segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Arte...

Memórias de um cinema de relíquias
Alguns símbolos do cinema.

Mês de férias, de entressafra de nossas ocupações temporais, é mês de dedicar-se a si mesmo. Entenda “dedicar-se si mesmo” como se dedicar ao que gostamos. Em meu particular caso, dediquei-me ao cinema.

Não por que entenda de cinema, mas por que gosto. Percebi que gostar de cinema e entender de cinema são coisas que nem sempre caminham juntas. Classificar um filme é diferente de julgar a destreza de alguém falando um outro idioma. Por exemplo, seria impossível dizer se uma pessoa fala bem o javanês, sendo que não conheço nada da língua. Mas é perfeitamente aceitável considerar um filme bom, mesmo sem dominar a arte, sem identificar a escola ou estilo, sem conhecer o autor em especial ou as habilidades do diretor. É claro que essa regra não vale para os aficionados do troféu careca.

Aqueles que entendem de cinema, geralmente possuem um ar erudito com estranhos óculos. Discutem enquadramento, fotografia, decupagem e sei lá mais o que.

Para mim, a graça está no produto, e não em sua fabricação.

Quem não se lembra do “E. T. telefone, minha casa”, onde em 1982 aquele simpático bichinho estranho com o longo dedo torto virava febre nas escolas de todo o mundo. Ou ao se despedir, nunca disse “Hasta la vista, Baby”, onde essa ultima fala do Schwarzenegger em “O Exterminador do Futuro 2” configurava-se um fenômeno linguístico global, pois se misturava o espanhol e o inglês, nos mais diferentes sotaques.

E por falar em Baby, foi do cinema que herdamos essa expressão. No Brasil, ao fim da década de 30, a expressão febre era “alô, alô!”. Essa interjeição ficou famosa e eternizada nos clássicos Alô, Alô, Brasil de 1935 e Alô, Alô, Carnaval de 1936, ambos protagonizados pela pequena notável, Carmem Miranda. E há quem não saiba ainda “o que é que a baiana tem”. E quem não lembra da canção de Noel Rosa de 1933, que dizia: “... o cinema falado é o grande culpado da transformação”.

Agora você deve estar me questionando, sobre o por que de só citar filmes “antigos”. A resposta é simples, está na essência. Pense nas propagandas de TV, nos craques de futebol, nas obras de arte. Os exemplos possuem o limite tendendo ao infinito. Antes se tinha a ideia, e para mostrar, desenvolviamos as ferramentas. Hoje temos as ferramentas, mas quando esprememos todos esses trabalhos, tirando toda essa capa tecnológica, não encontramos nem resquícios de grandes ideias. Aprender a tocar um instrumento hoje, é ridiculamente mais fácil, desenhar no computador e imprimir com boa qualidade também. Criar efeitos especiais é mais questão de investimento do que de genialidade. Antes a ideia era protagonista do filme, hoje divide as cenas com tantos personagens que mais parece um figurante. Sorte isso ainda não ser a regra geral.

Do inesquecível Star Wars, de 1977, “Que a força esteja com você!” ficou a recomendação que venceu o prazo dos seis meses, que comumente possuem essas expressões e avançou alem da “galáxia muito distante”. Como “I am your father” (eu sou seu pai), de Darth Vader no Episodio V – O Império Contra-Ataca.

Quem não lembra quando Rhett Buffer diz a Scarlett O´Hara: “Frankly, my dear, I don´t give a damn”. Dizem que essa frase não estava planejada, e nem deveria ter sido dita, pois o termo “damn” era considerado vulgar (praticamente pesado) demais para época, algo como em bom português: “Francamente, querida, estou pouco me lixando”. Lembre-se que estamos falando de 1939.

Quantas vezes você já usou a frase “Eu vou fazer uma oferta que ele não poderá recusar”, de O Poderoso Chefão? Ou ao estar perdido em uma viajem, não disse: “Toto, eu tenho o pressentimento que não estamos mais no Kansas” ( O Mágico de Oz).?

Você já definiu o amor como em Love Story (“Amar é nunca ter que pedir perdão”)? Ou disse que essa é “a substância de que são feitos os sonhos.” (O Falcão Maltês). Ao encontrar um novo amigo, enfim “Loius, eu acho que este é o começo de uma bela amizade”. (Casablanca).

