terça-feira, 2 de julho de 2013

História...

Período clássico da Grécia

As Cariátides no templo de Erecteion demonstram a beleza estética grega do período clássico.

O período histórico dos séculos V a.C. e IV a.C., na região grega, foi denominado pelos historiadores como Período Clássico por conter as principais características da civilização grega. Este período foi marcado por várias guerras travadas contra inimigos externos e entre os próprios gregos. Mas foi também neste período histórico que a civilização grega conseguiu alcançar o ponto mais alto de seu desenvolvimento econômico e também cultural, tendo como principal cidade-Estado Atenas.

Os principais inimigos externos dos gregos neste período foram os persas (também chamados de medos). Os conflitos entre as duas civilizações ficaram conhecidos como Guerras Médicas (nome derivado dos medos) e ocorreram entre os anos de 500 a.C. e 479 a.C.

Os persas dominaram a região do mar Jônio onde uma série de cidades-Estado de origem grega foi submetida ao Império Persa. Ao se rebelarem contra os persas, conseguiram o apoio de outras cidades-Estado, principalmente de Atenas, o que levou à guerra entre as duas civilizações.

Duas batalhas ficaram marcadas como as principais das duas Guerras Médicas. Na primeira guerra médica foi a Batalha de Maratona, quando o exército do rei persa Dário I atravessou o mar Egeu em 490 a.C. e pretendia atacar Atenas pelo norte, na estreita planície de Maratona. O rápido ataque das tropas atenienses comandadas por Milcíades levou os persas à derrota, fazendo-os recuar.

Quando os gregos haviam vencido a batalha, segundo a lenda, o soldado Fidípedes correu pouco mais de 40 km até Atenas para dar a notícia da vitória, morrendo às portas da cidade após dizer que os gregos haviam vencido. A corrida de Fidípedes ficou famosa, e hoje a maratona, como ficou conhecida, é uma das provas mais tradicionais do atletismo.

A segunda guerra médica ficou marcada pela Batalha de Termópilas. Os gregos, sabendo de um novo ataque persa, agora sob o comando do filho de Dario I, o rei Xerxes, uniram-se para enfrentar o inimigo. Termópilas era um desfiladeiro de 15 metros de largura entre as montanhas e o mar, que caso fosse ultrapassado possibilitaria a entrada na península grega das tropas inimigas.

Possivelmente, nesta batalha, o rei Leônidas contava com 300 soldados espartanos e mais 6 mil de outras localidades contra 150 mil soldados de Xerxes. Xerxes havia ameaçado esconder o sol com as flechas que seu exército lançaria sobre os gregos. Leônidas havia respondido que assim seria melhor, pois combateriam nas sombras.

Os soldados espartanos resistiram ao ataque persa, mas uma traição levou os persas a atacarem pela retaguarda. Este ataque derrotou os gregos e permitiu que os persas entrassem no território, destruindo várias cidades, dentre elas, Atenas.

Os gregos fugiram para o Canal de Salamina, onde seus ágeis barcos conseguiram derrotar a forte esquadra persa, pondo fim à guerra.

A vitória fortaleceu Atenas, que liderou a formação da Confederação de Delos, uma união de cidades-Estado que tinha por sede a ilha de Delos e onde um tesouro foi guardado para financiar a defesa dos gregos em caso de novas guerras.

Atenas ainda fortaleceu seu comércio marítimo, e os recursos financeiros conseguidos serviram para reconstruir a cidade.  O líder político ateniense Péricles, que governou a pólis por 30 anos (461 a.C. a 429 a.C. ), fortaleceu o regime democrático, com a participação nas decisões políticas de todos os cidadãos.


Parthenon no cume da acrópole de Atenas.

A reconstrução da cidade foi guiada com o objetivo de levantar novas edificações e também que estas fossem belas. Esta proposta de Péricles estimulava à produção cultural de Atenas, com o incentivo à arte, à arquitetura, à escultura, à pintura, ao teatro e à filosofia. Foi no governo de Péricles que se construiu o Parthenon, na acrópole, sendo o principal símbolo arquitetônico da cidade. Este período ficou conhecido como o século de Péricles, marcando o momento de maior desenvolvimento da civilização grega.

Mas Esparta e outras cidades não concordavam com o domínio ateniense e formaram a Confederação do Peloponeso para se opor à Confederação de Delos. O resultado foi a Guerra do Peloponeso, que ocorreu entre 431 a.C. e 404 a.C. Esparta saiu vitoriosa da guerra, mas enfraqueceu a unidade da civilização grega. 

