segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Curioso...

O Leão e o Imposto de Renda
O leão é associado ao Imposto de Renda desde 1979.
O Imposto de Renda é um tributo direto, no qual o cidadão repassa parte de sua renda média anual para o Estado. Acredita-se que o mesmo tenha se originado na Inglaterra, quando o governo inglês necessitava de recursos extras para custear a guerra contra a França de Napoleão Bonaparte. No Brasil, as primeiras tentativas de implementação do tributo ocorreram em 1843. No entanto, as pressões exercidas por empresários levaram o Imposto de Renda a ser instituído somente em 1922, por meio da Lei 317, editada em 21 de outubro.

É comum ouvirmos expressões como “prestar contas ao leão” para designar o pagamento do imposto. Também é fato: quase sempre que lemos algo sobre o mesmo em uma revista ou jornal, por exemplo, sempre vemos a imagem do felino. Tudo isso começou em 1979, quando a Receita Federal decidiu criar uma campanha publicitária para divulgar o tributo. Após a análise de muitas propostas, se decidiu que a imagem do leão era ideal para a campanha: um animal justo; leal; forte, embora não ataque sem avisar; manso, mas não bobo.

Esta era justamente a idéia que se queria passar: o governo não seria condescendente com a sonegação. A repercussão da campanha publicitária do leão foi um sucesso, uma vez que até hoje a imagem do animal, embora não seja mais usada pela Receita Federal, é diretamente associada ao Imposto de Renda.

Piada...

O marido chega em casa às 18h e diz para a mulher que teria uma reunião às 22h mas que ele não iria porque isto era um abuso. Mas a mulher, preocupada com o marido, o convence que o trabalho é importante. O marido então vai tomar um banho para se preparar e pensa (foi fácil enganá-la). Como toda mulher, quando o homem entra no banho ela revista o bolso de seu paletó. Encontra um bilhete onde nele estava escrito: 'Amor, estou esperando por você para comermos um pato ao molho branco'. A mulher coloca o bilhete no lugar e quando o marido sai do banho encontra sua mulher com uma roupa sensual e toda fogosa. O marido não perde tempo e parte para o rala e rola. A mulher dá-lhe um trato tão caprichado que, ao final, o marido adormece. Quando vai chegando a hora a mulher acorda o marido, que não quer mais ir à reunião, mas novamente ela o convence. Ao chegar na casa da amante o marido, cansado, diz à amante que hoje trabalhou muito e que iria tomar um banho e descansar um pouco. Como toda mulher, ao ele entrar no banho revista o bolso do paletó, e encontra um bilhete onde estava escrito: 'O pato foi, mas o molho branco ficou todo aqui'.

Devanear...

O Alienista, de Machado de Assis
por Christian von Koenig em 05/07/2013
O forçamento e a inadequação ao apresentar Machado de Assis (1839–1908) ao público brasileiro torna a leitura desse grande escritor um fardo, ao invés do prazer que verdadeiramente é. Este texto trabalhará no sentido de informar ao leitor que desconhece por completo a obra machadiana e também àquele que o achou maçante numa primeira leitura. Para tanto, falarei de O Alienista, que aparece na obra Papéis Avulsos (1882), já na fase realista do escritor, considerada também a de maior maturidade.

Primeiro, o que se há de reparar são os cenários e a linguagem da época. De um vocabulário rico, sem ser exagerado, Machado revela-se um desafio ao leitor acostumado às leituras nada exigentes. Um feliz desafio, é claro, pois sua leitura gratifica o leitor com o enriquecimento de sua expressão.

Muitos têm a curiosidade de saber como é a experiência de ler grandes escritores em seus idiomas originais: Balzac em francês, Dickens em inglês, Goethe em alemão… Pois em Machado de Assis há a oportunidade de ler-se um mestre em português. E prestar atenção não somente ao que se descreve, mas também a como se escreve, traz suas recompensas. Metade do que acontece nas obras dele é ação, enquanto outra é sentido, é sutiliza da língua.


