domingo, 7 de julho de 2013
Refletir...
"Quem quiser chegar à nascente, tem que nadar contra a correnteza." (Provérbio chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/5/Provérbio
Chinês
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Discutindo algumas estratégias referentes à ortografia
Mediante a prática, os possíveis
entraves são, aos poucos, sanados.
Que a Língua Portuguesa representa um estigma
para muitos não há como negar, isso é fato. Mas como renegarmos algo que nos
pertence, que representa nossa língua materna? Indubitavelmente, o que a
caracteriza assim é senão seu caráter complexo, pois em meio a tantas regras, a
tantas exceções, o que fazer?
Na escola... há rotulações para este
ou aquele aluno que, porventura, escreve de forma incorreta, ou às vezes
pronuncia algumas palavras de forma inadequada. E no trabalho? Este também não
ficou aquém dos acontecimentos.
Dessa forma, mediante a evidência dos
fatos, podemos compreender as razões de tal concepção. Contudo, não devemos
nunca “encarar” a ortografia como se fosse um monstro, que nos causa somente
pânico. O que na verdade devemos ter em mente é que precisamos estar cientes de
todas as peculiaridades que norteiam os fatos que a regem, de modo a revelarmos
nosso conhecimento frente às situações específicas de nosso cotidiano. Falar ou
escrever bem não é uma questão de escolha, mas sim de necessidade, e nem por isso
há razões para tantas adversidades. Diante disso, o artigo em questão tem por
fim apontar algumas elucidações acerca desse assunto, sobretudo no que tange a
questões ortográficas. Elas também compartilham da mesma natureza, não é
verdade? E para completar, convivemos agora com as novas mudanças ortográficas,
em vigor desde 1º de janeiro de 2009.
Não se preocupe, toda adequação
demanda um certo tempo. Para tanto, não fique achando que precisa estar ciente
de todas as mudanças como em um passe de mágica, de uma noite para o dia.
Lembre-se de que a escrita “caminha” em passos simultâneos com a prática, ou
seja, quanto mais escrevemos, mais estamos aptos a nos adequar a todos os
requisitos que dela fazem parte. Na verdade, acredita-se que essa adequação se dá
de forma muitas vezes mecanicista, visual, pois à medida que estabelecemos
familiaridade com a leitura, vamos internalizando a forma pela qual as palavras
são grafadas, além de estarmos contribuindo por demais para o enriquecimento de
nosso léxico. Portanto, se as regras do hífen afligem-no (a), respire fundo e
acredite que com o tempo tudo vai se ajustando e se tornando cada vez mais
familiar.
Entretanto, tal constatação não é
sinônimo de comodismo, ou seja, não se trata de um fenômeno natural. Para que
isso ocorra precisamos contar com o auxílio de determinados elementos, como é o
caso da assiduidade da leitura e do aprimoramento da escrita. Mas há ainda um
elemento do qual não devemos nos desvencilhar – o dicionário. Sempre que nos
sentirmos em dúvida acerca da grafia desta ou daquela palavra, lá estará ele
... pronto a auxiliar-nos para quaisquer eventualidades. E vai mais uma dica!
Mesmo que consultemos vários deles, respeitabilíssimos, por sinal, é sempre bom
termos a oportunidade de consultar o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa), uma vez que ele é tido como verdadeiramente oficial.
História...
Período de Regências
Um retrato de Dom Pedro II em 1839:
no ano seguinte seria o novo imperador do Brasil.
O Período de Regências ou Período
Regencial é um período da História do Brasil que marca a passagem entre o
Primeiro Reinado e o Segundo Reinado. Esse período se inicia no ano de 1831,
quando o imperador Dom Pedro I deixou o governo brasileiro e voltou para
Portugal, seu país de origem. Dom Pedro I deixou o Brasil porque, na época,
várias de suas ações como rei foram duramente criticadas e o apoio político da
população diminuiu, chegando a ocorrer protestos contra sua presença no governo
do país.
Ao deixar nosso país, Dom Pedro I
determinou que seu filho, o jovem Dom Pedro II, que então tinha somente cinco
anos de idade, seria herdeiro do trono brasileiro. Logicamente, o pequeno Dom
Pedro II não tinha condições de tomar conta de um país do tamanho do Brasil
sendo ainda uma criança. Foi então que o governo foi provisoriamente deixado
nas mãos dos regentes. Os regentes eram políticos da época que assumiriam o
lugar deixado por Dom Pedro I até que Dom Pedro II atingisse os dezoito anos de
idade.
