domingo, 11 de maio de 2014

Interessante...


Saiba quais são os 10 piores alimentos de todos e aprenda a substituí-los

Não adianta: quando o assunto é saúde, tem coisas que é melhor deixar de comer de uma vez por todas

Saiba quais são os 10 piores alimentos de todos e aprenda a substituí-los

Se você é do tipo que morre de preguiça de cozinhar, não sabe que mercados também vendem frutas e acha que todo dia é dia de pizza, cuidado: você está fazendo tudo errado no sentido alimentício da coisa. A gente sabe que nada no mundo parece matar sua sede melhor do que aquele copo de Coca-Cola. A gente sabe também que Coca-Cola combina com salgadinho e bacon e batata frita e sorvete e todas as outras coisas do mundo. Mas e a saúde, como fica no meio disso tudo?

A lista que você vai ver a seguir mostra os 10 piores alimentos que você pode consumir – e provavelmente consome. Ela foi feita pela nutricionista Michelle Schoffro Cook, e as dicas para substituir ou melhorar a qualidade desses itens foram elaboradas pela Nadia Cozzi, consultora de Alimentação Consciente e Desenvolvimento Pessoal. Saiba a seguir quais são esses itens malévolos e depois nos conte: quantos deles você consome regularmente?

10 – Sorvete
Pixabay

Você já parou para pensar a respeito dos ingredientes do sorvete? Do que ele é feito? É uma massa gelada doce e cheia de gordura. E que todo mundo adora. O problema é que esses produtos contêm altos níveis de açúcar e gorduras trans. Sem falar, é claro, na artificialidade dos corantes e saborizantes, que fazem muito mal ao nosso organismo. Além disso tudo, alguns sorvetes têm neurotoxinas, que são substâncias capazes de prejudicar o cérebro e o sistema nervoso de um modo geral.

É possível, porém, preparar um sorvete saudável, sabia? A Nadia Cozzi ensinou uma receita que parece bem atraente. Detalhe: estamos falando de um sorvete feito à base de inhame!

Sorvete de Inhame. Ingredientes:

500 g de inhame cozido e descascado
01 lata de leite condensado e 1 l de leite fresco
01 garrafinha de creme de leite fresco
01 colher de chá de baunilha
Modo de Preparar: Bater tudo no liquidificador; a base do sorvete está pronta.
Colocando o sabor:

Baunilha: Acrescente no liquidificador 1 colher de café de baunilha
Chocolate: Acrescente no liquidificador 2 colheres de sopa de cacau em pó. Se quiser fazer o gênero Chocolate Chique, coloque amêndoas picadinhas, nozes, pedacinhos de chocolate amargo ou o que preferir.
Frutas: acrescente à mistura do liquidificador 1 copo do suco da fruta de sua preferência.

9 – Salgadinho de milho
Blogizazilli
Se você se preocupa um pouco com o consumo de alimentos transgênicos, saiba que está na hora de deixar de lado os salgadinhos de milho. Eles são capazes de alterar os níveis de açúcar no sangue, ocasionando aumento de peso e alterações de humor. Imagine também que os salgadinhos que você come como se não houvesse amanhã são, na verdade, fritos em óleo. Essa mistura de milho transgênico e gordura é capaz de provocar inflamações em seu corpo – se você sofre com espinhas, por exemplo, é uma péssima ideia comer salgadinho.

Para substituir a guloseima, que tal fazer uma pipoca old school, aquela de panela, de vez em quando? É fritura? É. Mas, se o milho for orgânico, um problema a menos.

8 – Pizza
 
O problema, nesse caso, é para quem tem o costume de comer pizza dessas congeladas, vendidas em supermercados. Elas são feitas com condicionadores de massa artificiais e muitos conservantes. Você acha que está comendo pizza, mas seu corpo entende que você está engolindo potes de açúcar, pois é nisso que esses alimentos se transformam assim que você os ingere. Péssima ideia para quem quer emagrecer.

