domingo, 7 de julho de 2013

Escondidinho...

A Copa de Lula
A ‘verdade técnica’ da presidente não passa de um véu destinado a esconder o significado financeiro da festa macabra promovida pela Fifa
Todos podem protestar em todos os lugares — exceto nas imediações das sagradas arenas da Copa das Confederações. Essa foi a mensagem enviada pelas autoridades na “semana quente” das manifestações populares. Sem intervenção policial, manifestantes cercaram palácios e interromperam vias expressas. Em São Paulo, o eixo sensível da Avenida Paulista, onde se concentram os hospitais, foi liberado para os protestos. Contudo, nas cidades-sede do evento, batalhões de choque delimitaram um “perímetro de segurança nacional” e atacaram manifestantes pacíficos que tentavam ultrapassá-lo. A regra do protesto ilimitado excluiu os “territórios internacionais” sob controle efetivo da Fifa. Nunca, numa democracia, um governo nacional se curvou tão completamente a uma potência externa desarmada.
A bolha policial de isolamento dos estádios estendeu-se por dois a três quilômetros. Não se tratava de assegurar o acesso de torcedores às arenas, mas de impedir que as marcas dos protestos ficassem impressas sobre as marcas da Fifa e das empresas patrocinadoras. “A condição prévia para a Copa é a cessão temporária da soberania nacional à Fifa, que assume funções de governo interventor por meio do seu Comitê Local.” Nesse espaço, dois anos atrás, Adriano Lucchesi e eu definimos a Copa do Mundo de 2014 como uma “festa macabra” justificada pela “lógica perversa do neopatriotismo”.
Não fomos os únicos, nem os primeiros. O jornalista Juca Kfouri deplorou o triunfo dos bons companheiros Lula da Silva e Ricardo Teixeira na hora da escolha do Brasil como sede do megaevento de negócios travestido de competição esportiva. O ex-jogador Romário honrou seu mandato parlamentar denunciando sistematicamente a farra de desvio de dinheiro público, que ainda faz seu curso. “A Fifa é o verdadeiro presidente do Brasil hoje”, explicou com a precisão e simplicidade de que carecem tantos doutos cientistas políticos. Mas a rapinagem dos piratas ficou longe da mira dos partidos de oposição, que preferiram ocupar assentos periféricos na nave da Copa, compartilhando dos brindes erguidos em convescotes de autoridades, empresários e cartolas. Alguém aí está surpreso com a aversão dos manifestantes ao conjunto de nossa elite política?
3 x 0. No domingo, encerrou-se o ensaio geral para o que será a Copa mais cara da história. A festa macabra custará, no mínimo, R$ 28 bilhões, quase quatro vezes mais que a realizada na África do Sul em 2010 (R$ 7,3 bilhões) e perto de três vezes mais que as Copas na Alemanha em 2006 (R$ 10,7 bilhões) e no Japão/Coreia em 2002 (R$ 10,1 bilhões). “Com o dinheiro gasto para construir o Mané Garrincha poderiam ter sido construídas 150 mil casas populares”, calculou Romário. Ele tem razão: a arena de Brasília, a mais cara de todos os tempos, custou R$ 1,7 bilhão.
Obedecendo a uma compulsão automatizada, o ministro Gilberto Carvalho apontou um dedo acusador para a imprensa, que “teve um papel no moralismo, no sentido despolitizado” das manifestações populares. No mundo ideal desse senhor “politizado”, uma imprensa chapa-branca monopolista, financiada pelas empresas estatais, desempenharia a função de explicar aos saqueados que o saque é parte da ordem natural das coisas. “Sem a imprensa, não somos nada”, concluiu Jérôme Valcke, o zagueiro de várzea da Fifa, que também gostaria de ter um “controle social da mídia”.
Um séquito de analistas especializados na arte da empulhação dedica-se, agora, a criticar os cartazes dos manifestantes que contrapõem a Copa à “saúde” e à “educação”. No seu pronunciamento desesperado do fim da “semana quente”, Dilma Rousseff recorreu aos sofismas desses analistas para exercitar o ilusionismo. Os recursos queimados na fogueira das arenas “padrão Fifa”, disse a presidente, são “fruto de financiamento”, não dinheiro do Orçamento. Mas ela não disse que a fonte dos financiamentos concedidos pelo BNDES são títulos de dívida pública emitidos pelo Tesouro, nem que a a diferença entre os juros reais pagos pelo Tesouro e os juros subsidiados cobrados pelo BNDES é coberta pelos impostos de todos os brasileiros, da geração atual e da próxima.
A “verdade técnica” da presidente não passa de um véu destinado a esconder o significado financeiro da festa macabra promovida pela Fifa e pelo governo brasileiro. No seu conjunto, a operação Copa 2014 é uma vasta transferência de renda da população para a Fifa, as empresas patrocinadoras do megaevento e as empreiteiras contratadas nas obras civis. Uma CPI da Copa revelaria as minúcias da rapinagem, destruindo no caminho governantes em todos os níveis que se engajaram na edificação de elefantes brancos com recursos públicos. É com a finalidade de evitá-la a qualquer custo que uma corrente de parlamentares resolveu aderir à ideia de uma CPI da CBF. Sob a pressão das ruas, cogita-se a hipótese de entregar os escalpos de José Maria Marin e Ricardo Teixeira numa bandeja de prata para salvar a reputação das autoridades políticas cujas assinaturas estão impressas nas leis e contratos da Copa.
“O Brasil nos pediu para sediar a Copa do Mundo. Nós não impusemos a Copa do Mundo ao Brasil.” Joseph Blatter, o poderoso chefão da “família Fifa”, não mente quando repete seu mantra preferido. O “Brasil”, na frase, significa “Lula da Silva”. A Copa mais cara da história é a síntese perfeita do legado político do presidente honorífico. À entrada do Mineirão, no jogo entre México e Japão, funcionários a serviço da Fifa arrancaram das mãos de dois torcedores cartazes onde estavam escritas as palavras proibidas “escola” e “saúde”. Os batalhões de choque em postura de batalha no perímetro de “segurança nacional” da Copa e os agentes da censura política em ação nos portões das arenas protegem mais que a imagem da Fifa e das marcas associadas. Eles protegem, sobretudo, a imagem de Lula, o regente da festa macabra.
Demétrio Magnoli é sociólogo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/a-copa-de-lula-8906887#ixzz2Y6thKAvK
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terça-feira, 2 de julho de 2013