Quanto à ambientação de suas obras, não se pode pedir que escrevesse seus romances passados no século XXI. Entretanto, não se duvide de sua contemporaneidade. O Brasil de Machado de Assis em 1880 está mais próximo do Brasil de hoje do que muitos escritores atuais têm procurado representar.

É aí que chagamos a O Alienista, conto breve e belo exemplo da segunda fase literária do autor. Em Itaguaí, Rio de Janeiro, reside o ilustre médico Simão Bacamarte. Comparado a Hipócrates, o pai da Medicina moderna, Simão está mais próximo de um Messias da ciência, por sua devoção à causa científica.

O foco de sua medicina está nas doenças psicológicas e por isso constrói em Itaguaí um hospício, a Casa Verde, onde possa tratar os enfermos mentais. Até esse momento o texto apresenta os personagens e a cidade, com a eventual dose de ironia do escritor.

Em seguida, quando Bacamarte passa a recolher a maioria da população para tratamento, sob a escusa de estarem loucos, então O Alienista transforma-se numa crítica refinada à vida política e social no país. Pequenos costumes não escapam à percepção de Machado, como a demora em se pagar empréstimos. Tampouco se restringe à questão financeira; quem dos leitores já emprestou um livro, um filme, e não viu mais sombra disso? Pois esse leitor se identificará e achará graça de uma passagem como:

“Mas isso mesmo acabou; três meses depois veio este pedir-lhe uns cento e vinte cruzados com promessa de restituir-lhos daí a dois dias; era o resíduo da grande herança, mas era também uma nobre desforra: Costa emprestou o dinheiro logo, logo, e sem juros. Infelizmente não teve tempo de ser pago; cinco meses depois era recolhido à Casa Verde.”

A inteligente virada da obra ocorre quando, depois de constatar que dois terços da população encontrava-se sob seus cuidados, Simão Bacamarte conclui que o certo na verdade é ser errado da cabeça, ou seja, a loucura é o padrão; a sanidade, exceção. E então fez liberar todos os ex-loucos e passou a caçar todo aquele que fosse são, justo e leal, porque estes sim formavam uma exceção.

É isso o que temos de mais brasileiro até hoje: o erro institucionalizado, consagrado pela maioria. A injustiça, a corrupção, a fraude, o desvelo, a intriga, a fofoca… tudo isso considerado a norma padrão em nossa sociedade. Ai daquele que tenha retidão ou se oponha a tais práticas, este sofrerá de exclusão pior que a de residir na Casa Verde.

Assim se constitui O Alienista, obra provocante e cheia de sutilizas. Simão Bacamarte pode ser o protagonista, mas o maior personagem ali é a própria sociedade, o conjunto de todos os personagens que habitam o universo desse conto. Focado principalmente no convívio social e político, Machado imagina com pena perspicaz e cômica como a loucura tornou-se via de regra em nossas terras.

Esse é um aspecto pouco comentado sobre ele – Machado de Assis é engraçado. Não são muitos escritores que podemos ler por serem excelentes e, ao mesmo tempo, podermos lê-los por prazer alegre, para rirmos. No entanto a graça de Machado está mais na ironia discreta do que na chalaça, na zombaria exagerada, recomendada por um outro  personagem de Papéis Avulsos*.

E Machado é crítico. É um jornalista do Brasil daquela época a escrever para o futuro, até mesmo para nós de agora, sobre um povo e uma terra dos quais viemos e que ainda tempos muito em comum.

Eis o Machado que deveríamos ler: atual, inteligente, popular e engraçado.

*Final do discurso do Pai, no conto Teoria do Medalhão.

"Pepeta"...

