quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Viva a sabedoria...

O Diálogo como forma escrita e a Dialética em Platão
Platão discutiu conceitos que abordam o diálogo como forma escrita. Além disso, adotou a dialética (que ajuda a clarear pontos e elevar o entendimento) na obra e vida.
 
Durante vinte e quatro séculos, muito se falou sobre Platão. É o autor considerado inaugurador da “metafísica” Ocidental. Várias interpretações conflitantes, e até mesmo mutuamente excludentes, predominaram sobre certo modo de lê-lo e acabaram por obscurecer seu pensamento vivaz e robusto, características da força artística da Grécia antiga.

Incompreensível, aquilo que se convencionou chamar de platonismo parece, ainda hoje, corresponder a uma espécie de hipótese ad hoc, ou seja, salvar uma teoria ou continuar desenvolvendo-a sobre um determinado paradigma.

Em sua obra, os Diálogos, há a encenação dramática entre vários discursos, que se pretendem verdadeiros: sejam os discursos relativistas dos sofistas, sejam os filosóficos ou a procura de definições de Sócrates (bem como também daqueles que expõem com mais ou menos simplicidade e/ou dificuldades aquilo que pensam), há uma trama sensível de posições que entram em combate, em conflito direto.  Mostração, demonstração e refutação; alegorias, mitos, matemática, imagética, são formas discursivas que tentam fazer ver algo, fazer aparecer algo.

Entretanto, esse algo nunca é dito diretamente da boca de Platão. Ele, enquanto autor dos diálogos, não se imiscui na cena dramática ou quando o faz é de forma irrelevante para o contexto. É Sócrates ou Górgias, ou Cálicles, ou Teeteto, ou o Estrangeiro, etc., que falam. Todos correspondem a uma intenção determinada do autor.

Devemos, portanto, fazer uma suspensão metodológica da tradição platônica para ler os diálogos com maior clareza e desta procurar saber se é possível ou não extrair uma filosofia propriamente dita platônica, concebendo Platão primeiro como autor para saber se pode ser também um filósofo e em que condições isto se dá.

Compreender qual a intenção de Platão em escrever na forma dialógica é buscar, a partir do estabelecimento das temporalidades, léxis (o que é dito), nóesis (o que é compreendido), gênesis (o momento histórico, a vida, etc., do autor) e poíesis (a cronologia das obras) e verificar, nesse ordenamento, como o gênesis influencia e determina a poíesis. Mostrar que essa intenção evidencia o quanto Platão pode ter herdado de Sócrates e ao mesmo tempo se afastado do “mestre”, pretendendo fazer do diálogo uma forma artística que concorresse com as outras formas de representar a realidade na Grécia antiga. Significa que Platão pretende fazer um bom uso da imitação e não completamente desprezá-la.

Assim, como no diálogo há vários discursos, a linguagem é objeto de diferentes valorações e pode ser tomada como sendo o que não é, como valendo mais do que vale. E é essa a crítica de Sócrates n’A República, livros II-III. É preciso, pois, uma apropriação sempre crítica da imediatidade do aparecer e não a sua exclusão sumária. Então, o desafio dos diálogos seria o de pensar o que é e o que não é e de ser capaz de dizê-los discursivamente. Podemos, assim, listar alguns objetivos específicos na intenção do autor em escrever na forma dialógica. São eles:

Mostrar que Platão visa concorrer com outras formas artísticas (discursivas, outros modos de expressão do Lógos), porque mesmo que não possua uma doutrina fixa, ele acredita na possibilidade de inteligibilidade (entendimento e discernimento), tendo como pressuposto que o fim da comunicação é a persuasão. 
Por isso, pretende, ao expressar a odisseia socrática e contrapô-la a vários discursos, promover um mínimo de postura a quem deseja conhecer algo, incentivando o leitor a buscar o conhecimento por si mesmo;
Platão adere ao método dialético. É o único dogma que se pode extrair tanto da sua vida quanto da sua obra. Não é nem cético, nem dogmático, mas filósofo, isto é, busca a verdade, consciente da impossibilidade de possuí-la plenamente. Aqui, mesmo que o autor não se imiscua na dramaticidade dos diálogos, há pontos de sua vida pessoal que permitem se aproximar de algumas opiniões dos personagens;
A relação Éros e Lógos, inscrita nos diálogos, poderia servir de metodologia interna? A filosofia, no fim da odisseia, não compreende a necessidade de um saber forte, mas também reconhece as dificuldades ou até impossibilidades de o atingir. 
Então, o que permanece na busca? A dialética, como condição de existência para quem deseja o saber, ajuda a clarear pontos e elevar o entendimento, ao menos de forma temporária. Jamais significa que a chamada teoria das Ideias ou Formas corresponda a uma doutrina fixa. Pode-se pensar que seria uma hipótese, socrática, que não deu certo ou que esclareceu pontos, entrou em dificuldades e exigiu superação. Por isso, a necessidade da persuasão, da linguagem, do diálogo!
O modo como o aparecer é inserido e não excluído no pensamento socrático. O que é criticável na arte, segundo os textos, não é a sua insuficiência ontológica, inferioridade da aparência com relação à essência. Não há mundo das ideias diferente do mundo das coisas. O que ocorre é a maior ou menor inteligibilidade sobre aquilo que aparece. Observe: o que faz uma coisa ser mais real do que outra? Isso não está explícito nos diálogos, não pode ser afirmado categoricamente.
Então, pode-se dizer que as nuances que perfazem essa problemática são mais bem compreendidas se ela for organizada de modo a fazer com que a nóesis corresponda corretamente com a léxis e dessas possa se abrir o caminho para a unificação dialética das diversas temporalidades e, só assim, entender o real sentido da filosofia platônica.



Arte...

Yesterday

Em 2006, em votação internacional pela Internet, a canção Yesterday, composta por John Lennon e Paul McCartney, membros do inesquecível grupo musical britânico THE BEATLES, foi eleita a mais bela melodia de todos os tempos. Abaixo você pode conferir a letra e a respectiva tradução.

YESTERDAY

Yesterday all my troubles seemed so far away
Ontem todos os meus problemas pareciam estar longe.
Now it looks as thought they’re here to stay
Agora parece que eles estão aqui para ficar.
Oh! I believe in yesterday. Suddenly
Oh! Eu acredito no ontem. De repente
I’m not half the man I used to be
Eu não sou a metade do homem que costumava ser.
There’s a shadow hanging over me
Há uma sombra pairando sobre mim
Oh! Yesterday came suddenly.
Oh! O Ontem veio de repente.
Oh! Why she had to go I don’t know, she wouldn’t say.
Oh! Por que ela partiu, eu não sei, ela não diria.
I said something wrong, now I long for Yesterday.
Eu disse algo errado, agora eu espero pelo dia de Ontem.
Yesterday love was such an easy game to play,
Ontem o amor era um jogo fácil de ser jogado
Now I need a place to hide away
Agora eu preciso de um local para me esconder
Oh! I believe in yesterday.
Oh! Eu acredito no dia de ontem.

Entendendo...

Seres humanos: Produtores e produtos do conhecimento
O conhecimento pode ser transmitido através das gerações, por meio dos processos de socialização e de interação social. Dessa interação com o mundo ao seu redor, o homem produz e reproduz conhecimento e informação.
 
O conhecimento pode ser transmitido através das gerações, por meio dos processos de socialização e de interação social.

Assim como outros animais, o homem também reproduziu meios de convivência em comunidade, além de ter desenvolvido formas de sobrevivência e defesa. Contudo, fez isso da forma mais complexa possível, produzindo sociedades, valores, costumes, enfim, produzindo cultura. 

Se por um lado existem habilidades humanas que podem ser dadas por instinto, há outras que requerem treino, aprendizado, assimilação de um conhecimento. Estas, certamente, não poderão prescindir de um processo de educação, seja ele sistemático (como se vê na escola), seja ele menos formal, promovido pelos pais, familiares, meio social e cultural no qual o indivíduo está inserido.

As culturas humanas criaram formas específicas de interagir com a natureza para que os homens suprissem suas próprias necessidades, assim como para que pudessem interagir entre si. Dessa forma, este aprendizado é transmitido através das gerações, por meio dos processos de socialização e de interação social. Isso significa dizer que uma condição de isolamento total de qualquer um de nós, desde o nascimento, impediria o desenvolvimento de características consideradas de fato humanas.

No isolamento, apenas as reações mais instintivas estariam garantidas. Esse é o caso do personagem de “O enigma de Kaspar Hauser”, um filme do alemão Werner Herzog, produzido na década de 1970. Essa obra cinematográfica conta a história de um homem que desde seu nascimento até boa parte da sua vida adulta esteve isolado, enfrentando as mais diversas dificuldades em um tardio processo de socialização. 