Vamos em frente...

Só rindo...




Bike de cagão!
Entrou na porrada...
A verdadeira identidade do Robin...

Refletir...

“Bondade em balde é devolvida em barril.” (Provérbio Chinês)

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
Discutindo acerca da relação entre linguagem X imagem pessoal.
Não deixe que alguns “micos” comprometam sua imagem.
Em meio à convivência diária com os seres que nos rodeiam, sempre transmitimos uma imagem sobre nós mesmos, seja no modo de vestir, nos gestos, por meio da linguagem corporal, nas expressões fisionômicas, nas atitudes e, sobretudo, por meio da fala. Todos estes aspectos se apresentam interligados entre si, conduzindo-nos a uma efetiva interação social.

Assim sendo, a linguagem propriamente dita representa o elemento de maior peso nesse ínterim, uma vez materializada por meio do domínio que temos do sistema linguístico associado às variantes do idioma das quais fazemos uso mediante as distintas circunstâncias de interlocução que ora compartilhamos. E, por assim dizer, longe de quaisquer questionamentos, representam elas o ápice de nossa discussão.


Para sermos mais claros, voltemos à questão da imagem e associemo-la às variantes. Ora, quem nunca foi pego de surpresa algumas vezes pronunciando chavões, frases de efeito ou até mesmo algumas gírias? O fato é que determinadas situações de comunicação são demarcadas pelo emprego de cacoetes proferidos à exaustão e isso pode comprometer profundamente a imagem pessoal de qualquer pessoa.

São muitas as situações que ilustram tal ocorrência, como, por exemplo, quem comete desvios constantes em relação à ortografia denota, muitas vezes, sinais de uma má alfabetização. Como consequência disso, tal ocorrência pode muitas vezes transmitir um despreparo não somente em relação à língua, mas também em outros aspectos. Outros “micos”, uma vez representados pelos vícios de linguagem, podem indicar a ausência de um domínio vocabular mais versátil e criativo.

Dessa forma, tendo em vista as situações formais de comunicação a que nos encontramos “imersos”, o artigo em referência pauta-se por evidenciar alguns “micos” gramaticalmente condenáveis no que diz respeito à ortografia, regência e concordância, sintaxe e semântica, seguidos de sua respectiva correção, de modo a evitar que você cometa alguns tropeços em se tratando de uma dada circunstância comunicativa. Eis que são:

Ortográficos

Semânticos (relação de semelhança) 

Concordância e regência 

Sintaxe

História...