Como Dom Pedro I deixou o governo do
Brasil de forma inesperada, a primeira regência foi organizada às pressas e sem
nenhum tipo de escolha mais elaborada. Depois disso, os políticos brasileiros
elegeram uma nova regência formada por três integrantes, sendo assim chamada de
Regência Trina. No ano de 1835, uma reforma política determinou que a regência
fosse assumida por apenas um regente eleito pela população. Nessa época,
somente os que tinham uma renda mínima de 100 mil réis anuais – o que
representava uma parte muito pequena da população – tinham o direito de votar.
Nessa época houve muitos conflitos
entre os políticos da época. Uns desejavam que o governo continuasse forte e
centralizado, como nos tempos em que Dom Pedro I se tornou imperador. Outros
desejavam que as províncias brasileiras tivessem maior liberdade política para
resolver seus problemas regionais. A oposição entre esses dois grupos acabou
gerando grandes problemas e servindo de motivo para que várias revoltas
acontecessem. Entre tais revoltas, podemos destacar a Cabanagem, no Pará; a
Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul; a Revolta dos Malês e a Sabinada,
ambas desenvolvidas na Bahia.
Com tantas revoltas, o governo
começou a sofrer uma grande pressão para que Dom Pedro II fosse transformado
imperador do Brasil. Alguns políticos acreditavam que a chegada do novo
imperador pudesse acalmar as revoltas que se espalhavam pelo país. Mesmo tendo
apenas quinze anos na época, muitos acreditavam que sua rigorosa formação
escolar e seu bom desempenho nos estudos já davam condições para que ele
governasse o país. Foi então que, no ano de 1840, o período regencial acabou com
o “Golpe da Maioridade”, nome pelo qual ficou conhecido o decreto que permitiu
a chegada de Dom Pedro II ao poder antes da época prevista.
http://www.escolakids.com/periodo-de-regencias.htmViva a sabedoria...
Ciência e modos do silogismo na lógica aristotélica
Através da distinção das três
possibilidades judicativas, Aristóteles sistematizou os silogismos em:
Silogismo Dialético e Silogismo Científico.
Segundo a lógica aristotélica, a ciência
é o conhecimento que vai do gênero mais alto, mais universal, às espécies mais
singulares.
A lógica aristotélica, também
conhecida como Analítica, não é uma ciência, mas uma propedêutica (introdução)
às ciências. Ela estuda os elementos (categorias) que compõem os discursos,
suas regras e funções.
Estes elementos ou categorias são por
si mesmo indefiníveis. São considerados gêneros supremos, ou seja, universais.
Assim, quando se quer definir um conceito é preciso buscar as semelhanças, isto
é, um gênero mais próximo da categoria usada, bem como a diferença específica.
Indefiníveis também são os indivíduos dos quais só se pode ter percepção,
devido à sua particularidade. O que é definível, portanto, é o que está entre a
universalidade das categorias e a particularidade dos indivíduos.
As proposições ou juízos declarativos
sobre a realidade comportam valores semânticos de verdadeiro ou falso.
Aristóteles distinguiu três possibilidades judicativas:
Juízos Apodíticos: são compostos de
proposições universais e necessárias, sejam elas positivas ou negativas. Ex.:
“Todos os homens são racionais” ou
“Nenhum quadrado tem três lados”.
Juízos Hipotéticos: são constituídos
de proposições universais ou particulares possíveis ou condicionados. Ex.:
“Se a educação for boa, os homens
serão virtuosos”.
Juízos Disjuntivos: são aqueles que
comportam proposições universais ou particulares, seja negativa ou positiva,
mas como uma alternativa que depende dos fatos. Ex.:
“Ou choverá amanhã, ou não choverá”.
A partir desta distinção, Aristóteles
pôde sistematizar os silogismos em dois modos: o Silogismo Dialético e o
Silogismo Científico. Os Silogismos Dialéticos são juízos constituídos por
juízos hipotéticos e/ou disjuntivos, pois referem-se apenas a opiniões, aquilo
que é verossímil ou provável, não sendo, pois, objeto da ciência, mas de
persuasão. São usados na retórica, porque visam convencer e não demonstrar uma
verdade. Já os Silogismos Científicos são constituídos de juízos apodíticos,
pois a ciência visa demonstrar além da verdade, a universalidade e a
necessidade de seus argumentos. Para isso, existem quatro regras, como vistas
abaixo:
1. As premissas devem ser verdadeiras e não
apenas possíveis ou prováveis;
2. As premissas devem ser indemonstráveis,
pois a demonstração é o próprio argumento e se tentássemos demonstrar as
proposições, haveria uma regressão ao infinito;
3. As premissas devem ser mais claras ou
inteligíveis do que a conclusão extraída delas;
4. As premissas devem ser a causa da
conclusão. Segundo Aristóteles, conhecer significa conhecer pelas causas.
