terça-feira, 3 de novembro de 2015
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Cinco hábitos
para melhorar a redação
Dispensar o
corretor ortográfico e criar oportunidades para treinar a escrita estão entre
os cinco hábitos para melhorar sua redação.
“Para mim, o
ato de escrever é muito difícil e penoso, tenho sempre de corrigir e reescrever
várias vezes. Basta dizer, como exemplo, que escrevi 1.100 páginas
datilografadas para fazer um romance, no qual aproveitei pouco mais de 300.”
A frase que
você leu acima é de autoria de Fernando Sabino, um dos melhores cronistas da
literatura brasileira. Nela, Sabino deixa explícita toda a sua dificuldade para
escrever e, se foi difícil para ele, que se destacou como exímio escritor e
jornalista, imagine para nós, meros mortais! As palavras do escritor soam quase
como um alento para quem também sofre diante de uma folha em branco e mostram
que é possível sim, com algum treino e dedicação, ter êxito no universo das
palavras.
Falar é
fácil, difícil mesmo é escrever, não é verdade? Se na oralidade conseguimos nos
comunicar de maneira eficiente, por que será que quando o assunto é organizar
as ideias no papel tudo fica mais difícil? Isso acontece porque escrever
demanda habilidades linguísticas diferentes, isto é, conhecimento sobre
sintaxe, organização textual, técnicas de redação, entre outros elementos que
possibilitam que a mensagem seja emitida de maneira satisfatória. Conhecer
esses elementos é indispensável para quem quer escrever mais e melhor, bem como
livrar-se da influência da comunicação oral (muitas pessoas transferem para o
papel vícios de linguagem próprios da oralidade) e da falta de familiaridade
com a escrita.
Escrever é um
desafio, e ficar longe de ambiguidades, redundâncias, clichês, erros de sintaxe
e de pontuação (apenas para citar alguns) deve ser prioridade. Erros assim
podem ser eliminados se você adquirir alguns hábitos simples, mas
supereficientes. Quer saber quais são? Confira as dicas de redação que o Brasil
Escola elaborou para você e boa leitura!
Dicas para
melhorar a redação:
1. Eleja seu
livro favorito: Pode ser qualquer um, desde que ele esteja sempre à mão. Já
ouviu falar no livro de cabeceira, aquele que fica ali pertinho da cama para
você folhear nos momentos de descanso? Pois é, nós queremos que você tenha esse
hábito e que, pelo menos uma vez por dia, passeie por suas páginas. Parece
simples, mas ler todos os dias, ainda que poucas páginas, pode melhorar o
vocabulário e contribuir para uma melhor compreensão do funcionamento da língua;
2. Sempre que
possível, escreva: Crie oportunidades para treinar a escrita, mesmo que seja
por meio de e-mails, bilhetes, lembretes de geladeira, recadinhos etc. Claro
que a comunicação oral é importante, mas sempre que houver a oportunidade,
pegue um papel (pode ser no computador, no tablet, no smartphone...) e treine a
escrita. Você vai observar que existem inúmeras situações em nosso cotidiano
que permitem esse exercício. Dê preferência para a escrita à mão, pois já foi
comprovado cientificamente que escrever à mão treina as redes neuronais do
cérebro, facilita o aprendizado de novos idiomas, entre outros benefícios;
3. Quando for
escrever, não se esqueça do leitor: Este é um erro que muitas pessoas cometem:
escrever sem pensar na inteligibilidade da mensagem. Os textos escritos não
dispõem dos mesmos recursos dos textos orais (entonação, pausas etc.), recursos
esses que facilitam a compreensão da mensagem. Por isso, todo cuidado é pouco
e, antes de enviar um e-mail, por exemplo, faça o exercício simples de
revisá-lo, um pequeno hábito que poderá eliminar ambiguidades e erros
ortográficos e sintáticos que geralmente comprometem a clareza textual.
