domingo, 10 de novembro de 2013

Temor...

A internet livre incomoda o governo
Elio Gaspari é jornalista

Se a doutora Dilma começar uma faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta.
Misturando ignorância, prepotência e marquetagem, o comissariado meteu-se numa salada de iniciativas que envolvem a liberdade da internet. Produziu ridículos, empulhações, lorotas e, por incrível que pareça, uma boa ideia.
O ridículo: Doutora Dilma propôs que a internet seja colocada sob algum tipo de supervisão da ONU. Se isso acontecer, a ONU criará a ONUNet, que funcionará em Genebra, dirigida por um marroquino, abrindo-se a quinta representação de Pindorama naquela aprazível cidade.
A empulhação: o comissariado quer que os provedores de conexões e de aplicações guardem seus dados no Brasil. Disso poderá resultar apenas a criação de cartórios de armazenamento a custos exorbitantes. Acreditar que essa medida conterá a espionagem estrangeira é pura parolagem. 
Estimula apenas a xeretagem e os controles nacionais. Toda vez que o governo se mete com a internet, há um magano na outra ponta querendo ganhar dinheiro com o atraso tecnológico. Gente que sonha com a boa vida dos anos 80, quando era mais fácil entrar no Brasil com cocaína do que com um computador.
Lorotas: os doutores falam que estão votando um “marco civil para a internet”. De civil, ele não tem nada. É governamental, e inútil.
A boa ideia: no meio dessa salada, ressurgiu a proposta de não se usarem mais softwares fechados como o Windows da Microsoft na rede pública. A Viúva migraria para sistemas abertos, gratuitos, como o Linux. Essa ideia chegou ao Planalto em 2003, quando Lula tomou posse. Foi abatida a tiros pelas conexões comissárias.
Nada do que os doutores estão propondo acontecerá, simplesmente porque a internet é maior que a onipotência de Brasília. Se a doutora Dilma começar uma faxina dos softwares fechados comprados pelo governo, fará um grande serviço, comparável ao do tucano Sérgio Motta, que, nos anos 90, atropelou os teletecas que pretendiam transformar a estatal de telecomunicações num provedor exclusivo de internet.
Os Guinle querem um pedaço de Cumbica
O repórter Juliano Basile revelou que a família Guinle entrou na Justiça buscando uma indenização pelo uso das terras da Fazenda Cumbica, que doou à Viúva em 1940. São 9,7 milhões de metros quadrados onde está hoje o aeroporto internacional de Guarulhos. Coisa de R$ 5 bilhões.
A área foi doada para proteger a segurança nacional durante a Segunda Guerra Mundial, para a construção de uma base aérea. Como agora a propriedade está sendo privatizada, os Guinle querem de volta o seu.
Caberá à Justiça decidir e, de fato, é esquisito a União ganhar um terreno para fazer uma coisa e depois vendê-lo para que outro empresário faça outra. 
Apesar disso, a guerra acabou em 1945. Os Guinle souberam disso. Segundo seus advogados, a base aérea era necessária diante dos “receios de bombardeios no Brasil (que) se confirmaram de fato, em 1942, com a derrubada de embarcações brasileiras na costa do Atlântico por nazistas”. 
Devagar. Os navios não foram derrubados, mas afundados por submarinos alemães e italianos, muitos deles longe do litoral brasileiro.
Na mesma época a ditadura do Estado Novo avançou sobre terras da Ilha do Governador, no Rio, onde está hoje o aeroporto do Galeão. Ao contrário do que sucedeu com a propriedade dos Guinle, que foi doada, as do Galeão foram tomadas, abrindo-se um litígio que durou até 2011, quando o Superior Tribunal de Justiça liquidou o pleito dos detentores de precatórios. 
Eles reclamavam uma indenização de R$ 17 bilhões. A compra e venda desses precatórios, que a essa altura não estavam mais nas mãos dos donos originais das terras, confunde-se com grandes e tenebrosas manobras da plutocracia carioca.
Boa notícia
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afastou-se da maldição do personal elevator. Até algum tempo atrás, o primeiro elevador da esquerda da entrada do monolito da Avenida Paulista era bloqueado quando ele se aproximava do prédio para subir (sem paradas) até o 14º andar.
Candidato ao governo de São Paulo, Skaf passou a usar os elevadores da mesma forma que os outros bípedes.
Personal elevator dá peso.
Humores
O prefeito Fernando Haddad sabe que nunca teve a boa vontade da doutora Dilma, nem quando era ministro da Educação, muito menos depois de ter tentado virar ferrabrás (em Paris) quando começaram as manifestações de julho.
Agora que faz campanha para renegociar a dívida da cidade, trata-se de medir o tamanho da má vontade.
Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota e entende que as polícias exijam que manifestantes mascarados mostrem o rosto. O que o cretino não entende é que policiais escoltem delinquentes presos por corrupção enquanto eles escondem os rostos a caminho do camburão.
O cretino acha razoável que o larápio saia mascarado da delegacia, mas, se quiser ir a uma manifestação contra as roubalheiras de que participou, deverá mostrar o rosto.
Amigo de fé
Roberto Carlos é um “amigo de fé, irmão camarada”. Bloqueou a publicação de dois livros e tentou barrar um trabalho acadêmico sobre a Jovem Guarda. Quando seu projeto de censura virou vinagre, pulou do barco, deixando Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil na frigideira.
Atraso e progresso
Enquanto em Pindorama meia dúzia de artistas quer bloquear a livre publicação de biografias, e o governo quer meter o dedo na liberdade da internet, saiu um grande livro, infelizmente em inglês, que mexe com as duas coisas. É “The everything store: Jeff Bezos and the age of Amazon" (“A loja de tudo: Jeff Bezos e a era da Amazon”), do jornalista Brad Stone.
É uma grande aula de administração de empresas e a biografia de um visionário. Conta como Bezos construiu a maior loja virtual do mundo, quantas besteiras fez e como virou um ícone perseguindo uma só ideia: o poder da rede.
Na parte biográfica, Stone indica que convivem nele um Doctor Jobs e um Mister Eike. Até hoje, felizmente, prevaleceu o lado Jobs. O livro caiu mal em casa, e a mulher de Bezos descascou-o, apontando alguns erros factuais. Ela fez isso na seção de críticas de leitores da Amazon, onde ele é vendido a US$ 10,99 e tem quatro estrelas numa cotação de até cinco.
Para quem está interessado no futuro, Stone mostra que Bezos prepara-se, em silêncio, para entrar no mundo das impressoras em 3-D. Quando essa tecnologia estiver de pé, um sujeito em Imperatriz, no Maranhão, poderá comprar um jogo de pratos de um designer sueco, imprimindo as peças em casa. Fará isso baixando as louças virtuais da Amazon. (Já se fazem revólveres para impressoras 3-D.)
Stone descobriu onde está o pai biológico de Bezos, que deixou a família em 1968, quando o garoto tinha 4 anos. Ele luta pela vida numa loja de bicicletas. Como Steve Jobs, Bezos tambem não quis conversa com o pai.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/a-internet-livre-incomoda-governo-10736285#ixzz2kFuAjm9k
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Planejar é chave mestra...