Bebê e chupeta: uma relação de acalanto ou uma espécie de dependência?
Não esqueça a higienização da chupeta e a sua frequente substituição.
Yahoo! Brasil/Getty Images - Não esqueça a higienização da chupeta e a sua frequente substituição.
Até hoje especialistas discutem os prós e contras do uso da chupeta. Apesar de ser hábito aculturado na sociedade, a boa e velha chupeta ainda gera dúvidas.
O que dizem os pediatras
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP, é importante os pais verificarem com atenção os benefícios e os prejuízos que o uso da chupeta pode acarretar. "Nunca existiu um consenso entre os pediatras com relação a esse tema. Por isso, é importante avaliar cada caso individualmente", comenta a pediatra Fernanda Freire. "Na minha opinião, proibir totalmente o uso é muito radical", acrescenta.
O poder calmante
Fernanda Freire explica a razão científica do poder calmante da chupeta: "A sucção permite a liberação da endorfina, hormônio capaz de produzir um efeito que modula sensações, como as de dor, ansiedade, humor etc. E isso causa uma sensação prazerosa, promovendo o bem-estar do bebê". Mas a pediatra também alerta que é preciso observar algumas recomendações, para evitar ou limitar malefícios.
Chupeta x amamentação?
Afinal, a chupeta atrapalha ou não o processo de aleitamento? Embora alguns especialistas inocentem o objeto quanto a isso, a pediatra Fernanda Freire sugere: "É aconselhável que o uso da chupeta seja adiado até que a amamentação esteja bem estabelecida, ou seja, por volta da terceira ou quarta semana. Se introduzida antes, pode dificultar a adesão ao aleitamento materno. E é este que supre todas as necessidades da fase oral. Portanto, a mamãe só deve introduzir o uso da chupeta se realmente for preciso".
A palavra dos dentistas
A odontopediatra Rosana Dutra esclarece que a odontopediatria atual preconiza o não-uso da chupeta, mas que isso também depende da escolha da família.
Rosana informa que uma utilização inadequada pode ocasionar alterações na arcada dentária, como a chamada "mordida aberta", na arcada superior. Ela esclarece ainda que, do mesmo modo, o uso prolongado poderá provocar uma projeção da língua.
Outros problemas
Alguns especialistas também destacam outros possíveis problemas decorrentes: dificuldades na mastigação, prejuízos respiratórios e consequências emocionais. Além de maior chance de desenvolvimento de cáries e de otites de repetição, por exemplo. Porém, somente o pediatra e/ou odontopediatra de seu filho poderão avaliar os resultados do uso da chupeta.
Chupeta x sucção digital
Com a remoção da chupeta, pode surgir a indesejável mania infantil de "chupar o dedinho". Sobre isso, Rosana Dutra relatou: "A sucção digital projeta os dentes para vestibular (para fora), provocando um palato ('céu da boca') profundo, o que deforma toda a arcada superior, bem como a inferior". Contudo, a odontopediatra esclarece que quando há o acompanhamento constante da família, junto ao consultório do dentista e do pediatra, são raros os casos de substituição da chupeta pelo dedo.
O momento certo para a chupeta sair de cena
Para a interrupção do hábito, a pediatra Fernanda Freire aconselha: "Deixe de utilizá-la até os 18 meses, a fim de evitar maiores problemas". Segundo ela, após essa idade fica cada vez mais difícil (para a mamãe) se livrar do objeto, pois as crianças já estão acostumadas ao "mimo" e têm suas artimanhas para conseguirem o que desejam.
Leia agora o depoimento de três mamães a respeito do método que adotaram em casa:
Jackeline Cardoso é mãe da pequena Isadora, de 2 anos e 8 meses. Ela conta a tática que usou para eliminar o "mimo" da rotina da filha: "Eu tirei a chupeta da Isa quando ela tinha 1 ano e 10 meses. Sempre soube que não é muito saudável o uso. Então, comecei a esconder todas as chupetinhas dela. Assim, ela foi se esquecendo aos poucos, pois não via mais as chupetas espalhadas pela casa".
Já a gaúcha Natália Grazziotin - mãe de Gabriel, 11, e Valentina, 1 ano e 7 meses - apostou por mais tempo no objeto mirim: "Manter a chupeta é algo delicado. O Gabriel usou até os quatro anos! Chega um momento em que não é fácil tirar". Natália contou que ela e o marido tiveram que fazer muitas "negociações" com o menino. Mas a mamãe porto-alegrense não deixa de ressaltar a vantagem que vê no uso: "Com tudo isso, agora com a Valentina - quase 10 anos depois -, continuo achando que a chupeta conforta muito o bebê".
Layla Brizola é uma mamãe-entrevistada de ampla experiência. Com quatro filhos - Túlio, Breno, Marina e Miguel -, não lhe faltam boas histórias para contar. Ela diz: "Não existe uma fórmula mágica para se tirar a chupeta. Aqui em casa, foi a Marina (hoje com 11) quem usou por mais tempo: até os 5 anos! Perdi a conta de quantas vezes ofertamos 'o presente' para o Papai Noel ou o Coelhinho da Páscoa. Até que um dia ela simplesmente concluiu que 'já era grande' e largou".
Hoje, Layla deixa que as coisas se resolvam por si só: "Com o meu caçula, que fará 4 anos em agosto, já não tenho estresse; ele ama a 'pepetinha', e eu o deixo usar o quanto queira. Existem algumas regras, como a de não poder levar para a escola, e ele respeita numa boa. Sei que ele não estará usando chupeta na faculdade (risos)".
Cuidados recomendados pelos especialistas
- Evite o uso da chupeta na rotina;
- Não utilize fitas nem outras coisas para prendê-la à roupa da criança. Além de aumentar o número de vezes do uso, isso representa um risco de acidentes graves, como asfixia;
- Uma vez que o bebê cair no sono e largar a chupeta, não volte a colocá-la;
- Não esqueça a higienização da chupeta e a sua frequente substituição;
- Dê preferência às chupetas ortodônticas.
Dicas para a criança "abandonar" a chupeta
Veja as recomendações da odontopediatra Rosana Dutra:
- Ofereça a chupeta à criança cada vez menos durante o dia;
- Não deixe (sempre) a chupeta ao alcance dos pequenos;
- Distraia as crianças durante o dia com brincadeiras, filmes, passeios etc;
- Faça a tal permuta de presentinhos: na "festinha da troca da chupeta", geralmente muito eficaz em datas comemorativas (Natal, aniversário etc.), ou em encontros lúdicos com "ícones infantis" (personificados) prediletos da criança.
No fim das contas, a regra de ouro é uma só: use amor com a sua criança que tudo dará certo!

