Uma festa inesquecível
Bom, o meu
nome é Abraão. Tenho atualmente 50 anos de idade, careca, olhos
castanho-claros, pele branca e um bigode grosso que, modéstia à parte, é de
deixar qualquer guria babando. O que venho lhes relatar aconteceu há pouco mais
de um ano. Eu havia acabado de fazer 50 anos, e meus amigos bolaram uma festa
surpresa para mim. Observação: eu odeio surpresas.
Bem...
Como era meu aniversário e certamente tiveram a melhor das intenções, eu
reconsiderei.
Mas cara,
que festão! Eles alugaram um clube de campo aqui na minha cidade e encheu de
gente. A maioria das pessoas eu nem conhecia. Foi divertido... Quase no
finzinho da festa, tinha um karaokê e nós nos divertimos muito cantando, adoro
cantar. Quando chegou minha vez, a máquina parece que quis me zoar e
escolheu-me Looking At My Girl para eu cantar. 4 minutos e meio cantando
saporra! Mas eu adorava a música e não desafinei ou errei sequer uma vez.
O que eu
não imaginava, era que, do outro lado da quadra, junto com um dos meus amigos,
estava ela... me observando e comentando sobre mim com o CASE . Se chamava
Vanessa. Bem mais nova que eu, ruiva de cabelo liso que ele deixava meio
grande, olhos amendoados magníficos; linda cor, lindo olhar sedutor; seus
lábios também eram fartos, pele branca. O meu amigo, CASE, depois me disse do
que se tratava a conversa e me contou palavra por palavra. Enquanto eu cantava,
eles conversavam...
— É ele o
aniversariante, não é? — Perguntou ela.
— É sim —
Ela responde — Se chama Abraão.
— Abraao
... — Ela repete — Já ouvi esse nome em algum lugar...
Claro que
já ouviu, mina. A gente mora perto, tá lembrando não? rs' pior que nada nela
havia mudado; quer dizer, agora está mais mulher, mas o olhar sedutor e
angelical era o mesmo. Ela perguntou várias coisas sobre mim, contou meu amigo,
"O interesse dela pareceu até estranho. rs" — palavras do Case .
Quando
terminei de cantar e dei a vez para outra pessoa no karaokê; que se fudeu,
porque a música escolhida pela máquina foi The Climb e é difícil ter voz para
cantar essa música. KKKKKKKKK; Ele veio até mim, acompanhado por Casemiro, meu
amigo e mentor por trás da festa surpresa (¬¬). Os cumprimentei primeiramente.
— Case!! —
A abraço — E... — Paro um pouco e penso, sim, eu a conheço! — Vanessa! GATA...
Há quanto tempo.
A abraço e
ela retribui. Que mulher, meu deus! Que força, que calor, que respiração! Sim,
pude perceber isso no longo abraço que demos, e nos libertamos um do outro.
— Ahn, oi?
A gente já se conhecia? rs
— É claro
que já! Sou o Abraao! Moro no residencial perto da tua casa...
— E você
consegue se lembrar de mim!? — Ela ria espantada.
— Como poderia
esquecer tão belos olhos? — Digo baixinho olhando diretamente para ela. QUE
CLIMÃO!! ><
— Cram,
cram... Dá licença, estou aqui ainda. rs — Case sabia como estragar um clima
¬¬' mas a gente até tinha esquecido dela. KK
— Ah, oi
Case. — Digo meio sorridente.
— Você
precisa me levar. Já está tarde ,não posso dirigir ,bebi todas, e tenho que ir
embora. — Ele bebia todas, por isso, aproveitava minha carona.
Nos
despedimos da Vanessa e do restante do pessoal que estava na festa e fomos até
o estacionamento do clube. Quando estávamos entrando, ela aparece. Ele nos
chama e eu, que estava quase entrando no carro; CASE já estava lá dentro; paro
e o espero.
— Nessa,
que surpresa. — Tomei a liberdade de abreviar seu nome. rs — Então, o que
deseja?
— Eu tava
pensando... A gente poderia se encontrar um dia desses pra trocar umas idéias,
sei lá. ..
— Humm...
pode ser. — Digo sorridente. — E onde e quando? É só marcar...
— Pode ser
amanhã mesmo? Ainda vou ficar esse final de semana aqui em MADUREIRA e vou pra
NITEROI na Segunda. Então, podíamos nos encontrar amanhã?
— Podemos
sim. rs' Eu vou lhe dar um endereço de um lugar... — Peço um bloco de papel e
uma caneta á CASE e logo ele me entrega. Começo a escrever o tal endereço e o
entrego. Ela concorda, combinamos, então, e ele se vai. Nisso, entro no carro e
venho pra minha casa; deixo meu amigo na casa dele antes.
Quando
chego, minha filha já está dormindo e a casa estava silenciosa. Vou para o meu
quarto, pro banheiro e decido tomar uma ducha. Enquanto estava no banho,
pensava na vizinha tesuda que voltara a rever. Minha nossa, mas que amiguinha,
hein? Não tem como negar que fiquei com vontade de agarrá-la e ali mesmo
beijá-la. Mas sei disfarçar bem essas coisas, ate por que vi uma aliança na mão
de Vanessa.
Após o banho,
me seco e me visto. Vou para meu quarto e me jogo na cama... tão macia, tão
cheirosa, tão convidativa para um soninho... Aiai... Então, começo imaginar
Vanessa ali comigo e abraço o meu travesseiro. Logo pego no sono.
Acordo
assustado. Tinha alguém aqui no quarto? Eu juro que senti alguém em cima de
mim!
—
Shiiiiiu... — Ouço isso vindo do canto da cama, e quando me viro, era ela
Vanessa, ! — Não tem porque ter medo, vou cuidar de você...
Meu
deus... Essa voz rouca e seduzente, me dizendo baixinho... e aquela garota se
aproximando devagar de mim, sua boca carnuda se aproximava, e ela fechava os
olhos... Ia me beijar! Fecho meus olhos também e sinto seus lábios tocarem os
meus num beijo que parecia necessitado, sua língua tomando conta da minha boca
e seu corpo sobre o meu... Quase fui a loucura! Que tesão... Ela tirou a roupa
e pude ver seus peitos fartos, que coxas meu deus! E esse bumbunzinho...
Nessa
hora, escuto a porta do quarto abrir e acordo desse sonho maravilhoso. Já era
dia, e minha filha me acordara para tomar café-da-manhã. Digo que já iria e ela
sai do quarto. Fico sozinho pensando no sonho que tive. Me abalou
emocionalmente, cara... Parecia tão real, mas tão real que jurava ter sentido o
perfume dela no quarto. A imaginação nos prega peças incríveis mesmo. Mas de
uma coisa estava certo: me encontrar com Vanessa não me surpreendeu por ela ser
uma vizinha há muito sumida, mas sim, havia algo á mais que me ligou à ela.
Algo que logo iria descobrir...
http://www.casadoscontos.com.br/texto/201606835
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