Leia um trecho erótico do livro "Cretina Irresistível", da
autora Christina Lauren
Chloe e Bennet brigaram, mas acabaram
fazendo as pazes. E bom, dizem que o melhor sexo é o da reconciliação. Será?
Perdi o raciocínio enquanto observava cada
parte de seu rosto: os olhos concentrados, os lábios macios apertados enquanto
prestava atenção, a pele suave. E, é claro, deixei meu olhar cair em direção
aos seios, pois ela usava uma blusa apertada e
meu Deus.
- Você está olhando meus peitos?
- Sim.
- Você usou o bat-sinal pra ficar olhando os
meus peitos?
- Sossega, nervosinha. Usei o bat-sinal
porque estou com saudade de você.
Seus braços caíram para os lados e começaram
a arrumar nervosamente a blusa.
- Como pode estar com saudade? Dormi na sua
casa ontem.
- Eu sei - conhecia esse lado dela. Sempre
tentando se preservar.
- E passamos o fim de semana inteiro juntos.
- Sim. Você e eu
e a Julia. E o Scot. E o
Henry. E a Mina. Não ficamos sozinhos. Não tanto quanto esperávamos.
Chloe virou a cabeça e olhou para a janela.
Pela primeira vez em semanas, tínhamos um perfeito dia de sol, e eu queria ir
lá fora com ela e
apenas sentar em algum lugar.
- Ultimamente eu tenho sentido saudades de
você o tempo inteiro - ela sussurrou.
O nó em meu peito se afrouxou um pouco.
- É mesmo?
Confirmando, ela se virou para mim.
- Sua agenda de viagens está uma droga - ela
se aproximou e ergueu uma sobrancelha. - E você não me deu um beijo de
despedida hoje de manhã.
- Na verdade, dei sim - eu disse, sorrindo.
- Você ainda estava dormindo.
- Isso não conta.
- Você está procurando uma discussão, srta.
Mills?
Ela deu de ombros, tentando esconder um
sorriso enquanto estudava cuidadosamente minha expressão.
- Nós podemos pular a briga e você pode
simplesmente chupar o meu pau por uns dez minutos.
Sem hesitar, ela se aproximou e passou os
braços ao meu redor, esticando o corpo para mergulhar o rosto em meu pescoço.
- Eu te amo - ela sussurrou. - E amei você
ter enviado o bat-sinal só porque estava com saudades.
Fiquei sem palavras, provavelmente por tempo
demais, até que finalmente consegui balbuciar:
- Eu também te amo.
Não é que Chloe não fosse expressiva; ela
era sim. Quando ficávamos sozinhos, ela era - fisicamente - a mulher mais
expressiva que já conheci. Mas, embora eu frequentemente expressasse meus
sentimentos, eu podia contar nos dedos as vezes em que ela pronunciou as
palavras eu te amo. Eu não precisava que ela falasse mais; porém, a cada vez
que dizia, isso me afetava de um jeito mais profundo do que eu esperava.
- Mas, falando sério - sussurrei, lutando
para me recompor. - Talvez eu só precise de uma rapidinha em cima da mesa.
Ela riu, balançando a cabeça em meu pescoço
e levando a mão até meu pau. Esse jogo eu conhecia, e era perfeitamente
possível que ela fizesse algo ameaçador, que iria me excitar na mesma medida
que me aterrorizava. Mas, em vez de me encarar com perigo nos olhos, ela virou
a cabeça para chupar meu pescoço e sussurrou:
- Não posso ir na reunião com o Douglas
cheirando a sexo.
- Você acha que não está sempre cheirando a
sexo?
- Nem sempre eu tenho o seu cheiro - ela
esclareceu, antes de lamber meu pescoço.
- Isso é o que você pensa.
Fazia muito tempo desde a última vez que
transamos no escritório e eu já não aguentava mais o desejo de possuí-la. Eu
queria rasgar minha calça e arrancar a camisa dela cintura acima, depois
arruinar as pilhas de papéis em minha mesa, jogando Chloe por cima de tudo.
Felizmente para mim, ela começou a descer,
beijando meu queixo até o pescoço, depois deslizou por meu corpo até o chão,
subindo levemente a saia, de um jeito quase inocente, para se ajoelhar na minha
frente.
Mas não
uma vez no chão, ela continuou
subindo a saia até chegar à cintura. Com uma mão, ela se tocou entre as pernas;
com a outra, abriu rapidamente meu cinto e o zíper. Fechei os olhos, precisando
acalmar minha mente enquanto ela me libertava e, sem hesitar, tomava meu pau em
sua boca. Meu pau estava quase totalmente ereto e, com seu toque, cresceu ainda
mais. Uma sucção quente e molhada desceu e subiu, mais forte da segunda vez,
enquanto ela se ajustava à sensação de me ter em sua boca.
Senti sua respiração acelerar em rápidas
lufadas em meu umbigo, e podia ouvir o som de seus dedos se movendo em si
mesma.
- Você está se tocando?
Sua cabeça se ajeitou levemente quando ela
confirmou.
- Você já estava molhada por minha causa?
