sábado, 12 de outubro de 2013

Isto é a Disney brasileira...

Menor de idade é encontrada junto com detentos no presídio de Cariri.
É inadmissível que menores façam programas sexuais na unidade, diz juiz.
A polícia também encontrou munições, celulares e cachaças no presídio.
Mais de 20 detentos fugiram do presídio Agrícola de Cariri do Tocantins este ano.
A facilidade com que os presos fabricam bebidas conseguem celulares e até mulheres para programas sexuais chamam a atenção no presídio Agrícola Luz do Amanhã, em Cariri do Tocantins, a 264 km de Palmas. Na semana passada, durante uma revista de rotina, agentes penitenciários encontraram uma menor de idade na unidade. Além dela, três botijões de gás, 200 litros de cachaça artesanal, munições e mais de 100 celulares também foram achados no lugar.
"É inadmissível que menores estejam lá em companhia de presos obviamente fazendo programas sexuais. É uma coisa absurda para o estado", disse o juiz Ademar Alves de Sousa Filho.
Segundo a polícia, a bebida alcoólica é produzida dentro da prisão, algumas armas são fabricadas pelos detentos, outras, trazidas pelos visitantes ou até pelos próprios presos do semiaberto.

A penitenciária tem cinco pavilhões com 80 celas, que abrigam cerca de 320 detentos dos regime semiaberto e fechado. Imagens cedidas por parentes de presos, exibidas na reportagem, que pode ser visualizada ao lado, mostram alojamentos improvisados. A informação das famílias, que preferiram não se pronunciar, é que existem detentos desalojados, expulsos dos pavilhões por se envolverem em brigas ou rixas com outros presos. Estes ficam soltos pelo presídio juntamente com os agentes penitenciários.
Do início do ano até agora, mais de 20 presos do regime semiaberto em Cariri do Tocantins conseguiram fugir. Segundo o juiz Ademar este é um problema que acontece devido a falta de estrutura da unidade. "O presídio faz a chamada dos presos por volta das 17h e apenas outra chamada no dia seguinte, às 6h. Então neste intervalo o preso pode sair do presídio, vir para a cidade cometer crimes e retornar para a unidade. Se ele não for preso em flagrante, é como se nada tivesse acontecido".
No último domingo dois presos foram assassinados no pátio do presídio. Tiago Henrique da Silva e Israel Júnior Lima foram mortos com golpes de uma arma artesanal fabricada pelos próprios presos. A morte deles ainda é investigada.

Quando a hora derradeira chega...

Ana Paula tinha 35 anos e morreu durante voo (Foto: Arquivo pessoal)
Passageira morre em Mato Grosso após passar mal em avião
Bombeiros informaram que jovem de 35 anos sofreu uma parada cardíaca.
Família contou que ela seguia para Goiânia quando passou mal.
Ana Paula tinha 35 anos e morreu durante voo.
Uma passageira de 35 anos morreu após passar mal durante um voo comercial que saiu de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, com destino à capital, na tarde desta quarta-feira (9). Segundo o Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência, Ana Paula Costa Nascimento sofreu uma parada cardíaca. Após ela se sentir mal, o piloto do avião retornou para Alta Floresta.
"Em questão de minutos, o avião estava no chão novamente. Quando o comandante viu o problema, já acionou uma equipe nossa [do Corpo de Bombeiros] e, quando o avião pousou, tinha um médico e uma enfermeira", disse o cabo André Júnior Maziero, do Corpo de Bombeiros. Ele disse que, antes de ser levada para o hospital, um médico e uma enfermeira fizeram os primeiros procedimentos na tentativa de reanimar a passageira, mas não obtiveram êxito. "O médico ainda tentou entubá-la dentro do avião", contou.
A passageira foi levada para o Hospital Regional de Alta Floresta. Ao chegar, os médicos constaram que ela já havia morrido. No voo, Ana Paula estava acompanhada da mãe, do marido e do filho e seguia para Goiânia, onde pretendia fazer tratamento de saúde, porém, não resistiu.
Getúlio Costa, primo de Ana Paula, disse ao G1 que há duas semanas a prima vinha reclamando de dores. Fez um exame que detectou um mioma no útero. "Depois ela fez outro exame e descobriu que outros órgãos já tinham sido afetados. O médico falou que o caso não poderia ser resolvido no interior. Então decidimos levá-la para Goiânia", contou. Getúlio afirmou que a prima morava em Alta Floresta havia oito meses, mas que toda a vida residiu com a família em Barra das Garças, a 516 km da capital.
Ele explicou que o médico aconselhou a jovem a não ir de carro para Goiânia por conta do estado de saúde. "Cinco minutos depois que o avião decolou, ela sofreu uma parada cardíaca. Nós estamos consternados com a morte dela. Era uma pessoa alegre, cheia de vida", lamentou.
O corpo da passageira está sendo levado em um voo fretado para Barra das Garças. A previsão é que chegue por volta das 11h [horário de Mato Grosso]. O velório será na casa da família, no Centro da cidade. O sepultamento também deve ser feito no cemitério do município.