Tebas entrou em guerra com Esparta e venceu. Mas eles não conseguiram conter a força do Império Macedônico. Em 338 a.C., o rei macedônico Felipe II conquistou a Grécia, mantendo este povo dominado por estrangeiros até o século XIX d.C.

http://www.escolakids.com/periodo-classico-da-grecia.htm

Viva a sabedoria...

Ciência e Mística no primeiro Wittgenstein

Para Wittgenstein, a filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem utilizados pelas ciências naturais, mas uma atividade útil para corrigir a linguagem e, portanto, o pensamento.

Para Wittgenstein, a filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem utilizados pelas ciências naturais

Diz-se “primeiro Wittgenstein” porque a obra deste eminente filósofo da linguagem do século XX é comumente dividida em duas partes: a que se refere ao Tractatus Logico-Philosophicus, que será visto aqui, e as Investigações Filosóficas. O Tractatus, como ficou conhecido, foi a primeira obra do pensamento contemporâneo que pretendia aplicar não só a matemática e seu rigor à linguagem, mas também compreender a relação ontológica que há entre o mundo o pensamento. Essa foi a primeira etapa do pensamento de Ludwig Wittgenstein.

Conforme o autor, o mundo é dividido em partes menores. A representação complexa do real subdivide-se no que ficou conhecido por fatos atômicos. Dessa forma, a linguagem, através das proposições, alcança o real por fazer parte da estrutura mesmo desse. A linguagem também pode ser subdividida até princípios elementares que são frases, palavras e letras que, moldadas devidamente, seriam capazes de espelhar exatamente a realidade.

Wittgenstein parece recuperar uma discussão antiga estabelecida no livro Crátilo de Platão que versa sobre a correção dos nomes e do elo natural que há entre estes e as coisas. Assim, desenvolve a partir da compreensão platônica de que o nome imita a sua coisa, a sua teoria pictória ou figurativa, em que a linguagem representa exatamente o mundo. 

No entanto, a estrutura simbólica não é dada a partir de letras e sílabas, nem ao menos da palavra isolada. A menor unidade de sentido estabelecida na linguagem é a proposição (portanto, referindo-se não mais ao Crátilo e sim ao diálogo Sofista de Platão onde fica claro que o pensamento é proposicional). Assim como há fatos atômicos, há também proposições atômicas que expressam devidamente a realidade.

Há, assim, uma estreita conexão também entre Wittgenstein e Kant. Este dizia que o nosso conhecimento só poderia ser fenomênico, ou seja, através de uma aliança entre o que percebemos (intuição) e o que julgamos (conceito), segundo as formas transcendentais. Foi justamente esse caráter antimetafísico que fez com que os pesquisadores do Círculo de Viena se interessassem pela filosofia de Wittgenstein. 

No entanto, há o indizível, há o aquilo que não se pode dizer e que, portanto, promove a distinção entre o Círculo e Wittgenstein: para o grupo de Viena, o que não se pode dizer, sequer existe e justamente por isso, a ciência natural e a linguagem adequada constituem a totalidade do mundo, enquanto que para o nosso filósofo, “daquilo que não se pode falar, deve-se calar”, ou seja, para Wittgenstein, o indizível, o inefável é mais importante do que o dizível. 

A ética e a metafísica não podem traduzir-se em discursos. E é nisso que consiste o aspecto místico do Tractatus.

A inspiração de Wittgenstein é clara. Para ele, a filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem utilizados pelas ciências naturais, como pretendiam os estudiosos do Círculo de Viena e os neopositivistas, mas trata-se de uma atividade útil para corrigir a linguagem e, portanto, o pensamento.

Portanto, para a primeira fase do pensamento de Wittgenstein há uma forma de compreender o mundo que é analisar a linguagem, já que “o mundo é o que acontece” e é também uma “proposição exata”. “A proposição é uma função de verdade” e “a representação lógica dos fatos é pensamento”.

http://www.brasilescola.com/filosofia/ciencia-mistica-no-primeiro-wittgenstein.htm

Arte...

Yesterday

Em 2006, em votação internacional pela Internet, a canção Yesterday, composta por John Lennon e Paul McCartney, membros do inesquecível grupo musical britânico THE BEATLES, foi eleita a mais bela melodia de todos os tempos. Abaixo você pode conferir a letra e a respectiva tradução.