Ai ai...

No salão: Entenda as diferenças entre os tratamentos para fios danificados
Muitas vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um tratamento ideal para os cabelos danificados
Muitas vezes, o olhar especializado de um profissional é preciso para escolher um tratamento ideal para os cabelos danificados
Trocar o xampu de vez em quando, fazer uma hidratação caseira, aplicar uma máscara reconstrutora poderosa e até mesmo fazer um corte para fortalecer. Até certo ponto, de fato, essas alternativas funcionam, mas tem hora que é preciso parar tudo e cuidar dos cabelos no salão, para ter um diagnóstico especializado sobre a necessidade dos fios naquele momento, contar com ativos de alta tecnologia e, mais que qualquer outra coisa, com as mãos e o olhar de um profissional.

Para ajudá-la na escolha do melhor tratamento para ressuscitar cabelos danificados, UOL Beleza conversou com cabeleireiros de quatro capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte – para esclarecer a diferença entre três técnicas muito procuradas nos salões e bastante eficazes: hidratação "power", nanoqueratinização e cauterização. A seguir, conheça os detalhes sobre cada uma das três técnicas e descubra qual delas é a mais indicada para o seu caso.

HIDRATAÇÃO "POWER"
O que é: É uma técnica mais profunda de hidratação que permite que os fios recuperem a água e também reponham nutrientes para restaurar a emoliência e voltarem a ser saudáveis. Os ativos utilizados em cada caso variam de acordo com o salão e o profissional, mas de um modo geral os óleos (argan, jojoba, macadâmia, de semente de uva, semente de romã, de coco etc) estão na maioria das fórmulas, assim como vitaminas e aminoácidos. "Esse método foi muito beneficiado com a redescoberta das propriedades dos óleos vegetais, essenciais na restauração dos cabelos. Eu particularmene utilizo o argan, para sedosidade e brilho; e o de jojoba, para reconstrução da fibra capilar", diz o hairstylist Wilson Eliodorio, do Wilson Eliodorio Studio, em São Paulo.
Como funciona: Os óleos possuem nutrientes muito concentrados, que suavizam as cutículas dos fios e penetram mais facilmente na fibra, possibilitando uma melhor absorção dos aminoácidos, vitaminas e proteínas, que quando aplicados puros, também permeiam a superfície do fio tratando-o de dentro para fora.
Indicação: Cabelos ressecados e muito quebradiços, seja por consequência de químicas ou excesso de exposição ao sol, sal e cloro; e também uso excessivo de secador e chapinha. "Se perceber que o cabelo está com aspecto seco e embaraçando demais, com facilidade, é sinal de que precisa ser hidratado", ensina Silvana Lima, do Studio W Iguatemi, também de São Paulo.
Frequência: Quem vai avaliar é o cabeleireiro. Dependedo do estado do fio pode ser feita semanal, quinzenal ou mensalmente.
ESTÁ NA HORA DE MUDAR O VISUAL?

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NANOQUERATINIZAÇÃO
O que é: O tratamento consiste na aplicação de queratina, por meio da nanotecnologia, para aumentar a eficácia. Isto é, as moléculas dessa proteína são reduzidas ao menor tamanho possível e, dessa forma, penetram mais fácil e profundamente no fio. "O objetivo desse tratamento é repor a queratina – matéria perdida quando o cabelo é submetido a processos químicos – dos fios danificados, que ficam porosos e sujeitos à quebra; e, assim, restaurar sua estrutura", explica Tania de Souza, profissional do Ricardo Maia Hair & Make Up, Brasília, DF. A queratina aumenta a resistência do fio, o que na prática significa um cabelo fortalecido. Quando há perda dessa proteína, o fio fica fraco, sem resistência. "Se não houver a reposição de queratina, a cutícula se abre e o fio torna-se muito fino nas pontas e pode até se romper só de tocar no ombro", alerta Silvana Lima, do Studio W.