Ao ser socializado, sai de uma situação de alienação total da realidade a sua volta, tornando-se alguém com pontos de vista críticos em relação ao próprio contexto em que estava inserido. Em outras palavras, se antes não conhecia ou assimilava os códigos da sociedade (ou qualquer tipo de saber ou conhecimento que lhe tornaria de fato um ser social), passa a compreendê-los, a ponto de ter uma opinião sobre eles. 

Uma das principais dificuldades enfrentadas por Kaspar Hauser era sua falta de habilidade em poder se comunicar com o mundo a sua volta. Isso nos faz pensar na enorme importância da linguagem, assim como nos sistemas de símbolos como um todo. Os símbolos e as interações são importantes para a transmissão do conhecimento através da comunicação.

O homem tenta dominar o mundo que o rodeia desenvolvendo habilidades, atribuindo significado e sentido para as coisas, além de dominar as noções de tempo e de espaço tão fundamentais para a organização de sua vida. Nesse sentido, criam-se culturas humanas as quais, grosso modo, consistem em sistemas de pensamento, de costumes, de conhecimentos e saberes específicos para a organização da vida, e que variam e se modificam entre as sociedades.

Dessa interação com o mundo ao seu redor, o homem produz e reproduz conhecimento e informação, exercício esse que permitiu o nascimento da ciência como produto do pensamento humano, fruto dessa ânsia por saber, por querer explicar, conhecer, dominar, querer transformar. Podemos dizer que o conhecimento produzido pelo homem começa a ser uma ferramenta para vida, para vencer obstáculos. 

Mas como produzimos esse conhecimento ao longo dos séculos? Embora produzida pelos homens, a ciência sempre está a seu favor? Essa produção teria obedecido aos mesmos critérios desde sempre? Informação e conhecimento são a mesma coisa? Considerando as consequências à vida moderna de um desenvolvimento tão acelerado da ciência, bem como o agravamento de alguns problemas sociais na sociedade capitalista, podemos ou não reavaliar os rumos da produção do pensamento humano e os desejos de domínio da natureza? Vale a reflexão.

Curiosidade...

Pão com Manteiga
Seu delicioso café da manhã

Você está tomando delicioso café da manhã e acidentalmente o seu delicioso pão com manteiga cai, imagine qual parte do seu pão ficará no chão...

Segundo a Lei de Murphy, "a probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete".

Segundo Edward Murphy,  quando você tem um pão, seja ele com manteiga, com geleia ou qualquer outra coisa, ao deixá-lo cair, o lado da manteiga (ou outra coisa) deverá ficar no chão.

Neste caso, teríamos o inevitável trabalho de "limpar o chão", além de perder um pedaço ou todo o pão.
Podemos citar um trecho das variações da Lei de Murphy "Se alguma coisa pode dar errado ela vai dar errado".
Além de todas estas explicações, a Lei de Finagle também dá condições perfeitas para explicarmos mais este acontecimento: "Se uma coisa pode dar errado, irá dar no pior momento possível".

Mas estas teorias não passam apenas de conspirações cotidianas não?

Segundo Matthews, ganhar do prêmio IgNobel "Ao despencar de uma mesa, a torrada nunca terá tempo de dar uma volta completa assim atingirá o chão com a manteiga para cima. A distância entre a borda da mesa e o solo só permite que ela dê meia-volta. Isso não tem nada a ver com azar, com o fato de um lado da torrada estar coberto de manteiga ou com a ação de algum gnomo invisível. É pura ciência básica. Se a distância entre o topo da mesa e o chão fosse maior, o resultado seria diferente e é provável que o lado da manteiga estaria salvo."

Piada...

O que a minhoca falou pro minhoco? Você minhoquece!

Novas experiências e sensações...

Já experimentou um ménage a trois? O livro erótico Fantasias Gêmeas conta como pode ser!
Já fantasiou sobre transar com dois homens ao mesmo tempo? A publicação revela como o sexo a três pode ser orquestrado.
Publicado em 16/10/2013Reportagem: Bárbara dos Anjos Lima e Tarsila Isabela - Edição: MdeMulherConteúdo NOVA
A melhor cena do livro
Jenna abriu a boca e lambeu Ryan da base até a ponta, depois girou a língua ao redor da cabeça. Jake quase gemeu ao mesmo tempo em que Ryan enquanto assistia a essa cena erótica.

