sábado, 2 de novembro de 2013

Clima esquentando...

Perder peso aumenta libido nas mulheres, diz pesquisa
Já entre os homens, sair com os amigos e limpar a casa ajudam a aumentar o interesse pelo sexo


Estar confiante em relação ao corpo faz diferença na hora de uma mulher se interessar pelo sexo. Segundo levantamento feito por uma casa de espetáculos inglesa, a Mecca, emagrecer está entre os fatores que mais pode influenciar a libido feminina. Outros aspectos como ganhar dinheiro e lençóis limpos também ajudam.

Já entre os homens, sair com os amigos aparece em destaque. Vinte e oito por cento dos homens afirmaram que voltam para casa pensando em seduzir a parceira. Dirigir um carro esportivo e uma vitória do time também aparecem como itens que aumentam o interesse pelo sexo. Mas a lista traz um item curioso: limpar a casa.

Para chegar aos resultados, divulgados pelo jornal Daily Mail, foram entrevistadas duas mil pessoas na Inglaterra.

Segundo a psicóloga Tracy Cox, ouvida pela publicação, a sensação de ganhar causa um acesso de adrenalina que pode deixar as pessoas mais empolgadas. "Ganhar é um tema comum para ambos os sexos quando se trata de desejo sexual. Seja a vitória de um time até mesmo no bingo, o ganho pessoal leva à felicidade. Querer ganhar faz parte do instinto humano, é o que mantém a espécie viva. De uma perspectiva mais moderna, um indivíduo que compete e ganhar, atinge um status social mais alto, geralmente ganha mais dinheiro, atrair mais parceiros", explicou.

A relação com o sexo vem do fluxo de neurotransmissores. "Ganhar deixa o cérebro inundado de neurotransmissores que estão associados à sexualidade. As substâncias dizem ao cérebro para ficar excitado, resultando numa descarga de adrenalina", disse Cox.

A psicóloga ainda explica porque fazer faxina pode estimular o desejo nos homens. "Como a maioria não vê isso como trabalho deles, eles conseguem uma sensação de sucesso. Provavelmente pensam que têm mais chances de fazer sexo porque as parceiras vão ficar felizes", disse.

Principais fatores que aumentam a libido nas mulheres
1- Emagrecer
2 - Lençóis limpos
3 - Ganhar dinheiro
4- Sair com as amigas
5 - Banho quente
6 - Sair com amigos do trabalho
7 - Cabelo novo
8 - Passar maquiagem
9 – Malhar
10 - Fechar um negócio ou atingir uma meta

Principais fatores que aumentam a libido nos homens
1 - Sair com os amigos
2 - Lençóis limpos
3 - Banho quente
4 - Ganhar dinheiro
5- Vitória do time
6 – Emagrecer
7 - Malhar na academia
8 - Dirigir um carro esportivo
9 - Fechar um negócio ou atingir uma meta
10 - Limpar a casa

Ideal de felicidade...

Psicólogo revela fórmula para manter um casamento feliz
Com 20 anos de experiência clínica, Luiz Alberto Hanns lança livro em que desvenda "A Equação do Casamento". Entenda e veja, ainda, os sete pecados capitais da vida a dois

Viver a dois é uma arte. Saber lidar com os desafios de estar casado hoje em dia é o que o psicólogo Luiz Alberto Hanns propõe no livro “A Equação do Casamento - O Que Pode (ou Não) Ser Mudado na Sua Relação” (Editora Paralela), uma coletânea dos temas de conflito e convergências do casamento compilados ao longo de seus 20 anos de experiência clínica.

1: Esperar do outro o que ele não pode dar. A responsabilidade de ser feliz é de cada um.

2: Não pedir desculpas. É preciso manter a conexão emocional e a empatia com o(a) parceiro(a).

3: Não se comunicar. Combine uma conversa periódica para dar espaço à comunicação do que se sente falta no relacionamento.

4: Zombar do parceiro e fazer comparações com outras pessoas em público é um dos deslizes mais comuns. Evite.

5: Antipatizar, fazer intrigas ou falar mal de parentes e amigos do cônjuge. “Tem que ser agregador nas relações familiares e sociais”, recomenda Luiz Alberto Hanns.

6: Atribuir intenções negativas ao outro torna a comunicação destrutiva. Sem atacar o companheiro, o ideal é ser claro e objetivo em relação ao que incomoda.

7: Adotar uma postura passiva-agressiva. Não seja frio e distante, há modos de ficar quieto e esperar a tempestade passar sem se fechar. Enfrente a situação.

Palestrante com os cursos mais disputados na Casa do Saber, centro de debates em São Paulo, o autor, que atualmente ministra uma série de encontros sobre o tema iniciada no final do mês passado, sugere que cada um monte a sua própria equação do casamento, com base em negociações e ajustes de desejos próprios e do(a) companheiro(a). 

Enxergar as fortalezas e vulnerabilidades da relação e entender o que pode ou não fazer você feliz no casamento depende de seis fatores.