Lembre-se sempre: a pressa é inimiga da perfeição;
4. Sempre
tenha um tempinho para aprender o que você não sabe: Enquanto escrevemos, é
normal que surjam algumas dúvidas, e se você quer mesmo aprender a escrever
melhor, é indispensável que vá atrás das respostas, seja consultando um
dicionário, seja pesquisando na internet – o que não vale é fazer de conta que
está tudo bem e assumir o risco de errar. Não há nada que não possa ser
aprendido ou aperfeiçoado, basta um pouquinho de paciência e dedicação. Deixe a
preguiça de lado e investigue, questione, não permita que uma dúvida
linguística fique sem resposta, muito menos que um erro transforme-se em
hábito;
5. Evite usar
o corretor ortográfico: Algumas pessoas não conseguem mais escrever sem
utilizar esse artifício. Nós sabemos que o corretor é muito útil, mas será que
você confere as dicas sugeridas por ele ou apenas acata a correção?
Outra
coisa: quantas vezes o corretor ortográfico já o induziu ao erro? Você já
percebeu que nem sempre ele apresenta sugestões adequadas para o seu texto?
Isso acontece porque essa é uma ferramenta que nem sempre é capaz de compreender
nossas ideias e estilo de escrita, e o que deveria ajudar pode transformar-se
em um verdadeiro inimigo. Faça o teste, experimente, em vez de habilitar o
corretor, habilite-se a consultar um dicionário ou uma gramática. Com o tempo,
você perceberá que pode aprender muito mais assim.
http://www.brasilescola.com/redacao/cinco-habitos-para-melhorar-sua-redacao.htm
Refletindo...
" Você não pode impedir que os pássaros da tristeza voem sobre sua
cabeça, mas pode, sim, impedir que façam um ninho em seu cabelo." (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/4/
Interessante...
Os 18 Mandamentos
A Bíblia tem duas versões dos
Dez Mandamentos: uma mais famosa e outra nem tanto. Juntando as duas, dá para
interpretar que a posse de escravos está liberada, mas comer x-burguer, não.
Quase todos os especialistas em
história de Israel concordam que a versão mais antiga dos Dez Mandamentos é a
que consta no capítulo 5 do Deuteronômio, livro bíblico "publicado"
pela primeira vez em 622 a.C. Em outro trecho da Bíblia, no capítulo 34 do Êxodo,
ao testemunhar o episódio de adoração ao bezerro de ouro, Moisés perde a cabeça
e quebra as tábuas onde estão gravados os Dez Mandamentos. De acordo com o
relato, Deus (Iahweh) repõe o material destroçado, produzindo uma segunda
versão. Só que esta surge bem diferente da primeira, como você vê a seguir.
Os Dez Mandamentos, Versão 1
(Deuteronômio, 5 e Êxodo, 20)
Esta é a versão consagrada dos
Mandamentos. Nas duas partes da Bíblia em que ela aparece, há apenas uma
mudança, no número III.
I - Eu sou seu Deus, eu o tirei
do Egito. Adore somente a mim e não construa imagens de outros deuses ou de
outras criaturas.
II - Não use meu nome em vão.
III - Lembre-se de santificar o
dia do sábado e de não trabalhar nele. Até seus escravos devem descansar,
porque você foi escravo no Egito e eu tirei você da escravidão.
(Em Êxodo 20 o trecho que aqui
aparece em destaque é outro: "..., porque o Senhor criou todo
o Universo em seis dias e descansou no
sétimo".)
IV - Honre seu pai e sua mãe.
V - Não cometa assassinato.
VI - Não cometa adultério.
VII - Não roube.
VIII - Não minta ao testemunhar
no tribunal.
IX - Não cobice a mulher do
próximo.
X - Não cobice as coisas
alheias.
Leia também:
6 milagres da Bíblia explicados
pela ciência
Quais os 10 mandamentos para
cada religião?
Por que há tão poucas
evidências históricas do Êxodo?
Os Dez Mandamentos, versão 2
(Êxodo, 34)
As mudanças em relação à versão
1 aparecem grifadas. Somados aos mandamentos de Êxodo 20, são 18 Mandamentos
I - Expulsarei todos os
habitantes da terra que darei a você e à sua família, mas para isso você tem de
destruir todos os deuses e altares deles.
II - Não faça qualquer aliança
com os moradores da sua nova terra.
III - Não construa imagens de
deuses com metal fundido.
IV - Realize todo ano a festa
dos pães sem fermento, durante sete dias.
V - Todos os animais e seres
humanos do sexo masculino que são os filhos mais velhos são meus. Os animais
deverão ser sacrificados, enquanto os humanos serão consagrados a mim.
VI - Trabalhe apenas seis dias
por semana e descanse no sétimo.