Também não é difícil encaixar a famosa frase de O Silencio dos Inocentes: “um pesquisador de censo tentou uma vez me testar. Eu comi o fígado dele com feijão preto e um bom chianti”, em um de nossos diálogos corriqueiros.

Ou, ao fim de uma exaustiva jornada de trabalho, sentar no sofá e dizer: “não há lugar como a nossa casa” (O Mágico de Oz). Ou ao cobrar a dívida de alguém, gritar como Tom Cruise em Jerry Maguire: “Me mostre a grana!”. E por falar em Tom Cruise, lembram do “Você quer a verdade, você não aguentaria a verdade!”, que o Jack Nicholson lhe disse em Questão de Honra?

Que tal frases que nos fazem pensar, como em Forest Gump: “Mamãe sempre disse que a vida é como uma caixa de chocolates. Você nunca sabe o que vai pegar” ou . “O melhor amigo de um garoto é a sua mãe” (Psicose). “Carpe diem. Aproveitem o dia, meninos. Façam de suas vidas uma coisa extraordinária.” (Sociedade dos Poetas Mortos).

E por falar em mortos, que tal “Eu vejo gente morta” de O Sexto Sentido. Para quem não viu o filme ainda, saibam: O Bruce Willis é que está morto.

Poderíamos ficar um bom tempo nisso, nosso acervo cinematográfico é gigantesco, e nem temos tanto tempo assim de cinema. Frases clássicas como: “Houston, nós temos um problema.”, de Apolo 13, vão ficar para sempre na memória. E ainda temos: “Tire suas patas fedidas de cima de mim, seu maldito macaco nojento!” (Planeta dos Macacos). “Yo, Adrian” (Rock – Um Lutador). “Mantenha seus amigos por perto, mas seus inimigos mais perto ainda.” (O Poderoso Chefão II). “Eles estão aqui!” (Poltergeist). . “Deus é minha testemunha, jamais passarei fome novamente!” (... E o Vento Levou). “Elementar meu caro Watson” (As aventuras de Sherlock Holmes).

O fato é que o cinema tem esse poder de nos transportar para a Matrix, de recriar a história e o mundo, destruir tabus, mudar paradigmas e quem sabe, até o mundo. Foi John (O Beatle, não o apostolo) quem disse: “Uma música é só uma música, mas se cantada muitas vezes e por muitas pessoas, tem o poder de mudar o mundo”.
Que seu 2008 seja cheio de comédias românticas, suspense, ação, aventura e terror, afinal um pouquinho não faz mal a ninguém.

PS.: Não podia acabar sem citar James bond.
http://www.brasilescola.com/artes/memorias-um-cinema-reliquias.htm

Entendendo...

Pedofilia
É definido, pela Organização Mundial da Saúde, como a ocorrência de práticas sexuais entre um indivíduo maior de 16 anos com uma criança na pré-puberdade. A psicanálise encara a pedofilia como uma perversão sexual.

Não é uma doença, mas sim uma parafilia, um distúrbio psíquico que se caracteriza pela obsessão por práticas sexuais não aceitas pela sociedade, como o exibicionismo e o sadomasoquismo. Muitas vezes o pedófilo apresenta uma sexualidade pouco desenvolvida e teme a resistência de um parceiro em iguais condições. Sexualmente inibido, escolhe como parceiro uma pessoa vulnerável.

Em aproximadamente 25% dos casos, o pedófilo foi uma criança molestada. O erotismo infantil está ligado à trajetória da humanidade. Em aproximadamente 450 culturas tradicionais, a idade perfeita para contrair matrimônio está entre 12 e 15 anos. Fisiologicamente, quanto mais jovem for a mulher, maiores são as chances de ocorrer uma fecundação bem sucedida.

Segundo psicólogos especialistas em agressão infantil de Michigan, nos Estados Unidos, cerca de 80% dos casos de abuso sexual de crianças acontecem na intimidade do lar: pais, padrastos e tios são os principais agressores.

O abuso sexual de menores gera danos na estrutura e nas funções do cérebro da criança molestada, incluindo aquelas que desempenham papel importante na memória e nas emoções. A internet é o maior veículo de propaganda de erotismo infantil nos dias atuais. Nos Estados Unidos a produção e a comercialização da pornografia infantil são proibidas desde 1970.

No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 241, estabelece a pena de detenção de um a quatro anos e multa para quem “fotografar ou publicar cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança e adolescente”.
http://www.brasilescola.com/sociologia/pedofilia.htm

Curioso...

