Período clássico da Grécia
As Cariátides no
templo de Erecteion demonstram a beleza estética grega do período clássico.
O período histórico
dos séculos V a.C. e IV a.C., na região grega, foi denominado pelos
historiadores como Período Clássico por conter as principais características da
civilização grega. Este período foi marcado por várias guerras travadas contra
inimigos externos e entre os próprios gregos. Mas foi também neste período
histórico que a civilização grega conseguiu alcançar o ponto mais alto de seu
desenvolvimento econômico e também cultural, tendo como principal cidade-Estado
Atenas.
Os principais
inimigos externos dos gregos neste período foram os persas (também chamados de
medos). Os conflitos entre as duas civilizações ficaram conhecidos como Guerras
Médicas (nome derivado dos medos) e ocorreram entre os anos de 500 a.C. e 479
a.C.
Os persas dominaram
a região do mar Jônio onde uma série de cidades-Estado de origem grega foi
submetida ao Império Persa. Ao se rebelarem contra os persas, conseguiram o
apoio de outras cidades-Estado, principalmente de Atenas, o que levou à guerra
entre as duas civilizações.
Duas batalhas
ficaram marcadas como as principais das duas Guerras Médicas. Na primeira
guerra médica foi a Batalha de Maratona, quando o exército do rei persa Dário I
atravessou o mar Egeu em 490 a.C. e pretendia atacar Atenas pelo norte, na
estreita planície de Maratona. O rápido ataque das tropas atenienses comandadas
por Milcíades levou os persas à derrota, fazendo-os recuar.
Quando os gregos
haviam vencido a batalha, segundo a lenda, o soldado Fidípedes correu pouco
mais de 40 km até Atenas para dar a notícia da vitória, morrendo às portas da
cidade após dizer que os gregos haviam vencido. A corrida de Fidípedes ficou
famosa, e hoje a maratona, como ficou conhecida, é uma das provas mais
tradicionais do atletismo.
A segunda guerra
médica ficou marcada pela Batalha de Termópilas. Os gregos, sabendo de um novo
ataque persa, agora sob o comando do filho de Dario I, o rei Xerxes, uniram-se
para enfrentar o inimigo. Termópilas era um desfiladeiro de 15 metros de
largura entre as montanhas e o mar, que caso fosse ultrapassado possibilitaria
a entrada na península grega das tropas inimigas.
Possivelmente, nesta
batalha, o rei Leônidas contava com 300 soldados espartanos e mais 6 mil de
outras localidades contra 150 mil soldados de Xerxes. Xerxes havia ameaçado
esconder o sol com as flechas que seu exército lançaria sobre os gregos.
Leônidas havia respondido que assim seria melhor, pois combateriam nas sombras.
Os soldados
espartanos resistiram ao ataque persa, mas uma traição levou os persas a
atacarem pela retaguarda. Este ataque derrotou os gregos e permitiu que os
persas entrassem no território, destruindo várias cidades, dentre elas, Atenas.
Os gregos fugiram
para o Canal de Salamina, onde seus ágeis barcos conseguiram derrotar a forte
esquadra persa, pondo fim à guerra.
A vitória fortaleceu
Atenas, que liderou a formação da Confederação de Delos, uma união de
cidades-Estado que tinha por sede a ilha de Delos e onde um tesouro foi
guardado para financiar a defesa dos gregos em caso de novas guerras.
Atenas ainda
fortaleceu seu comércio marítimo, e os recursos financeiros conseguidos
serviram para reconstruir a cidade. O
líder político ateniense Péricles, que governou a pólis por 30 anos (461 a.C. a
429 a.C. ), fortaleceu o regime democrático, com a participação nas decisões
políticas de todos os cidadãos.
Parthenon no cume da
acrópole de Atenas.
A reconstrução da
cidade foi guiada com o objetivo de levantar novas edificações e também que
estas fossem belas. Esta proposta de Péricles estimulava à produção cultural de
Atenas, com o incentivo à arte, à arquitetura, à escultura, à pintura, ao
teatro e à filosofia. Foi no governo de Péricles que se construiu o Parthenon,
na acrópole, sendo o principal símbolo arquitetônico da cidade. Este período
ficou conhecido como o século de Péricles, marcando o momento de maior
desenvolvimento da civilização grega.
Mas Esparta e outras
cidades não concordavam com o domínio ateniense e formaram a Confederação do
Peloponeso para se opor à Confederação de Delos. O resultado foi a Guerra do
Peloponeso, que ocorreu entre 431 a.C. e 404 a.C. Esparta saiu vitoriosa da guerra,
mas enfraqueceu a unidade da civilização grega.
Tebas entrou em guerra com
Esparta e venceu. Mas eles não conseguiram conter a força do Império
Macedônico. Em 338 a.C., o rei macedônico Felipe II conquistou a Grécia,
mantendo este povo dominado por estrangeiros até o século XIX d.C.
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