Como funciona: A aplicação da queratina é feita por meio de pulverização, para assim formar uma névoa com micropartículas da substância e facilitar uma aplicação uniforme. "Esse método garante que a queratina seja bem distribuída, atingindo toda a superfície dos cabelos", explica Tânia de Souza.
Indicação: Cabelos submetidos a químicas fortes, como alisamento, descoloração e permanentes. Todos esses são processos agem profundamente no fio e quebram as ligações de enxofre que compõem a queratina. Por essa razão, a nanoqueratinização não pode ser aplicada em cabelos que não tenham sido submetidos a processo químicos, sob o risco de ficarem duros demais, por excesso de queratina. "O fio de cabelo deve ter maleabilidade, ou seja, depois de esticado, o certo é que volte para o lugar, se isso não acontecer e o fio se romper é sinal de porosidade, ele está fraco e precisa ser reestruturado", diz Bruno Amorim, do Célio Faria Instituto de Beleza, de Belo Horizonte.
Frequência: Vai depender das condições do fio, mas em princípio, quando a necessidade do tratamento é urgente, as sessões devem ser feitas uma vez por semana. Depois, com o tempo, à medida que o cabelo se restaura, pode ser feito, em média, a cada 40 dias, mas tudo vai depender da indicação do profissional, que inclusive pode dar "alta" dos procedimentos, depois de um período.
Agosto: Tecnologia em equipamentos e cápsula de ingestão oral para tratamento dos fios estão entre os lançamentos do mês. 
CAUTERIZAÇÃO
O que é: Considerado pelos especialistas como um dos tratamentos mais eficazes para ressuscitar fios destruídos. A cabeleireira Lela Athanásio, do Crystal Hair, do Rio de Janeiro, explica o porquê: "Ao selar por completo a cutícula, a cauterização garante que todos os nutrientes aplicados no fio permaneçam ali depositados por mais tempo, assim suaviza pontas duplas, elimina o frizz e devolve a elasticidado do fio", diz a especialista. Assim, além de saudáveis e resistentes, os cabelos recuperam o balanço natural e os fios ficam mais disciplinados. Os ativos usados são definidos pelos cabeleireiros e isso depende da necessidade de cada caso. Tânia de Souza, do Ricardo Maia Hair & Make up, de Brasília, por exemplo, faz uma cauterização à base de vitamina C, que tem ação antiquebra, e acrescenta também um pouco de queratina, para resistência; e ceramidas, que nutrem e dão brilho aos fios. Já Lela Athanásio, do Rio de Janeiro, prefere fazer com aminoácidos, que ajudam no crescimento e têm ação antioxidante; queratina e outras proteínas, como o colágeno, que também fortalecem o fio.
Como funciona: A cauterização em si – processo de selagem depois que os fios recebem os nutrientes – originalmente era feita com ação de calor, por meio da chapinha, mecha a mecha, inclusive alguns salões ainda fazem dessa forma. A novidade, no entanto, é a cauterização a frio. "É uma evolução da cosmética. O novo método economiza o tempo do profissional, da cliente e age com a mesma eficiência", garante Bruno Amorim, do Célio Faria Instituto de Beleza. Essa cauterização a frio é semelhante a um leave-in turbinado que, tem a mesma capacidade da chapa de blindar o fio, só que sem calor, seu efeito é químico.
Indicação: O procedimento é ideal para fios quebradiços, porosos, sem brilho e com ponta dupla, especialmente para os submetidos a descoloração e mechas.
Frequência: O ideal é que o tratamento seja refeito em intervalos de 15 dias. Mas o cabeleireiro pode intensificar o tratamento, por exemplo, para uma vez por semana, caso ache necessário; ou estender o intervalo, além de 15 dias, entre uma aplicação e outra.