O Leão e o Imposto de Renda
O leão é associado ao Imposto de Renda desde 1979.
O Imposto de Renda é um tributo direto, no qual o cidadão repassa parte de sua renda média anual para o Estado. Acredita-se que o mesmo tenha se originado na Inglaterra, quando o governo inglês necessitava de recursos extras para custear a guerra contra a França de Napoleão Bonaparte. No Brasil, as primeiras tentativas de implementação do tributo ocorreram em 1843. No entanto, as pressões exercidas por empresários levaram o Imposto de Renda a ser instituído somente em 1922, por meio da Lei 317, editada em 21 de outubro.

É comum ouvirmos expressões como “prestar contas ao leão” para designar o pagamento do imposto. Também é fato: quase sempre que lemos algo sobre o mesmo em uma revista ou jornal, por exemplo, sempre vemos a imagem do felino. Tudo isso começou em 1979, quando a Receita Federal decidiu criar uma campanha publicitária para divulgar o tributo. Após a análise de muitas propostas, se decidiu que a imagem do leão era ideal para a campanha: um animal justo; leal; forte, embora não ataque sem avisar; manso, mas não bobo.

Esta era justamente a idéia que se queria passar: o governo não seria condescendente com a sonegação. A repercussão da campanha publicitária do leão foi um sucesso, uma vez que até hoje a imagem do animal, embora não seja mais usada pela Receita Federal, é diretamente associada ao Imposto de Renda.

Piada...

O marido chega em casa às 18h e diz para a mulher que teria uma reunião às 22h mas que ele não iria porque isto era um abuso. Mas a mulher, preocupada com o marido, o convence que o trabalho é importante. O marido então vai tomar um banho para se preparar e pensa (foi fácil enganá-la). Como toda mulher, quando o homem entra no banho ela revista o bolso de seu paletó. Encontra um bilhete onde nele estava escrito: 'Amor, estou esperando por você para comermos um pato ao molho branco'. A mulher coloca o bilhete no lugar e quando o marido sai do banho encontra sua mulher com uma roupa sensual e toda fogosa. O marido não perde tempo e parte para o rala e rola. A mulher dá-lhe um trato tão caprichado que, ao final, o marido adormece. Quando vai chegando a hora a mulher acorda o marido, que não quer mais ir à reunião, mas novamente ela o convence. Ao chegar na casa da amante o marido, cansado, diz à amante que hoje trabalhou muito e que iria tomar um banho e descansar um pouco. Como toda mulher, ao ele entrar no banho revista o bolso do paletó, e encontra um bilhete onde estava escrito: 'O pato foi, mas o molho branco ficou todo aqui'.

Devanear...

O Alienista, de Machado de Assis
por Christian von Koenig em 05/07/2013
O forçamento e a inadequação ao apresentar Machado de Assis (1839–1908) ao público brasileiro torna a leitura desse grande escritor um fardo, ao invés do prazer que verdadeiramente é. Este texto trabalhará no sentido de informar ao leitor que desconhece por completo a obra machadiana e também àquele que o achou maçante numa primeira leitura. Para tanto, falarei de O Alienista, que aparece na obra Papéis Avulsos (1882), já na fase realista do escritor, considerada também a de maior maturidade.

Primeiro, o que se há de reparar são os cenários e a linguagem da época. De um vocabulário rico, sem ser exagerado, Machado revela-se um desafio ao leitor acostumado às leituras nada exigentes. Um feliz desafio, é claro, pois sua leitura gratifica o leitor com o enriquecimento de sua expressão.

Muitos têm a curiosidade de saber como é a experiência de ler grandes escritores em seus idiomas originais: Balzac em francês, Dickens em inglês, Goethe em alemão… Pois em Machado de Assis há a oportunidade de ler-se um mestre em português. E prestar atenção não somente ao que se descreve, mas também a como se escreve, traz suas recompensas. Metade do que acontece nas obras dele é ação, enquanto outra é sentido, é sutiliza da língua.


Quanto à ambientação de suas obras, não se pode pedir que escrevesse seus romances passados no século XXI. Entretanto, não se duvide de sua contemporaneidade. O Brasil de Machado de Assis em 1880 está mais próximo do Brasil de hoje do que muitos escritores atuais têm procurado representar.