Você não precisa deixar de comer pizza, uma das coisas mais deliciosas desse mundo, mas é sempre melhor ligar para a pizzaria e pedir uma fresquinha do que consumir aquelas vendidas no supermercado. Se você é do tipo que gosta de cozinhar, faça a sua própria massa, seja criativo na hora de escolher um recheio e pronto!

7 – Batata frita
 
O problema aqui não está só na conta da fritura e das grandes quantidades de gorduras trans, mas também na substância mais cancerígena de todas: a acrilamida, que se forma quando batatas brancas são superaquecidas.

Além disso, a presença do óleo aqui causa o mesmo efeito que o salgadinho, causando inflamações, agravando problemas cardíacos, câncer e artrite.

O segredo é usar batatas orgânicas cozinhadas ligeiramente e cortadas em cubinhos. Depois, basta escorrer, salpicar sal marinho e jogar tudo em óleo de girassol bem quente apenas para dourar. Continua sendo fritura, mas é um pouco mais saudável.

6 – Salgadinhos de batata
Sh.qq
São tão ruins quanto as batatas fritas e, para piorar, contêm altos índices de acrilamida, mais uma substância cancerígena. Quanto menos você comer, melhor.

5 – Bacon
 
O queridinho de muita gente é, sem dúvida, um vilão e tanto. O consumo diário desse tipo de alimento eleva a 42% o risco de doenças cardíacas e a 19% as chances de desenvolver diabetes. Um estudo feito pela Universidade de Columbia, nos EUA, constatou que ingerir 14 porções de bacon por mês pode prejudicar o funcionamento do pulmão e aumentar a incidência de doenças pulmonares.

4 – Cachorro-quente
 
Quem nunca parou em um daqueles carrinhos de rua e pediu o cachorro-quente mais monstruoso possível depois de sair da balada? Ou, ainda, quem nunca escolheu fazer cachorro-quente em casa em vez de preparar algo mais elaborado para o jantar?

O problema é que esse lanche popular está associado ao aumento de câncer no pâncreas. Um estudo analisado por Michelle revelou que esse aumento chega a ser de 67%. O nome do vilão em questão é nitrito de sódio. Ele está presente em carnes processadas, salsicha, bacon, salame... E essa substância do mal é altamente cancerígena, tendo relação com leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebês. Há também estudos que comprovam que a substância pode causar câncer colorretal.

Para substituir o cachorro-quente, a dica é escolher um pão caseiro feito com linhaça e gergelim, aberto ao meio, onde você pode colocar um ovo caipira frito na manteiga, pedaços de tomate, sal marinho, orégano, mussarela ou queijo branco. Se você levar essa mistura ao forno, vai ter um lanche delicioso e muito mais saudável. Melhor ainda se acrescentar algumas folhas de alface depois de retirar do forno.

3 – Rosquinhas
 
Os donuts, mais populares nos EUA, mas também consumidos aqui no Brasil, são ricos em gorduras trans. Esse tipo de gordura tem relação com doenças cardíacas, cerebrais e com o câncer. Como se não bastasse, rosquinhas fritas são cheias de açúcar, condicionadores de massa artificiais e outros aditivos que vão transformar cada rosquinha em uma verdadeira bomba calórica. Na dúvida, deixe a preguiça de lado e prepare um belo bolo caseiro saudável e saboroso.

2 – Refrigerante
 
Você até sabia que essa bebida fazia mal, mas sabia que ela era o segundo pior item de todos? O problema aqui é grande mesmo e, para começar, saiba que uma latinha de refrigerante tem pelo menos 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína e, claro, corantes artificiais e sulfitos.

São necessários 30 copos de água para neutralizar a acidez do refrigerante. Imagine o trabalho que seus rins têm quando você consome esse tipo de bebida... E não são só os rins que sofrem! Os ossos também ficam prejudicados, já que perdem muitos minerais e cálcio cada vez que você abre uma latinha – os ossos liberam essas substâncias para o sangue para ajudar a acabar com a acidez do refrigerante.