VII - Realize todo ano a festa
da colheita, oferecendo a mim os primeiros frutos de sua lavoura.
VIII - Não misture pão
fermentado aos sacrifícios de animais feitos em minha honra. Não guarde o
cordeiro sacrificado na Páscoa para o dia seguinte.
IX - Traga os melhores frutos
do começo da colheita para o meu Templo como oferenda.
X - Não cozinhe cabritos no
leite de sua própria mãe.
(Interpretado pelos judeus como
uma proibição a qualquer carne com qualquer derivado de leite - x-burguer não
pode, por exemplo).
http://super.abril.com.br/historia/os-18-mandamentos
História...
Breve história do açúcar
A origem do açúcar remonta há mais de
6000 anos
Você já imaginou como seria seu
cotidiano sem o uso do açúcar? Refrigerantes amargos, sem as balas, os
chicletes, os chocolates ou doces de todo tipo. Imagina o café sem açúcar?
Argh... Mas era sem o açúcar que a sociedade sobreviveu durante quase toda a história
da humanidade, sendo que o açúcar só começou a se disseminar como artigo de
consumo mais amplo por volta do século XVII, quando começou a produção em larga
escala da cana de açúcar no continente americano, principalmente na colônia
portuguesa.
Nem todo açúcar é feito da cana de
açúcar, pois há, por exemplo, o açúcar obtido a partir da beterraba. E mesmo
sem o açúcar como o conhecemos, as populações mais antigas utilizavam o mel
como forma de adoçar os produtos culinários. Mas como o mais conhecido é o
açúcar de cana, que compramos no supermercado já solidificado, é a história
dele que será contada.
A cana já era produzida na Índia há
mais de 6.000 anos, entretanto há informações de que a existência deste vegetal
nas ilhas do Sul do Pacífico fosse verificada bem antes, por volta de 20.000
a.C. A partir do local onde hoje conhecemos por Nova Guiné, a plantação da cana
de açúcar teria se difundido pela região e chegado até à Índia.
A cana, matéria-prima do açúcar, foi
difundida pelo mundo principalmente com os árabes
Na Índia, extraia-se o caldo da cana
para o consumo, e se tornou conhecido pelos ocidentais quando o soldado de
Alexandre, o Grande, de nome Niarchos, chegou com uma expedição ao vale do rio
Indo e se deparou com os habitantes da região bebendo o caldo da cana
fermentado. A partir daí ele passou a ser comercializado com os gregos e
posteriormente com os romanos, a preços altíssimos, sendo restrito às pessoas
ricas.
Se antes se consumia apenas o caldo
fermentado, por volta do ano 600 d.C. passou-se a consumi-lo de outra forma,
com o desenvolvimento pelos persas de técnicas de refinamento. O objetivo era
facilitar o estoque, o transporte e o comércio do produto, sem que ele
fermentasse. Após a conquista da Pérsia pelos árabes em 650 d.C., o açúcar se
difundiu pelo Império Árabe.
Os contatos dos europeus com os
árabes, através das cruzadas, contribuíram para a difusão do produto no
ocidente. Mas esta especiaria oriental era ainda extremamente rara e seu uso
continuava restrito às pessoas ricas, ou usado como remédio contra a peste
negra. Servia ainda como forma de conservar frutas, e nas cortes reais
utilizavam o açúcar para esculpir esculturas de navios e palácios, que eram
ostentadas em festas.
O contato dos portugueses e espanhóis
com os árabes na Península Ibérica pode ter sido o motivo pelo qual o cultivo
da cana de açúcar se difundiu nas colônias americanas, a partir do século XVII.
A partir daí a produção de cana se ampliou, e o consumo de açúcar se expandiu a
todas as classes da população. Por ser um produto de grande quantidade
energética, na segunda metade do século encontrou-se nova utilidade industrial
para a cana, que passou a ser utilizada para a produção de álcool combustível.
http://www.escolakids.com/breve-historia-do-acucar.htm
Viva a sabedoria...
Filosofia
A pergunta
pelo que é a Filosofia é, em si, uma investigação filosófica cujas tentativas
de resposta ocorrem desde Pitágoras, que cunhou o termo.
O que é isto:
a Filosofia? Se essa pergunta continua a ser feita é porque é um desafio a
tentativa de respondê-la. Não há uma definição simples que consiga resolver a
questão, pela própria extensão do conteúdo produzido que se convencionou chamar
de “filosofia” e pelas diferentes respostas que os filósofos deram a ela no
decorrer da história, muitas vezes refutando as interpretações de outros.