Parcial na maioria dos casamentos, a compatibilidade psicológica é o primeiro deles. “É muito raro existir um casal totalmente compatível”, analisa Luiz. Um tipo de desencontro muito comum é um cônjuge ser perfeccionista e o outro, bagunceiro. “Diferentemente das uniões do século 20, em que as pessoas se conformavam com seus status, no casamento contemporâneo as pessoas se incomodam mais e precisam aprender a negociar com as diferenças”, avalia.

Saber lidar com divergências sem ter de brigar é do que trata o segundo fator, que são as competências do convívio a dois. Daí a importância de seguir uma etiqueta de casamento e convívio, que preserva o casal e estabelece a conexão com o parceiro. Hanns acredita que manter boas maneiras propicia o aumento da taxa de satisfação e, consequentemente, a redução na de divórcio.

A varinha de condão de uma relação moderna, que ajuda a ajustar as complementaridades, são os graus de consenso, o terceiro fator. “A maioria dos casais tem um grau médio de consenso. A principal divergência diz respeito a direitos e deveres de gênero e educação de filhos”, aponta. Aliás, este é o grande motivo dos conflitos matrimoniais, pois a maioria dos casais tem altas expectativas em relação a gostos e interesses em comum.

Renato Parada
O autor Luiz Hanns explica qual é a fórmula para ter um casamento feliz.
De novo, na época dos nossos avós não era bem assim. No casamento patriarcal os casais eram mestres em se conformar com seus modelos de vida. “Eles não eram mais felizes do que nós, apenas eram mais satisfeitos com o modo que viviam”, explica. Os usos e costumes eram mais claramente estabelecidos e o casamento era indissolúvel. “Hoje qualquer briguinha é motivo para pedir a separação. Isso porque as pessoas se incomodam muito mais”.

“Nossos avós não eram mais felizes do que nós, apenas eram mais satisfeitos com o modo que viviam".

O ponto quatro é a vida sexual, que pode ser incrementada para não se tornar uma tumba matrimonial. “As competências do convívio a dois não garantem o tesão, mas ajudam a manter o que existe e não destruí-lo”, relaciona o terapeuta. A conexão emocional pode ajudar muito com as assimetrias sexuais. Talvez porque ao longo do casamento as pessoas não vivam na cama: há filhos, zeladorias domésticas, lazer. Portanto, não basta que apenas a cama seja boa.

O quinto fator é o estresse. São os filhos problemáticos, desemprego, problemas financeiros e até parentes invasivos. Como frustrações externas são comuns na vida moderna, Hanns alerta que as pessoas estão mais e mais nervosas. “Elas tendem a se tornar agressivas, intolerantes e associar o parceiro a zeladorias chatas e o amante a momentos gostosos e leves”.

Logo, quanto mais o casal tiver fontes de gratificações externas, como vida social divertida, sucesso no trabalho, vida familiar gratificante, melhores são as chances de não sobrecarregar a relação com as frustrações. “Casais harmônicos que têm tudo podem sucumbir e se separar se forem submetidos a um excesso de estresse”, diz.

O sexto fator tende a manter o casal mais unido. Trata-se das vantagens de estar casado. “Este ajuda o casal a tolerar mais, em prol do valor que se atribui a estar casado”, explica. As razões são diversas: seja porque são dependentes do cônjuge ou porque têm medo de viver sozinhos. 

Para avaliar o casamento e descobrir se ele é ótimo, médio ou insuportável, some todos os fatores. Ao descobrir o peso de cada um deles, o casal saberá o que poderá ou não ser mudado em sua relação, desde resgatar uma união em crise a lidar com um caso de infidelidade, passando pelo ajuste da sintonia sexual.

Erros e soluções

Para superar as divergências, Hanns aconselha ouvir o outro e construir um caminho junto ao cônjuge, aquele que contemple o consenso. “É preciso entrar no conflito de maneira leal”, recomenda.

Portanto, não se pode usar uma comunicação destrutiva, atribuindo intenções negativas ao outro. “É importante ser específico ao dizer como se sente e ater-se ao mérito da questão”.

Um grande erro que pode marcar o resto do casamento é antipatizar, fazer intrigas ou falar mal de parentes e amigos do cônjuge. “Tem que ser agregador nas relações familiares e sociais”, Hanns pontua.

Zombar do parceiro e fazer comparações com outras pessoas em público também é um dos pecados do casamento. “Faça piadas sobre si mesmo e fale sempre a partir da própria experiência”, recomenda.

Não há problema em errar. Mas é fundamental aprender a pedir desculpas, manter a conexão emocional e a empatia com o parceiro. De tempos em tempos, o especialista aconselha o casal a instituir uma conversa em que cada um possa dizer ao outro do que sente falta, puxando sempre pelo lado positivo. “Manter o contato e a abertura para entender as necessidades do companheiro é importantíssimo”, diz Hanns, que finaliza: “Acima de tudo, não se pode querer do outro o que ele não pode dar”.


Ranço cultural..

Os principais inimigos das mulheres que sofrem violência doméstica
Advogado lança cartilha revisada sobre direitos das mulheres, crianças e parceiros que podem recorrer à Lei Maria da Penha. Mas caminho ainda tem obstáculos por superar

Violência contra a mulher: além da lei, obstáculos distanciam a denúncia.

