Menor de idade é encontrada junto com detentos no presídio
de Cariri.
É inadmissível que
menores façam programas sexuais na unidade, diz juiz.
A polícia também
encontrou munições, celulares e cachaças no presídio.
Mais de 20 detentos
fugiram do presídio Agrícola de Cariri do Tocantins este ano.
A facilidade com
que os presos fabricam bebidas conseguem celulares e até mulheres para
programas sexuais chamam a atenção no presídio Agrícola Luz do Amanhã, em
Cariri do Tocantins, a 264 km de Palmas. Na semana passada, durante uma revista
de rotina, agentes penitenciários encontraram uma menor de idade na unidade.
Além dela, três botijões de gás, 200 litros de cachaça artesanal, munições e
mais de 100 celulares também foram achados no lugar.
"É
inadmissível que menores estejam lá em companhia de presos obviamente fazendo
programas sexuais. É uma coisa absurda para o estado", disse o juiz Ademar
Alves de Sousa Filho.
Segundo a polícia,
a bebida alcoólica é produzida dentro da prisão, algumas armas são fabricadas
pelos detentos, outras, trazidas pelos visitantes ou até pelos próprios presos
do semiaberto.
A penitenciária tem cinco pavilhões com 80
celas, que abrigam cerca de 320 detentos dos regime semiaberto e fechado.
Imagens cedidas por parentes de presos, exibidas na reportagem, que pode ser
visualizada ao lado, mostram alojamentos improvisados. A informação das
famílias, que preferiram não se pronunciar, é que existem detentos desalojados,
expulsos dos pavilhões por se envolverem em brigas ou rixas com outros presos.
Estes ficam soltos pelo presídio juntamente com os agentes penitenciários.
Do início do ano
até agora, mais de 20 presos do regime semiaberto em Cariri do Tocantins
conseguiram fugir. Segundo o juiz Ademar este é um problema que acontece devido
a falta de estrutura da unidade. "O presídio faz a chamada dos presos por
volta das 17h e apenas outra chamada no dia seguinte, às 6h. Então neste
intervalo o preso pode sair do presídio, vir para a cidade cometer crimes e
retornar para a unidade. Se ele não for preso em flagrante, é como se nada
tivesse acontecido".
No último domingo
dois presos foram assassinados no pátio do presídio. Tiago Henrique da Silva e
Israel Júnior Lima foram mortos com golpes de uma arma artesanal fabricada
pelos próprios presos. A morte deles ainda é investigada.
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