Ou
seja, a própria questão “O que é Filosofia” é aquilo que chamamos de “problema
filosófico”: problemas que só podem ser resolvidos por meio da investigação
racional, pois não podem ser constatados por meio de uma experimentação, como
faz a Matemática, através de cálculos, ou de análise de documentos, como faz a
História, por exemplo.
Vamos tomar a
palavra “Justiça” como exemplo, pelo método histórico, nós podemos fazer uma
investigação de quando essa noção aparece, em qual contexto, quais foram seus
antecedentes, qual o sentido essa palavra teve em determinada época. Se dois
sócios querem dividir os lucros da empresa de forma justa, ou seja, dividindo
igualmente o lucro e os custos, a Matemática pode nos ajudar a partir de
cálculos. No entanto, se tentarmos responder “O que é a justiça?
” Ou: “Faz parte da condição humana a
noção de justiça? ”, o único recurso que teremos será a nossa razão, a nossa capacidade de
pensar.
Desde a
invenção da palavra “filosofia”, por Pitágoras, temos diversos problemas
filosóficos e diversas respostas a cada um deles. Para os pré-socráticos: a
physis; para a Filosofia Antiga: a atividade política, técnicas e ética do
homem; para a Filosofia Medieval, o conflito entre fé e razão, os Universais, a
existência de Deus, a conciliação entre Presciência divina e Livre-arbítrio;
para a Filosofia Moderna, o empirismo e o racionalismo, para a Filosofia
Contemporânea, diversos problemas a respeito da existência, da linguagem, da
arte, da ciência, entre outros.
Temos também
uma diversidade de formas literárias da filosofia: Parmênides escreveu em forma
de poema; Platão escreveu diálogos; Epicuro escreveu cartas; Tomás de Aquino
desenvolveu o método “questio disputatio” em suas aulas que foram transcritas
por seus alunos; Nietzsche escreveu em forma de aforismos. Por esses exemplos,
que não esgotam a pluralidade da escrita e da atividade filosófica, podemos
compreender que as formas de se fazer filosofia vão muito além dos tratados e
das dissertações.
A compreensão
que temos por vezes da Filosofia como uma atividade reservada a gênios e que,
portanto, não precisa se preocupar em se fazer entendida aos demais humanos é
baseada em uma compreensão da atividade do pensamento sendo superior à
atividade da linguagem, como se elas estivessem dissociadas. Ora, não podemos
ainda, por mais desenvolvidas que estejam as nossas tecnologias, expressar o
pensamento sem linguagem e nem exercitar a linguagem sem que ela seja, antes,
elaborada pelo pensamento.
Surgimento da Filosofia
A Filosofia,
como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e
sistemático, foi uma atividade que, segundo se defende na história da
filosofia, iniciou na Grécia Antiga formada por um conjunto de cidades-Estado
(pólis) independentes. Isso significa que a sociedade grega reunia
características favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma
investigação racional. Essas características eram: poesia, religião e condições
sociopolíticas.
A partir do
século VII a.C., os homens e as mulheres não se satisfazem mais com uma
explicação mítica da realidade. O pensamento mítico explica a realidade a
partir de uma realidade exterior, de ordem sobrenatural, que governa a
natureza. O mito não necessita de explicação racional e, por isso, está
associado à aceitação dos indivíduos e não há espaço para questionamentos ou
críticas.
É em Mileto,
situado na Jônia (atual Turquia), no século VI a.C. que nasce Tales que, para a
Aristóteles é o iniciador do pensamento filosófico que se distingue do mito. No
entanto, o pensamento mítico, embora sem a função de explicar a realidade,
ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos neoplatônicos e dos
pitagóricos.
A autoria da
palavra “filosofia” foi atribuída pela tradição a Pitágoras. As duas principais
fontes sobre isso são Cícero e Diógenes Laércio. Vejamos o que escreve Cícero:
“O doutíssimo
discípulo de Platão, Heráclides Pontico, narra que levaram a Fliunte alguém que
discorreu douta e extensamente com Leonte, príncipe dos fliúncios.