É assim que entendemos que as
premissas de um Silogismo Científico são indemonstráveis, evidentes e causais,
estabelecendo os três modos de se fazer ciência:
A.
A partir de Axiomas, que são proposições evidentes por si mesmo, tais
como os três princípios lógicos (identidade, não contradição e terceiro
excluído) ou afirmações do tipo “O todo é maior que as partes”.
B.
Os Postulados, que são pressupostos de que se valem toda ciência para
iniciar os estudos de seus objetos, como por exemplo, o espaço plano, o
movimento e o repouso, na física moderna.
C.
Segundo Definições, ou seja, o que a coisa a ser estudada é como é,
porque é e sob quais condições ela é (o que, o como, o porquê, o se?). É
através do termo médio (que preenche as quatro exigências) que se alcança o
conceito, pois a definição oferece o conceito por meio das categorias e da
inclusão necessária do indivíduo na espécie e no gênero. O conceito oferece a
essência do objeto.
A ciência é, portanto, o conhecimento
que vai do gênero mais alto, mais universal, às espécies mais singulares, e a
passagem entre estes se faz por uma cadeia dedutiva (dedução). Definir é
encontrar a diferença específica entre seres do mesmo gênero.
http://www.brasilescola.com/filosofia/ciencia-modos-silogismo-na-logica-aristotelica.htmArte...
A Arte Grega
A arte grega ainda tem influência
sobre os padrões estéticos do mundo contemporâneo.
Ao falarmos sobre a arte grega, temos
uma grande dificuldade comum a toda civilização que tem suas manifestações
investigadas. Estando subordinada ao tempo e à cultura, a arte grega assume
traços e características que variam bastante ao longo do tempo. Assim como nós,
os interesses temáticos e estéticos da população grega variaram bastante com o
passar dos séculos. Isso, sem contar que esse mesmo povo era formado por várias
cidades-Estado e entrou em contato com outras civilizações do mundo antigo.
Se pudermos destacar um aspecto que
difere a arte grega das outras civilizações, devemos então explorar a questão
do lugar que a arte ocupou na vida desse povo. Ao contrário de outros povos, os
gregos não restringiram o desenvolvimento de sua arte a um único aspecto de
suas vidas (como a religião) e nem atrelou a mesma aos interesses de um único
grupo social. Entretanto, isso não quer dizer que os gregos transformaram sua
arte em um âmbito autônomo e livre de influências.
Umas das mais interessantes
características da arte grega é a preocupação em se pensar e retratar as ações
humanas. Com isso, vemos que os gregos estabelecem a exploração de temáticas
que singularizam o aparecimento do homem nas artes. Ainda a esse respeito,
podemos ver que a escultura e a pintura grega, por exemplo, reforçam ainda mais
esse traço humanístico ao promover o desenvolvimento de técnicas que
reproduziam o corpo com grande riqueza de detalhes.
No âmbito das artes cênicas, os
gregos fundaram gêneros que até hoje organizam as várias modalidades do teatro
contemporâneo. A tragédia e a comédia aparecem como textos em que os costumes,
instituições e dilemas da existência eram discutidos através da elaboração de
narrativas e personagens bastante elaboradas. Tendo grande prestigio entre a
população, o teatro atraía os olhares de várias pessoas que se reuniam para
admirar e discutir as peças encenadas publicamente.
Tão interessante como a observação da
arte grega, podemos também notar que elementos estéticos criados por este povo
ainda influenciam a arte contemporânea. Movimentos como o Renascimento, o
Iluminismo e o Classicismo tiveram grande preocupação em retomar e refletir à
luz dos referenciais lançados pelos gregos. De tal forma, é inegável que o legado
artístico grego ainda tenha grande utilidade para se pensar o tempo presente.
Entendendo...
O fim da sacola plástica em nome do meio ambiente
Na luta contra a poluição do meio
ambiente, uma das medidas adotadas foi o fim da sacola plástica distribuída por
supermercados. Sua substituição já começou em algumas cidades.
O Fim da sacola plástica é uma das
medidas adotadas para a diminuição da poluição do meio ambiente
Nos últimos meses, a mídia nacional
trouxe à tona uma discussão acerca de uma temática muito próxima ao dia a dia
dos milhares de clientes das redes de supermercados de grandes centros urbanos
(como na cidade de São Paulo): a substituição das sacolas plásticas. A medida
adotada também por outras cidades no país, até mesmo como cumprimento de
recentes legislações municipais, dividiu a opinião pública, configurando uma
forte polêmica em torno de uma possível pergunta: até que ponto o não
fornecimento de sacolinhas por redes de supermercado e outros estabelecimentos
contribui, de forma relevante, na luta contra a poluição do meio ambiente?