Francinelli Lira, de 29 anos, escapou da morte e seus agressores estão presos. O marido e a sogra planejaram assassinar a recepcionista por acharem que o filho que ela esperava era de outro homem. Após ser atingida por três balas, sendo uma disparada propositalmente na barriga pela aposentada Elza Maria da Costa Neves, de 58 anos, Francinelli, mãe de outros dois filhos do mesmo pai, bateu o carro em uma carreta tentando se salvar.

Quando chegou ao hospital, com sorte viu seu bebê de quatro meses ser salvo e denunciou o próprio marido e a mãe dele. Ao deixar a UTI, cinco dias depois, respirou aliviada por saber que os dois já estavam atrás das grades. “Espero que fiquem lá por muito tempo. O suficiente para as crianças crescerem e não terem contato com eles ainda pequenos”.

“Não dá para julgar as atitudes de mulheres que apanham e sofrem abuso de seus companheiros".

Francinelli escapou de uma estatística que estimou, entre 2009 e 2011, 5,82 óbitos para cada 100 mil mulheres. "Em média ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia”, relata o estudo “Violência Contra a Mulher: Feminicídios no Brasil”, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no último mês.

Segundo a pesquisa, a Lei Maria da Penha não conseguiu reduzir as mortes em decorrência de violência doméstica. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde apontam que houve uma pequena queda na taxa em 2007, logo após a vigência da lei, mas depois o número voltou a crescer.

Silêncio

Não foi a primeira vez que Emerson Rogério Neves, 40, tentou matar Francinelli. Agressões físicas eram frequentes. “Ele tentava me estrangular e me dava murros na cara”, conta. Foram abertos três boletins de ocorrências por causa dos abusos do caminhoneiro. Todos posteriormente retirados por causa de ameaças. 

“Ele precisava ter o nome limpo para arranjar emprego. Retirei as queixas por essa razão”.

O silêncio é o principal inimigo das mulheres que sofrem violência doméstica

Presidente da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (ABRASD) e membro do Conselho Estadual da Condição Feminina, a advogada Dalila Figueiredo afirma que não dá para julgar as atitudes de mulheres que apanham e sofrem abuso de seus companheiros. Ao longo de seus 17 anos de trabalho com as vítimas, percebeu que cada uma tem seu tempo para tomar decisões.

“Ele precisava ter o nome limpo para arranjar emprego. Retirei as queixas por essa razão
 
“Não existem erros cometidos por essas mulheres. Ela pode ter todas as medidas protetivas, mas aí o marido liga dizendo que só quer devolver umas fotos que estão com ele. Ela cai na cilada e quando abre a porta, toma três tiros e morre”, diz Dalila.

O silêncio pode ser o pior inimigo em casos de violência doméstica, pois faz com que as agressões se repitam. Por isso o enfrentamento da violência é necessário, conforme consta do artigo 226 da Constituição Federal.

Mas, na prática, nem sempre é o que acontece. “Elas têm medo de denunciar o marido por causa de dinheiro. Ou sentem-se indefesas e fracas diante das ameaças dos homens, calando-se e deixando a situação de lado”, diz Angelo Carbone, advogado de Francinelli e autor do “Manual das Mulheres”, uma cartilha que ensina os direitos de quem sofre violência e está disponível gratuitamente na internet.

Obstáculos

Para a psicóloga Ana Paula Mallet, do Grupo da Saúde da Mulher da Unifesp, a mulher agredida muitas vezes minimiza os fatos por culpa, como se ela fosse a responsável pelo destempero emocional do companheiro. E ainda encara o apoio inverso dos familiares. “O discurso se torna ‘foi você que escolheu se casar com ele, agora tem que suportar esta situação’”, diz Ana Paula.

Para todos os efeitos, a coisa certa a se fazer é procurar a Delegacia da Mulher e acionar a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2007. Lá, a mulher tem atendimento especializado para situações como essas. Segundo Carbone, medidas protetivas são tomadas, em 48 horas, pela delegada, que providencia duas petições: uma para que a mulher receba de 33 a 50% do ordenado do marido, e outra para que ele saia imediatamente de casa e mantenha 300 metros de distância da mulher.

Se o agressor se aproximar, ela deve ligar para o 190 e a polícia entrará em ação. A mulher agredida também terá direito a dois anos de pensão para se reciclar e entrar para o mercado de trabalho. “É uma lei de vanguarda que defende os interesses da mulher brasileira, que sofre agressão há 500 anos”, afirma.

O objetivo do "Manual das Mulheres" é popularizar as leis, permitindo que a vítima saiba de seus direitos e possa exercê-los sem necessariamente gastar dinheiro com um advogado, custo muitas vezes inacessível. E não só as mulheres estão cobertas pela Lei. “Isso também vale para o homossexual que tomou uma surra do companheiro e para crianças que sofrem lesões corporais”.

Agressores

Se a mulher foi agredida verbalmente, também vale ir à delegacia da mulher para abrir um BO. Na segunda denúncia, o agressor já não será visto com bons olhos. Na terceira agressão é decretada a prisão. “Não importa se a agressão é física ou verbal. Um inquérito deverá ser instaurado e o agressor terá que responder por seus atos”.

“‘Foi você que escolheu se casar com ele, agora tem que suportar esta situação’.
 
