os direitos civis, sociais e políticos. A escravidão, desde a Antiguidade até à contemporaneidade, constituiu a plena proibição à liberdade das pessoas escravizadas.
As relações de servidão na Idade Média restringiram a liberdade do camponês e tiraram dele o direito de ter uma propriedade. No período medieval, somente os nobres possuíam terras. Na Idade Contemporânea, milhões de pessoas não possuem um pedaço de terra. O exemplo do Brasil é clássico: o país possui uma grande extensão territorial, mas a maioria da terra sempre esteve em posse de grandes latifundiários, enquanto a grande parte da população é conhecida como “sem-terra”. Há séculos se falou em reforma agrária (a distribuição de terras entre a população sem-terra), mas isso parece estar longe de acontecer.
Os exemplos de não exercício da cidadania são muitos; citamos alguns exemplos para demonstrar que a cidadania não alcança todos os cidadãos, mas poucos.

Viva a sabedoria...

Antero de Quental

Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 1842-1891), poeta, pensador e filósofo português. Estudou em Coimbra, onde se licenciou em Direito. Grande vulto da Geração de 70, de que foi, de certo modo, mentor. Empenhou-se na revolução da mentalidade das elites no sentido modernizante, e na revolução social em defesa da classe trabalhadora. Alcançou projecção europeia. Está traduzido em várias línguas. Sofrendo, desde 1874, de psicose maníaco-depressiva, acabou por se suicidar.
No aspecto literário, ele próprio se considera discípulo de Camões. A poesia de Antero transformou-se em vivência dialéctica da concepção do mundo. Considerado um dos grandes espíritos da humanidade, os seus Sonetos alcançaram, segundo estudiosos do género, alguns dos momentos superiores da poesia portuguesa do século XIX.
É sobretudo nos seus poemas que encontramos expresso o seu pensamento filosófico. Leibniz, Kant, Hegel e E. Hartmann influenciaram o desenvolvimento do seu pensamento. No que respeita à filosofia social e política, foi Proudhon que lhe serviu de referência. Com efeito, «o principal significado da obra filosófica de Antero Quental reside na sua reacção contra o naturalismo e o positivismo e no seu empenho em fundar uma filosofia com lugar para as questões metafísicas» (Gustavo de Fraga, in LOGOS).
Os seus Sonetos, de intensa dimensão filosófica, são dos mais belos da língua portuguesa: Prosas (1923-1931), Leituras Populares (1860), O Sentimento da Imortalidade (1865), Bom-senso e bom gosto (1865), Odes Modernas (1865), A Filosofia da Natureza dos Naturalistas (1886), Sonetos Completos (1886,) O Socialismo e a Moral (1889), Tenências Gerais da Filosofia na Segunda Metade do Século XIX (1890), Ensaio sobre as bases Filosóficas da Moral ou Filosofia da Liberdade (1893), Prosas (1923, em 3 vols.).

Cultura viva...


Origami
Não há data exata do surgimento da arte milenar do origami, alguns historiadores acreditam que tenha surgido após a invenção do papel, quando o mesmo foi introduzido no Japão por volta dos séculos V e VI, sendo uma decorrência natural da invenção do papel. A técnica teve origem no Japão, sendo aperfeiçoada e propagada pelo mundo inteiro.
As figuras representadas no origami têm diferentes significados para os japoneses, como, por exemplo, tsuru (cegonha) simboliza a felicidade, boa sorte e saúde, o sapo significa amor e felicidade, entre outros. As primeiras dobraduras foram criadas quando o Estado e a religião eram um só, dessa forma representavam a natureza das cerimônias religiosas.
Estes, porém, eram a mistura de origami com kirgami (arte de formar figuras através de recortes de papéis), eram confeccionados com papéis manufaturados unicamente para o uso dos sacerdotes xintoístas. Com a intenção de honrar o espírito das árvores que davam vida ao papel, os sacerdotes xintoístas passaram a pregar regras rígidas para a arte do origami como, por exemplo, não cortar ou colar as folhas.
Até metade do século XIX, a arte das dobraduras era restrita aos adultos pelo alto custo do papel, porém, em 1876, o origami passou a ser ensinado nas escolas, fazendo parte da educação dos japoneses.
http://www.brasilescola.com/artes/origami.htm

Entendendo...


Cultura
Cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana
No senso comum, cultura adquire diversos significados: grande conhecimento de determinado assunto, arte, ciência, “fulano de tal tem cultura”.
Aos olhos da Sociologia, cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento, adquirido a partir do convívio social.
Só o homem possui cultura.
Seja a sociedade simples ou complexa, todas possuem sua forma de expressar, pensar, agir e sentir, portanto, todas têm sua própria cultura, o seu modo de vida.
Não existe cultura superior ou inferior, melhor ou pior, mas sim culturas diferentes.
As funções da cultura são:
satisfazer as necessidades humanas;
limitar normativamente essas necessidades;
implica em alguma forma de violação da condição natural do homem. Por exemplo: paletó e gravata são incompatíveis com clima quente; privar-se de boa alimentação em prol da ostentação de um símbolo de prestígio, como um automóvel; pressão social para que tanto homens quanto mulheres atinjam o ideal de beleza física.
O que é belo numa sociedade poderá ser feio em outro contexto cultural.
Já o conceito de cultura de massa pode ser definido como padrões compartilhados pela maioria dos indivíduos, independente da renda, instrução, ocupação etc.
Cultura de massa é produto da indústria cultural, tipicamente de sociedades capitalistas; refere-se aspectos superficiais de lazer, gosto artístico e vestuário.
A indústria cultural está sempre “fabricando” modas e gostos, a cultura de massa só é viável em razão da invenção da comunicação em massa.

Curioso...

Dar com os burros n’água
O “dar com os burros n’água” nasceu com os tropeiros que cortavam o território colonial.
Na hora que acontece um infortúnio, palavras e expressões que manifestam o nosso desalento surgem sem maiores dificuldades. Contudo, por que alguns desafortunados costumam dizer que “deram com os burros n’água”? Para responder a esse mistério do nosso vernáculo, basta investigar o tempo em que as mulas e os burros se transformaram no principal meio de transporte do Brasil.

No século XVIII, o desenvolvimento da economia aurífera foi responsável pelo aparecimento de vários centros urbanos no interior da colônia. Nessa época, a corrida pelo ouro acabou deixando em segundo plano o desenvolvimento dos meios e recursos que poderiam atender as demandas de cada uma dessas cidades. Dessa forma, as localidades com economia mais diversificada acabaram fornecendo muitos dos víveres necessários à sobrevivência dos habitantes de tais localidades.

Para atravessar o sertão brasileiro com essas mercadorias, os tropeiros utilizaram o lombo de burros e mulas que resistiam a longos períodos de caminhada pelas matas. Apesar de bastante lucrativa, essa atividade era repleta de desafios que transformavam o tropeirismo em uma aventura incerta e tomada por alguns riscos. Em algumas dessas situações, os pobres animais de carga eram obrigados a atravessar terrenos alagados e muitos acabavam morrendo afogados.

Além de perder o útil animal, muitas vezes obtido junto a contrabandistas da região sul, os viajantes poderiam perder as mercadorias que lhe dariam um considerável retorno financeiro. Com isso, na medida em que a expressão foi aumentando, toda vez que alguém levava a pior, o incidente com os burros (ou mulas!) acabava simbolizando a falta de sorte do infeliz.

Mais uma etapa superada...