YESTERDAY

Yesterday all my troubles seemed so far away
Ontem todos os meus problemas pareciam estar longe.
Now it looks as thought they’re here to stay
Agora parece que eles estão aqui para ficar.
Oh! I believe in yesterday. Suddenly
Oh! Eu acredito no ontem. De repente
I’m not half the man I used to be
Eu não sou a metade do homem que costumava ser.
There’s a shadow hanging over me
Há uma sombra pairando sobre mim
Oh! Yesterday came suddenly.
Oh! O Ontem veio de repente.
Oh! Why she had to go I don’t know, she wouldn’t say.
Oh! Por que ela partiu, eu não sei, ela não diria.
I said something wrong, now I long for Yesterday.
Eu disse algo errado, agora eu espero pelo dia de Ontem.
Yesterday love was such an easy game to play,
Ontem o amor era um jogo fácil de ser jogado
Now I need a place to hide away
Agora eu preciso de um local para me esconder
Oh! I believe in yesterday.
Oh! Eu acredito no dia de ontem.

http://www.brasilescola.com/artes/yesterday.htm

Entendendo...

O Estado de direito e a divisão constitucional dos poderes

A divisão constitucional dos poderes é dada da seguinte forma: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. O Estado de direito, por sua vez, é o Estado regulado por leis, normas.

República Federativa do Brasil constitui-se em um Estado de direito.

Para discutirmos a ideia de Estado de direito e a divisão constitucional dos poderes, partimos aqui do posicionamento de um dos principais cientistas políticos do século XX: Norberto Bobbio. Por Estado de direito deve-se entender um Estado no qual os poderes públicos são regulados por normas, por leis. A sociedade deve ser governada sob as leis, e os poderes (executivo, legislativo e judiciário) devem ser regulados também por uma constituição. 

O Estado de direito seria caracterizado pela transformação dos direitos naturais em leis do Estado, isto é, pela constitucionalização dos direitos naturais. Segundo Norberto Bobbio, “na doutrina liberal, Estado de direito significa não só a subordinação dos poderes públicos de qualquer grau às leis gerais do país, limite que é puramente formal, mas também subordinação das leis ao limite material do reconhecimento de alguns direitos fundamentais considerados constitucionalmente, e, portanto, em linha de princípio ‘invioláveis’ [...]” (BOBBIO, 1995, p. 18). 

Dessa forma, cabe ao Estado de direito uma preocupação permanente (pelo menos do ponto de vista teórico) com a promoção e preservação da cidadania plena, a qual seria constituída pelos direitos civis, políticos e sociais.

Assim, a divisão constitucional dos poderes (dada pela Constituição) é feita entre o Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário, cada qual com sua respectiva função na organização da sociedade. Em linhas gerais, ao Poder Executivo cabe a administração do Estado propriamente dita, naquilo que diz respeito ao governo da máquina pública. 

Ao Poder Legislativo cabe a formulação, discussão e aprovação de leis, as quais são pensadas conforme as demandas e anseios da sociedade por ele representada. E, por final, ao Poder Judiciário cabe o julgamento dos possíveis conflitos, agindo de forma imparcial, pautando pela obrigatoriedade do cumprimento das leis.

Do Estado de direito nascem mecanismos constitucionais para impedir os abusos de poder ou o seu exercício ilegal. Nas palavras de Norberto Bobbio, tais mecanismos são garantias da liberdade dos indivíduos, no sentido de que estes não devem estar presos aos “desmandos” de qualquer um que assuma o poder. 

Estes mecanismos nascem da interação desses poderes públicos (na interdependência destes), e na visão de Bobbio, os mais importantes são: 1° - o controle do Poder Executivo por parte do Poder Legislativo (ou controle do próprio governo – representado pelo poder executivo – pelas assembleias de vereadores, deputados, e senadores); 2° – o eventual controle do parlamento no exercício do Poder Legislativo por parte de uma corte jurisdicional, isto é, pelo Poder Judiciário; 3° – uma relativa autonomia do governo local em todas as suas formas e em seus graus com respeito ao governo central; (pensemos na relação Governo Municipal, Governo Estadual e Governo Federal); 4° uma magistratura independente do poder político.

Assim, a República Federativa do Brasil constitui-se em um Estado de direito e, dessa forma, todas essas características descritas acima se aplicam ao caso brasileiro. No entanto, como convite à reflexão, basta sabermos até que ponto as definições teóricas dos papéis e funções de cada poder aqui colocado – principalmente no tocante à imparcialidade, ao controle do abuso de poder e à autonomia de cada um – de fato são coerentes com nossa realidade política e governamental.

Curioso...

Jurar de pés juntos
O jurar de pés juntos advém de um antigo hábito da Santa Inquisição.