Homicídio em alta velocidade... Sob a lorota de acidente! Jamais!!! Em um país sério, a digníssima doutora sofreria julgamento exemplar.

acidente (Foto: Gabriel Gonçalves/G1)



acidente (Foto: Gabriel Gonçalves/G1)

Casal de irmãos (Foto: Reprodução / Facebook)

acidente (Foto: Gabriel Gonçalves/G1)

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Acidente mata dois irmãos em moto no bairro de Ondina, em Salvador
Médica motorista de um carro ficou ferida e foi levada hospital.
Ocorrência foi registrada na manhã desta sexta-feira (11).
Acidente deixou motorista ferida nesta sexta-feira.
Um acidente de trânsito deixou duas pessoas mortas na manhã desta sexta-feira (11), no bairro de Ondina, em Salvador. As vítimas são um homem e uma mulher, irmãos, que trafegavam a bordo de uma moto pela Avenida Oceânica, na altura do Ondina Apart.
O acidente envolveu também um carro e a motorista, que é uma médica, ficou presa às ferragens após a colisão entre os dois veículos. Uma equipe do Samu realizou atendimento à vitima até por volta das 9h e encaminhou a mulher para o Hospital Aliança com dores na coluna.
A delegada Acácia Nunes, que cuida do caso envolvendo os dois irmãos que morreram após uma batida entre um carro e uma moto no bairro de Ondina, em Salvador, solicitou as imagens de segurança das câmeras instaladas nas proximidades do local do acidente.
Segundo a delegada, na tarde desta sexta-feira (11), algumas testemunhas serão ouvidas. A delegada disse também que já intimou o hospital a informar à unidade policial a alta da mulher internada.
A batida envolvendo as vítimas aconteceu na manhã desta sexta-feira, na Avenida Oceânica, bairro nobre de Salvador. A polícia investiga se a ação foi proposital. As vítimas morreram na hora. A motorista do veículo, uma médica oftalmologista, ficou presa às ferragens e assim que foi retirada, foi levada para um hospital particular da capital.