É aí que chagamos a O Alienista, conto breve e belo exemplo da segunda fase literária do autor. Em Itaguaí, Rio de Janeiro, reside o ilustre médico Simão Bacamarte. Comparado a Hipócrates, o pai da Medicina moderna, Simão está mais próximo de um Messias da ciência, por sua devoção à causa científica.

O foco de sua medicina está nas doenças psicológicas e por isso constrói em Itaguaí um hospício, a Casa Verde, onde possa tratar os enfermos mentais. Até esse momento o texto apresenta os personagens e a cidade, com a eventual dose de ironia do escritor.

Em seguida, quando Bacamarte passa a recolher a maioria da população para tratamento, sob a escusa de estarem loucos, então O Alienista transforma-se numa crítica refinada à vida política e social no país. Pequenos costumes não escapam à percepção de Machado, como a demora em se pagar empréstimos. Tampouco se restringe à questão financeira; quem dos leitores já emprestou um livro, um filme, e não viu mais sombra disso? Pois esse leitor se identificará e achará graça de uma passagem como:

“Mas isso mesmo acabou; três meses depois veio este pedir-lhe uns cento e vinte cruzados com promessa de restituir-lhos daí a dois dias; era o resíduo da grande herança, mas era também uma nobre desforra: Costa emprestou o dinheiro logo, logo, e sem juros. Infelizmente não teve tempo de ser pago; cinco meses depois era recolhido à Casa Verde.”

A inteligente virada da obra ocorre quando, depois de constatar que dois terços da população encontrava-se sob seus cuidados, Simão Bacamarte conclui que o certo na verdade é ser errado da cabeça, ou seja, a loucura é o padrão; a sanidade, exceção. E então fez liberar todos os ex-loucos e passou a caçar todo aquele que fosse são, justo e leal, porque estes sim formavam uma exceção.

É isso o que temos de mais brasileiro até hoje: o erro institucionalizado, consagrado pela maioria. A injustiça, a corrupção, a fraude, o desvelo, a intriga, a fofoca… tudo isso considerado a norma padrão em nossa sociedade. Ai daquele que tenha retidão ou se oponha a tais práticas, este sofrerá de exclusão pior que a de residir na Casa Verde.

Assim se constitui O Alienista, obra provocante e cheia de sutilizas. Simão Bacamarte pode ser o protagonista, mas o maior personagem ali é a própria sociedade, o conjunto de todos os personagens que habitam o universo desse conto. Focado principalmente no convívio social e político, Machado imagina com pena perspicaz e cômica como a loucura tornou-se via de regra em nossas terras.

Esse é um aspecto pouco comentado sobre ele – Machado de Assis é engraçado. Não são muitos escritores que podemos ler por serem excelentes e, ao mesmo tempo, podermos lê-los por prazer alegre, para rirmos. No entanto a graça de Machado está mais na ironia discreta do que na chalaça, na zombaria exagerada, recomendada por um outro  personagem de Papéis Avulsos*.

E Machado é crítico. É um jornalista do Brasil daquela época a escrever para o futuro, até mesmo para nós de agora, sobre um povo e uma terra dos quais viemos e que ainda tempos muito em comum.

Eis o Machado que deveríamos ler: atual, inteligente, popular e engraçado.

*Final do discurso do Pai, no conto Teoria do Medalhão.

"Pepeta"...