O intuito deste breve artigo não é,
obviamente, responder a questão, mas sim propor uma reflexão em torno dela. Do
ponto de vista sociológico, a sacolinha talvez possa deixar de ser um mero
objeto presente em nosso cotidiano para tornar-se protagonista, quando se
destaca o fato de estar associada à prática do consumismo desmedido tão comum
em nossos dias atuais. De forma muito objetiva, a existência e a utilidade
prática das sacolas estão ligadas à necessidade do transporte das centenas de
milhares de compras que são realizadas todos os dias. Os apelos promocionais
que invadem os horários comerciais na televisão e no rádio, além é claro do
papel fundamental atualmente assumido pela internet como veículo de
comunicação, contribuem para estimular e incutir na sociedade um desejo pelo
consumo. Isso não significa, necessariamente, que consumiríamos por conta da
publicidade, mas é razoável afirmar que esta última instiga ainda mais um
consumo já frenético, fruto do contexto da sociedade capitalista.
Nesse sentido, o que se sugere como
aspecto importante para a ampliação do debate é considerar que o uso das
sacolas plásticas está diretamente ligado ao consumo, não podendo dele se
desvincular. Se realmente devemos considerar que a diminuição do uso das
sacolinhas pode contribuir na luta contra a poluição e a degradação ambiental
(uma vez que são compostas de polietileno, produto derivado do petróleo),
talvez seja válido considerar que para além delas estão também, sem dúvida
alguma, as inúmeras embalagens dos mais diversos produtos que consumimos
diariamente. Como se sabe, comidas industrializadas, cosméticos, produtos de
limpeza, e tantos outros, possuem embalagens de plástico, papel, isopor, enfim,
todos são poluentes.
Outro aspecto relevante à discussão
trata-se da forma de substituição das sacolas promovida atualmente pelos
estabelecimentos. A proposta (que chegou a ser implantada por um período em
algumas localidades) pautava-se na seguinte ideia: a sacola plástica
“tradicional” seria substituída por uma classificada como compostável ou 100%
biodegradável, mas agora cobrando-se um valor específico para sua aquisição,
uma vez que não seria fornecida. Assim, supõe-se que a cobrança desse valor não
apenas desestimularia as pessoas ao uso da sacolinhas, mas, ao mesmo tempo, ao
que parece, representaria a contenção de gastos pelos estabelecimentos
comerciais. Porém, ainda que recicláveis, ao que consta, tais sacolas
necessitam de um tratamento específico, pois, do contrário, podem poluir assim
como a convencional. Dessa forma, a outra opção, talvez a mais adequada
ecologicamente falando, seria a sacola retornável feita de pano, por exemplo,
ou outros materiais.
Logo, um dos pontos da polêmica não
está apenas na efetiva contribuição (ou não) à questão ambiental pela
substituição das sacolas, uma vez que se sabe que são realmente poluentes. O
que se questiona é a maneira de substituição, propondo-se o ônus desse processo
ao consumidor com o pagamento de taxas para a aquisição de sacolinhas ou com a
compra de uma sacola retornável. Assim, por conta da polêmica, um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público do Estado de
São Paulo (MPE-SP), a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e a Fundação
Procon-SP determinou que os supermercados disponibilizassem embalagens
gratuitas por pelo menos mais 60 dias a contar do dia 3 de fevereiro de 2012.
O despontar de uma preocupação cada
vez mais presente com relação às questões ambientais (as quais abarcam outras
questões como o problema do acondicionamento do lixo produzido pelos centros
urbanos), assim como discussões acerca do que hoje se chama de desenvolvimento
sustentável, estão na ordem do dia, isto é, são fundamentais. Porém, também se
faz necessário que a sociedade civil, o Estado e a iniciativa privada estejam
abertos e dispostos a discutir temáticas como essas. A despeito do aspecto
ecológico, a discussão em torno das sacolas plásticas perpassa por outras
esferas, seja no tocante à necessidade do consumo consciente, seja no que diz
respeito à garantia dos diretos do consumidor. Logo, um olhar crítico sobre
temáticas como essa de interesse público é algo fundamental, pois isso tem a
ver com a compreensão de nosso papel dentro da sociedade civil, isto é, envolve
nossa participação política e exercício da cidadania.
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