Despensa organizada é prática e deixa a limpeza mais fácil
Despensa de casa organizada gera economia
Despensa organizada é prática e deixa a limpeza mais fácil
Deixar a despensa organizada pode gerar economia. O motivo é simples: se os produtos com data de validade mais próxima forem colocados à frente da prateleira, menor a chance de estragarem.
— Reservar prateleiras ou espaços delimitados para cada tipo de alimento descomplica na hora de encontrá-los, sempre com fácil acesso aos produtos mais utilizados no dia a dia. Deve-se ter atenção para dispor os produtos com prazo de validade mais em cima, seguindo a ordem PVPS: primeiro que vence, primeiro que sai — ensina a personal organizer Fernanda Medeiros, da Place Organizing (facebook.com/placeorganizing).
A também personal organizer Daiane Borba, do site www.daianeborba.com.br, concorda com a dica:
— Uma despensa organizada permite localizar com mais facilidade os itens procurados, facilita a limpeza, ajuda no controle do estoque, otimiza a perda de tempo e gera funcionalidade.
Fernanda recomenda, ainda, que guardanapos descartáveis e toalhas de papel sejam guardados nas prateleiras mais baixas.
Em ordem
Como organizar a despensa?
Tudo depende do local, da quantidade e dos tipos de produtos a serem organizados. Mas deve-se começar pela retirada de todos os itens, para fazer uma limpeza do local. Depois disso, é preciso separá-los por tipo: lacticínios, grãos, matinais, farináceos, conservas etc.
Latas
Como guardar as latas? Há algum problema em colocar uma em cima da outra?
Não há problema em empilhá-las, desde que a pilha não fique muito alta (no máximo duas latas por pilha) e seja do mesmo tipo de produto.
Massas
E pacotes de massa?
Aí vai depender do tipo e do espaço que temos. Nesse caso, o importante é prestar atenção para que a forma de armazenamento danifique o menos possível o produto.
Itens pequenos
Itens pequenos, como barrinhas de cereal, podem ser guardados soltos?
Todos os itens miúdos, como as barras de cereais e os saquinhos de sucos instantâneos, podem ser separados por tipo e colocados em cestinhos.
Litros de leite
Como guardar caixas de leite?
De preferência, não empilhe as caixas de leite para não danificá-las. O ideal é armazená-las em pé, em fileiras.
Frequência
Com que frequência a despensa deve ser limpa?
O local onde há produtos alimentícios deve estar sempre limpo. Uma boa faxina, retirando todos os itens, a cada seis meses, é o suficiente.
Limpeza
Quais as dicas para a hora da limpeza desse local de armazenamento de alimentos?
A orientação é não usar produtos que deixem cheiro muito forte. O essencial é desinfetar o local. Outra dica quanto à limpeza é não deixar as embalagens abertas.