Bebê e chupeta: uma relação de acalanto ou uma espécie de dependência?
Não esqueça a higienização da chupeta e a sua frequente substituição.
Yahoo! Brasil/Getty Images - Não esqueça a higienização da chupeta e a sua frequente substituição.
Até hoje especialistas discutem os prós e contras do uso da chupeta. Apesar de ser hábito aculturado na sociedade, a boa e velha chupeta ainda gera dúvidas.
O que dizem os pediatras
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP, é importante os pais verificarem com atenção os benefícios e os prejuízos que o uso da chupeta pode acarretar. "Nunca existiu um consenso entre os pediatras com relação a esse tema. Por isso, é importante avaliar cada caso individualmente", comenta a pediatra Fernanda Freire. "Na minha opinião, proibir totalmente o uso é muito radical", acrescenta.
O poder calmante
Fernanda Freire explica a razão científica do poder calmante da chupeta: "A sucção permite a liberação da endorfina, hormônio capaz de produzir um efeito que modula sensações, como as de dor, ansiedade, humor etc. E isso causa uma sensação prazerosa, promovendo o bem-estar do bebê". Mas a pediatra também alerta que é preciso observar algumas recomendações, para evitar ou limitar malefícios.
Chupeta x amamentação?
Afinal, a chupeta atrapalha ou não o processo de aleitamento? Embora alguns especialistas inocentem o objeto quanto a isso, a pediatra Fernanda Freire sugere: "É aconselhável que o uso da chupeta seja adiado até que a amamentação esteja bem estabelecida, ou seja, por volta da terceira ou quarta semana. Se introduzida antes, pode dificultar a adesão ao aleitamento materno. E é este que supre todas as necessidades da fase oral. Portanto, a mamãe só deve introduzir o uso da chupeta se realmente for preciso".
A palavra dos dentistas
A odontopediatra Rosana Dutra esclarece que a odontopediatria atual preconiza o não-uso da chupeta, mas que isso também depende da escolha da família.
Rosana informa que uma utilização inadequada pode ocasionar alterações na arcada dentária, como a chamada "mordida aberta", na arcada superior. Ela esclarece ainda que, do mesmo modo, o uso prolongado poderá provocar uma projeção da língua.
Outros problemas
Alguns especialistas também destacam outros possíveis problemas decorrentes: dificuldades na mastigação, prejuízos respiratórios e consequências emocionais. Além de maior chance de desenvolvimento de cáries e de otites de repetição, por exemplo. Porém, somente o pediatra e/ou odontopediatra de seu filho poderão avaliar os resultados do uso da chupeta.
Chupeta x sucção digital
Com a remoção da chupeta, pode surgir a indesejável mania infantil de "chupar o dedinho". Sobre isso, Rosana Dutra relatou: "A sucção digital projeta os dentes para vestibular (para fora), provocando um palato ('céu da boca') profundo, o que deforma toda a arcada superior, bem como a inferior". Contudo, a odontopediatra esclarece que quando há o acompanhamento constante da família, junto ao consultório do dentista e do pediatra, são raros os casos de substituição da chupeta pelo dedo.
O momento certo para a chupeta sair de cena
Para a interrupção do hábito, a pediatra Fernanda Freire aconselha: "Deixe de utilizá-la até os 18 meses, a fim de evitar maiores problemas". Segundo ela, após essa idade fica cada vez mais difícil (para a mamãe) se livrar do objeto, pois as crianças já estão acostumadas ao "mimo" e têm suas artimanhas para conseguirem o que desejam.
Leia agora o depoimento de três mamães a respeito do método que adotaram em casa:
Jackeline Cardoso é mãe da pequena Isadora, de 2 anos e 8 meses. Ela conta a tática que usou para eliminar o "mimo" da rotina da filha: "Eu tirei a chupeta da Isa quando ela tinha 1 ano e 10 meses. Sempre soube que não é muito saudável o uso. Então, comecei a esconder todas as chupetinhas dela. Assim, ela foi se esquecendo aos poucos, pois não via mais as chupetas espalhadas pela casa".
Já a gaúcha Natália Grazziotin - mãe de Gabriel, 11, e Valentina, 1 ano e 7 meses - apostou por mais tempo no objeto mirim: "Manter a chupeta é algo delicado. O Gabriel usou até os quatro anos! Chega um momento em que não é fácil tirar". Natália contou que ela e o marido tiveram que fazer muitas "negociações" com o menino. Mas a mamãe porto-alegrense não deixa de ressaltar a vantagem que vê no uso: "Com tudo isso, agora com a Valentina - quase 10 anos depois -, continuo achando que a chupeta conforta muito o bebê".
Layla Brizola é uma mamãe-entrevistada de ampla experiência. Com quatro filhos - Túlio, Breno, Marina e Miguel -, não lhe faltam boas histórias para contar. Ela diz: "Não existe uma fórmula mágica para se tirar a chupeta. Aqui em casa, foi a Marina (hoje com 11) quem usou por mais tempo: até os 5 anos! Perdi a conta de quantas vezes ofertamos 'o presente' para o Papai Noel ou o Coelhinho da Páscoa. Até que um dia ela simplesmente concluiu que 'já era grande' e largou".
Hoje, Layla deixa que as coisas se resolvam por si só: "Com o meu caçula, que fará 4 anos em agosto, já não tenho estresse; ele ama a 'pepetinha', e eu o deixo usar o quanto queira. Existem algumas regras, como a de não poder levar para a escola, e ele respeita numa boa. Sei que ele não estará usando chupeta na faculdade (risos)".
Cuidados recomendados pelos especialistas
- Evite o uso da chupeta na rotina;
- Não utilize fitas nem outras coisas para prendê-la à roupa da criança. Além de aumentar o número de vezes do uso, isso representa um risco de acidentes graves, como asfixia;
- Uma vez que o bebê cair no sono e largar a chupeta, não volte a colocá-la;
- Não esqueça a higienização da chupeta e a sua frequente substituição;
- Dê preferência às chupetas ortodônticas.
Dicas para a criança "abandonar" a chupeta
Veja as recomendações da odontopediatra Rosana Dutra:
- Ofereça a chupeta à criança cada vez menos durante o dia;
- Não deixe (sempre) a chupeta ao alcance dos pequenos;
- Distraia as crianças durante o dia com brincadeiras, filmes, passeios etc;
- Faça a tal permuta de presentinhos: na "festinha da troca da chupeta", geralmente muito eficaz em datas comemorativas (Natal, aniversário etc.), ou em encontros lúdicos com "ícones infantis" (personificados) prediletos da criança.
No fim das contas, a regra de ouro é uma só: use amor com a sua criança que tudo dará certo!