Como seu
engenho e eloquência tivessem sido apreciados por Leonte, este lhe perguntou
que arte professasse, ao que ele respondeu que não conhecia nenhuma arte
especial, mas que era filósofo.
Admirado
Leonte diante da novidade daquele termo, perguntou que tipo de pessoas eram os
filósofos e o que os distinguia dos outros homens.
(...)
[Pitágoras
respondeu] Outrossim, os homens (…) comparam-se com os que vão da cidade a uma
festa popular: alguns vão em busca de glória enquanto outros de ganho, restando,
todavia, alguns poucos que desconsiderando completamente as outras atividades,
investigam com afinco a natureza das coisas: estes se dizem investigadores da
sabedoria - quer dizer filósofos - e como é bem mais nobre ser espectador
desinteressado, também na vida a investigação e o conhecimento da natureza das
coisas estão acima de qualquer outra atividade”.
Percebemos,
por meio desse fragmento de Cícero que:
1) A fonte na
qual ele se baseia para escrever sobre Pitágoras é Heráclides Pontico,
discípulo de Platão, mas que era também influenciado pelos pitagóricos. No
entanto, não se sabe da veracidade a respeito dessa informação, como nota
Ferrater Mora que também observa que não é possível saber se “filósofo” para
Pitágoras significa o mesmo que significaria para Platão ou Aristóteles.
2) Pitágoras
em vez de se denominar como “sábio”, prefere se denominar “filósofo”, ou seja,
aquele que tem amor pela sabedoria. Também percebemos que aparece nome
“filósofo” e não “Filosofia” que, como atividade, tem origem posterior. Como se
pode ver no fragmento, não havia na época uma “arte especial”.
O que alguns filósofos dizem sobre O que é a Filosofia:
Aristóteles
(384 a.C. - 322 a.C.): “A admiração sempre foi, antes como agora, a causa pela
qual os homens começaram a filosofar: a princípio, surpreendiam-se com as
dificuldades mais comuns; depois, avançando passo a passo, tentavam explicar
fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da lua, o curso do sol e dos
astros e, finalmente, a formação do universo. Procurar uma explicação e
admirar-se é reconhecer-se ignorante."
Epicuro (341
a . C. - 270 a . C.) - "Nunca se protele o filosofar quando se é jovem,
nem o canse fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro
nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de
filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não
chegou ou já passou a hora de ser feliz."
Edmund
Husserl (1859-1938): "O que pretendo sob o título de filosofia, como fim e
campo de minhas elaborações, sei-o naturalmente. E,
contudo, não o sei....
Qual o pensador
para quem, na sua vida de filósofo, a filosofia deixou de ser um enigma?"
Friedrich
Nietzsche (1844-1900): “Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve,
suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido
pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como
por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que
é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal,
em torno do qual sempre tomba e rola e rebenta e se passam coisas
inquietantes”. (Para além do bem e do mal, p. 207)
Kant
(1724-1804): “Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar”.
Ludwig
Wittgenstein (1889-1951): "Qual o seu objetivo em filosofia? - Mostrar à
mosca a saída do vidro."
Maurice
Merleau-Ponty (1908-1961): "A verdadeira filosofia é reaprender a ver o
mundo."
Gilles
Deleuze (1925-1996) e Félix Guattari (1930-1993): "A filosofia é a arte de
formar, de inventar, de fabricar conceitos... O filósofo é o amigo do conceito,
ele é conceito em potência... Criar conceitos sempre novos é o objeto da
filosofia."
Karl Jaspers
(1883-1969): “As perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas e
cada resposta transforma-se numa nova pergunta” (Introdução ao pensamento
filosófico, p. 140).
García
Morente (1886-1942): “Para abordar a filosofia, para entrar no território da
filosofia, é absolutamente indispensável uma primeira disposição de ânimo. É
absolutamente indispensável que o aspirante a filósofo sinta a necessidade de
levar seu estudo com uma disposição infantil. (…) Aquele para quem tudo resulta
muito natural, para quem tudo resulta muito fácil de entender, para quem tudo
resulta muito óbvio, nunca poderá ser filósofo”. (Fundamentos de filosofia, p.
33-34).
http://www.brasilescola.com/filosofia
Cultura...