Até o momento da retirada dos corpos, nenhum parente das vítimas havia parecido no local para fazer o reconhecimento dos corpos. Um amigo dos dois passava pelo local, reconheceu o veículo e parou.
"Segundo eu soube, ele estava indo levar a irmã ao aeroporto, gente finíssima, ele e ela e todo mundo admirava muito os dois. Ambos eram pessoas queridas", disse um amigo das vítimas, Alexandre Vieira.
A moto foi retirada do local do acidente por volta das 12h e levada para o pátio da Transalvador.
O caso
Uma batida entre um carro e uma moto na manhã desta sexta-feira (11) deixou dois irmãos mortos, um de 22 e outro de 23 anos, na capital baiana.
De acordo com informações de uma testemunha, que prefere não se identificar, antes da batida, o motorista da moto foi visto reclamando com a motorista do veículo, porque ela teria dado uma "fechada" na moto.
“Eu estava naquele restaurante, (próximo à batida) então dali para cá, eu vi, agora onde começou eu não sei. Na hora da fechada que ela deu nele, eu não vi. Eu só vi na hora que ele bateu a mão no carro dela e reclamou que ela estava errada. E na hora que ela avançou o sinal o veio atrás dele. Foi proposital”, disse ao G1 a testemunha.
Familiares da médica que estiveram no local logo após o acidente foram procurados pela equipe de reportagem do G1, mas preferiram não comentar o ocorrido. Um dos parentes afirmou que houve uma "fatalidade".
Uma equipe da 7ª Delegacia de Polícia esteve no local. "Já sabemos que o impacto foi na lateral direita do veículo, não há marcas de frenagem. Não há marcas de frenagem em relação à moto também. A moto deve ter sido projetada com algum impacto. Mas não posso afirmar que ela tenha derrubado a moto de forma proposital", afirmou a delegada Acácia Nunes.
Os corpos já foram periciados e levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Não há informações sobre o enterro das vítimas.
Defesa pede anulação do flagrante de médica suspeita de matar dois irmãos
Advogado pediu a liberdade provisória na madrugada deste sábado (13).
Delegada diz que ela está custodiada no hospital. Imagens registram caso.
Casal de irmãos.
A médica suspeita de provocar o acidente de trânsito que matou dois irmãos no bairro de Ondina, em Salvador, está custodiada no Hospital Aliança, onde está internada há 24 horas. O advogado fez o pedido de liberdade provisória na madrugada deste sábado (13), por volta das 3h, e agora aguarda a decisão do juiz de primeiro grau, que pode sair a qualquer momento.
Emanuele Gomes Dias e Emanuel Gomes Dias, de 22 e 23 anos, estavam em uma moto quando foram surpreendidos pelo carro dirigido pela oftalmologista. A batida ocorreu na manhã de sexta-feira (11) e eles morreram na hora. Imagens registraram o momento do choque. Para a polícia, houve perseguição e intenção da médica em atingir as vítimas.
Segundo o argumento da defesa, ela tem condições de responder o processo em liberdade, porque tem residência fixa, bens de raiz na cidade, ficha limpa e "jamais vai fugir".
"A regra do jogo é que a prisão é o último recurso, alguém só pode ser levado em casos estritamente necessários, para pessoa que faz do crime profissão, casos extremamente graves e reiterados. Minha cliente tem ficha limpa e é primária. Para quê prender uma pessoa? A defesa está tentando mostrar a desnecessidade da prisão", afirma, em conversa nesta manhã.
A delegada titular da 7ª, Jussara de Souza, informa que, assim que ela receber alta médica, será levada até a unidade policial para ser interrogada sobre o acidente. Depois, com base na decisão do juiz que analisa o recurso da defesa, poderá ser libertada ou não.
De acordo com o advogado de defesa, ela está inconsciente, na UTI, e não tem previsão de ser liberada pelos médicos. O hospital, que é da rede particular e não possui assessoria de imprensa, não confirma a informação. O enterro das vítimas acontece na manhã deste sábado, no cemitério Campo Santo, bairro da Federação, na capital baiana.
Registro de câmeras
As imagens do acidente foram assistidas na noite de sexta-feira (11) pela delegada Jussara Maria de Souza. Em conversa à imprensa, ela afirmou que as imagens são "conclusivas" e mostram que o choque do carro com a moto foi intencional. Pouco antes, Souza já havia indicado "fortes indícios de homicídio".
"Fica nítida a perseguição e, logo depois, a condutora do veículo coloca em risco não só o que ocorreu, as mortes, como também transeuntes, as pessoas que aguardavam no ponto de ônibus. Fica clara a velocidade acelerada para a via naquele momento. Além de o carro ter sido projetado na contramão. Por pouco, não ocorre colisão com carro na contramão e não invade o ponto de ônibus", diz a delegada.
Posição da defesa
Para o advogado Vivaldo Andrade, a versão da polícia é precipitada. "Acho que temeridade como foi feito pela policia, dizendo que o fato aconteceu dessa forma, porque não existe nada que comprove que a cliente perseguiu e jogou o carro contra as pessoas. O delegado tem que se basear nas provas e até agora não há provas. Ela é casada, tem dois filhos, mais de 20 anos de profissão, presta inúmeros serviços comunitários e merece respeito. Poderia acontecer com qualquer pessoa", justifica.