Ai ai...

No salão: Entenda as diferenças entre os tratamentos para fios danificados
Muitas vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um tratamento ideal para os cabelos danificados
Muitas vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um tratamento ideal para os cabelos danificados
Trocar o xampu de vez em quando, fazer uma hidratação caseira, aplicar uma máscara reconstrutora poderosa e até mesmo fazer um corte para fortalecer. Até certo ponto, de fato, essas alternativas funcionam, mas tem hora que é preciso parar tudo e cuidar dos cabelos no salão, para ter um diagnóstico especializado sobre a necessidade dos fios naquele momento, contar com ativos de alta tecnologia e, mais que qualquer outra coisa, com as mãos e o olhar de um profissional.

Para ajudá-la na escolha do melhor tratamento para ressuscitar cabelos danificados, UOL Beleza conversou com cabeleireiros de quatro capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – para esclarecer a diferença entre três técnicas muito procuradas nos salões e bastante eficazes: hidratação "power", nanoqueratinização e cauterização. A seguir, conheça os detalhes sobre cada uma das três técnicas e descubra qual delas é a mais indicada para o seu caso.

HIDRATAÇÃO "POWER"
O que é: É uma técnica mais profunda de hidratação que permite que os fios recuperem a água e também reponham nutrientes para restaurar a emoliência e voltarem a ser saudáveis. Os ativos utilizados em cada caso variam de acordo com o salão e o profissional, mas de um modo geral os óleos (argan, jojoba, macadâmia, de semente de uva, semente de romã, de coco etc) estão na maioria das fórmulas, assim como vitaminas e aminoácidos. "Esse método foi muito beneficiado com a redescoberta das propriedades dos óleos vegetais, essenciais na restauração dos cabelos. Eu particularmene utilizo o argan, para sedosidade e brilho; e o de jojoba, para reconstrução da fibra capilar", diz o hairstylist Wilson Eliodorio, do Wilson Eliodorio Studio, em São Paulo.
Como funciona: Os óleos possuem nutrientes muito concentrados, que suavizam as cutículas dos fios e penetram mais facilmente na fibra, possibilitando uma melhor absorção dos aminoácidos, vitaminas e proteínas, que quando aplicados puros, também permeiam a superfície do fio tratando-o de dentro para fora.
Indicação: Cabelos ressecados e muito quebradiços, seja por consequência de químicas ou excesso de exposição ao sol, sal e cloro; e também uso excessivo de secador e chapinha. "Se perceber que o cabelo está com aspecto seco e embaraçando demais, com facilidade, é sinal de que precisa ser hidratado", ensina Silvana Lima, do Studio W Iguatemi, também de São Paulo.
Frequência: Quem vai avaliar é o cabeleireiro. Dependedo do estado do fio pode ser feita semanal, quinzenal ou mensalmente.
ESTÁ NA HORA DE MUDAR O VISUAL?