A dica é consumir água e sucos naturais (que não sejam os de caixinha, hein!) – faça você mesmo!

1 – Refrigerante Diet
Why Pay Full Price
Se refrigerante normal já é um veneno, o diet é ainda pior. Além de ser tão ruim quanto qualquer refrigerante, o diet tem aspartame – ou AminoSweet. Essa substância está relacionada com o aparecimento de muitas doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tontura, epilepsia, fadiga, dores de cabeça, perda auditiva, hiperatividade, insônia, dor nas articulações e muitos – muitos mesmo! – outros problemas.

Cortar o aspartame da sua vida é uma medida inteligente e que, com certeza, vai melhorar a sua saúde. Vale também para outros produtos dietéticos adoçados à base de aspartame. Quanto menos você consumir, mais saudável vai ser o seu organismo. Como no item anterior, a dica é tomar água, sucos naturais e também vitaminas feitas à base de leite ou água. Você só tem a ganhar!


História...


Aventuras na História

As gigantes rivais: Atenas e Esparta
Conhecidas como arqui-inimigas, não teriam o mesmo impacto na história se não estivessem ligadas por séculos. Suas rivalidades - e alianças - ajudaram a desenhar o mundo como o conhecemos


Nunca um rei espartano tinha sido tão humilhado. Depois de passar fome e sede e aguentar um calor dos diabos por quase três dias, o soberano Cleômenes e sua guarda pessoal tiveram de pôr o rabo entre as pernas, entregar suas armas e deixar Atenas. Não seria exagero dizer que essa era a primeira grande vitória de uma invenção ateniense que ainda ia dar muito trabalho aos espartanos, a democracia – e, que ironia, o próprio rei de Esparta é que tinha tornado isso possível.

Até aí você não deve estar surpreso. Afinal, todo mundo aprende que as duas cidades-estados mais poderosas da antiga Grécia eram inimigas, e não podiam ser mais diferentes entre si. Os atenienses valorizavam a arte e a literatura, brigavam por participação popular no governo e eram grandes navegantes. Os espartanos achavam que homem que é homem fala pouco, louvavam a obediência acima de tudo e ficavam de perna bamba só de ver um navio.

Acontece, porém, que as relações entre Atenas e Esparta estão longe de ter sido tão simples. Que o digam os filósofos, escritores e políticos atenienses que não escondiam sua admiração pelos rivais do sul. Durante a guerra dos gregos contra os persas, a partir de 480 a.C., as duas cidades comandaram lado a lado a resistência ao invasor, Esparta em terra e Atenas no mar. Sob certos aspectos, pode-se mesmo afirmar que os espartanos foram pioneiros nas reformas políticas que depois fariam a fama de Atenas, aumentando a participação dos cidadãos comuns nas decisões do governo. 

Foram primeiro os conflitos de interesse (a supremacia sobre as outras cidades gregas e o controle do comércio com a Ásia), e só depois as diferenças ideológicas entre democracia ateniense e rigidez espartana, que acabaram levando a uma baita briga entre as cidades, na qual a Grécia inteira afundou.

Separadas no nascimento
Embora a origem de ambas seja misteriosa, parece certo que os atenienses chegaram primeiro. Eles já ocupavam a península de Ática desde o período micênico (antes do século 13 a.C.). Não é à toa que eles costumavam se considerar autóctones, isto é, eles achavam que seus antepassados haviam nascido por ali mesmo. 

Por volta de 700 a.C., pelo menos, toda a região, composta por assentamentos rurais relativamente distantes uns dos outros, já se constituía numa unidade política comandada por Atenas. O solo pobre produzia trigo, uva e azeitona e fornecia a argila para produzir a boa cerâmica, que logo se tornou um dos principais artigos de exportação.