Desabafo de familiares
A tia e madrinha do piloto da motocicleta compareceram à delegacia na noite de sexta-feira, junto com a prima dos dois, que foi a primeira quem viu a notícia do acidente, pela internet, e avisou à família.
A tia reconheceu os dois corpos no Instituto Médico Legal (IML) e diz que vai acionar o Ministério Público da Bahia para impedir que a suspeita exerça a profissão. O motivo da perseguição, segundo os familiares, foi uma briga de trânsito.
"Meninos de boa índole, trabalhadores, estudantes, almejavam sucesso na vida com o suor deles, não mereciam ter vivido isso. Nossa família está em estado de choque. Tem que ter justiça. Essas coisas de trânsito têm que parar, ela tirou a vida de duas pessoas, que estava começando agora", disse a prima das vítimas.
Acidente
A batida envolvendo as vítimas aconteceu na Avenida Oceânica, na orla de Salvador. A polícia investiga se a ação foi proposital. A motorista do veículo, uma médica oftalmologista, ficou presa às ferragens e, assim que foi retirada, foi levada para o hospital. Um amigo dos dois passava pelo local, reconheceu o veículo e parou.
"Segundo eu soube, ele estava indo levar a irmã ao aeroporto, gente finíssima, ele e ela e todo mundo admirava muito os dois. Ambos eram pessoas queridas", disse o amigo Alexandre Vieira. A moto foi retirada do local do acidente por volta das 12h e levada para o pátio da Transalvador.
“Eu estava naquele restaurante, (próximo à batida), então, dali para cá, eu vi, agora onde começou eu não sei. Na hora da fechada que ela deu nele, eu não vi. Eu só vi na hora que ele bateu a mão no carro dela e reclamou que ela estava errada. E na hora que ela avançou o sinal o veio atrás dele. Foi proposital”, disse a testemunha.
Uma equipe da 7ª Delegacia de Polícia esteve no local. "Já sabemos que o impacto foi na lateral direita do veículo, não há marcas de frenagem. Não há marcas de frenagem em relação à moto também. A moto deve ter sido projetada com algum impacto. Mas não posso afirmar que ela tenha derrubado a moto de forma proposital", afirmou a delegada Acácia Nunes, que iniciou a investigação do caso.

A verdade aparece...

Modelo catarinense Louanna Adrielle Castro Silva, 24, morreu após sofrer parada cardíaca durante cirurgia para colocar silicone nos seios, em Goiânia (GO)
Novo laudo aponta presença de cocaína no corpo de miss morta em cirurgia plástica em Goiânia 56
Modelo catarinense Louanna Adrielle Castro Silva, 24, morreu após sofrer parada cardíaca durante cirurgia para colocar silicone nos seios, em Goiânia (GO).
Laudo toxicológico feito pelo Instituto Nacional de Criminalística apontou a presença de cocaína no corpo da miss Jataí Turismo 2012, Louanna Adrielle Castro Silva, 24, morta durante uma cirurgia plástica em Goiânia, em 1° de dezembro do ano passado.  O resultado do exame complementar contesta laudo do Instituto Médico Legal (IML), que foi divulgado em janeiro e descartou que a jovem fosse usuária de drogas.

No exame complementar feito pelo Instituto Nacional de Criminalística, além de cocaína, foram detectadas outras três substâncias --Amiodarona (contra arritmias), Midazolam (medicamento indutor do sono) e Bupivacaína (anestésico local). Esse resultado e o laudo do IML foram anexados ao inquérito policial.

O delegado Fernando de Oliveira diz que aguarda o laudo cadavérico para a conclusão da investigação. Ainda não há prazo para a entrega deste exame, que apontará se houve ou não erro médico.