Ela parou por um segundo, e então levantou a
mão acima da cabeça. Eu me inclinei e chupei dois dedos dela. Fui consumido
pela percepção tão clara do quanto ela queria aquilo. Eu sabia por experiência
própria qual era seu sabor antes de estar realmente pronta para mim por
exemplo, quando eu chegava tarde em casa e a surpreendia, em seu sono, com
minha boca. E sabia que tinha um sabor muito diferente depois de provocarmos um
ao outro por quase uma eternidade. Agora, em seus dedos, eu sentia sua
excitação máxima, e isso fez minha cabeça girar. Desde quando ela estava
esperando por isso? O dia todo? Desde que saí, hoje de manhã? Mas ela não me
deixou pensar muito, levou a mão de volta para o espaço oculto no meio de suas
pernas.
Observei sua cabeça se movendo e seus lábios
deslizando sobre mim. Tentei me concentrar nisso para me acalmar. Mas, mesmo
quando sua boca estava em mim, ou quando eu estava dentro dela, eu sempre
queria mais. Era impossível possuí-la de todas as maneiras ao mesmo tempo, mas
isso nunca me impediu de imaginar um furacão de posições e gemidos, minhas mãos
em seus cabelos e em sua cintura, meus dedos em sua boca e também entre suas
pernas, agarrando suas coxas.
Quando eu passava as mãos em seus cabelos
ela sabia que eu queria mais rápido, e quando minha cintura começava a se
mover, ela sabia que não deveria provocar, nem mesmo um pouco. Pelo menos, não
quando ela tinha uma reunião logo em seguida. Em um pensamento súbito, lembrei
que meu escritório não estava trancado; Chloe entrara pensando que iríamos
conversar sobre o trabalho. A porta da recepção estava fechada, mas também não
estava trancada.
- Oh, merda - murmurei. Por algum motivo, a
ideia de que poderíamos ser flagrados deixou tudo ainda mais excitante.
- Chloe
- sem mais aviso, um orgasmo desceu
por minhas costas, eletrizante e ardente, e tão intenso que deixou minhas
pernas bambas e meus punhos agarrando seus cabelos. Ela se arqueou com meu puxão,
seu braço se movendo rapidamente enquanto tocava a si mesma, fazendo os sons de
seu próprio prazer me atingirem, abafados.
Olhando para baixo, percebi que ela estava
observando minha reação
é claro que estava. Seus olhos se arregalaram e
mostravam uma doçura - ela parecia fascinada. Tenho certeza de que sua
expressão era exatamente igual à que eu fazia toda vez que a via gozar com meu
toque.
Após uma pausa para recuperar o fôlego, eu saí de sua boca e me ajoelhei
no chão de frente para ela, levando minha mão para encontrar a dela no meio de
suas pernas. Ela se ajeitou e deixou meus dedos tomarem o controle. Deslizei
dois para dentro, entrando fundo e de uma vez, e ela quase tombou para trás,
seu corpo se apertando em mim. Usei minha outra mão para apoiá-la e beijei seus
lábios, gemendo ao sentir que eles estavam um pouco vermelhos, um pouco
inchados.
- Estou quase lá - ela disse, passando o
braço livre ao redor do meu pescoço.
- Eu gosto dessa sua necessidade de me
avisar disso.
Eu imaginava que um dia meu toque se
tornasse familiar demais para ela, ou que minha técnica se tornasse cansativa,
mas cada vez que meu polegar raspava e pressionava seu clitóris ela parecia ter
uma sensação mais intensa do que antes.
- Mais um - ela sussurrou quase sem voz. -
Por favor, eu quero
Ela não terminou o pensamento. E nem
precisava. Enfiei três dedos e fiquei olhando enquanto sua cabeça caía para
trás, com os lábios separados e o som rouco e silencioso de seu orgasmo quase
abafado reverberando por seu corpo. Por alguns segundos, ficamos abraçados
enquanto eu respirava em seus cabelos, tentando imaginar que estávamos em outro
lugar, talvez em minha sala de estar ou no meu quarto, certamente não no chão
do meu escritório de porta destrancada.
Parecendo se lembrar disso ao mesmo tempo
que eu, Chloe subiu sua calcinha e baixou a saia no lugar, depois tomou minha
mão para eu levantá-la. Como de costume, fui atingido pelo silêncio ao redor, e
imaginei se éramos mesmo tão discretos como pensávamos.
Ela olhou ao redor, ainda um pouco fora do
ar, e deu um sorriso preguiçoso.
- Agora vai ser ainda mais difícil ficar
acordada na reunião.
- Não estou nem aí - eu murmurei, abaixando
para beijar seu pescoço.
Quando me endireitei, ela se virou e entrou
no meu lavabo, subindo as mangas da blusa para lavar as mãos. Eu me aproximei,
pressionando meu peito em suas costas, e coloquei minhas mãos debaixo da água
com as dela. O sabonete deslizou entre nossos dedos e ela pousou a cabeça para
trás em meu peito. Eu queria passar uma hora tirando seu cheiro de nossos
dedos, apenas para poder ficar nessa posição.
- Vamos passar a noite no seu apartamento? -
perguntei. Sempre era uma decisão difícil. Minha cama era melhor para
brincarmos, mas sua cozinha era mais abastecida.
Ela desligou a água e levou as mãos até a
toalha.
- Sua casa. Tenho que lavar roupas.
- Quem disse que o romantismo não existe
mais
- também usei a toalha e a beijei novamente. Ela manteve a boca fechada e
os olhos abertos, e eu me afastei um pouco.