Não existe um perfil de violador dos direitos da mulher. “São homens de todas as classes sociais, idades e profissões. Desde adolescentes a sexagenários. Já atendi uma idosa que foi estuprada pelo neto viciado em crack”, lembra Dalila. “Vejo que é muito mais uma questão de gênero e de subalternidade. Eu escuto muitos deles se justificarem: ‘Ela me desobedeceu’”.

Segundo a especialista, há agressores que só mudam de endereço e já fizeram três, quatro vítimas. Isso porque a lei Maria da Penha ainda é frouxa em relação à reabilitação do homem violento. Apesar de considerar o código inovador, Dalila crê que ainda há um longo caminho a percorrer. “Onde estão os centros de reabilitação no Brasil?”, questiona. “Nos Estados Unidos, por exemplo, o agressor é obrigado a participar de 90 sessões e ainda tem que pagar por isso. Se ele deixar de comparecer a três delas, é imediatamente preso”.

Revelando tudinho...

Veja dez pesquisas ou estudos que contrariam os hábitos e mitos masculinos

Dizem que o homem dirige melhor que a mulher, não gosta de ir ao supermercado, odeia cozinhar e é a cabeça do relacionamento - nunca espere "eu te amo" primeiro dele. Veja dez estudos e pesquisas que mostram cenários bem diferentes
 
Quem dirige e estaciona melhor o carro? Pesquisa sugere que são elas.
Em um relacionamento, reza a lenda que o homem é o lado racional, enquanto a mulher fica com o emocional, de forma que o "eu te amo" sai primeiro da boca dela. Dizem também que eles não gostam de cozinhar, tampouco fazer compras no supermercado. Será que é isso mesmo? Pesquisas e estudos realizados nos últimos anos mostram cenários bem diferentes. Veja abaixo dez deles:

QUEM ADOTA O SOBRENOME DE QUEM NO CASAMENTO?
Geralmente são elas, certo? Errado. Dados da Arpen-SP mostram que, desde 2002, há um crescimento de 178% no número de homens que adotam os sobrenomes das esposas, enquanto elas seguem justamente pelo caminho inverso. Os dados se referem ao Estado de São Paulo - a Arpen-RJ afirmou que ainda não possui os números do Rio de Janeiro, mas que deve tê-los em breve.

ELAS ESTACIONAM
De acordo com um estudo realizado no ano passado pela NCP, empresa britânica que gerencia estacionamentos, as mulheres levam mais tempo para estacionar o carro, mas o fazem melhor que os homens e encontram vagas com mais rapidez, após analisarem o comportamento de 2.500 pessoas. No entanto, outra pesquisa, também de 2012, mas de autoria da AA Driving School, diz que uma em cada quatro motoristas não gostam de fazer baliza, temor que aflige um em cada dez homens.
Entre 2005 e 2009, 80% dos acidentes de trânsito de Nova York, nos EUA, que deixaram vítimas fatais ou em estado grave tiveram motoristas do sexo masculino, segundo dados levantados pela prefeitura da Big Apple. Como o estudo também envolve transportes públicos e de serviço, vale ressaltar que homens são maioria na direção de ônibus, táxis e veículos de entrega, mas, ainda assim, 80% é um número significativo.

EU TE AMO PRIMEIRO
A psicóloga Marissa Harrison, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, entrevistou 172 estudantes da faculdade para saber se eles já se apaixonaram e, caso tenham se apaixonado, quanto tempo levaram para dizer "eu te amo" ao companheiro ou companheira. O número de homens que se declararam primeiro foi três vezes maior que o de mulheres, e Marissa concluiu também que eles levam semanas para se apaixonar. No caso dela, são meses.

Mercado consultou 2 mil pessoas e 3/4 dos homens ouvidos disseram gostar de fazer as compras

NO SUPERMERCADO: ELES GOSTAM, ELAS SE ESTRESSAM
Entre prateleiras e mais prateleiras de frutas, enlatados e garrafas, homens e mulheres têm abordagens diferentes quando o assunto é compras no supermercado, de acordo com uma pesquisa feita pela Co-operative Food no ano passado. Das 2 mil pessoas consultadas, 1/3 das mulheres afirmaram que se atrapalham, enquanto 3/4 dos homens dizem se divertir enquanto selecionam os produtos.

Para Helen Nunn, da rede britânica de supermercados responsável pelo levantamento, elas tentam terminar a tarefa o quanto antes, já eles procuram por ofertas. Veja alguns dos motivos do estresse feminino: perceber na saída que esqueceu de comprar algo, se irritar com filhos dos outros clientes, se sentir apressada pelo caixa que passa os códigos de barra rapidamente e passar horas à procura de itens básicos.

DONO DE CASA
Não parece e você ou seu parceiro pode até discordar, mas a professora Jacqueline Scott, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, concluiu em seu estudo com mais 30 mil pessoas em 34 países europeus que maridos e namorados se sentem culpados quando não dividem as tarefas domésticas como faxina da casa, lavar roupas e cozinhar, e que ficam felizes em ajudar. A pesquisa indica que mais homens apoiam uma divisão igual dos afazeres e que cada vez mais mulheres passam a deixar claro a insatisfação com companheiros preguiçosos.