Ninguém da família da jovem foi encontrado para comentar o resultado do laudo do Instituto Nacional de Criminalística. Em entrevista ao UOL, em dezembro do ano passado, o marido de Louanna, Giuliano Cabral Chaves, negou que ela fosse usuária de drogas.
Nayara Cristina Patracão, jovem de 24 anos que, após parada cardiorrespiratória durante lipoaspiração, em São Carlos (SP), no dia 15 de janeiro de 2013. Ela está internada.

Segundo o advogado Mário Ibrahim, os familiares da miss não vão falar sobre esse exame.

Em depoimento à polícia, o médico responsável pela cirurgia, Rogério Morale, e a anestesista Beatriz Vieira Espíndola negaram que houve erro médico e chegaram a apontar que a paciente poderia ser usuária de drogas.

"Quem cometeu negligência vai ter que pagar", diz marido de miss morta durante cirurgia plástica em Goiânia.

Louanna morreu no dia 1º de dezembro de 2012 após entrar no centro cirúrgico para o implante de silicone nos seios. Ela teve uma parada cardíaca durante o procedimento, realizado no hospital Buriti, no bairro Parque Amazônia.

A miss era atendida pelo médico Rogério Morale, que não conseguiu reverter o quadro. No hospital onde a cirurgia era realizada não havia UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O médico atendia também em Jataí (327 km de Goiânia), onde Louanna morava, mas a família dela alegou, na época, que a cirurgia foi realizada na capital justamente por causa da UTI.

Que dó...