Faturando alto...

Em abril de 2011, antes da ocupação da favela pela polícia, um levantamento da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) apontou que a quadrilha movimentava R$ 8 milhões
Comandante da UPP da Rocinha diz que tráfico fatura R$ 10 milhões por mês na favela
Em abril de 2011, antes da ocupação da favela pela polícia, um levantamento da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) apontou que a quadrilha movimentava R$ 8 milhões.
A presença de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) não foi capaz de diminuir os lucros do tráfico de drogas da Rocinha. Um ano e dois meses depois da implantação da UPP, traficantes movimentam R$ 10 milhões por mês na favela. A informação, levantada pelo setor de inteligência da unidade, foi revelada neste sábado pela comandante da UPP, major Pricilla Azevedo, em entrevista ao EXTRA. Em abril de 2011, antes da ocupação da favela pela polícia, um levantamento da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) apontou que a quadrilha movimentava R$ 8 milhões.
Segundo a major, uma ofensiva da polícia contra as bocas de fumo foi responsável pelos últimos tiroteios.
— A quadrilha fatura muito aqui e não quer perder esse montante. Informações do nosso setor de inteligência apontam para um faturamento de mais de R$ 10 milhões por mês, interno e externo — disse a oficial, que confirmou que bandidos armados de fuzis ainda circulam pela comunidade.
Pricilla também afirmou que a repercussão do caso Amarildo em meio aos moradores foi usada pelo tráfico para pôr em xeque a legitimidade da polícia. Segundo o Ministério Público, 25 PMs da UPP participaram da sessão de tortura seguida de morte de Amarildo.
— O marginal se aproveita de qualquer oportunidade para impor regras e mostrar para o morador que ainda tem poder. O que ampara as ações do tráfico é o medo que ele impõe e a consequência disso é o silêncio da comunidade. Isso pode ter diminuído o número de ações de repressão: a comunidade denunciou menos — afirmou.
Segundo o setor de inteligência da UPP, há bocas de fumo em todas as regiões da favela, inclusive no asfalto. A Via Ápia, rua mais movimentada da Rocinha, tem dois pontos de venda de droga em sua extensão.