Período clássico da Grécia

As Cariátides no templo de Erecteion demonstram a beleza estética grega do período clássico.

O período histórico dos séculos V a.C. e IV a.C., na região grega, foi denominado pelos historiadores como Período Clássico por conter as principais características da civilização grega. Este período foi marcado por várias guerras travadas contra inimigos externos e entre os próprios gregos. Mas foi também neste período histórico que a civilização grega conseguiu alcançar o ponto mais alto de seu desenvolvimento econômico e também cultural, tendo como principal cidade-Estado Atenas.

Os principais inimigos externos dos gregos neste período foram os persas (também chamados de medos). Os conflitos entre as duas civilizações ficaram conhecidos como Guerras Médicas (nome derivado dos medos) e ocorreram entre os anos de 500 a.C. e 479 a.C.

Os persas dominaram a região do mar Jônio onde uma série de cidades-Estado de origem grega foi submetida ao Império Persa. Ao se rebelarem contra os persas, conseguiram o apoio de outras cidades-Estado, principalmente de Atenas, o que levou à guerra entre as duas civilizações.

Duas batalhas ficaram marcadas como as principais das duas Guerras Médicas. Na primeira guerra médica foi a Batalha de Maratona, quando o exército do rei persa Dário I atravessou o mar Egeu em 490 a.C. e pretendia atacar Atenas pelo norte, na estreita planície de Maratona. O rápido ataque das tropas atenienses comandadas por Milcíades levou os persas à derrota, fazendo-os recuar.

Quando os gregos haviam vencido a batalha, segundo a lenda, o soldado Fidípedes correu pouco mais de 40 km até Atenas para dar a notícia da vitória, morrendo às portas da cidade após dizer que os gregos haviam vencido. A corrida de Fidípedes ficou famosa, e hoje a maratona, como ficou conhecida, é uma das provas mais tradicionais do atletismo.

A segunda guerra médica ficou marcada pela Batalha de Termópilas. Os gregos, sabendo de um novo ataque persa, agora sob o comando do filho de Dario I, o rei Xerxes, uniram-se para enfrentar o inimigo. Termópilas era um desfiladeiro de 15 metros de largura entre as montanhas e o mar, que caso fosse ultrapassado possibilitaria a entrada na península grega das tropas inimigas.

Possivelmente, nesta batalha, o rei Leônidas contava com 300 soldados espartanos e mais 6 mil de outras localidades contra 150 mil soldados de Xerxes. Xerxes havia ameaçado esconder o sol com as flechas que seu exército lançaria sobre os gregos. Leônidas havia respondido que assim seria melhor, pois combateriam nas sombras.

Os soldados espartanos resistiram ao ataque persa, mas uma traição levou os persas a atacarem pela retaguarda. Este ataque derrotou os gregos e permitiu que os persas entrassem no território, destruindo várias cidades, dentre elas, Atenas.

Os gregos fugiram para o Canal de Salamina, onde seus ágeis barcos conseguiram derrotar a forte esquadra persa, pondo fim à guerra.

A vitória fortaleceu Atenas, que liderou a formação da Confederação de Delos, uma união de cidades-Estado que tinha por sede a ilha de Delos e onde um tesouro foi guardado para financiar a defesa dos gregos em caso de novas guerras.

Atenas ainda fortaleceu seu comércio marítimo, e os recursos financeiros conseguidos serviram para reconstruir a cidade.  O líder político ateniense Péricles, que governou a pólis por 30 anos (461 a.C. a 429 a.C. ), fortaleceu o regime democrático, com a participação nas decisões políticas de todos os cidadãos.


Parthenon no cume da acrópole de Atenas.

A reconstrução da cidade foi guiada com o objetivo de levantar novas edificações e também que estas fossem belas. Esta proposta de Péricles estimulava à produção cultural de Atenas, com o incentivo à arte, à arquitetura, à escultura, à pintura, ao teatro e à filosofia. Foi no governo de Péricles que se construiu o Parthenon, na acrópole, sendo o principal símbolo arquitetônico da cidade. Este período ficou conhecido como o século de Péricles, marcando o momento de maior desenvolvimento da civilização grega.