Todo coitadinho é meio espertalhão. Por Mônica El Bayeh
 
Todo mundo conhece um coitadinho. Nunca podem nada. Para eles tudo é muito difícil e complicado, então nem tentam. Sempre sobra para quem? Para você. Ou para quem estiver por perto. Coitadinhos são uma espécie de plantas parasitas. Ficam lá na surdina. E vão sugando o trabalho, a energia, a boa vontade do outro. Se contrariados mostram a força que têm. São fortes para gritar, reclamar, bater porta. Costumam ser os primeiros dedos apontados para erros alheios. Acusam sem piedade.
Não há grande produtividade na vida dos coitadinhos. Nem muita criatividade também. Funcionam em modo de espera. Uma espécie de repouso, stand by. O que esperam? Talvez nem eles saibam. Tanto marasmo incomoda quem olha de fora. Triste ver uma vida jovem desperdiçada dessa forma. Na aflição de ajudar damos palpites. Questionamos. Insistimos. Coitadinhos se irritam. Se fosse gato veríamos seu pelo eriçando pronto para o ataque.
Mas é por pouco tempo. Rapidamente vai aparecer um protetor para concordar com ele e discordar de você. Por traz de todo coitadinho há alguém que passa a mão na sua cabeça e apoia seu dolce 'far-niente'. Pode procurar.
Alguém que acha que errou em algum momento, de alguma forma. E que, por isso, criou uma pessoa mais frágil que precisa ser protegida, poupada. De que? Da vida. Porque vida dói. Se é mesmo culpado? Não. Ninguém é culpado pela vida de ninguém. Vida é pessoal e intrasferível.
Coitadinhos, geralmente, têm algum histórico de perdas. Não que sejam graves ou insuperáveis. Eles é que sentem como se fossem. Sempre com o respaldo de alguém para dizer: por isso que ele é assim. Deixa-o, coitado.
Levante a mão quem nunca teve perdas. Tristezas, abandonos, decepções. Quem nunca? E não estamos aqui? Vida nunca é bem asfaltada. Para nenhum de nós. Vida é estrada brasileira. Buracos enormes. Quebra molas mal feitos. E dói mesmo. Mas faz parte. A vida bate dura no lombo da gente. Não há amortecedor que suavize o baque. Quebra nossa suspensão. Nos deixa arriados de quatro no meio do caminho. E não estamos todos aqui tentando de novo?
Pais, mães, avós, cuidam como sabem e como podem. De acordo com o que receberam. Da melhor forma que lhes é possível. Erraram? Claro. Nós erramos todos, pelo menos umas dez vezes todos os dias, em tudo o que fazemos. Porque com filhos seria diferente? Ao contrário. Aí é que a gente erra mais ainda. Eles costumam sobreviver a isso. Nós sobrevivemos também.
Usar erros do passado como desculpa para o presente? Esse é o grande erro. Remexer o baú buscando justificativa, desculpas? Vida é um erro atrás do outro. Não para sentar e carpir. Nem para se lamentar. Para entender, aceitar e prosseguir. A vida é nossa. Não cabe deslocar responsabilidades. Sou responsável pelo que decido pelo que faço e pelo que tento não assumir e jogar sorrateiramente para cima dos outros. Vida é garrafa d água do lado do filtro. Abro e encho ou fico com sede reclamando.
Coitadinhos se sentem no lucro. Não deixa de ser. Afinal, nada fazem e tudo têm. Ninguém cobra nada deles. Acham-se uns espertalhões. Vivem sem esforço. Que nada. Não há lucro em parasitar. É no embate do dia a dia que a gente aprende, se fortalece e fica cascudo. Na dor da queda e no vento no rosto, se perceber em pé de novo. Isso é vida.
Não imagino o que pensa uma mãe passarinho quando enxota os filhotes para fora do ninho. Mas se ela pensar muito e não jogar, como eles vão aprender a voar? Deitados no conforto do ninho?
É preciso ir além da zona de conforto. Experimentar, quebrar a cara, tentar de novo. É isso que os coitadinhos não têm. Não saem do ninho. E o ninho dos coitadinhos nem é a casa. É o quarto deles. É lá que costumam reinar. Pequenos tiranos cheios de vontade. Não percebem que o mundo é mais do que quatro paredes. Não falo de crianças. Falo de imaturos.
Por trás de todo coitadinho tem um passarinho que entende suas dificuldades. Tem muita pena dele. Repete sempre como ele teve uma história sofrida. E lhe traz minhocas que lhe dá na boca. Uma mordomia para poucos. Ainda bem. Imagina um mundo de coitadinhos?
Um coitadinho nunca é tão incompetente quanto parece. Só desenvolveu a crença de que não pode, não consegue. E a percepção falsamente esperta de que também não precisa tentar, porque lucra mais desse jeito que está. Só que não. Todo coitadinho é meio espertalhão.
É preciso empurrar para fora do ninho. Mesmo que seja para voar junto, orientando a direção. Ensinando os macetes. Sem desculpas, choramingos ou desistências. E sem pena dos tombos que vai tomar. Quantos já não levamos?
Lucro é ter asas fortes, com calos de tanto voar. E se ralar, se esfolar, perder penas. Continuar sempre e mesmo assim. Ter coragem de ousar, ir além do visível. Realizar desejos e buscar sonhos. E, mesmo quando tudo der errado, acreditar que pode vencer. E seguir. 

Huuuum soninho gostoso...

Sono
Dormir mais aos finais de semana não compensa o sono perdido nos outros dias.

Segundo pesquisa americana, o hábito pode, por exemplo, diminuir a sensação de sonolência, mas não é capaz de reverter os possíveis danos à saúde causados pela privação do sono

Fragmentar uma noite de sono, com perturbações durante a fase profunda, pode prejudicar a consolidação das memórias do dia.

Cientistas provam: não adianta tentar recuperar o sono perdido no final de semana (Thinkstock)

Dormir mais aos finais de semana não é suficiente para reparar todos os danos causados à saúde pelas poucas horas de sono durante o restante da semana. Essa é a conclusão de um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism. Segundo os autores da pesquisa, o hábito pode até diminuir a sensação de sonolência e o stress, mas não é capaz de evitar problemas causados pela privação do sono, como dificuldade de concentração.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effects of recovery sleep after one work week of mild sleep restriction on interleukin-6 and cortisol secretion and daytime sleepiness and performance

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism

Quem fez: Slobodanka Pejovic, Maria Basta, Alexandros N. Vgontzas, Ilia Kritikou, Michele L. Shaffer, Marina Tsaoussoglou, David Stiffler, Zacharias Stefanakis, Edward O. Bixler e George P. Chrousos

Instituição: Universidade de Penn State, EUA

Dados de amostragem: 30 adultos saudáveis

Resultado: Os pesquisadores descobriram que dormir horas a mais em alguns dias para tentar compensar a falta de horas de sono de outros não é capaz de reverter todos os efeitos da privação de sono no organismo.