Mais um episódio de estupidez...

Homens quebram mandíbula de jovem após briga de trânsito
Crime foi em Uberlândia e a família deve manifestar pedindo justiça.
Rapazes quebraram garrafa e chutaram o rosto da vítima.
Jovem foi levado desacordado para hospital após crime.
A família do corretor de imóveis Guilherme Raniery Garces Ferreira, de 22 anos, pede justiça em Uberlândia. O rapaz teve a mandíbula fraturada e perdeu vários dentes após ter sido agredido por três homens em uma discussão de trânsito. A vítima está internada e ainda aguarda novas cirurgias para reconstituição do maxilar. Em protesto, a família planeja uma manifestação pacífica nesta semana contra a violência e em pedido de paz.
O crime ocorreu na madrugada de sábado (31), no Bairro Fundinho. Segundo o empresário e irmão da vítima, Márcio Ferreira, o jovem estava com a esposa e o filho de três anos dentro do carro, por volta de meia-noite, voltando de uma festa de criança. “Eles viram um veículo modelo HB 20 fazendo zigue-zague na frente deles e chamaram atenção do motorista. Mais na frente os rapazes cercaram o carro e desceram. Meu irmão também desceu e um dos suspeitos quebrou uma garrafa de whisky no rosto dele”, disse.
Neste momento Guilherme caiu desacordado no chão e os três homens o agrediram com pontapé. Ainda segundo o irmão da vítima, os rapazes fugiram quando outros veículos se aproximaram do local. “Minha cunhada e meu sobrinho ficara em estado de choque, acreditando que meu irmão estava morto. Ele foi levado por testemunhas para o hospital, desacordado”, disse.
Segundo Márcio, o irmão passou por uma cirurgia e teve várias fraturas na mandíbula. Nesta terça-feira (3) ele deve passar por mais um procedimento para reconstituir o maxilar e repor cerca de nove dentes que foram quebrados.
Nada justifica esta violência, ele podia ter morrido"
Márcio Ferreira
Márcio afirmou que uma testemunha anotou a placa e reconheceu os envolvidos. “São jovens universitários, de classe média e aparentavam estar embriagados. A mãe de um deles ligou para minha família pedindo desculpas, mas meus pais não quiseram falar, estão abalados. Meu sobrinho nem dorme por lembrar do pai cheio de sangue”, disse o empresário.
Um boletim de ocorrências foi registrado e segundo o delegado Bernardo Pena Salles, os suspeitos já foram identificados e o caso está em andamento. “À princípio o boletim era de lesão corporal. Mas devido às circunstâncias agora vamos instaurar um inquérito como tentativa de homicídio. O próximo passo será ouvir testemunhas e colher provas do crime”, disse.
Márcio afirmou, ainda, que a família e os amigos estão em choque e querem Justiça, por isso decidiram levar o caso para o conhecimento da imprensa. “Nada justifica esta violência, ele podia ter morrido. Estamos revoltados, mas temos confiança nas autoridades e na punição destes covardes”, disse.
Como forma de protesto, a família de Guilherme Raniery organiza uma manifestação que deve acontecer ainda nesta semana. A divulgação é feita por meio das redes sociais.