COZINHA É LUGAR DE...
Alguém, independentemente do gênero. "Foi-se o tempo em que as mulheres das casas eram escravizadas na frente de um fogão quente", afirma Anne Claypole ao Daily Mail. Anna é gerente de marketing da Ross Burgers, empresa do ramo de alimentos que conduziu uma pesquisa com 2 mil pessoas no ano passado. O resultado mostrou que 44% dos homens consultados preparam todas as refeições familiares porque gostam, enquanto 2/3 das mulheres ouvidas viam no ato de cozinhar uma tarefa e se desesperavam ao pensar sobre o que iriam preparar para o jantar.

 
Eles estão mais envolvidos na cerimônia, escolhem dia, lugar e até bolo, diz pesquisa

NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA
Se preocupar com os arranjos do casamento já não parece ser um luxo apenas da noiva. A Austin Reed, especializada em trajes para a ocasião, consultou 2 mil pessoas que se casaram nos últimos cinco anos para mostrar que o estereótipo de que o homem só deve estar presente à data do matrimônio se foi. Mais da metade dos ex-noivos afirmaram que escolheram a data e o local, e um terço disse também que deu a palavra final no bolo. Outros deveres incluem contratar a banda, escolher a roupa dos padrinhos, fornecedores e o carro.

HOMENS SOLTEIROS QUEREM ESTABILIDADE E FAMÍLIA
Em parceria com o site Match.com, a Universidade Rutgers, nos EUA, entrevistou 5.200 norte-americanos entre 21 e 65 anos. Os resultados, de acordo com especialistas, mostram que homens e mulheres estão adotando o comportamento até então associado ao sexo oposto. Da ala masculina solteira entre 21 e 35 anos, mais da metade quer ter filhos, contra 46% da ala feminina. O cenário se repete com os mais velhos: 27% dos homens entre 35 e 44 anos desejam um rebento, desejo compartilhado por apenas 16% das mulheres consultadas.

ELES SÓ PENSAM NAQUILO
Um estudo da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, concluiu em 2011 que um homem comum pensa, em média, 19 vezes por dia em sexo. Para pesquisadores da Universidade de Duke, os homens - e as mulheres - tendem a superestimar o apetite sexual.

Eles recrutaram 101 pessoas de cada sexo - mais da metade estava em tratamento contra doenças como câncer, hipertensão, artrite, depressão e diabetes - e todos tiveram que responder, durante um mês, um questionário diário com perguntas sobre sua vida sexual, incluindo dizer o nível, 0 e 5, do quanto elas pensavam em sexo naquele dia. Ao final do mês, os entrevistados passaram por um novo questionário, agora para falar dos últimos 30 dias.

Ao comparar as respostas diárias com as do final do mês, pesquisadores descobriram que as 202 pessoas aumentaram, em média, 0,7 pontos quando questionadas sobre o quanto elas pensavam em sexo todos os dias, em relação dos resultados diários, ocorrência observada mais entre os homens. Especialistas acreditam que eles tendem a fazer isso porque acreditam que prova sua masculinidade.

O estudo, no entanto, teve um princípio bem diferente. "Vem da necessidade de nós entendermos melhor os feitos das doenças na saúde sexual das pessoas", diz Kevin P. Weinfurt, que conduziu a pesquisa - daí a importância da presença de voluntários em tratamento.

Espelhos d'alma...

Homens olham mais para o corpo da mulher que para o rosto, afirma estudo

Aparelho utilizado em estudo de universidade norte-americana acompanhou o olhar dos voluntários e por quanto tempo eles ficavam fixados em determinados pontos de fotografias de uma mulher. E elas também observam mais as curvas do corpo do que o rosto

Segundo estudo, eles e elas reparam mais nos seios do que no rosto. Na imagem, a atriz Christina Hendricks

Uma pesquisa conduzida por uma psicóloga da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos EUA, com 65 pessoas - 29 mulheres e 36 homens - concluiu que eles, diante delas, costumam olhar mais os seios, a cintura e o quadril do que o rosto, e o mesmo comportamento também foi observado nas participantes do sexo feminino.


Os voluntários utilizaram um aparelho que rastrea o olhar e mede por quanto tempo os olhos permaneceram fixados em determinado ponto. Imagens de dez mulheres foram apresentadas, e cada uma delas foi manipulada em programas de edição para aparecer de três formas diferentes: com curvas, sem e meio-termo.

"Vivemos em um cultura que retrata a mulher constantemente como um objeto. Quando você concentra seu olhar em mulheres do dia-a-dia, normais, nos concentramos nessas partes também", diz Sarah Gervais, responsável pelo projeto, ao jornal USA Today.

Para o pesquisador Kun Guo, que utiliza o mesmo equipamento em seus estudos na Universidade de Lincoln, em Londres, este tipo de estudo fornece informações mais objetivas do que questionários. "A beleza do movimento dos olhos é que ele não pode ser inibido", afirma.

http://deles.ig.com.br/mundo-masculino/2013-10-31/homens-olham-mais-para-o-corpo-da-mulher-que-para-o-rosto-afirma-estudo.html       

Frenesi juvenil...