A
Cultura Deve Ser Uma Descoberta Individual de Cada um de Nós
Não
se deve intervir, não nos devemos meter nos problemas que cada um tem com a
leitura. Não devemos sofrer por causa das crianças que não leem, perder a
paciência. Trata-se da descoberta do continente da leitura. Ninguém deve
encorajar nem incitar outra pessoa a ir ver como ele é. Já existe excessiva
informação no mundo acerca da cultura. Devemos partir sós para esse continente.
Descobri-lo sozinhos. Operarmos sozinhos esse nascimento.
Por exemplo, em relação a Baudelaire, devemos
ser os primeiros a descobrir o seu esplendor. E somos os primeiros. E, se não
formos os primeiros, nunca seremos leitores de Baudelaire. Todas as
obras-primas do mundo deveriam ser encontradas pelas crianças nos despejos
públicos, e lidas às escondidas dos pais e dos mestres.
Por vezes, o facto de se ver alguém a ler um
livro no metro, com grande atenção, pode provocar a compra desse livro. Mas não
quanto aos romances populares. Aí, ninguém se engana quanto à natureza do
livro. Os dois géneros nunca estão juntos nas mesmas mãos.
Os
romances populares são impressos em milhões de exemplares. Com a mesma grelha
aplicada, em princípio, há uns cinquenta anos, os romances populares
desempenham a sua função de identificação sentimental ou erótica. Depois de os
terem lido, as pessoas abandonam-nos nos bancos públicos, no metro, e serão
apanhados por outras pessoas e novamente lidos. Isso será ler?
Sim,
penso que sim, é ler como se toma um remédio, mas é ler, é ir buscar a leitura
ao exterior de si próprio e ingeri-la e fazê-la sua e dormir e cair no sono
para, no dia seguinte, ir trabalhar, juntar-se a milhões de outras pessoas, a
solidão matricular, o esmagamento.
http://www.citador.pt/textos/a-cultura-deve-ser-uma-descoberta-individual-de-cada-um-de-nos-marguerite-duras
Entendendo...
Eutanásia
Sociologia
A eutanásia é
o ato em que um indivíduo, em situação de sofrimento constante por um mal ou
doença incurável, escolhe cessar sua própria vida.
A eutanásia é
definida como a conduta pela qual se traz a um paciente em estado terminal, ou
portador de enfermidade incurável que esteja em sofrimento constante, uma morte
rápida e sem dor. É prevista em lei, no Brasil, como crime de homicídio.
Entre as
formas dessa prática existe a diferenciação entre eutanásia ativa, quando há
assistência ou a participação de terceiro – quando uma pessoa mata
intencionalmente o enfermo por meio de artifício que force o cessar das
atividades vitais do paciente - e a eutanásia passiva, também conhecida como
ortotanásia (morte correta – orto: certo, thanatos: morte), na qual se consiste
em não realizar procedimentos de ressuscitação ou de procedimentos que tenham
como fim único o prolongamento da vida, como medicamentos voltados para a
ressuscitação do enfermo ou máquinas de suporte vital como a ventilação
artificial, que remediariam momentaneamente a causa da morte do paciente e não
consistiriam propriamente em tratamento da enfermidade ou do sofrimento do
paciente, servindo apenas para prolongar a vida biológica e, consequentemente,
o sofrimento.
A literatura
que trata desse tema é ainda escassa no Brasil, uma vez que o tema é um tabu e
geralmente associado ao suicídio assistido. No entanto, aqueles que advogam a
favor da “boa morte”, como é referida por estes, a diferenciação do suicídio
assistido com o argumento de que a ortotanásia, ou eutanásia passiva, nada mais
é que permitir que o indivíduo em estado terminal, portador de doença incurável
e que demonstre desejo conscientemente, possa passar pela experiência da morte
de forma “digna e sem sofrimento desnecessário”, sem a utilização de métodos
invasivos para a prolongação da vida biológica e do sofrimento humano. Uma
morte natural.
A eutanásia
não é um dilema recente, trata-se de uma discussão que permeia a história
humana por tratar de um tema tão complexo e sensível: a escolha individual da
vida pela vida, ou o direito a escolher quando o sofrimento ou a dor pode se
tornar uma justificativa tangível para que se busque a morte como meio de
alívio.
A eutanásia é
um direito legalmente previsto em alguns países como a Holanda e a Bélgica, nos
casos para pacientes terminais ou portadores de doenças incuráveis que
acarretam em sofrimento físico e emocional para o paciente e seus familiares.