http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/09/jovens-quebram-mandibula-de-empresario-apos-briga-de-transito.html

Homenagem sórdida...

País tem quase mil escolas com nomes de presidentes da ditadura
Das 3.135 unidades escolares públicas que homenageiam ex-dirigentes da República, 976 pertencem aos cinco generais que comandaram o regime militar
Busto do ex-presidente Costa e Silva divide espaço com desenhos infantis em pátio da escola municipal que leva o nome, em Botafogo.
Busto do ex-presidente Costa e Silva divide espaço com desenhos infantis em pátio da escola municipal que leva seu nome, em Botafogo.
RIO E SÃO PAULO - Na Escola Municipal Presidente Médici, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, boa parte dos alunos tem pouco a dizer sobre o general que governou o país de 1969 a 1974. “Minha vó falou que ele era um sanguinário”, conta uma aluna do 8º ano. “O professor de Geografia disse que ele não era uma boa pessoa”, afirma uma colega de sala, de 14 anos, quando perguntada sobre o gaúcho ditador, responsável pelo período de maior recrudescimento à liberdade de expressão na ditadura militar brasileira. Dentro da unidade, porém, há um mural com fotos do homenageado e, segundo professores, o nome do colégio é usado para abordar o assunto em sala.
— Durante a aula, temos que explicar o período Médici deixando que eles tenham o seu próprio olhar sobre o ex-presidente, com senso crítico. Nossa função é fazer o aluno se colocar nesse debate. Explicar a razão da homenagem e contextualizá-la com a época — argumenta Gabriella Fernandes Castellano, professora de História.
Inaugurada em 1975, com a presença do próprio Médici, a unidade em Bangu é uma das 160 escolas públicas de ensino básico e pré-escolar no país batizadas com o nome do ditador. Um levantamento feito pelo GLOBO mostra que há no Brasil 976 colégios municipais, estaduais e federais com os nomes dos cinco presidentes do Regime Militar, de 1964 a 1985 (ficaram fora da conta os ministros da junta que chefiou o país de agosto a outubro de 1969). Só o marechal Humberto Castello Branco, que governou de 1964 a 1967, é homenageado em 464 unidades. Ao todo, o país tem 3.135 escolas com nomes de ex-presidentes.
Tributo ao ‘carrasco de Vargas’
Além dos chefes de Estado, pessoas importantes durante o período também batizam instituições de ensino. Chefe da polícia política durante a ditadura de Getulio Vargas, Filinto Müller foi senador e presidente da Arena, o partido que deu sustentação política ao Regime Miltar. Ele dá nome a dez colégios brasileiros, como a Escola Estadual Senador Filinto Müller, uma das mais tradicionais de Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo.
Assim como na unidade municipal em Bangu, onde quase um terço do corpo docente pediu a mudança do nome há cerca de dois anos, parte da comunidade escolar do colégio em Diadema também tentou rebatizar o prédio.
— A comunidade cogitou trocar o nome porque ele teve relação com a ditadura, mas se entendeu que, apesar disso, há uma identidade muito forte em torno do nome e, assim, decidiu-se preservá-lo — explica o professor de História e Geografia Bruno do Nascimento Santos, que lecionou na unidade durante sete anos.
Muitos alunos de Diadema também ignoram o passado do homenageado. Na saída da escola, nenhum estudante abordado pela equipe de reportagem conhecia a história de Filinto, muitas vezes chamado de “carrasco de Vargas”, acusado de fazer prisões arbitrárias e ordenar sessões de tortura. Em 1936, ele foi o responsável pela prisão de Olga Benário Prestes, militante comunista e mulher de Luiz Carlos Prestes, e por sua deportação para um campo de concentração na Alemanha nazista.
