terça-feira, 2 de julho de 2013
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Discutindo acerca da relação entre linguagem X imagem pessoal.
Não deixe que alguns “micos” comprometam sua imagem.
Em meio à convivência diária com os seres que nos rodeiam, sempre
transmitimos uma imagem sobre nós mesmos, seja no modo de vestir, nos gestos,
por meio da linguagem corporal, nas expressões fisionômicas, nas atitudes e,
sobretudo, por meio da fala. Todos estes aspectos se apresentam interligados
entre si, conduzindo-nos a uma efetiva interação social.
Assim sendo, a linguagem propriamente dita representa o elemento de
maior peso nesse ínterim, uma vez materializada por meio do domínio que temos
do sistema linguístico associado às variantes do idioma das quais fazemos uso
mediante as distintas circunstâncias de interlocução que ora compartilhamos. E,
por assim dizer, longe de quaisquer questionamentos, representam elas o ápice
de nossa discussão.
Para sermos mais claros, voltemos à questão da imagem e
associemo-la às variantes. Ora, quem nunca foi pego de surpresa algumas vezes
pronunciando chavões, frases de efeito ou até mesmo algumas gírias? O fato é
que determinadas situações de comunicação são demarcadas pelo emprego de
cacoetes proferidos à exaustão e isso pode comprometer profundamente a imagem
pessoal de qualquer pessoa.
São muitas as situações que ilustram tal ocorrência, como, por
exemplo, quem comete desvios constantes em relação à ortografia denota, muitas
vezes, sinais de uma má alfabetização. Como consequência disso, tal ocorrência
pode muitas vezes transmitir um despreparo não somente em relação à língua, mas
também em outros aspectos. Outros “micos”, uma vez representados pelos vícios
de linguagem, podem indicar a ausência de um domínio vocabular mais versátil e
criativo.
Dessa forma, tendo em vista as situações formais de comunicação a
que nos encontramos “imersos”, o artigo em referência pauta-se por evidenciar
alguns “micos” gramaticalmente condenáveis no que diz respeito à ortografia,
regência e concordância, sintaxe e semântica, seguidos de sua respectiva
correção, de modo a evitar que você cometa alguns tropeços em se tratando de
uma dada circunstância comunicativa. Eis que são:
Ortográficos
Semânticos (relação de semelhança)
Concordância e regência
Sintaxe
História...
Período clássico da Grécia
As Cariátides no
templo de Erecteion demonstram a beleza estética grega do período clássico.
O período histórico
dos séculos V a.C. e IV a.C., na região grega, foi denominado pelos
historiadores como Período Clássico por conter as principais características da
civilização grega. Este período foi marcado por várias guerras travadas contra
inimigos externos e entre os próprios gregos. Mas foi também neste período
histórico que a civilização grega conseguiu alcançar o ponto mais alto de seu
desenvolvimento econômico e também cultural, tendo como principal cidade-Estado
Atenas.
Os principais
inimigos externos dos gregos neste período foram os persas (também chamados de
medos). Os conflitos entre as duas civilizações ficaram conhecidos como Guerras
Médicas (nome derivado dos medos) e ocorreram entre os anos de 500 a.C. e 479
a.C.
Os persas dominaram
a região do mar Jônio onde uma série de cidades-Estado de origem grega foi
submetida ao Império Persa. Ao se rebelarem contra os persas, conseguiram o
apoio de outras cidades-Estado, principalmente de Atenas, o que levou à guerra
entre as duas civilizações.
Duas batalhas
ficaram marcadas como as principais das duas Guerras Médicas. Na primeira
guerra médica foi a Batalha de Maratona, quando o exército do rei persa Dário I
atravessou o mar Egeu em 490 a.C. e pretendia atacar Atenas pelo norte, na
estreita planície de Maratona. O rápido ataque das tropas atenienses comandadas
por Milcíades levou os persas à derrota, fazendo-os recuar.
Quando os gregos
haviam vencido a batalha, segundo a lenda, o soldado Fidípedes correu pouco
mais de 40 km até Atenas para dar a notícia da vitória, morrendo às portas da
cidade após dizer que os gregos haviam vencido. A corrida de Fidípedes ficou
famosa, e hoje a maratona, como ficou conhecida, é uma das provas mais
tradicionais do atletismo.