Já em Esparta todo mundo sabia que era recém-chegado. Os espartanos eram dórios, um dos quatro principais grupos étnicos em que se dividiam os gregos (aqueus, jônios e eólios eram os outros) e chegaram ao Peloponeso (sul da península grega) vindos do noroeste, depois do fim do período micênico. Eles derrotaram os antigos habitantes e transformaram alguns em vassalos. 

Outros, os hilotas, não tiveram tanta sorte: viraram escravos e tinham de cultivar as terras dos cidadãos espartanos. Até por volta de 700 a.C., o domínio se estendia apenas pela Lacônia (onde ficava a própria Esparta), mas uma bem-sucedida expansão para o oeste acabou lhes dando também a fértil Messênia.

Por muito tempo, acreditou-se que o subproduto dessa conquista foi a primeira e única revolução da história de Esparta. Uma minoria de nobres teria abocanhado a maioria das terras da Messênia. Os cidadãos mais pobres se revoltaram e conseguiram redistribuir a terra e obtiveram o direito a vetar as decisões dos dois reis (sim, havia dois deles em Esparta) e da Gerúsia, ou Senado. “Mas uma equipe inglesa que publicou seus achados sobre a Lacônia no ano passado sugere que essa Esparta austera talvez tenha surgido mais tarde, por volta de 540 a.C.”, diz o historiador José Francisco Moura, da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro.

Apesar da incerteza quanto à data, o fato é que as mudanças em Esparta brotaram dos mesmos problemas que atormentavam Atenas nos séculos 7 e 6 a.C. Ali também só uma minoria de cidadãos, de origem nobre, podia exercer os principais cargos públicos. 

Os homens livres, mas pobres, tendo de se virar com pedaços de terra que mal davam para o seu sustento, viviam sob a ameaça da escravidão por dívidas. As reformas do político e poeta Sólon (por volta de 590 a.C.) acabaram com essa prática e permitiram que pessoas ricas de origem plebeia entrassem na política, mas não foram suficientes para acabar com as tensões sociais. Quem se aproveitou disso foi Pisístrato, que assumiu o poder na cidade.

O governo do tirano até que conseguiu trazer um pouco de paz às terras atenienses, mas bastou que ele morresse para que a cidade voltasse às turras, com seus filhos Hípias e Hiparco brigando juntos para se manter no poder. É aí que entra Cleômenes, um dos reis de Esparta. “Até então, parece que havia pouco contato entre as cidades. 

Nem mesmo cerâmica ateniense foi encontrada em Esparta, ou vice-versa”, afirma Moura. A cerâmica era uma espécie de saquinho plástico do mundo antigo, que transportava de azeitonas a lixo e, na época, peças atenienses já podiam ser encontradas na Itália e nas cidades gregas da Ásia. No entanto, por volta de 520 a.C., Esparta havia se tornado a potência dominante do sul da Grécia, à frente da chamada Liga do Peloponeso. 

Os espartanos passaram a ter interesses mais amplos e, além do mais, tinham fama de não tolerar tiranos. Que tal unir o útil ao agradável e restaurar o governo legítimo em Atenas – um governo que seria eternamente agradecido (e, talvez, subordinado) a Esparta?

Foi o que Cleômenes fez em 510 a.C., botando Hípias para correr. Porém, as lutas na cidade não cessaram. Em meio a uma guerra civil, quem estava levando a melhor era Clístenes, um membro da nobreza, que propunha uma lista de reformas que, na prática, criava uma democracia. 

O rei de Esparta não gostou da idéia e se dispôs a derrubar o novo regime em favor de um amigo ateniense, Iságoras. Mas a flecha saiu para o lado errado: embora conseguisse tomar a Acrópole, sede do poder ateniense, Cleômenes não contava com a resistência do povo comum, que o cercou e acabou forçando-o à rendição.