Quando amar e fazer tudo por um ídolo deixa de ser saudável?
Acampar na fila de um show e ficar na porta do hotel de celebridades são coisas comuns quando se é fã. Mas quando é que isso deixa de ser diversão e se torna um problema? O iGirl falou com especialistas e mostra a linha tênue entre amor e fanatismo.
 
Acampar no estádio e ficar na porta de hotel são exagero ou são demonstrações de amor?
Neste fim de semana, centenas de meninas estão gritando e se descabelando na porta do hotel Copacabana Palace, no Rio, onde Justin Bieber está hospedado para os shows que fará no país. Enquanto isso, um grupo de beliebers está acampado na porta da Apoteose há três meses almejando um lugar na grade do show que o cantor fará no local neste domingo (3). Desde setembro, a mesma cena se repete no Anhembi, onde ele toca neste sábado (2). Este tipo de coisa já se tornou comum quando um popstar vem ao Brasil, mas até que ponto esse comportamento é saudável?
 
 
Arquivo pessoal
Renata Pinheiro, 14, passou 12h em pé para ficar perto de Justin Bieber.
De acordo com o psicólogo Aurélio Melo, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ter um ídolo durante a adolescência não é nada anormal, já que a menina está se encontrando. “É uma manifestação da construção da identidade”, explica o especialista. “A celebridade aparece como um modelo, do qual a adolescente pode se apropriar temporariamente. [O famoso] deixa de ser uma pessoa e se torna quase o sentido da vida da jovem”, continua.
 
“O adolescente tem uma necessidade de buscar uma identidade em uma pessoa famosa”, pontua o psicólogo especialista em adolescentes Caio Feijó.
 
Segundo os especialistas, o surgimento de um ídolo na vida de uma garota também é uma mostra de que ela está deixando de ser uma criança para se tornar uma mulher. Justin Bieber, por exemplo, enfeitiça as beliebers com topete e passos de dança por representar, durante esta fase, um ideal masculino. “É uma espécie de príncipe”, afirma Aurélio. “É o modelo de homem perfeito que entra no lugar que era ocupado pelo pai durante a infância. Ela precisa romper a figura paterna para que possa se diferenciar.”
 
Caio Feijó diz que esta busca por uma referência masculina, aliada a um sentimento de paixão que admiradores costumam alimentar por seus ídolos, pode levar ao comportamento que a gente conhece como “loucura de fãs”. “A relação passional em meninas é marcada por uma dedicação integral a seu ídolo”, fala o especialista. “Ela grita na porta do hotel, acampa no estádio.”
 
 
Fãs de Justin Bieber estão acampados na Arena Anhembi, em São Paulo, desde setembro para o show do cantor no próximo sábado (2).

Quem está no auge dessa montanha russa de sentimentos é Renata Pinheiro, 14 anos. A carioca começou a ouvir Justin Bieber aos 11  e, até hoje, faz um bolo especial todo dia 1º de março, data do aniversário do cantor. Ela nunca montou acampamento na fila de um show por achar periogoso. “Se fosse seguro, eu ficaria acampada. Faria de tudo para ficar mais perto dele”, conta a garota. No primeiro show do cantor no país, em 2011, ela chegou a passar 12 horas em pé na fila. “Passei mal porque estava sem comer e beber água, embaixo de um sol de 40 graus, mas consegui ficar lá na frente.”
 

"Ter um ídolo faz parte da construção da identidade", diz Aurélio Melo
Dedicar-se a um artista é algo normal, mas isso não pode sair de controle. De acordo com Caio, uma dedicação exacerbada é sinal de problemas emocionais. “A paixão pelo ídolo tem algo a ver com uma carência afetiva”, diz o especialista. “Esse ponto de extravasamento aparece porque em algum momento a menina tem outras frustrações.”
 

A mãe de Renata, a professora Sandra Pinheiro, vê tudo isso como algo comum. “Acho natural ter ídolo nesta idade. Eu amava o Roger Daltrey, do The Who, quando era adolescente. É uma coisa bonitinha que, ao longo da adolescência, vai passando e fica uma linda lembrança”. No entanto, a cearense de 52 anos deixa claro que a filha não deixa de cumprir seus compromissos por causa de Justin Bieber. “Ela é uma excelente aluna, faz aula de dança e inglês, tem amigos”, conta.
 
“O limite entre o saudável e o não saudável é a partir do momento que a adolescente começa a substituir atividades cotidianas, essenciais em sua vida, por atividades de idolatria”, aponta Aurélio Melo. “Começa a colocar isso no centro de sua vida”, continua.
 
Mariane Freitas, 22, já passou por um momento crítico. A criadora do Bieber Fever Brasil, o maior site dedicado ao cantor de “Boyfriend” no país, já fez loucura como viajar até o Canadá e se hospedar na casa dos primos de Justin, além de comprar muitas revistas e outros objetos relacionados ao músico. “Eu era meio doente”, diverte-se a jovem. “Já saí do emprego para ir atrás dele. Gastava horrores com coisas sobre ele. Podia aparecer apenas uma foto dele e eu já comprava a revista”, ri. Apesar de não fazer mais esse tipo de coisa, a estudante, que ainda gosta muito do artista, não se arrepende do que fez.
 