A segunda guerra
médica ficou marcada pela Batalha de Termópilas. Os gregos, sabendo de um novo
ataque persa, agora sob o comando do filho de Dario I, o rei Xerxes, uniram-se
para enfrentar o inimigo. Termópilas era um desfiladeiro de 15 metros de
largura entre as montanhas e o mar, que caso fosse ultrapassado possibilitaria
a entrada na península grega das tropas inimigas.
Possivelmente, nesta
batalha, o rei Leônidas contava com 300 soldados espartanos e mais 6 mil de
outras localidades contra 150 mil soldados de Xerxes. Xerxes havia ameaçado
esconder o sol com as flechas que seu exército lançaria sobre os gregos.
Leônidas havia respondido que assim seria melhor, pois combateriam nas sombras.
Os soldados
espartanos resistiram ao ataque persa, mas uma traição levou os persas a
atacarem pela retaguarda. Este ataque derrotou os gregos e permitiu que os
persas entrassem no território, destruindo várias cidades, dentre elas, Atenas.
Os gregos fugiram
para o Canal de Salamina, onde seus ágeis barcos conseguiram derrotar a forte
esquadra persa, pondo fim à guerra.
A vitória fortaleceu
Atenas, que liderou a formação da Confederação de Delos, uma união de
cidades-Estado que tinha por sede a ilha de Delos e onde um tesouro foi
guardado para financiar a defesa dos gregos em caso de novas guerras.
Atenas ainda
fortaleceu seu comércio marítimo, e os recursos financeiros conseguidos
serviram para reconstruir a cidade. O
líder político ateniense Péricles, que governou a pólis por 30 anos (461 a.C. a
429 a.C. ), fortaleceu o regime democrático, com a participação nas decisões
políticas de todos os cidadãos.
Parthenon no cume da
acrópole de Atenas.
A reconstrução da
cidade foi guiada com o objetivo de levantar novas edificações e também que
estas fossem belas. Esta proposta de Péricles estimulava à produção cultural de
Atenas, com o incentivo à arte, à arquitetura, à escultura, à pintura, ao
teatro e à filosofia. Foi no governo de Péricles que se construiu o Parthenon,
na acrópole, sendo o principal símbolo arquitetônico da cidade. Este período
ficou conhecido como o século de Péricles, marcando o momento de maior
desenvolvimento da civilização grega.
Mas Esparta e outras
cidades não concordavam com o domínio ateniense e formaram a Confederação do
Peloponeso para se opor à Confederação de Delos. O resultado foi a Guerra do
Peloponeso, que ocorreu entre 431 a.C. e 404 a.C. Esparta saiu vitoriosa da guerra,
mas enfraqueceu a unidade da civilização grega.
Tebas entrou em guerra com
Esparta e venceu. Mas eles não conseguiram conter a força do Império
Macedônico. Em 338 a.C., o rei macedônico Felipe II conquistou a Grécia,
mantendo este povo dominado por estrangeiros até o século XIX d.C.
Viva a sabedoria...
Ciência e Mística no primeiro Wittgenstein
Para Wittgenstein, a
filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem utilizados
pelas ciências naturais, mas uma atividade útil para corrigir a linguagem e,
portanto, o pensamento.
Para Wittgenstein, a
filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem
utilizados pelas ciências naturais
Diz-se “primeiro
Wittgenstein” porque a obra deste eminente filósofo da linguagem do século XX é
comumente dividida em duas partes: a que se refere ao Tractatus
Logico-Philosophicus, que será visto aqui, e as Investigações Filosóficas. O
Tractatus, como ficou conhecido, foi a primeira obra do pensamento
contemporâneo que pretendia aplicar não só a matemática e seu rigor à
linguagem, mas também compreender a relação ontológica que há entre o mundo o
pensamento. Essa foi a primeira etapa do pensamento de Ludwig Wittgenstein.