Inimigo comum
Vinte anos depois da ascensão da democracia em Atenas e da derrota de Cleômenes, as duas potências tiveram de colocar as diferenças de lado, para enfrentar um problema maior. Liderado pelo rei Xerxes, o Império Persa – provavelmente a primeira superpotência da história – lançou um ataque maciço contra a Grécia, e Atenas e Esparta decidiram resistir. Graças a sua aliança com quase todas as cidades do Peloponeso, os espartanos ainda eram os mais poderosos dos gregos, mas sua força só era realmente respeitável em terra. 

Os persas, no entanto, atacavam por terra e por mar, e no oceano a frota ateniense foi fundamental. Mesmo assim, a influência espartana era tamanha que o comando da frota grega também ficou nas mãos deles, ao menos no nome.

Por alguns anos, a parceria foi um sucesso. Em 480 a.C., a frota unida dos gregos esmagou as forças persas perto da ilha de Salamina, na Ática, e um ano depois o regente espartano Pausânias completou o serviço em terra, na batalha de Platéia. 

A caça virou caçador: os atenienses e o rei espartano Leutiquides avançaram para as cidades gregas da Ásia e lá venceram a frota persa outra vez, em 478 a.C. Nesse momento, porém, os espartanos, desacostumados ao papel de potência marítima, deixaram que Atenas continuasse a missão de libertar os gregos asiáticos da Pérsia. 

“No fim das contas, os gregos deveram sua libertação não apenas a Esparta, mas principalmente a uma Atenas que Cleômenes tinha criado por engano, e que fizera de tudo para destruir”, afirma W.G. Forrest, historiador da Universidade de Oxford e autor do livro A History of Sparta (“Uma História de Esparta”, inédito em português).

Cada um para o seu lado
Ao longo do século 5 a.C., Atenas se transformou na principal potência marítima da região. A princípio, muitas das cidades gregas aceitaram se aliar a ela, mas, aos poucos, o que era uma liga de alianças acabou virando um império. Para José Francisco Moura, cidades como Corinto, que fazia parte da Liga do Peloponeso e também tinha interesses marítimos, acabaram levando Esparta a entrar em conflito com Atenas.

As duas gigantes ficaram frente a frente na chamada Guerra do Peloponeso, em 432 a.C. A princípio, os atenienses conseguiram escapar do pior dominando os mares e se refugiando atrás de suas muralhas. 

A captura de centenas de soldados espartanos no próprio Peloponeso chegou até a instaurar uma paz passageira entre os rivais. Mas Atenas perdeu a maior parte da frota num ataque desastrado na costa da atual Itália, e os espartanos aproveitaram para contra-atacar. Dessa vez financiados por um inusitado aliado, os persas, eles possuíam uma frota respeitável.

O conflito terminou com a vitória de Esparta em 404 a.C. Mas nenhum dos dois lados saiu realmente vencedor. Atenas perdeu os navios que lhe tinham restado e as muralhas que defendiam a cidade e, em Esparta, o impacto da guerra foi ainda maior. Apesar da vitória, a sociedade espartana desmoronou – as riquezas vindas do ex-império ateniense exacerbaram as diferenças sociais entre os espartanos. 

Na cidade, a concentração de terras voltou com tudo, e o número de homens com direitos de cidadania, que formavam o coração do Exército espartano, diminuiu muito. É que só os homens que podiam contribuir financeiramente para as refeições comunais do Exército eram considerados cidadãos plenos, e muitos espartanos tinham se tornado pobres demais para isso. Ao ser esmagado em Leuctra pelos soldados da cidade de Tebas, em 370 a.C., o Exército de Esparta não contava com muito mais que mil soldados.

Por algum tempo, até a metade do século 4, Tebas se tornou o poder dominante da Grécia, ao lado de uma Atenas recuperada da guerra e ainda democrática. Esparta tinha virado carta fora do baralho, para todos os efeitos: perdeu até a Messênia (os tebanos proclamaram a independência da região). Mas uma nova força estava surgindo no tabuleiro: o rei Filipe, da Macedônia, pai de Alexandre, o Grande. Em 338 a.C., ele exterminou as forças combinadas de Atenas e Tebas, submetendo-as e acabando com a independência helênica.