No artigo, os autores explicam que há uma série de explicações para o fato de dormir pouco estar relacionado a danos à saúde e até a uma menor expectativa de vida. Segundo os pesquisadores, um sono insuficiente pode, por exemplo, elevar os níveis de moléculas no corpo que estão relacionadas a quadros de inflamação, além de aumentar a quantidade de cortisol, um hormônio secretado em situações de stress, e desregular as taxas de açúcar no sangue.

Testes — No novo estudo, cientistas da Universidade Penn State, nos Estados Unidos, conduziram, durante 13 dias, uma série de testes com 30 adultos saudáveis. Nas primeiras quatro noites do experimento, os voluntários puderam dormir durante oito horas; nos outros seis dias, eles dormiram apenas seis horas por noite; e, nos últimos três dias do estudo, puderam dormir até dez horas por noite. 

No decorrer do experimento, os participantes foram submetidos a uma série de exames que analisaram a atividade cerebral durante o sono, além de seus níveis de hormônios e outras substâncias no sangue sanguíneas. Os voluntários também realizaram um teste que avaliou a capacidade de concentração e de realizar tarefas de cada um. Nele, foram orientados a apertar um botão toda vez que um ponto aparecia em uma tela.

Não compensa — Os resultados dos testes revelaram que as dez horas de sono por noite foram suficientes para diminuir a sonolência e o stress dos voluntários, causados pelas poucas horas de sono dos dias anteriores. O desempenho dos participantes no teste de atenção, porém, foi o mesmo tanto após uma noite de sono mal dormida quanto após dez horas de sono.

Para os autores do estudo, a descoberta é relevante para se pensar melhor sobre profissões que não permitam desvios de atenção, como médicos, pilotos de avião e motoristas. Os pesquisadores acreditam que mais testes são necessários para definir quais são os efeitos em longo prazo do ciclo de restrição e recuperação de sono nos indivíduos.

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/dormir-mais-aos-finais-de-semana-nao-compensa-o-sono-perdido-nos-outros-dias

Tecnologia humana....

Evolução
Desenvolvimento do cérebro humano seguiu a mesma programação genética dos outros primatas

Novo estudo mostra que o tamanho dos circuitos responsáveis por atividades exclusivamente humanas, como planejar e tomar decisões, pode ser uma consequência natural do crescimento do cérebro no decorrer da evolução.
Primatas: as diferenças entre os cérebros desses animais – desde o sagui até o ser humano – podem ser consequência de uma programação genética.

Primatas: as diferenças entre os cérebros desses animais podem ser consequência de uma mesma programação genética, aplicada em cérebros de tamanhos diferentes (Thinkstock)

Um novo estudo mostra que o tamanho das áreas cerebrais responsáveis pela cognição humana não é produto de mutações exclusivas dos Homo sapiens, mas sim fruto de uma mesma programação genética presente entre todos os primatas — desde os pequenos saguis até o ser humano. 

Ao comparar o cérebro de diferentes primatas, os pesquisadores mostraram que o tamanho dessas áreas varia de forma previsível durante a evolução das espécies: quanto maior o órgão, mais desenvolvidas são essas regiões. A pesquisa, que teve participação de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi publicada no periódico Journal of Neuroscience.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: A Conserved Pattern of Differential Expansion of Cortical Areas in Simian Primates

Onde foi divulgada: periódico Journal of Neuroscience

Quem fez: Tristan A. Chaplin, Hsin-Hao Yu, Juliana G. M. Soares, Ricardo Gattass e Marcello G. P. Rosa

Instituição: Universidade de Monash, na Austrália, e Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resultado: Os pesquisadores descobriram que as diferenças entre os cérebros de primatas – desde os pequenos saguis até o ser humano – são consequência de uma mesma programação genética.