Segundo Aurélio, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, acampar na rua e ficar na porta de hotel podem ser atitudes exageradas, mas não representam alerta. "É tipo um ritual", fala o especialista. "Eles querem mostrar quem é mais fã."


Indagações profundas...

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Perguntar não ofende
Qual policiamento queremos? Como reagir à agressão? Votar é inútil? Estamos condenados ao massacre? As perguntas levantadas pelo Brasil ao longo de 2013
Nunca antes na história deste país foram levantados tantos questionamentos sobre qualquer sentença – inclusive esta. Em um período em que tudo muda rapidamente e nada é feito para durar, o brasileiro em 2013 parece ter condensado no liquidificador uma espécie de espírito de desconfiança e vigilância sobre praticamente todas as respostas para o que funciona, o que não funciona, o que só supostamente funciona e o que nunca funcionará.

Contesta-se quem contesta, quem não contesta, quem contesta quem contesta, quem contesta quem não contesta quem contesta. Pelas ruas e pelas redes, ficou praticamente impossível caminhar sem tropeçar em qualquer forma de desconfiança. O que isso significa? Aprendemos a pensar? A operar pela lógica? Estamos ouvindo ou estamos só falando? Estamos argumentando ou estamos impondo ideias?

Quantos lados tem uma história? Onde a tese? Onde a antítese? Onde a síntese? Duas verdades ocupam o mesmo espaço? É certo falar em ação e reação? É certo falar no que é certo? A lei da física funciona para as ruas? Ou só funciona para as pedras?

A violência tem quantos lados? É este policiamento que queremos? A polícia que diz matar sem querer será devidamente punida? E a que mata por querer? Ela protege ou amedronta? Organiza ou intimida? Ela pergunta antes de atirar? Foi treinada para isso? Será sempre assim? Ela reconhece no algoz a vítima? E a humanidade da vítima? E na suposta vítima? E no suposto culpado? E no rendido? E em quem não se nega a se render? E no Beagle?

Este policiamento está satisfeito em atuar como bedel de faculdade? E em babá de torcedor? Em vigia de patrimônio sem carne e osso?

Quem é o vândalo? Quem bate ou quem apanha?

A violência à violência é sempre legítima? Existe violência legítima? A ação é sempre um ato de coragem? Ou ela pode também ser covarde? Estamos generalizando a generalização? Estamos hierarquizando a agressão? A generalização é uma agressão? Estamos ignorando a maioria? Perdemos o controle sobre a minoria?

A mídia só mostra uma versão? De que mídia estamos falando? A mídia legitima o massacre? Instrumentaliza? A culpa é só dela? O ódio explica tudo? O ódio é monopólio da direita? Que força tem a direita? O que simboliza a agressão? A catraca? A farda? O logotipo? Símbolos têm carne e osso? Sentem dor? Quem está sendo atacado? A PM ou o PM? O repórter ou a sua empresa?

Quem a polícia agride? Por que tantos detidos sem respaldo na lei? Por que miram a bala no olho de quem protesta? Por que miram a bala no olho de quem trabalha? Por que miram a bala de verdade no favelado? Porque é favelado? Ou porque não tem câmera da tevê na periferia? Por que a pronta-solidariedade da presidenta a uns e o silêncio para outros? Ela se importa? Quem realmente se importa?

Esse silêncio precede a guerra? A explosão levará à paz? Estamos em estado de guerra? Em algum momento houve paz? Qual história repetimos? A qual história recorremos? A qual história viramos as costas? Que história nos inspira? Luther King ou Malcom X? Gandhi ou Robespierre? Idi Amin ou Mandela? Goulart ou Lacerda? 1988 ou 1964? A ditadura acabou? A saudade da ditadura tem fim?

Por que lutamos pelo direito ao voto? O que o voto representa? O voto muda o sistema? O voto consolida o sistema? O sistema é agressivo? O serviço público é agressivo? O corredor de ônibus é paliativo? O metrô é sucateado? Quem financia o metrô? Quem financia o cartel do metrô? Quem investiga quem financia o cartel do metrô? Quem investiga quem não investiga quem financia o cartel do metrô? Por que as linhas são enxutas? Por que os vagões estão lotados? Por que não há linhas durante a noite? Por que a cidade é mal iluminada? Por que a catraca?

A agressão simbólica a um sistema agressivo sensibiliza o sistema? Cria outro sistema? Muda o sistema por dentro? Abre ou barbariza as portas de interlocução?

Político é tudo igual? Os partidos são todos iguais? Por que tantos partidos? Em que se diferenciam? Por que se unem? Por que não se unem? A coalizão é um mal necessário? Ou um bem desnecessário? É um trator? Ou é um estanque? Marina Silva sabe o que fala? Quem entende o que a Marina Silva fala?

Quem comanda as velhas legendas? Quem manda nos feudos? Quem deixa que se mandem nos feudos? O Estado está em xeque? De qual Estado falamos? Do que espanca ou do que salva vidas? Do que come os rendimentos ou do que estimula a geração do emprego? Do que pereniza ou do que combate a miséria? O que usa o cassetete ou o que universaliza a vacina?