Em diversas situações do nosso dia a dia, somos forçados a utilizar de uma mentira ou omitir a verdade por questões de interesse próprio. Apesar de fazer parte do nosso cotidiano, sabemos que uma mentira pode ser crucial para que tenhamos a nossa credibilidade ameaçada junto a um terceiro. Muitas vezes, aqueles que não são muito dignos de crédito, acabam se valendo de súplicas diversas para serem levados a sério. Não raro, atestam o valor de suas palavras “jurando de pés juntos”.

Para nós, a origem dessa palavra nos parece incógnita. Afinal, qual a relação existente entre o fato de dizer a verdade e ficar com os pés juntos? Seria isso algum tipo de superstição antiga? Ou esse termo faria referência a uma posição que pode ser entendida como sinal de respeito e verdade? Nem uma coisa, nem outra! Para saber de onde vem esse tipo de juramento, devemos nos reportar aos tempos medievais, mais especificamente no período da Inquisição.

Durante a Baixa Idade Média, observamos que o desenvolvimento das heresias se constituía como uma séria ameaça à hegemonia dos dogmas pregados pela Igreja Católica. Afinal de contas, o aparecimento de outras compreensões de fé poderia abrir caminho para a fundação de novas religiões ou de outros movimentos que abalariam a imagem da Igreja como detentora do saber religioso. Foi daí que, no século XIII, foi criado o Tribunal do Santo Ofício, fundado para punir os crimes contra a fé católica.

Quando acusada de um crime religioso, a pessoa investigada passava pela prisão e tinha a sua casa toda revistada. Nesse tempo de reclusão, os membros da Igreja abriam espaço para que o investigado realizasse a confissão de seus mais graves pecados. Caso isso não acontecesse, os clérigos utilizavam de métodos de tortura que deveriam forçar o pobre cristão a admitir suas falhas. Foi daí que surgiu a expressão “jurar de pés juntos”.

Entre as várias torturas empregadas, os suspeitos tinham, muitas vezes, os pés e as mãos amarrados ou terrivelmente pregados em postes de madeira. Em muitas situações, o inconfesso era colocado de ponta cabeça, o que só aumentava o seu desconforto. Logo, não suportando as dores daquele tipo de agressão, acabavam confessando qualquer tipo de crime religioso. Eles literalmente acabavam “jurando de pés juntos” a prática dos delitos que os levaram àquele tormento.

Com o passar do tempo, a tortura inquisitória acabou se transformando em expressão popular na Península Ibérica, coincidentemente, uma das regiões mais atingidas pela Inquisição Católica. Em terras portuguesas, além do uso aqui exposto, os portugueses também empregam o seu antônimo dizendo “negar de pés juntos”. Já entre os vizinhos espanhóis presenciamos a variação “crer com os pés juntos”, que significa acreditar incondicionalmente em algo.


Piada...

O marido e a mulher foram ao hospital para terem um bebê. Chegando lá, o médico disse que tinha inventado uma máquina que dividiria as dores do parto com o pai da criança. Perguntando se eles queriam experimentar o novo invento, de pronto obteve aceitação do casal. 

O médico regulou a máquina para transferir somente 10% da dor para o pai, dizendo que seria o bastante, porque sendo um homem, não poderia suportar mais do que isso. A mulher começou o trabalho de parto e o marido estava se sentindo muito bem. Assim resolveram aumentar a taxa da dor para 20%. 

O marido continuava bem. O médico intrigado mediu a pressão conferiu o coração e tudo estava normal. Assim, resolveu ir aos 50%. Depois de um tempo, o bebê estava quase nascendo, e como o marido continuava bem, resolveram transferir a dor do parto 100% para o marido e proporcionar à mulher um parto sem dor. 

A mulher teve o bebê sem dor. Ela e o marido estavam sentindo-se muito bem. Ao chegarem em casa, encontraram o carteiro morto na varanda!


Devanear...


Valsa para uma menininha - Vinicius de Moraes

Menininha do meu coração Eu só quero você A três palmos do chão Menininha, não cresça mais não Fique pequenininha na minha canção Senhorinha levada Batendo palminha Fingindo assustada Do bicho-papão  Menininha, que graça é você Uma coisinha assim Começando a viver Fique assim, meu amor Sem crescer Porque o mundo é ruim, é ruim E você vai sofrer de repente Uma desilusão Porque a vida é somente Teu bicho-papão  Fique assim, fique assim Sempre assim E se lembre de mim Pelas coisas que eu dei E também não se esqueça de mim Quando você souber enfim De tudo o que eu amei.


Mais uma etapa superada...