Os cientistas já sabiam que a estrutura cerebral mantinha um padrão semelhante entre todos os primatas, apesar da grande variação existente no tamanho do órgão. O que eles não conseguiam explicar é o fato de os cérebros maiores não serem simples cópias aumentadas dos menores — algumas áreas crescem de forma desproporcional, principalmente aquelas ligadas à cognição avançada.

Em seu estudo, os cientistas compararam a estrutura cerebral entre macacos dos gêneros Callithrix (que inclui os saguis), Cebus (do macaco-prego) e Macaca (do macaco rhesus). Em seguida, fizeram a mesma comparação entre o cérebro dos seres humanos e dos rhesus. Descobriram, assim, que o crescimento do órgão seguia um padrão comum entre as espécies.

"Nós mostramos que, ao analisar a evolução do cérebro entre os macacos, é possível prever as diferenças que encontraremos entre o córtex do Rhesus e do homem. Essa evolução é caracterizada pela expansão não uniforme do órgão, centrada nas áreas relacionadas a funções cognitivas superiores, que distinguem os primatas não-humanos dos humanos", disse Juliana Soares, pesquisadora da UFRJ e uma das autoras do estudo, ao site de VEJA.

A descoberta sugere que os circuitos neurais responsáveis por atividades consideradas exclusivamente humanas, como planejar, tomar decisões complexas e falar, podem ter surgido como uma consequência natural do crescimento cerebral. “Nós sabemos há muito tempo que algumas áreas do cérebro humano são muito maiores do que se poderia esperar com base na organização do cérebro dos macacos”, afirma Marcello Rosa, pesquisador da Universidade de Monash, na Austrália, e um dos autores. “Mas o que ninguém tinha percebido é que esse aumento seletivo é parte de uma tendência que tem estado presente desde o surgimento dos primatas”, completa.


Tendência primata — Os resultados do estudo mostraram que duas regiões, o córtex pré-frontal ventrolateral e a junção parieto-temporal, se expandiram de forma desproporcional ao restante do cérebro. A primeira está relacionada ao planejamento de longo prazo, expressão de personalidade, tomada de decisões e modificação do comportamento, enquanto a segunda participa da consciência e noção de individualidade.

Os pesquisadores demonstraram que o crescimento dessas áreas nos cérebros humanos faz parte de um padrão genético que é visto ao longo de todas as espécies de primatas, conforme o tamanho de seus cérebros cresce. “Quando você vai de um macaco pequeno para um grande, o córtex pré-frontal e a junção parietal temporal aumentam em relação ao restante do córtex, e o mesmo acontece ao comparar esses animais com os humanos”, explica Tristan Chaplin, também da Universidade de Monash e principal autor do estudo.

Marcello Rosa destaca que esse padrão se manteve mesmo em espécies que evoluíram de forma completamente separada. “Se você comparar um Cebus da América do Sul com um Macaca da Ásia, seus cérebros serão quase idênticos, apesar de terem se desenvolvido em lados opostos do mundo. Os dois refletem o plano genético de como o cérebro de um primata deve crescer”, afirma. Em seus próximos estudos, os pesquisadores esperam fazer comparações com primatas mais próximos do ser humano, como gorilas e chimpanzés, para verificar se o padrão se mantém.

Para Juliana Soares, é possível que essa programação genética não tenha servido apenas para guiar a evolução do cérebro humano até o ponto atual, mas que continue a modificá-lo no futuro. "Estes mecanismos evolucionários ainda estão em estudo, mas podemos esperar que, com a evolução, algumas áreas possam aumentar e outras diminuir. 

Poderíamos, por exemplo, ganhar novas habilidades que nos permitiriam conviver melhor com as novas tecnologias e perder outras, como a escrita manual, cada vez menos praticada", afirma a pesquisadora.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/desenvolvimento-do-cerebro-humano-seguiu-a-mesma-programacao-genetica-dos-outros-primatas

Mais uma etapa superada...