Como se faz uma vacina? Quem regula os testes? O medicamento corta na carne? De onde vem a carne? Do que se alimentam os Beagles? Todos os cães merecem o céu? E as girafas? Merecem ser imolados por nós? Somos dignos de que entrem em nossa morada? Estamos dispostos a viver menos em troca da interrupção de outras vidas? Podemos interromper a nossa? Estamos só falando de bichos? Falar de bichos é pouco?

Todos têm alma? Até quem censura biografias? Por que os biografados têm medo de biografias? Por que aceitam dão a cara para a Caras e não aos seus biógrafos? Importa a sua individualidade? Importa a quem? Estão com medo ou estão cansados? Estamos com medo ou estamos censurados? Por que tanta desconfiança de quem nos define? Desconfiamos do acerto ou do erro? Quantos são os Roberto Carlos? Quantos são os Otávios Cabrais? José Dirceu teve meios de se defender? Merece direito a resposta ou uma errata? Merece ser condenado? Merece ser absolvido? Merece ser eliminado? Teve um julgamento justo de seu biografado? E de seus juízes?

Os juízes votam com a faca no pescoço? Apoiam-se na lei ou no ego? Por que não são unânimes? A câmera de tevê influencia? Transforma a Corte em palanque? O que é embargo infringente? É o mesmo que absolvição? Prendemos muito ou prendemos pouco? Prendemos mal? Devemos prender as crianças? Evitar o crime na nascente até que ninguém esteja autorizado a nascer? De quem é o seu corpo? Quem regula a sua decisão? O padre ou a igreja? A igreja e o Estado estão devidamente separados? O novo papa vai enterrar os esqueletos da velha Igreja? A nova velha Igreja manterá a influência sobre seus fieis? E sobre os infiéis? E sobre os governos? Serão o governo? Serão moderados? Serão fundamentalistas? Por que os fundamentalistas tomaram o poder?

Quantos Felicianos estão por vir? Quantos estão nas ruas? Por que tratam a homossexualidade como doença? A liberdade como maldição? Qual a doença do fundamentalista? Como ele virou deputado? Como se tornou líder da Comissão de Direitos Humanos? Alguém se importa com esta comissão? A expressão direitos humanos para humanos direitos cria humanos de segunda categoria? Existem animais de segunda categoria? O que seria dos Beagles se todos gostassem de ratos?

Alguém se lembra das crianças mortas na Síria? Quem autorizou o uso de gás sarin? O uso de armas químicas justifica a intervenção militar? Quem outorgou aos EUA o direito de intervir? Por que nos espionam? Por que perseguem quem divulga o que se espiona? Somos subservientes a Washington? Ao capital? Privatizamos ou aderimos ao sistema de partilha? O petróleo será nosso? Será só nosso? Será de todos? Vai entupir as ruas de carros comprados a crédito fácil? Seu excedente vai mudar os rumos da educação? De qual educação? Da saúde? De qual saúde?

Os médicos estrangeiros são necessários? Se não eles, quem? Os médicos brasileiros se afastaram do povo? Elitizaram-se? Agem corporativamente? Trabalho cubano é trabalho escravo? É lícito protestar contra a suposta escravidão cuspindo no rosto do suposto escravo? Boicote é protesto? Vaia é vergonha? É preconceito? A nação da geleia geral se tornou uma nação xenófoba? Boicote ao boicote é governismo? Rincão ganha voto? Salvar vidas é populismo?

Ficamos politicamente populistas? Politicamente cínicos? Politicamente corretos? Politicamente incorretos? Rindo corrigem-se os costumes? Ou ridiculariza quem não se enquadra no costume ancestral? Qual é a graça da desgraça do sorriso do banguela? Amamentar virou piada? Piada com quem amamenta dá audiência? Lobão dá audiência? Alavanca vendagem? Quem ainda ouve Lobão? Quem ainda lê a crítica? O Som ao Redor mostrou que a casa grande mudou de casa? É o melhor filme do ano? O filme da década? O filme escancarou nossa miséria? Luiz Ruffato escancarou nossa tragédia? Nossa tragédia é cultural? Nosso futebol é arte? Neymar será o craque da Copa? Precisamos de Copa? Precisamos de Neymar? Precisamos de Diego Costa? Precisamos de Emerson Sheik? Ele beijou o amigo por coragem ou por brincadeira? O que isso diz sobre nós? A torcida tolera homossexuais? Tolera homofobia? Precisamos de exemplos? Precisamos de ídolos? Precisamos de herois? Precisamos de mártires?

Faltam campos para tantas dúvidas? Caberão em nossos estádios? Ou elas serão dizimadas pelas velhas certezas?

Haverá respostas melhores às perguntas?

Haverá perguntas melhores às respostas?

Aprenderemos a pensar melhor?

A desconfiar de tudo o que se publica?

A argumentar?

A debater?

Não sei. Mas a panela de pressão que as redes e as ruas destamparam parece ter servido como um tiro no imobilismo. Somente pedras passaram imunes, ou indiferentes, a qualquer uma dessas questões. Quem passou as noites à procura de respostas amanheceu insone e atolado de perguntas. É custoso, mas é melhor assim. Antes a luz do debate permanente do que a letargia da janta-sobremesa-louça-sofá-e-novela-silêncio-escuridão. Quanto a isso não existem duvidas. Ou existem?

Mais uma etapa superada...