Em outros países, no entanto, é possível que o paciente faça o requerimento
legal de não haver tentativa de ressuscitação no caso de parada crítica de
órgãos. É importante destacar que a eutanásia é um ato de vontade própria e
individual do enfermo, quando em estado de plena consciência, que garante a
esse a escolha entre cessar seu sofrimento em vida ou continuar lutando. Este é
o principal ponto da discussão sobre o direito de escolha individual à vida: a
liberdade do sujeito que sofre em determinar se sua vivência é justificada seja
pelas suas crenças, vontade individual, ou por simples compaixão por aqueles
que seriam atingidos pela sua morte.
No Brasil, a
eutanásia é um crime previsto em lei como assassinato, no entanto, existe um
atenuante que é verificado no caso do ato ter sido realizado a pedido da vítima
e tendo em vista o alívio de um sofrimento latente e inevitável, que reduz a
pena para a reclusão de 3 a 6 anos.
Os debates
sobre o assunto são geralmente encabeçados por membros de organizações
religiosas, que argumentam que a vida é uma dádiva divina sobre a qual nenhum
ser humano tem direito ou o poder de voluntariamente cessá-la, e por alguns
profissionais da saúde que argumentam que as enfermidades que acarretam em
sofrimento prologando seriam reduzidas caso os governantes investissem mais em
formas de assistência de saúde de maior qualidade. Aqueles que lutam pela sua
legalização se pautam no direito da escolha individual, independente de crença
religiosa, no que diz respeito à sua própria vida, tendo sempre em vista a
dignidade humana e o direito de acabar com o sofrimento quando não existe outra
alternativa.
Um dos
maiores defensores da eutanásia, o médico Jack Kevorkian, assistiu a mais de
130 doentes terminais em suas mortes*
O assunto é
incrivelmente complexo e possui vários lados a serem vistos, para isso é
importante que ele seja exposto de forma compreensível para todos. Filmes que
tratam sobre a eutanásia são uma boa fonte de informação. Um deles é o filme
Você não conhece o Jack (You don't know Jack – 2010) que conta a história real
de Jack Kervokian, um médico que realizava a eutanásia para pacientes em estado
terminal e em sofrimento agudo.
A vida, a
morte e o sofrimento humano são sempre assuntos complexos e difíceis de serem
tratados. Entretanto, essa é uma realidade a qual todos estamos sujeitos.
*Créditos da
imagem: Dfree / Shutterstock.com
http://www.brasilescola.com/sociologia/eutanasia.htm
Curiosidade...
Déjà vu
Você já viu
uma pessoa pela primeira vez e pensou que a conhecesse de algum lugar? Ao
conversar com alguém, percebeu que já havia falado exatamente as mesmas
palavras? Isso é o Déjà vu.
A expressão francesa, que significa “já
visto”, é usada para indicar um fenômeno que acontece no cérebro da maior parte
da população mundial. O termo foi aplicado pela primeira vez por Emile Boirac
(1851-1917), um estudioso interessado em fenômenos psicológicos. Déjà vu é
quando nós vemos ou sentimos algo pela primeira vez e temos a sensação de já
ter visto ou experimentado aquela sensação anteriormente.
Diversas teorias errôneas, como inatenção,
vidas passadas ou visões sobrenaturais, surgiram para explicar o fenômeno. Já a
hipótese de que verdadeiramente já seu viveu aquela cena antes é inválida, uma
vez que essas ocorrências nunca poderiam recriar a situação com exatidão,
devido à falta de sentimento associada a cada acontecimento na vida das
pessoas.
Déjà vu também não é uma visão do futuro, uma
vez que o fenômeno ocorre somente em momentos exatos, e jamais em situações
anteriores.
Na verdade, a sensação é causada por um estado
do cérebro, por fatores neuroquímicos. Os especialistas afirmam que o déjà vu é
uma experiência baseada na memória e que os centros de memória do cérebro são
os responsáveis pelo fenômeno. Os déjà vus acontecem principalmente nas pessoas
de 15 a 25 anos.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/deja-vu.htm
Piada...
Os loucos e a árvore
Dois loucos viajavam de trem. Daí um olha
para a janela e comenta com o outro:
- Nossa como as árvores andam depressa.
O outro responde:
- Da próxima vez nós vamos é de árvore!!!
Piadas: http://www.piadas.com.br/
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