— A escola nunca abriu um debate para falar quem foi ele. Não sei, acho que foi um senador — arrisca uma estudante de 17 anos.
A direção da unidade reconheceu, por meio de um comunicado, que não existe na escola um projeto pedagógico específico para tratar sobre a história de seu homenageado.
Por ironia do destino, uma página do Facebook com o nome do colégio, atualizada por professores e alunos, faz uma defesa ideológica ao comunismo tão combatido por Filinto. “Acho que o socialismo talvez possa trazer este acesso à cultura de massa. Fazer como o Mao Tse-Tung fez com a China”, diz a descrição da página na rede social.
Os pais de alguns dos alunos reconhecem que o passado do patrono não é boa influência, mas não veem razão para mudar o nome da escola.
— Os estudantes não sabem disso, já que passou tanto tempo. Acho que um nome não interfere na educação deles — pondera o motorista Samuel de Oliveira, de 45 anos, pai de uma aluna.
O presidente da Comissão da Verdade de São Paulo, deputado estadual Adriano Diogo (PT), planeja apresentar um projeto de lei para modificar o nome da escola pública em Diadema.
— Isso é a eternização da ditadura militar no Brasil. Enquanto não for revisto, a ditadura não acabou — critica ele.
De acordo com a advogada Rosa Cardoso, da Comissão Nacional da Verdade, o tema das escolas com nomes de pessoas ligadas à ditadura militar ainda não foi amplamente discutido. Mas ela garante que a questão fará parte das recomendações ao final dos trabalhos do grupo. A advogada, porém, alerta para os perigos que podem surgir nesse debate.
— Não podemos ter visão totalitária às avessas e mudar nomes só porque são de direita. Mas se houver provas de que são nomes de criminosos, devem ser mudados. E devem ser mudados por movimento da sociedade civil.
A coordenadora pedagógica da Escola Presidente Costa e Silva, em Botafogo, Fabíola Fernandes Martins, é contra a mudança. Inaugurada em 1970, um ano após a morte do marechal gaúcho, a instituição tem, no pátio do recreio, perto de murais com desenhos infantis e uma mesa de totó, um busto do ex-presidente, responsável pelo Ato Institucional número 5 (AI-5), que deu poderes absolutos ao Regime Militar e possibilitou o fechamento do Congresso Nacional. Hoje, 45 anos depois do decreto, Costa e Silva é homenageado em 295 escolas.
Quando a equipe do jornal foi à escola na Zona Sul do Rio, a unidade não estava funcionando, devido à greve de professores, e, portanto, não havia alunos para entrevistar. Mas Fabíola garante que orienta os estudantes a traçar um quadro comparativo do Brasil com regimes de outros países, para que tirem suas conclusões.
— Temos que ter cuidado para não haver uma generalização negativa contra a carreira militar. Procuramos apresentar os fatos históricos, sem contudo, despertar o ódio às Forças Armadas.
Presidente da Associação Nacional dos Professores de História (Anpuh), Rodrigo Pato de Sá Motta enxerga na situação uma excelente oportunidade pedagógica:
— É bom para mostrar que escola também é espaço de disputa política e aproveitar para politizar um pouco mais as aulas. A decisão de mudar o nome passa pela comunidade escolar. Mas não adianta nada mudar o nome e todos continuarem sem saber quem foi a pessoa. O mais importante é fazer a discussão — argumenta o professor de História da UFMG.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/pais-tem-quase-mil-escolas-com-nomes-de-presidentes-da-ditadura-9782672#ixzz2dleQwuXs

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Mais uma etapa superada...