Conforme o autor, o
mundo é dividido em partes menores. A representação complexa do real
subdivide-se no que ficou conhecido por fatos atômicos. Dessa forma, a
linguagem, através das proposições, alcança o real por fazer parte da estrutura
mesmo desse. A linguagem também pode ser subdividida até princípios elementares
que são frases, palavras e letras que, moldadas devidamente, seriam capazes de
espelhar exatamente a realidade.
Wittgenstein parece
recuperar uma discussão antiga estabelecida no livro Crátilo de Platão que
versa sobre a correção dos nomes e do elo natural que há entre estes e as
coisas. Assim, desenvolve a partir da compreensão platônica de que o nome imita
a sua coisa, a sua teoria pictória ou figurativa, em que a linguagem representa
exatamente o mundo.
No entanto, a estrutura simbólica não é dada a partir de
letras e sílabas, nem ao menos da palavra isolada. A menor unidade de sentido
estabelecida na linguagem é a proposição (portanto, referindo-se não mais ao
Crátilo e sim ao diálogo Sofista de Platão onde fica claro que o pensamento é
proposicional). Assim como há fatos atômicos, há também proposições atômicas
que expressam devidamente a realidade.
Há, assim, uma
estreita conexão também entre Wittgenstein e Kant. Este dizia que o nosso
conhecimento só poderia ser fenomênico, ou seja, através de uma aliança entre o
que percebemos (intuição) e o que julgamos (conceito), segundo as formas
transcendentais. Foi justamente esse caráter antimetafísico que fez com que os
pesquisadores do Círculo de Viena se interessassem pela filosofia de
Wittgenstein.
No entanto, há o indizível, há o aquilo que não se pode dizer e
que, portanto, promove a distinção entre o Círculo e Wittgenstein: para o grupo
de Viena, o que não se pode dizer, sequer existe e justamente por isso, a
ciência natural e a linguagem adequada constituem a totalidade do mundo,
enquanto que para o nosso filósofo, “daquilo que não se pode falar, deve-se
calar”, ou seja, para Wittgenstein, o indizível, o inefável é mais importante do
que o dizível.
A ética e a metafísica não podem traduzir-se em discursos. E é
nisso que consiste o aspecto místico do Tractatus.
A inspiração de
Wittgenstein é clara. Para ele, a filosofia não é doutrina, não é um conjunto
de saberes prontos para serem utilizados pelas ciências naturais, como
pretendiam os estudiosos do Círculo de Viena e os neopositivistas, mas trata-se
de uma atividade útil para corrigir a linguagem e, portanto, o pensamento.
Portanto, para a
primeira fase do pensamento de Wittgenstein há uma forma de compreender o mundo
que é analisar a linguagem, já que “o mundo é o que acontece” e é também uma
“proposição exata”. “A proposição é uma função de verdade” e “a representação
lógica dos fatos é pensamento”.
Arte...
Yesterday
Em 2006, em votação
internacional pela Internet, a canção Yesterday, composta por John Lennon e
Paul McCartney, membros do inesquecível grupo musical britânico THE BEATLES,
foi eleita a mais bela melodia de todos os tempos. Abaixo você pode conferir a
letra e a respectiva tradução.
YESTERDAY
Yesterday all my
troubles seemed so far away
Ontem todos os meus
problemas pareciam estar longe.
Now it looks as
thought they’re here to stay
Agora parece que
eles estão aqui para ficar.
Oh! I believe in
yesterday. Suddenly
Oh! Eu acredito no
ontem. De repente
I’m not half the man
I used to be
Eu não sou a metade
do homem que costumava ser.
There’s a shadow
hanging over me
Há uma sombra
pairando sobre mim
Oh! Yesterday came
suddenly.
Oh! O Ontem veio de
repente.
Oh! Why she had to
go I don’t know, she wouldn’t say.
Oh! Por que ela
partiu, eu não sei, ela não diria.
I said something
wrong, now I long for Yesterday.
Eu disse algo
errado, agora eu espero pelo dia de Ontem.
Yesterday love was
such an easy game to play,
Ontem o amor era um
jogo fácil de ser jogado
Now I need a place
to hide away
Agora eu preciso de
um local para me esconder
Oh! I believe in
yesterday.
Oh! Eu acredito no
dia de ontem.
Entendendo...