Viva a sabedoria...

Platão e o mundo das idéias
 Possível fisionomia de Platão
Possível fisionomia de Platão

Entre todos os discípulos de Sócrates, o mais importante continuador de sua obra e que viria a superar os passos do próprio mestre, ao fazer a primeira sistematização do pensamento filosófico, foi Platão (428 a.C. - 347 a.C.).

Nascido em Atenas ou na localidade próxima de Egina, Arístocles (seu nome de batismo) veio ao mundo em uma família politicamente importante. Seu pai era descendente de Codro, o último rei de Atenas, e sua mãe teve entre seus antepassados o famoso legislador ateniense Sólon e possuía parentesco com Crítias e Cármides, dois dos Trinta Tiranos que governaram a cidade após a guerra do Peloponeso.

Em suas primeiras décadas de vida, os interesses de Platão ainda não eram filosóficos. Inicialmente ganhou fama como um exímio lutador, advindo daí o apelido pelo qual o conhecemos até hoje (Platão, do grego plato, significa plano, mas também “largo” e “amplo”; ao que consta, era uma referência ao seu porte físico). Conseguiu alguma fama ao vencer os Jogos Ístmicos, embora não tenha conseguido chegar aos Jogos de Olímpia. Pouco depois tentou investir em carreira literária, mas seu sucesso foi limitado. Por fim, decidiu estudar a filosofia de Sócrates.

Após a morte de seu mestre, Platão partiu em longas viagens, nas quais seu pensamento filosófico se tornou mais maduro e refinado. Prova disso foram as ideias que desenvolveu em suas obras, as quais foram escritas em forma de diálogos, quase sempre tendo Sócrates como personagem principal.

Dentre todos os diálogos platônicos, aquele que talvez sintetize com mais clareza o ponto central de sua filosofia tenha sido Timeu. Nesta obra, Platão estabelece a famosa diferença entre o mundo sensível (o mundo concreto no qual vivemos) e o mundo das ideias — eidos, em grego.

Segundo sua descrição, no início dos tempos, havia apenas as ideias — o Bem, a Verdade, o Humano, etc — até que um ser supremo, chamado Demiurgo, decidiu criar coisas a partir das mesmas. Essa teria sido a origem do mundo e de tudo que há nele (as pessoas, as sociedades, os costumes, e assim por diante). Para Platão, as obras do Demiurgo foram ricas, porém imperfeitas: baseavam-se em ideias perfeitas, mas eram apenas cópias.

A partir daí, segundo o filósofo, qualquer compreensão adequada sobre as coisas do mundo sensível deveria abstrair as suas imperfeições e chegar até a sua essência, chegar até o seu ideal. Por exemplo: no mundo existem diversos tipos de cães – grandes, pequenos, claros, escuros, etc — mas apesar das diferenças, todos eles são cães, ou seja, todos têm em si a essência do que é um cão.

O mesmo raciocínio vale para os valores humanos. Enquanto os sofistas afirmavam, por exemplo, que justiça e injustiça eram meras convenções, Platão dizia que na verdade elas pareciam convenções porque havia muitas concepções diferentes de justiça; mas, se comparássemos todas elas e deixássemos de lado suas diferenças para olhar apenas o que nelas havia em comum, surgiria daí a essência do que era a Justiça.

Essa noção platônica de mundo sensível e mundo inteligível marcou época em toda a filosofia posterior e além, influenciando até mesmo muitos pensadores do cristianismo como Santo Agostinho. Porém, como nada em filosofia é isolado, cabe dizer que Platão teve duas grandes inspirações: Sócrates, através de seu método dialético e Pitágoras, através da sua noção de que além das aparências havia sempre uma essência simétrica, perfeita e harmoniosa (no caso pitagórico essa essência eram os números).

No fim de sua vida, Platão criou a primeira instituição filosófica da história. Comprou, nos arredores de Atenas, uma propriedade onde recebia discípulos para debates. Situada num lugar chamado Jardins de Academos, passaria à história como a Academia.