Mas Esparta e outras cidades não concordavam com o domínio ateniense e formaram a Confederação do Peloponeso para se opor à Confederação de Delos. O resultado foi a Guerra do Peloponeso, que ocorreu entre 431 a.C. e 404 a.C. Esparta saiu vitoriosa da guerra, mas enfraqueceu a unidade da civilização grega. 

Tebas entrou em guerra com Esparta e venceu. Mas eles não conseguiram conter a força do Império Macedônico. Em 338 a.C., o rei macedônico Felipe II conquistou a Grécia, mantendo este povo dominado por estrangeiros até o século XIX d.C.

http://www.escolakids.com/periodo-classico-da-grecia.htm

Viva a sabedoria...

Ciência e Mística no primeiro Wittgenstein

Para Wittgenstein, a filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem utilizados pelas ciências naturais, mas uma atividade útil para corrigir a linguagem e, portanto, o pensamento.

Para Wittgenstein, a filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem utilizados pelas ciências naturais

Diz-se “primeiro Wittgenstein” porque a obra deste eminente filósofo da linguagem do século XX é comumente dividida em duas partes: a que se refere ao Tractatus Logico-Philosophicus, que será visto aqui, e as Investigações Filosóficas. O Tractatus, como ficou conhecido, foi a primeira obra do pensamento contemporâneo que pretendia aplicar não só a matemática e seu rigor à linguagem, mas também compreender a relação ontológica que há entre o mundo o pensamento. Essa foi a primeira etapa do pensamento de Ludwig Wittgenstein.

Conforme o autor, o mundo é dividido em partes menores. A representação complexa do real subdivide-se no que ficou conhecido por fatos atômicos. Dessa forma, a linguagem, através das proposições, alcança o real por fazer parte da estrutura mesmo desse. A linguagem também pode ser subdividida até princípios elementares que são frases, palavras e letras que, moldadas devidamente, seriam capazes de espelhar exatamente a realidade.

Wittgenstein parece recuperar uma discussão antiga estabelecida no livro Crátilo de Platão que versa sobre a correção dos nomes e do elo natural que há entre estes e as coisas. Assim, desenvolve a partir da compreensão platônica de que o nome imita a sua coisa, a sua teoria pictória ou figurativa, em que a linguagem representa exatamente o mundo. 

No entanto, a estrutura simbólica não é dada a partir de letras e sílabas, nem ao menos da palavra isolada. A menor unidade de sentido estabelecida na linguagem é a proposição (portanto, referindo-se não mais ao Crátilo e sim ao diálogo Sofista de Platão onde fica claro que o pensamento é proposicional). Assim como há fatos atômicos, há também proposições atômicas que expressam devidamente a realidade.

Há, assim, uma estreita conexão também entre Wittgenstein e Kant. Este dizia que o nosso conhecimento só poderia ser fenomênico, ou seja, através de uma aliança entre o que percebemos (intuição) e o que julgamos (conceito), segundo as formas transcendentais. Foi justamente esse caráter antimetafísico que fez com que os pesquisadores do Círculo de Viena se interessassem pela filosofia de Wittgenstein. 

No entanto, há o indizível, há o aquilo que não se pode dizer e que, portanto, promove a distinção entre o Círculo e Wittgenstein: para o grupo de Viena, o que não se pode dizer, sequer existe e justamente por isso, a ciência natural e a linguagem adequada constituem a totalidade do mundo, enquanto que para o nosso filósofo, “daquilo que não se pode falar, deve-se calar”, ou seja, para Wittgenstein, o indizível, o inefável é mais importante do que o dizível. 

A ética e a metafísica não podem traduzir-se em discursos. E é nisso que consiste o aspecto místico do Tractatus.

A inspiração de Wittgenstein é clara. Para ele, a filosofia não é doutrina, não é um conjunto de saberes prontos para serem utilizados pelas ciências naturais, como pretendiam os estudiosos do Círculo de Viena e os neopositivistas, mas trata-se de uma atividade útil para corrigir a linguagem e, portanto, o pensamento.

Portanto, para a primeira fase do pensamento de Wittgenstein há uma forma de compreender o mundo que é analisar a linguagem, já que “o mundo é o que acontece” e é também uma “proposição exata”. “A proposição é uma função de verdade” e “a representação lógica dos fatos é pensamento”.

http://www.brasilescola.com/filosofia/ciencia-mistica-no-primeiro-wittgenstein.htm

Mais uma etapa superada...