O Estado de direito e a divisão constitucional dos poderes
A divisão
constitucional dos poderes é dada da seguinte forma: Poder Executivo, Poder
Legislativo e Poder Judiciário. O Estado de direito, por sua vez, é o Estado
regulado por leis, normas.
República Federativa
do Brasil constitui-se em um Estado de direito.
Para discutirmos a
ideia de Estado de direito e a divisão constitucional dos poderes, partimos
aqui do posicionamento de um dos principais cientistas políticos do século XX: Norberto Bobbio. Por Estado de direito deve-se entender um Estado no qual os
poderes públicos são regulados por normas, por leis. A sociedade deve ser
governada sob as leis, e os poderes (executivo, legislativo e judiciário) devem
ser regulados também por uma constituição.
O Estado de direito seria
caracterizado pela transformação dos direitos naturais em leis do Estado, isto é,
pela constitucionalização dos direitos naturais. Segundo Norberto Bobbio, “na
doutrina liberal, Estado de direito significa não só a subordinação dos poderes
públicos de qualquer grau às leis gerais do país, limite que é puramente
formal, mas também subordinação das leis ao limite material do reconhecimento
de alguns direitos fundamentais considerados constitucionalmente, e, portanto,
em linha de princípio ‘invioláveis’ [...]” (BOBBIO, 1995, p. 18).
Dessa forma,
cabe ao Estado de direito uma preocupação permanente (pelo menos do ponto de
vista teórico) com a promoção e preservação da cidadania plena, a qual seria
constituída pelos direitos civis, políticos e sociais.
Assim, a divisão
constitucional dos poderes (dada pela Constituição) é feita entre o Poder
Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário, cada qual com sua respectiva
função na organização da sociedade. Em linhas gerais, ao Poder Executivo cabe a
administração do Estado propriamente dita, naquilo que diz respeito ao governo
da máquina pública.
Ao Poder Legislativo cabe a formulação, discussão e
aprovação de leis, as quais são pensadas conforme as demandas e anseios da
sociedade por ele representada. E, por final, ao Poder Judiciário cabe o
julgamento dos possíveis conflitos, agindo de forma imparcial, pautando pela
obrigatoriedade do cumprimento das leis.
Do Estado de direito
nascem mecanismos constitucionais para impedir os abusos de poder ou o seu
exercício ilegal. Nas palavras de Norberto Bobbio, tais mecanismos são
garantias da liberdade dos indivíduos, no sentido de que estes não devem estar
presos aos “desmandos” de qualquer um que assuma o poder.
Estes mecanismos
nascem da interação desses poderes públicos (na interdependência destes), e na
visão de Bobbio, os mais importantes são: 1° - o controle do Poder Executivo
por parte do Poder Legislativo (ou controle do próprio governo – representado
pelo poder executivo – pelas assembleias de vereadores, deputados, e
senadores); 2° – o eventual controle do parlamento no exercício do Poder Legislativo
por parte de uma corte jurisdicional, isto é, pelo Poder Judiciário; 3° – uma
relativa autonomia do governo local em todas as suas formas e em seus graus com
respeito ao governo central; (pensemos na relação Governo Municipal, Governo
Estadual e Governo Federal); 4° uma magistratura independente do poder
político.
Assim, a República
Federativa do Brasil constitui-se em um Estado de direito e, dessa forma, todas
essas características descritas acima se aplicam ao caso brasileiro. No
entanto, como convite à reflexão, basta sabermos até que ponto as definições
teóricas dos papéis e funções de cada poder aqui colocado – principalmente no
tocante à imparcialidade, ao controle do abuso de poder e à autonomia de cada
um – de fato são coerentes com nossa realidade política e governamental.
Assinar:
Postagens (Atom)
-
Carol Celico disse que perdoaria infidelidade de Kaká e que a ‘culpa’ da traição seria dela Caroline Celico, esposa do craque Kaká...
-
Conselhos de medicina se dividem sobre primeiros registros para estrangeiros Depois de o Rio Grande do Sul liberar as 19 primeiras lic...
-
A Ausência do Zero no Sistema de Numeração dos Romanos Os números criados pelos romanos foram relacionados a letras, diferente de out...