Cultura...


Diversidade cultural no Brasil

Desde o início de sua história, após a colonização europeia, o Brasil é marcado pela extensa diversidade cultural.

O Brasil é um país que possui uma rica diversidade cultural entre os habitantes.


Apesar do processo de globalização, que busca a mundialização do espaço geográfico – tentando, através dos meios de comunicação, criar uma sociedade homogênea – aspectos locais continuam fortemente presentes. A cultura é um desses aspectos: várias comunidades continuam mantendo seus costumes e tradições.

O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade cultural. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural no Brasil. Em seguida, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Brasil. Aspectos como a culinária, danças, religião são elementos que integram a cultura de um povo.

As regiões brasileiras apresentam diferentes peculiaridades culturais.

No Nordeste, a cultura é representada através de danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. A culinária típica é representada pelo sarapatel, buchada de bode, peixes e frutos do mar, arroz doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outros. A cultura nordestina também está presente no artesanato de rendas.

 
Capoeira

O Centro-Oeste brasileiro tem sua cultura representada pelas cavalhadas e procissão do fogaréu, no estado de Goiás; e o cururu em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária é de origem indígena e recebe forte influência da culinária mineira e paulista. Os pratos principais são: galinhada com pequi e guariroba, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal – como o pintado, pacu e dourado.

 
Cavalhadas em Pirenópolis (GO)

As representações culturais no Norte do Brasil estão nas festas populares como o círio de Nazaré e festival de Parintins, a maior festa do boi-bumbá do país. A culinária apresenta uma grande herança indígena, baseada na mandioca e em peixes. Pratos como otacacá, pirarucu de casaca, pato no tucupi, picadinho de jacaré e mussarela de búfala são muito populares. As frutas típicas são: cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti.

 
Festival de Parintins (AM)*

No Sudeste, várias festas populares de cunho religioso são celebradas no interior da região. Festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, com destaque para a peregrinação a Aparecida (SP), congada, cavalhadas em Minas Gerais, bumba meu boi, carnaval e peão de boiadeiro. A culinária é muito diversificada, os principais pratos são: queijo minas, pão de queijo, feijão tropeiro, tutu de feijão, moqueca capixaba, feijoada, farofa, pirão, etc.

 
Feijoada

O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. Algumas cidades ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a festa da uva (cultura italiana) e a oktoberfest (cultura alemã), o fandango de influência portuguesa e espanhola, pau de fita e congada. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro) e vinho.

 
Chimarrão


Entendendo...

Conservadorismo - principais pensadores: Combate às ideias iluministas

Ao derrubar a mais emblemática monarquia absolutista europeia, a Revolução Francesa (1789) rompeu com o chamado Antigo Regime. O processo revolucionário na França perdurou por anos, alternando-se entre diferentes tipos de radicalismos políticos: cientificismo, racionalismo, ateísmo e progressismo (que se cristalizaram na doutrina do iluminismo) foram alguns dos princípios básicos inerentes ao movimento revolucionário francês.

Nesse contexto, surgiram pensadores conservadores que sistematizaram preceitos ideológicos com o propósito de combater as novas doutrinas iluministas.

Burke, Bonald e de Maistre

Entre os conservadores do século 18, destaca-se o filósofo inglês Edmund Burke (1729-1797), que combateu o ateísmo, o racionalismo e defendeu fervorosamente a ordem tradicional em declínio.


Em seu livro Reflexões sobre a revolução em França, Burke criticou os ideólogos iluministas - como Denis Diderot e Jean-Jacques Rousseau (que havia elaborado a doutrina contratualista, fundamentando a coesão e ordem social no contrato social) -, além de Kant.