Ele sabia que devia estar fulo, mas seus hormônios em fúria e seu desejo de meter dentro da doce abertura de Jenna superava qualquer emoção. Jenna apertou a bunda de Ryan, enfiando seu pau ainda mais para o fundo de sua garganta. Enquanto ela se inclinava, Jake viu alguns cachos escuros entre as penas dela.

Da estante para a cama

Na vida real, não precisa sair procurando irmãos idênticos, basta convencer seu parceiro a aceitar dividir o espaço com outro cara. Ok, não é nada fácil. Mas vale insistir. A vantagem é sua, que vira o centro das atenções de dois bonitões, mas eles também saem ganhando: um pode penetrá-la enquanto você faz oral no outro; você pode ficar de quatro, baixar o quadril para um deles chupá-la enquanto o outro a penetra; ou, para as mais ousadas, tentar uma dupla penetração. Se a ideia não for muito agradável para seu parceiro, use um vibrador ou pênis postiço para simulara existência do segundo cara - e aí ele escolhe onde prefere penetrar.

Sempre à disposição...

Gente submissa
Quem apaga a própria personalidade comete alguma espécie escandalosa de suicídio
Falávamos, eu e o amigo, de uma mulher que ambos conhecemos. Moderna, inteligente, bonita. Disponível, além de tudo. Pergunto por que ele nunca tentou namorá-la. “Ao conviver com ela, perdi o interesse”, ele responde. “Toda vez que namora, ela vira uma sombra obediente do sujeito com quem está. Parece que não tem personalidade própria. Para mim, perdeu a graça.”

Suponho que vocês conhecem gente assim, submissa. Acontece com homens e mulheres. A pessoa passa a vida esperando por gente que mande nela. Quando um alguém aparece, (e pode ser qualquer um), ela se anula, se submete e se torna, para quem a conheceu, mais ou menos irreconhecível. Quer dizer: é a mesmíssima pessoa, mas dá impressão de ter pendurado suas opiniões e sentimentos num cabide. Apaixonada – ou apaixonado - age como bichinho obediente e temeroso. O mais importante passa a ser a aprovação do Fulano ou a Sicrana.

Homens legais não gostam desse tipo de alma apagada. Suponho que mulheres também não. Alguma deferência aos desejos e às ansiedades do parceiro está na conta (seria estranho, aliás, estar com alguém e portar-se como se os sentimentos da pessoa não importassem). Mas quem deleta a sua personalidade em nome do outro comete alguma espécie escandalosa de suicídio. No longo prazo, o resultado é broxante. Nada mais inevitável do que enjoar de gente sem luz própria, que está no mundo apenas para nos servir. Exceto, talvez, no universo peculiar do sexo.
Outro dia, li um texto feminino que descrevia, minuciosamente, os prazeres da submissão sexual. Não era sadomasoquismo. Parecia uma moça normal, contando como lhe dava prazer curvar-se aos desejos do parceiro, portar-se como gueixa, ser usada pelo seu homem. Não havia violência, apenas irrestrita e libidinosa devoção. Mesmo não sendo minha praia, achei tocante. Talvez nesse caso, se o parceiro curtir a mesma viagem, a submissão não seja enjoativa. Até o contrário.

Mas sexo, apesar das ilusões conservadoras, não tem a ver com caráter. A mesma moça que rasteja por prazer pode ser um mulherão altivo e resoluto fora do quarto. Na intimidade vicejam fantasias frequentemente opostas ao que se é no dia-a-dia: a personalidade dominante encontra prazer em ser submissa; a tímida explode de excitação ao assumir o comando do sexo. Ou tudo ao contrário e misturado. Lá no fundo, onde se engendra o desejo, somos criaturas cheias de mistério.

Na vida em pé e vestida, haverá quem prefira uma pessoa servil para servir-se, mas assumo que sejam as exceções. Relacionamentos costumam ser melhor com duas personalidades envolvidas. É pelo menos mais rico. As diferenças de tom e de andamento nos divertem. As discrepâncias de estilo, de idade, de renda, de gosto e cultura formam uma colcha de retalhos sob a qual dormimos enlaçados e nus. Nós e nossos sonhos separados. Nós e nossas lindas personalidades fraturadas. Duas pessoas que se tornam uma apenas no mais fugaz e elusivo dos momentos. Não parece muito, mas é tudo que temos.

Mais uma etapa superada...