Natureza absoluta...

Mulher procura mantimentos e roupas em casa destruída por tufão em Tacloban (Foto: Romeo Ranoco/Reuters)
Supertufão 'Haiyan' pode ter matado 10 mil nas Filipinas, estima a polícia
Cruz Vermelha local contabiliza 1.200 mortos, mas admite que nº deve subir.
Tormenta devastou a região central do país.
A polícia das Filipinas teme que o número de vítimas provocado pela passagem do supertufão “Haiyan”, o mais potente do ano e provavelmente o mais forte da história na região, alcance os 10 mil mortos. Extra-oficialmente, o país contabiliza 1.200 mortos, com base em informações da Cruz Vermelha local.
Mulher procura mantimentos e roupas em casa destruída por tufão em Tacloban.
A estimativa é do chefe da polícia regional da província de Leyte, Elmer Soria. Ele disse neste domingo (10) que o governador provincial Dominic Petilla afirmou, no sábado (9) à notie, que o número de mortos poderia ultrapassar os 10.000, vítimas de afogamento, deslizamentos de terra e desmoronamentos de casas e edifícios.

 Haiyan teria arrasado entre 70% e 80% da cidade de Tacloban, no litoral leste do país, por onde passou a tormenta na sexta-feira (8), disse Soria.
Tacloban virou uma região de destroços, com casas completamente destruídas, estradas intransitáveis, e milhares de postes e árvores no chão. Foi lá que um avião avistou centenas de corpos.
"A devastação é total. Se estiveste em Tacloban antes, nem poderia reconhecer a cidade agora", disse à agência de notícias filipinas "PNA" um alto representante do Exército, o tenente Jim Alagao.
A Cruz Vermelha das Filipinas estimava que cerca de 1.200 pessoas morreram por causa da passagem do tufão. O saldo oficial da tragédia, contabilizado pelo governo, é inferior. "Estimamos que 1.000 pessoas foram mortas em Tacloban e 200 na província de Samar", disse Gwendolyn Pang, secretária-geral da Cruz Vermelha filipina.
A estimativa da Cruz Vermelha da Filipinas não é definitiva. O número de mortos deve aumentar nas próximas horas, segundo a secretária-geral.
O Conselho para a Gestão e Redução de Desastres do país informou que cerca de quatro milhões de pessoas de 36 províncias das Filipinas foram afetadas pelo fenômeno, qualificado por agências meteorológicas como supertufão, já que seus ventos superaram os 240 km/h.
Região alagada nas Filipinas, após passagem de supertufão pelo país. (Foto: Bullit Marquez / AP Photo)
Região alagada nas Filipinas, após passagem de supertufão pelo país.
Reynaldo Balido, porta-voz do organismo governamental, disse que se espera que os números de vítimas aumentem nas próximas horas quando começam a chegar os relatórios das áreas devastadas.
"O tufão criou um prejuízo em massa e quase nenhuma casa ficou de pé nas áreas mais afetadas", disse Balido.
Mapa tufão nas Filipinas (Foto: Editoria de Arte/G1)
Mapa tufão nas Filipinas.
Antes da chegada deste último tufão às Filipinas, o 24º do ano, os meteorologistas tinham advertido que a tormenta poderia ter um efeito devastador maior que o tufão "Bopha", que em 2012 deixou cerca de mil mortos.
Após arrasar o centro e sul das Filipinas, Haiyan está no Mar do Sul da China em direção ao Vietnã, onde as autoridades já iniciaram operação para esvaziar as regiões que serão afetadas.
Saques
A polícia nacional e os militares foram enviados à região atingida e devastada. A missão deles é evitar saques, especialmente em Tacloban. Vídeos na web mostram pessoas invadindo supermercados e caixas eletrônicos desde sexta-feira.

Mais uma etapa superada...