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NANOQUERATINIZAÇÃO
O que é: O tratamento consiste na aplicação de queratina, por meio da nanotecnologia, para aumentar a eficácia. Isto é, as moléculas dessa proteína são reduzidas ao menor tamanho possível e, dessa forma, penetram mais fácil e profundamente no fio. "O objetivo desse tratamento é repor a queratina – matéria perdida quando o cabelo é submetido a processos químicos – dos fios danificados, que ficam porosos e sujeitos à quebra; e, assim, restaurar sua estrutura", explica Tania de Souza, profissional do Ricardo Maia Hair & Make Up, Brasília, DF. A queratina aumenta a resistência do fio, o que na prática significa um cabelo fortalecido. Quando há perda dessa proteína, o fio fica fraco, sem resistência. "Se não houver a reposição de queratina, a cutícula se abre e o fio torna-se muito fino nas pontas e pode até se romper só de tocar no ombro", alerta Silvana Lima, do Studio W.
Como funciona: A aplicação da queratina é feita por meio de pulverização, para assim formar uma névoa com micropartículas da substância e facilitar uma aplicação uniforme. "Esse método garante que a queratina seja bem distribuída, atingindo toda a superfície dos cabelos", explica Tânia de Souza.
Indicação: Cabelos submetidos a químicas fortes, como alisamento, descoloração e permanentes. Todos esses são processos agem profundamente no fio e quebram as ligações de enxofre que compõem a queratina. Por essa razão, a nanoqueratinização não pode ser aplicada em cabelos que não tenham sido submetidos a processo químicos, sob o risco de ficarem duros demais, por excesso de queratina. "O fio de cabelo deve ter maleabilidade, ou seja, depois de esticado, o certo é que volte para o lugar, se isso não acontecer e o fio se romper é sinal de porosidade, ele está fraco e precisa ser reestruturado", diz Bruno Amorim, do Célio Faria Instituto de Beleza, de Belo Horizonte.
Frequência: Vai depender das condições do fio, mas em princípio, quando a necessidade do tratamento é urgente, as sessões devem ser feitas uma vez por semana. Depois, com o tempo, à medida que o cabelo se restaura, pode ser feito, em média, a cada 40 dias, mas tudo vai depender da indicação do profissional, que inclusive pode dar "alta" dos procedimentos, depois de um período.
Agosto: Tecnologia em equipamentos e cápsula de ingestão oral para tratamento dos fios estão entre os lançamentos do mês. 
CAUTERIZAÇÃO
O que é: Considerado pelos especialistas como um dos tratamentos mais eficazes para ressuscitar fios destruídos. A cabeleireira Lela Athanásio, do Crystal Hair, do Rio de Janeiro, explica o porquê: "Ao selar por completo a cutícula, a cauterização garante que todos os nutrientes aplicados no fio permaneçam ali depositados por mais tempo, assim suaviza pontas duplas, elimina o frizz e devolve a elasticidado do fio", diz a especialista. Assim, além de saudáveis e resistentes, os cabelos recuperam o balanço natural e os fios ficam mais disciplinados. Os ativos usados são definidos pelos cabeleireiros e isso depende da necessidade de cada caso. Tânia de Souza, do Ricardo Maia Hair & Make up, de Brasília, por exemplo, faz uma cauterização à base de vitamina C, que tem ação antiquebra, e acrescenta também um pouco de queratina, para resistência; e ceramidas, que nutrem e dão brilho aos fios. Já Lela Athanásio, do Rio de Janeiro, prefere fazer com aminoácidos, que ajudam no crescimento e têm ação antioxidante; queratina e outras proteínas, como o colágeno, que também fortalecem o fio.
Como funciona: A cauterização em si – processo de selagem depois que os fios recebem os nutrientes – originalmente era feita com ação de calor, por meio da chapinha, mecha a mecha, inclusive alguns salões ainda fazem dessa forma. A novidade, no entanto, é a cauterização a frio. "É uma evolução da cosmética. O novo método economiza o tempo do profissional, da cliente e age com a mesma eficiência", garante Bruno Amorim, do Célio Faria Instituto de Beleza. Essa cauterização a frio é semelhante a um leave-in turbinado que, tem a mesma capacidade da chapa de blindar o fio, só que sem calor, seu efeito é químico.
Indicação: O procedimento é ideal para fios quebradiços, porosos, sem brilho e com ponta dupla, especialmente para os submetidos a descoloração e mechas.
Frequência: O ideal é que o tratamento seja refeito em intervalos de 15 dias. Mas o cabeleireiro pode intensificar o tratamento, por exemplo, para uma vez por semana, caso ache necessário; ou estender o intervalo, além de 15 dias, entre uma aplicação e outra.

Mais uma etapa superada...