No século 19, o mais destacado conservador foi Louis de Bonald (1754-1840). Bonald era um político francês e defendeu o Antigo Regime, a Igreja Católica Romana, a restauração da tradição e o princípio da autoridade monárquica. Ele afirmava que "Onde todos os homens querem dominar com vontades iguais e forças desiguais, é necessário que um único homem domine ou todos se destruam".


Outro importante ideólogo do conservadorismo foi o filósofo e diplomata francês Joseph de Maistre (1753-1821), defensor da monarquia hereditária e opositor do movimento revolucionário, considerado por ele o principal responsável pelo colapso social e econômico e pela anarquia política em que a França mergulhou.

Revolucionários tornam-se conservadores

Em suas origens, o pensamento conservador pode ser concebido como uma atitude reativa em oposição às rápidas mudanças que se processavam nas sociedades europeias, entre os séculos 18 e 19, provocadas pelos movimentos revolucionários burgueses.


As revoluções burguesas provocaram a ruptura das tradições, dos costumes, dos hábitos e das crenças religiosas. Nesse contexto, enquanto uma ordem social desaba e uma nova ordem social está em construção, o conservadorismo emerge como força ideológica e política contra-revolucionária.


Em termos históricos, no entanto, é preciso considerar que os revolucionários progressistas também se tornaram conservadores, quando a sociedade burguesa capitalista (ou liberal) foi ameaçada por processos revolucionários populares.
Na atualidade, "conservadorismo" e "conservador" tornaram-se termos extremamente pejorativos - e por esse motivo são denominações pouco utilizadas na esfera da política. Muitos partidos políticos, inclusive, chegaram a retirar a palavra "conservador" de suas siglas.

Entretanto, o fato de o termo não ser usado não significa que o pensamento conservador deixou de existir.

Curiosidade...


Por um triz
A “espada de Dâmocles” explica a origem da expressão “por um triz”.

Muitas vezes, enfrentamos situações que nos revelam que os detalhes são determinantes para uma vitória ou um tremendo fracasso. A vitória em uma competição esportiva, a aprovação em um concurso público ou a conquista de uma vaga de emprego, podem ser decididas por questões que parecem ser mínimas. Em muitas situações, acabamos dizendo que a vitória (ou o fracasso) foram incrivelmente consumados “por um triz”. Mas afinal, qual o significado dessa expressão tão antiga em nosso cotidiano?

Por volta do século V a.C., Dionísio, o Velho, empreendeu a conquista da cidade de Siracusa, na Sícilia, onde veio a ocupar o posto de monarca. Por meio de várias ações, este grande estadista consolidou e ampliou seus poderes por toda a Itália Grega. Tornando-se senhor de muitas terras, acabou cercado por diversos interesseiros que invejavam a sua posição. Entre tantos outros, Dâmocles era figura comum do palácio real e desfrutava várias das regalias e banquetes ali realizados.

Mesmo sendo um amigo do rei, Dâmocles acreditava que o cargo real era cercado por vários privilégios que nem se comparavam aos que ele aproveitava por meio da proximidade com Dionísio. Preocupado em apagar essa errônea impressão, o rei decidiu organizar um grande banquete, onde Dâmocles ocuparia a cadeira real. Entretanto, uma pesada lâmina presa a um fio da crina de um cavalo foi colocada sob a cabeça. Por meio dessa incômoda situação, o imaturo amigo compreendeu que a vida no poder é algo bastante delicado.

É interessante notar que thrichos seja justamente a palavra que em grego, significa cabelo. Além do termo grego ter uma sonoridade próxima à palavra “triz”, temos uma possível explicação para o fato de “por um fio” ser sinônimo da expressão aqui investigada. Desse modo, podemos notar que a história dessa expressão cotidiana reafirma aquilo que dissemos no início do texto: um pequeno detalhe pode fazer toda a diferença!

Piada...

Um baiano deitado na rede pergunta pro amigo: Meu rei... tem aí remédio pra picada de cobra? Tem não, meu lindo. Por que, você foi picado? Não, mas tem uma cobra vindo na minha direção.

Mais uma etapa superada...